Pelourinho de Pedrógão Pequeno

IPA.00000573
Portugal, Castelo Branco, Sertã, Pedrógão Pequeno
 
Pelourinho quinhentista, de bola, com soco circular de três degraus, fuste cilíndrico e remate em esfera gomada, encimada por elemento heráldico. Resulta de uma reconstituição novecentista, com reaproveitamento de peças primitivas, apresentando um pendor neomanuelino. Remate constituído pela sobreposição de duas peças esféricas, tendo, na superior, a esfera armilar da primitiva estrutura.
Número IPA Antigo: PT020509110001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição de ordem militar  Tipo bola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco circular de três degraus, onde assenta coluna com base constituída por pequeno anel e fuste cilíndrico de superfície plana, com a inscrição "1959". Capitel composto pela sobreposição de vários anéis. Remate em forma esférica decorada por motivos vegetalistas estilizados e encimada por esfera armilar.

Acessos

Praça Ângelo Henriques Vidigal. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,903517; long.: -8,132545

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, destacado, em superfície quase plana. Isolado e descentrado num espaço arborizado e ocupado por parque infantil.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 15 (conjectural) / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1165 / 1174 - a povoação pertencia à Ordem do Templo; 1216 - doação à Ordem do Hospital por D. Afonso II; hipotética construção do castelo de que não subsistem vestígios; 1419 - a povoação pertencia ao termo do concelho da Sertã; 1455, 09 Dezembro - D. Afonso V eleva a povoação à categoria de vila, com direito a pelourinho, forca e juíz próprio; 1448 - emprazamento da vila a Diogo da Silveira, por ordem de Vasco de Ataíde, Prior do Crato, facto que motivou a destruição do primeiro pelourinho e da forca *1 pelos moradores; 1513, 20 Outubro - concessão de carta de foral por D. Manuel I; provável edificação de novo pelourinho, que era encimado por uma esfera armilar; 1618 - levantamento da vila por Pedro Nunes Tinoco, por ordem de Frei Manuel Carneiro, Prior do Crato; 1758, 13 Outubro - nas Memórias Paroquiais é referido que a povoação, com 109 vizinhos, pertence ao infante D. Pedro, como grão-prior da Ordem do Crato; tem juízes ordinários, 2 vereadores, procurador do concelho, todos confirmados pelo Ouvidro do Crato; tem escrivão da câmara, almotaçaria e três escrivães judiciais; 1836 - extinção do concelho e integração no município de Oleiros; 1882 - o pelourinho manuelino foi demolido, na sequência de um acidente com uma companhia de saltimbancos que actuava no local; 1937, 8 Abril - a Junta de Freguesia manifesta a intenção de reconstruir o pelourinho, aproveitando a esfera armilar, que se encontrava no muro do "adro da vila"; 1959 - reconstituição do pelourinho, reaproveitando-se alguns fragmentos do primitivo; 1993 - o pelourinho encontrava-se no Largo de São Sebastião.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes e Beiras, Porto, 1967; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos Demolidos, Lisboa, 1935; DIAS, Jaime Lopes, Pelourinhos e Forcas do Distrito de Castelo Branco, V. N. Famalicão, 1935; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Beira II - Beira Baixa e Beira Alta, Lisboa, 1984; FARINHA, António Lourenço, A Sertã e o seu Concelho, Lisboa, 1930; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pedrógão Pequeno. As peripécias do pelourinho, in Aldeias de Xisto, série II, n.º 3, 2006; PROENÇA, Raul; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco, Viseu, 2000; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73756 [consultado em 14 outubro 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 28, n.º 106, fl. 689-696)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - a forca existiu no local do actual cemitério.

Autor e Data

Margarida Conceição 1993

Actualização

 
 
 
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