Igreja Paroquial de São João de Lobrigos / Igreja de São João Baptista

IPA.00005730
Portugal, Vila Real, Santa Marta de Penaguião, União das freguesias de Lobrigos (São Miguel e São João Baptista) e Sanhoane
 
Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por torre sineira, quadrangular, nave e capela-mor, colocados em eixo, interiormente com tectos de madeira e iluminação axial e lateral, tendo adossado na fachada lateral direita sacristia rectangular. Fachada-torre, com o nível inferior formando exo-nártex, aberto nas três faces por arco de volta perfeita, e tendo o portal principal de verga recta. A torre, de cunhais apilastrados coroados por pináculos ovais e cobertura em domo, possui três registos, abrindo-se, no intermédio, janela de varandim ladeada por aletas e encimada por cornija e, no superior, três sineiras. Fachadas com pilastras toscanas nos cunhais, coroadas por pináculos de bola e terminadas em friso e cornija, rasgadas por uma porta travessa e janelas de capialço. No interior apresenta as paredes da nave e capela-mor com o terço superior e os tectos, respectivamente, com apainelados e caixotões barrocos, pintados com cenas da vida de Cristo, de São João Baptista, o orago, os Apóstolos, os Evangelistas e outros. Coro-alto de madeira, com guarda em talha barroca, púlpito de bacia em cantaria sobre consola e guarda em balaustrada no lado do Evangelho, dois retábulos colaterais em talha barroca, prolongados superiormente, de modo a enquadrar e revestir o intradorso do arco triunfal, de volta perfeita; retábulo-mor joanino, de talha dourada, de planta recta e três eixos. Igreja paroquial de planimetria maneirista e linhas sóbrias, com fachada principal de arranque em empena, a que se terá adossado, em finais do séc. 18, conforme aponta a modinatura da janela de varandim axial, uma torre sineira bastante robusta e um pouco desproporcionada relativamente ao restante imóvel. Existe a tradição de que a torre era para ser mais alta, mas devido ao construtor ter morrido, ficou com a altura actual. Os próprios pináculos da torre e os da igreja são diferentes, sendo os últimos mais elegantes. Interiormente, contrasta pela riqueza decorativa, sobretudo devido ao revestimento do terço superior das paredes com apainelados de talha, pintados, unidos aos capialços das janelas, revestidos a painéis de talha dourada com acantos, e ao tecto com caixotões pintados. As pinturas do tecto da capela-mor possuem melhor qualidade e um programa iconográfico seguindo um estudo específico, já que surgem cenas da vida de Moisés contrastando com outras de Cristo, considerado o Moisés Maior, e 4 painéis alusivos a Santa Clara de Assis. Os painéis com a vida de São João, o orago da igreja, surgem em alguns dos painéis laterais da capela-mor e não no tecto da mesma. O coro-alto é joanino, mas as pinturas dos caixotões do tecto do sub-coro são já do séc. 19 ou até mesmo 20. O órgão positivo de armário é tardo-barroco, com decoração rococó, sendo alguns dos painéis laterais revivalistas, visto as pinturas terem sido reproduzidas a imitar as primitivas durante o seu restauro na década de 1970; os flautados do castelo têm elementos fitomórficos dourados, o que não é comum em Portugal, mas estas pinturas devem ser recentes, já que não são visíveis em fotografias de 1964. Na parede da nave integram-se vestígios de quatro confessionários, cada um deles formado por três painéis, igualmente com decoração rococó. O retábulo-mor tem a particularidade de possuir a tribuna em arco peraltado e integrar sacrário muito amplo, com a porta policroma, e dois nichos laterais para colocação de relicários ou imaginária.
Número IPA Antigo: PT011711080003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta composta por torre sineira quadrangular, nave única e capela-mor rectangulares, em eixo, tendo adossada à fachada lateral direita sacristia rectangular. Volumes articulados, de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo da torre sineira, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, de três na sacristia e em domo na torre sineira, coroado por pináculo tipo balaústre sobre plinto. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, pilastras toscanas nos cunhais, coroados por pináculos tipo balaústre com bola e catavento de ferro, na igreja, ou ovais, na torre, sobre plintos paralelepipédicos, e terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples. Fachada principal virada a O., marcada pela torre sineira adossada, com três registos, separados por cornija no primeiro registo e em friso e cornija nos outros dois, formando no primeiro nártex, com vão axial e laterais em arco de volta perfeita, sobre pilastras toscanas e com chave volutada; no segundo registo abre-se janela de varandim, rectilínea, com guarda em ferro, encimada por cornija recta e ladeada por aletas e elementos volutados; no terceiro registo abre-se, em cada uma das faces, vão em arco de volta perfeita, sobre pilastras e com fecho relevado, albergando sino. A fachada da nave possui arranque em ângulo, encimado por aletas; portal principal de verga recta, com moldura simples. Fachadas laterais rasgadas, na nave, por duas janelas de capialço, a lateral esquerda com porta de acesso do coro-alto, precedida por escada de cantaria adossada, e a oposta com porta travessa de verga recta, e, na capela-mor, por duas janelas de capialço; na sacristia abre-se a O. porta de verga recta encimada por óculo oval e a S. duas janelas rectangulares sobrepostas, a inferior maior. Fachada posterior cega, a da capela-mor terminada em empena, coroada por cruz latina, de braços quadrados terminados em flor, sobre plinto paralelepipédico ladeado de duplas aletas. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, as da nave tendo o terço superior revestido a painéis pintados, sobre madeira, com representação dos 12 Apóstolos, moldurados a talha dourada, com acantos e flores, sobre friso com a mesma decoração, ritmado por mísulas de acantos e cornija bastante avançada. As janelas possuem o capialço igualmente revestido a painéis de talha com acantos. Pavimento marcado pelas antigas sepulturas, em madeira, e com as guias de granito, e tecto de perfil curvo, formando 45 caixotões, pintados com cenas da vida de Cristo e molduras decoradas e com florões entalhados nos encontros. Coro-alto de madeira com guarda plena em apainelados de talha dourada, cada um deles ornado de acantos enrolados e figuras híbridas, encarnadas, ou aves, alternados por pilastras com motivos fitomórficos, possuindo ao meio mísula rectangular avançada com ave; o coro é acedido por porta de verga recta, do lado do Evangelho, e o mesmo possui ligação à torre sineira por arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas, a qual tem tecto plano de madeira. Tecto do sub-coro em caixotões, com painéis pintados com motivos vegetalistas enrolados, e molduras ornadas com espiras ligadas e tendo florões de talha nos encontros; o tecto apoia-se em friso de talha decorado de acantos e cornija, no alinhamento dos existentes sob as telas da nave. Guarda-vento em vidro, ladeado por pia de água benta, de taça cilíndrica exteriormente decorada sobre pé. No lado do Evangelho, existe baptistério, em arco de volta perfeita, albergando pia baptismal facetada sobre pé de caneluras helicoidais, abrindo-se lateralmente armário embutido para as alfaias. Lateralmente, dispõem-se na nave quatro confessionários reaproveitados e aplicados nas paredes, compostos por três painéis de remate pintado a marmoreados fingidos a azul e branco, de remate recortado com motivos fitomórficos pintados no espaldar, terminado em cornija e concheados dourados, os laterais conservando os ralos e o central o banco. No lado do Evangelho dispõe-se órgão positivo, encerrado numa caixa rectangular de talha, pintada de verde, com elementos decorativos também a verde ou dourado; segue-se o púlpito, de bacia rectangular sobre consola, com guarda em balaustrada com marchetados metálicos, acedida por escada de pedra com guarda de madeira. No lado da Epístola, a porta travessa é ladeada por pia de água benta gomeada. Arco triunfal de volta perfeita, com intradorso revestido a painéis de talha dourada, com acantos enrolados, querubins encarnados e aves, interrompido por florões, sobre pilastras, de intradorso com acantos e querubins. É ladeado por dois retábulos colaterais, de talha dourada, de planta recta e um eixo, os quais se prolongam sobre o arco triunfal, em apainelados de talha dourada com acantos enrolados e florões, delimitadas por duas arquivoltas torsas com aves, unidas no sentido do raio, sendo estes sobrepostos por anjos encarnados. Na capela-mor as paredes têm o terço superior revestido a 11 painéis pintados, representando os quatro Evangelistas e cenas da vida de São João Baptista, com molduras em talha dourada decorada de acantos, sobre friso. Sobre supedâneo acedido por três degraus, dispõe-se o retábulo-mor de talha dourada, de planta recta e três eixos, definidos por seis colunas torsas, decoradas de pâmpanos e aves, sobre plintos paralelepipédicos com florões, e de capitéis coríntios; ao centro abre-se tribuna de arco peraltado, interiormente revestida a apainelados de talha decorada de acantos e motivos vegetalistas e cobertura em caixotões com florões; alberga trono expositivo de dois degraus, integrando na base amplo sacrário, em forma de templete, facetado, tendo nos cunhais quarteirões, putti e festões, lateralmente dois nichos concheados e frontalmente a porta recortada, com representação do Agnus Dei, relevado e policromo, terminada em cornija com lambrequim e drapeados a abrir em boca de cena, e ladeada por concheados e querubim. No topo da tribuna, dispõe-se, em frente de resplendor em talha dourada, maquineta de exposição do Santíssimo, em talha policroma a verde, de faces decoradas com motivos fitomórficos dourados, quarteirões nos cunhais e remate em cornija contracurvada, sobreposta por florão. Nos eixos laterais do retábulo existem painéis lisos, sobrepostos por mísulas com imaginária; ático adaptado ao perfil da cobertura, decorado, sobre os eixos laterais, por arco encimado por cartela entre anjos tenentes e, sobre a tribuna, envolvida por arquivolta torsa, cornija recta, cartelas, elementos fitomórficos e cartela central com Agnus Dei entre anjos tenentes; banco com apainelados de acantos e sotobanco com painéis decorados com acantos dispostos na vertical entre elementos enrolados, delimitados por quarteirões. Altar paralelepipédico, de frontal marcado por sanefa e sebastos, ornado com motivos vegetalistas e, ao centro, um Agnus Dei. Tecto da capela-mor em caixotões, com molduras em talha decoradas com acantos enrolados e florões nos encontros e 30 painéis pintados com cenas da vida de Cristo, de Moisés, Santa Clara e outros. Na sacristia, com tecto facetado de madeira, existe arcaz com duas fiadas de gavetas e lavabo em cantaria, de espaldar rectangular, disposto na vertical, decorado com bica carranca entre volutas estilizadas, encimado por pequeno reservatório em concha e remate em cornija encimada por espaldar curvo, com a inscrição IHS e a data de 1728, terminada em cornija do mesmo perfil; possui bacia rectangular.

Acessos

Santa Marta de Penaguião, Lobrigos (São João Baptista), Lugar da Igreja

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 47 508, DG, 1.ª série, n.º 20 de 24 janeiro 1967

Enquadramento

Rural, isolado, no exterior da povoação, integrado na paisagem da Região Demarcada do Douro, a 237 m de altitude. Ergue-se ao fundo de uma rua, numa plataforma artificial adaptada ao declive acentuado do terreno, formando adro, vedado por muro; este é apertado junto à fachada lateral esquerda e cria miradouro virado aos campos e à povoação na fachada lateral e posterior, onde é pontuado por duas árvores; o pavimento é em paralelos de granito. O portal axial é precedido por um degrau e os restantes por dois degraus. Junto à fachada lateral direita e numa cota inferior, implanta-se a Quinta da Serpe e no início da rua de acesso, ergue-se casa com fonte de espaldar, datada de 1777.

Descrição Complementar

Órgão positivo, encerrado numa caixa rectangular de talha, pintada de verde, com elementos decorativos também a verde ou dourado. O corpo do órgão possui um castelo central proeminente e dois nichos laterais, tendo na base a palhetaria em leque; o castelo e os nichos são flanqueados por pilastras sobrepostas por concheados, rematando em cornija contracurvada, na zona central proeminente e com cartela recortada, flanqueada por aletas; lateralmente é coroado por urnas fitomórficas e sobre as ilhargas por decoração fitomórfica e elementos volutados. O castelo apresenta as flautas convexas em meia cana, protegidas por gelosias vazadas em cortina, e os nichos são planos, surgindo as flautas em disposição diatónica, em harpa, também com decoração vazada e escadeada. Possui na zona inferior apainelados de diferentes dimensões e consola de janela com dez botões laterais de registos; do lado esquerdo tem os registos Oitava Real, Flautado 6 Tapado, Quinzenas, Compostas, Flautado 12... e do lado direito tem os registos Clarim, Flautado Travessa, Flautado 12 Aberto, Oitava Real e Cheio Claro. Sob o teclado surgem ainda três apainelados, pintados com concheados e querubim, no central. Nas ilhargas possui inferiormente três almofadas sobrepostas, pintadas de branco, com concheados dourados e no corpo decoração de concheadas dourados, vazados. Retábulos colaterais de talha dourada, de planta recta e um eixo, definido por duas colunas torsas decoradas por pâmpanos, anjos encarnados e aves policromas, sobre plintos com acantos e anjos e de capitéis coríntios; ao centro têm painel, dourado (Evangelho) ou pintado com flores (Epístola), com molduras de acantos enrolados; o do lado do Evangelho possui sotobanco de perfil curvo, com acantos, integrando sacrário, com cruz na porta e rematado em cornija curva, sobre o qual surge imaginária. Altar paralelepipédico com frontal e ilharga ornado por painéis pintados a marmoreados fingidos, moldurado a talha, com acantos enrolados; na ilharga, surge ainda, painel rectangular com amplo florão oval relevado. A nave possui superiormente painéis pintados com os Apóstolos, figurando no lado do Evangelho, a partir do coro, São Filipe, São Tiago Maior, Santo André, São João Evangelista, São Paulo e São Pedro; no lado da Epístola surge representado São Simão, São Judas Tadeu, São Tiago Maior, São Tomé, São Bartolomeu e São Matias.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Vila Real)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ORGANEIRO: Luís Artur Correia de Magalhães (1978).

Cronologia

Séc. 12 - doação da terra de Lobrigos por D. Afonso Henriques ao rico-homem Egas Gomes Barroso, sogro de um filho de Raimundes "de Ribavizela", alferes de D. Sancho I; séc. 14 - o rol da igrejas de "terra de Penaguião" nomeia a de Lobrigos, sem especificar o orago, o que leva a pensar que só existia uma paróquia ou igreja em Lobrigos; se era o abade da freguesia de São João que apresentava o cura de São Miguel (que tinha 150$000 de rendimento anual) a paróquia de São João devia prevalecer relativamente à de São Miguel; séc. 17 - época provável da construção da igreja; 1638 - data inscrita num túmulo da capela-mor; 1642 - data do primeiro registo de baptismos e de óbitos documentados em arquivo; 1644 - data do primeiro registo de casamentos documentado; séc. 17, finais - era abadia da apresentação dos marqueses de Arronches; séc. 18 - a Casa de Arronches apresentava o abade de São João de Lobrigos com o rendimento anual de 10.000 cruzados; 1728 - data inscrita no lavabo da sacristia; séc. 18, meados - passou a ser apresentada pelo Duque de Lafões; o abade de Lobrigos, além de apresentar os curas de São Miguel de Lobrigos e de Alvações do Corgo, possuía mais rendimentos, do que o conjunto de todas as freguesias do concelho; época provável da feitura dos retábulos e dos tectos apainelados; 1755, 1 Novembro - não padeceu ruína no terramoto; 1758, 8 Abril - segundo Duarte Carlos da Silva Carneiro, abade de Lobrigos, nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia à comarca de Lamego, confins do Bispado do Porto e concelho de Penaguião, sendo donatário a Casa de Abrantes, na altura administrada pela Duquesa; tinha 157 vizinhos e 594 pessoas; a paróquia ficava nos arrabaldes da povoação e a igreja, com uma só nave, tinha três altares, o altar-mor onde estava colocado o Santíssimo Sacramento e dois colaterais, o do Evangelho com as imagens de Nossa Senhora do Rosário e Santa Rita, e o da Epístola com uma imagem de um Santo Cristo, "muito especial e devota"; tinha duas Irmandades, uma do Santíssimo Sacramento e outra de Nossa Senhora do Rosário; o pároco era abade colado por apresentação do Duque de Lafões; costumava render, ano por outro, 10.000 cruzados; séc. 18, finais - execução do órgão e dos confessionários; 1895, 26 Setembro - decreto anexando a freguesia ao concelho de Pêso da Régua; 1919, 15 Agosto - anexação da freguesia de São João à de São Miguel; 1963 - a Comissão Fabriqueira oferece ao Ministro das Obras Públicas uma reportagem fotográfica da Igreja de São João de Lobrigos; 1964 - organização do processo de classificação da igreja; a igreja ameaçava ruína, estando a fachada lateral esquerda escorada já há bastante tempo, bem como o tecto da capela-mor, e o arco triunfal fendido e já sem algumas pedras; no interior, do lado do Evangelho, entre o púlpito e o retábulo colateral, possuía um retábulo maneirista, com nicho envidraçado e no lado oposto ainda tinha um confessionário armado, em U; 1978 - transferência do órgão da capela-mor, onde estava encostada à parede do lado do Evangelho da para a nave, dispondo-o entre o púlpito e o altar colateral; 2001 - encerramento da igreja para se procederem às obras de restauro; 2003, 2 Março - reabertura ao culto da igreja depois das obras de conservação e restauro.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de xisto, rebocada e pintada; pilastras, frisos e cornijas, molduras dos vãos, pináculos, pia baptismal, pias de água benta, lavabo, escada e bacia do púlpito, guias do pavimento da nave e supedâneo em cantaria de granito; portas de madeira; vidros simples; grades e guardas em ferro; retábulos, guarda do coro-alto, caixotões dos tectos e apainelados das paredes em talha dourada; painéis pintados; guarda do púlpito em madeira exótica; cobertura de telha.

Bibliografia

IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. III, Lisboa, 1993; Santa Marta de Penaguião, Régua, 1995; MOURÃO, Dr. Manuel, BARBOSA, Padre Edgar, LUÍS, Padre António, Centenário da Restauração do Concelho de Santa Marta de Penaguião 1898 - 1998. Iconografia da Virgem Maria - Arte Sacra das Terras de Penaguião, Vila Real, 1998; PALAVRAS, Armando, Os Tectos de Penaguião e a Gloriosa Virgem Maria de Oliveira, Sep. de Estudos Transmontanos, vol. 10, s.l., s.d., pp. 75-100; PALAVRAS, Armando Manuel Gomes, Anjos de Penaguião. Dissertação de Mestrado em História da Arte, Universidade Lusíada, Fevereiro 2001; Recuperada Igreja de Lobrigos, Diário do Minho, 1 Março 2003, p. 18; MONTEIRO, J. Gonçalves, Penaguião "Terra" e Gente, 1ª ed., Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião, Coimbra, 2004; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DREMN

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN, IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DREMN, DGEMN/DSARH, MI (DGEMN:DSARH-010/232-0004, DGEMN:DSARH-010/232-0005, DGEMN:DSID-001/017-2305/2/2)

Intervenção Realizada

Proprietário: 1963, 18 Outubro - Comissão Fabriqueira solicita a comparticipação do Estado para obras de restauro urgente a efectuar na igreja; 1966 / 1967 / 1968 / 1969 / 1970 - consolidação da estrutura da igreja; demolição do anexo da fachada lateral direita e alteamento da sacristia, para criação de um segundo piso destinado a arrumos; os trabalhos consistiram em: demolição da parede da fachada lateral esquerda, de parte da lateral direita, do arco triunfal e reconstrução das mesmas; levantamento dos cunhais em granito onde não existem e iguais aos existentes; consolidação da estrutura de madeira do telhado; demolição da escada exterior e de acesso ao coro e construção de nova escada com guarda em ferro; demolição de 2 pavimentos em madeira na torre e construção dos mesmos em material pré-esforçado, com escada de betão; impermeabilização das paredes e execução de todos os rebocos; instalação eléctrica; execução de novo pavimento da nave em pinho; caiação e pinturas; restauro e limpeza dos quadros; restauro e limpeza dos quadros; pavimentação do adro em cubos de granito; construção das portas da nave; 1969 - comparticipação do Estado nas obras com 43.830$00; 1978 - adjudicação do restauro do órgão ao organeiro Luís Artur Correia de Magalhães, por 150.000$00; a caixa do órgão tinha apenas a fachada e a ilharga direita, sendo a ilharga esquerda e as costas constituídas pelas paredes da igreja e faltando o pavimento e a cobertura; durante o restauro procedeu-se à reconstrução de 4 das 6 faces da caixa; reconstituição da largura primitiva do teclado, que em tempos fora alargada do lado direito para acomodar um teclado com mais notas; decalque dos desenhos ainda visíveis nas almofadas inferiores da ilharga direita e reprodução dos mesmos na ilharga esquerda; consolidação da obra da talha da fachada da caixa; 2001 / 2002 / 2003 - obras de conservação e restauro da igreja.

Observações

*1 - Lobrigos é um topónimo de raiz latina (celta) que remete à época da denominação céltico-romana. O céltico "briga" significa povoação, uma vila ou uma cidade. "Ló" é a abreviatura de locus (lugar), da cidade de Braga.

Autor e Data

Isabel Sereno 1994 / Paula Noé 2009

Actualização

 
 
 
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