Barragem Romana da Abobeleira / Outeiro da Porta
| IPA.00005835 |
Portugal, Vila Real, Chaves, Vale de Anta |
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Barragem romana com dique composto por 4 muros paralelos, dispostos radialmente a partir do topo da encosta, travados internamente por contrafortes. Possui parte inicial do aqueduto em canal escavado no afloramento. | |
Número IPA Antigo: PT011703410016 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de contenção Barragem Barragem romana
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Descrição
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A barragem é constituída por um dique de contenção das águas com uma altura de 17 m. e um vão de 90 m. A estrutura do dique, com uma largura total de 7,2 m, é composta por quatro muros paralelos, com uma espessura de 60 cm, construídos com blocos graníticos em "opus incertum" e ligados por "opus caementicium", em dupla face, sendo o alicerce assente sobre entalhes efectuados no afloramento. Os muros dispostos radialmente a partir do topo da encosta, são travados internamente por contrafortes, igualmente construídos com blocos graníticos, estando o espaço entre estes, que varia entre 1,4 e 2 m, preenchido com terra compactada e argila. Do lado da albufeira o talude que recobre o alicerce do paramento interno do dique está reforçado com uma camada de argila, talvez no sentido de impermeabilizar essa zona. Em relação ao seu escoamento não foi detectado o canal de descarga, embora o transporte da água fosse efectuado por um aqueduto, do qual só se conserva um pequeno tramo inicial cavado no afloramento. |
Acessos
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Vale de Anta, Lugar da Abobeleira; caminho a pé posto a partir da EM Chaves - Abobeleira |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 26-A/92, DR, 1.ª série-B, n.º 126 de 01 junho 1992 |
Enquadramento
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Rural, isolado, garganta no leito da Ribeira de Sanjurge. No topo da encosta da margem esquerda, num afloramento junto ao alicerce de do muro a barragem, encontra-se gravado a inscrição "HIC LEPIDI". |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: barragem |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Época Construção
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Época romana |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável. |
Cronologia
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Época romana - construção. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Blocos graníticos em opus incertum ligados com opus caementicium e revestimento do talude com terra compactada e argila. |
Bibliografia
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ABREU, Thomé de Távora e, Notícias Geográficas de Trás-os-Montes, ms. 221 da BNL, transcrição de Júlio Montalvão Machado, Revista Aquae Flaviae, Chaves, 1989, pp. 18 - 19; ALARCÃO, Jorge de, Roman Portugal, vol. 2, Warminster, 1988, p. 6, nº 1/114; AIRES, Firmino, A barragem de Aquae Flaviae, Notícias de Chaves, 24 - 10 - 86; 31 - 10 - 86 e 7 - 11 - 86, Chaves, 1986; MARTINS, João Baptista, A barragem romana da Aboboleira (Valdanta), Notícias de Chaves, 17 - 10 - 86, Chaves, 1986; RODRÍGUEZ COLMENERO, António, Vestígios urbanísticos de Aquae Flaviae, Revista Aquae Flaviae, 2, Chaves, 1989, pp. 137 - 138; TEIXEIRA, Ricardo e AMARAL, Paulo, Levantamento Arqueológico do Concelho de Chaves, relatórios anuais de actividades, Chaves, 1985 - 1992; VASCONCELOS, António Júlio Ribeiro de, Barragem Romana de Aboboleira - primeiros elementos para o estudo da sua história com algumas notas ligeiras, Notícias de Chaves, 25 - 3 - 88, Chaves, 1988; VASCONCELLOS, José Leite de, Por Trás-os-Montes, O Archeologo Português, 22 (1 - 12), Lisboa, 1917, pp. 15 - 16. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1987 - Escavação arqueológica sob a responsabilidade de A. Rodríguez Colmenero, no dique da margem esquerda; 1989 - escavação arqueológica sob a direcção conjunta de Paulo Amaral, Ricardo Teixeira e Rafael Alfenim, no dique da margem direita. |
Observações
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Devendo constituir o sistema para abastecer Aquae Flaviae, formaria uma albufeira com c. de 547 000 m3, sendo as águas conduzidas para a cidade através de uma conduta, de que se conhece apenas os referidos vestígios junto à barragem e que, segundo um traçado hipotético, teria c. de 4 100 m. Dois silhares incorporados no muro da barragem da margem direita, apresentam-se gravados com o signo ., embora não registem qualquer outra menção. |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Paulo Amaral 1993 |
Actualização
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