Cemitério Lusitano-Romano / Quinta da Relva

IPA.00005832
Portugal, Vila Real, Sabrosa, União das freguesias de Provesende, Gouvães do Douro e São Cristóvão do Douro
 
Necrópole romana e medieval: sepulturas estruturadas com lajes de xisto na vertical; sepulturas em forma de caixa rectangular com paredes de pedra mediana; sarcófagos Duas sepulturas das constituídas por lajes conservavam no seu interior estelas de granito, uma com a figuração da face humana e outra com uma figuração antropomórfica. As sepulturas tipo caixa apresentavam a um canto uma panela com cinzas e uma bilha de gargalo alto.antropomórficos.
Número IPA Antigo: PT011710080003
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Estrutura  Funerário  Necrópole    

Descrição

Área arqueológica que integra uma necrópole constituída por 4 núcleos de sepulturas, de diferentes tipos e cronologia. O primeiro surgiu a cerca de 250 metros a SO da capela do Senhor Jesus de Santa Marinha, outro no próprio adro da capela (11 sarcófagos), e os restantes a 60 m e 100 m do primeiro.

Acessos

Provesende, EN. 323, Quinta da Relva, junto ao cruzamento para Provesende. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,229553; long.: -7,565198

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 34 452, DG, 1.ª série, n.º 59 de 20 março 1945

Enquadramento

Rural. Zona de encosta voltada E. ocupada por vinhedos, casas da Quinta da Relva e adro e capela de Sta. Marinha.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: necrópole

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Época romana / Época medieval

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Época romana - construção; Época medieval - a necrópole continua a ser utilizada; 1881 - surgem os primeiros vestígios da necrópole; 1938 - aparecimento dos restantes vestígios, ao se proceder ao arroteamento de uma mata de castanheiros; posteriormente, surgiram os sarcófagos durante os desaterros efectuados no adro da capela; 1939, 4 Abril - despacho do Vice-Presidente da Junta Nacional de Educação solicitando a deslocação de um técnico a Provesende, a fim de analisar a Capela de Santa Marinha, fonte, sarcófagos e lápide inscrita junto à capela, para estudo e eventual classificação; 23 Junho - data do relatório assinado por Mário Cardoso, vogal da 2ª Sub-Secção da 6ª Secção da J.N.E., o qual, perante a singeleza do conjunto observado, concluiu que não bastavam as tradições orais associadas à capela para ela ser classificada como Monumento Nacional; em sua substituição, acabou por sugerir a classificação do cemitério lusitano-romano, também em Provesende, que visitara na companhia do Rev. José Pinto da Cunha Saavedra, filho do autor da Monografia de Provesende, José Augusto Pinto da Cunha Saavedra, existente na Quinta da Relva, no sopé do monte do Castro de são Domingos, e então propriedade do Sr. Manuel Marques Correia Alves; isto porque fora informado pelo seu acompanhante, que as sepulturas eram superiores a duas centenas e o seu espólio abundantíssimo, tendo-lhe então mostrado alguns artefactos, como "ampulla", "lagoena", catinus", etc.; Mário Cardoso sugere assim uma exploração metódica no local do cemitério, a qual poderia ser realizada pelo próprio Padre José Saavedra, concordando o dono do terreno com a exploração; 1939, 21 Julho - a 2ª sub-secção da 6ª Secção da Junta Nacional da Educação resolveu propor a classificação como Imóvel de Interesse Público o cemitério lusitano-romano situado na Quinta da Relva, numa propriedade de Manuel Marques Correia Alves; o Instituto de Antropologia da Universidade do Porto aconselhou o estudo do cemitério, com a colaboração do Padre José Pinto da Cunha Saavedra e inventariar o cipo funerário que serve de suporte à mesa de pedra junto à capela de Santa Marinha; 1940, 26 setembro - publicação de Decreto nº 30 762, no DG, 1.ª série, n.º 225, determinando a classificação do Cemitério como Imóvel de Interesse Público; 01 novembro - publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 de setembro do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular; 2001 - classificação da povoação de Provesende como "aldeia vinhateira do Douro".

Dados Técnicos

Materiais

Sarcófagos de granito, sepulturas em xisto.

Bibliografia

ALVES, Francisco Manuel, Cistas de Provesende e sepulcros luso-romanos, Revista de Arqueologia, 3, 1936 - 1938, Lisboa, 1938, p. 315 - 325; ALARCÌO, Jorge de, Roman Portugal, Warminster, 1988, 1 / 440.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, MI

Intervenção Realizada

Observações

A estela antropomórfica e parte do espólio encontram-se no Museu Abade de Baçal, em Bragança. O aparecimento de cerâmica e materiais de construção à superfície, assim como de uma base e um capitel, mós e moedas romanas, testemunham o interesse desta estação arqueológica com vestígios de ocupação romana e medieval. As sepulturas descobertas foram destruídas ou enterradas, conservando-se apenas dois dos sarcófagos antropomórficos, encostados à parede da capela de Sta. Marinha, do lado da Epístola.

Autor e Data

Isabel Sereno e Ricardo Teixeira 1993

Actualização

 
 
 
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