Marcos Miliários em Vilarandelo na Via de Braga a Chaves (série Capela)
| IPA.00005734 |
Portugal, Vila Real, Valpaços, Vilarandelo |
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Arquitectura de comunicações e transportes, romana. Marcos miliários romanos, monolíticos cilíndricos, epigrafados, da via XVII do Itenerário Antonino, que ligava Bracara Augusta, a cidade mais importante do Conventus Bracaraugustanos, a Aquae Flaviae. Segundo Contador de Argote, o marco de Macrino é o único conhecido no país com inscrição dedicada a este Imperador, tendo portanto inscrição de grande raridade; o marco dedicado a Maximiniano parece não ter tido a sigla "INV." como a do miliário dedicado ao mesmo Imperador existente em Braga, e possuía o "X" desdobrado em "X" e "S". O marco dedicado a Magnêncio possui a inscrição com letras desiguais e de mau desenho gráfico; falta-lhe o "D" inicial na primeira linha e os "R . N" em seguida ao "B" da quinta linha. Ao que parece, neste marco, à semelhança de outros existentes dedicados a Magnêncio, se dizia que ele nascera para o bem da República. O primeiro marco não regista o número de milhas a que dista de Bracara Augusta, mas o terceiro já o faz. |
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Número IPA Antigo: PT011712310001 |
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Registo visualizado 381 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto arquitetónico Estrutura Transportes Marco Marco miliário
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Descrição
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Miliário de Macrino (aparecido junto da Capela do Espírito Santo, Vilarandelo): monólito cilíndrico, epigrafado, com inscrição dedidada a Macrino, não mencionando a respectiva milha, assim como o ponto de origem da contagem. Miliário de Magnêncio: monólito cilíndrico, de pequenas dimensões, fragmentado na parte inferior e apresentando um orifício no topo superior; a epígrafe está incompleta e conta as milhas desde Bracara Augusta. |
Acessos
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EN 231, Jardim de Vilarandelo (Marco de Macrino e Marco de Magnêncio) |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, inserido em jardim público, desenvolvido paralelo e sobranceira à estrada, já à saída da povoação (marco de Macrino e o marco de Magnêncio). No jardim, para além de um coreto, existem vários bancos, canteiros de flores e grupo esculpórico dedicado ao médico médico Olímpio A. dos Santos Secca. Em frente, do outro lado da estrada, ergue-se a Capela do Espírito Santo (v. PT011712310163). |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: Marco de Macrino: "IMP . CAES . M . OPELLIO . SEVE:: / MAC:INO . PIO . FEL . INVICTO / ET . MAGNO . AVG . ET . M . OPELLIO / ANTONINO . DEADVMENIANO / NOBILISSIMO . CAES . PRINCI . IV / VENTVTIS". Marco de Magnêncio: ":: MAGNO / MAGNENTI / O P : INVIC SEM / P : : AVG / B : : : :". Marco de Maximiano: "IMP . CA :: / C . VAL . MA: / SIMIANO . P / F . AVG". |
Utilização Inicial
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Transportes: marco miliário |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal / privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 03 / 04 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 01 a.C. - 01 d.C. - Construção da via militar de Bracara Augusta para Aquae Flaviae, no tempo do Imperador Augusto (23 a.C. - 15 d.C.); 217 d.C. - data do miliário de Macrino; 285 / 305 d.C. - data do miliário de Maximiano; 350 / 353 d.C. - data do miliário de Magnêncio; séc. 19 - o marco de Macrino erguia-se à margem da estrada de Valpaços - Chaves, à saída desta cidade; o marco miliário de Maximiano encontrava-se num muro, junto ao caminho e próximo da ponte de Valtelhas, Possacos; o marco de Magnêncio foi encontrado no topo de uma escada na casa de uma quinta particular, na povoação de Possacos, próximo da Igreja Paroquial. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural elementar. |
Materiais
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Estrutura de granito. |
Bibliografia
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ARGOTE, D. Jerónimo Contador de, Memórias para a História Eclesiástica do Arcebispado de Braga, Primaz das Hespanhas, tomo I, Lisboa, 1732, p. 299; tomo II, Lisboa, 1734, p. 607; BARRADAS, A. Lereno, Vias romanas das regiões de Chaves e Bragança, Revista de Guimarães, Guimarães, 1956, F-3, E-8, E-10; CAPELLA, Martins, Milliarios do Conventus Bracaraugustanus em Portugal, Porto, 1895, p. 154 - 155, 212; CARDOZO, Mário, Algumas inscrições lusitano-romanas da região de Chaves, Chaves, 1943, p. 59 - 61; HUBNER, Emil, Corpus Inscriptionum Latinarum, vol. II, Berlin, 1869, nº 4789 e 4791; RODRÍGUEZ COLMENERO, António, Aquae Flaviae. I Fontes Epigráficas, Chaves, 1987, p. 402, nº 296; 423, nº 306; 426 - 427, nº 311; TRANOY, Alain, La Galice Romaine. Recherches sur le nord-ouest de la péninsule ibérique dans l'Antiquité, Paris, 1981, p. 395; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70125 [consultado em 11 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1985 - construção de grupo escultórico com busto, em bronze, dedicado ao médico Olímpio A. dos Santos Secca no jardim. |
Observações
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*1 - Bracara Augusta, sede de um dos Conventus Juridici da província Terraconense, transformou-se num dos principais nós viários da parte ocidental da Hispânia. Desta cidade partiam umas seis vias nas mais diversas direcções. A segunda mais antiga, era a que saía para Aquae Flaviae (Chaves), de percurso ainda não completamente definido, inserindo-se na chamada Via XVII do Itinerário de Antonino. A esta via pertencia um número mais elevado de exemplares provenientes deste concelho não incluídos neste processo de classificação. Dentro desta série classificada incluem-se dois marcos miliários pertencentes ao concelho de Chaves e para os quais não existe processo específico de classificação. *2 - O miliário de Maximiano, actualmente desaparecido, era um monólito cilíndrico, de pequenas dimensões, com epígrafe incompleta, visto não possuir as últimas linhas; na inscrição não constava a respectiva milha, nem o ponto de origem da contagem |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Paulo Amaral 1994 |
Actualização
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