Pelourinho da Sertã

IPA.00000572
Portugal, Castelo Branco, Sertã, Sertã
 
Pelourinho quinhentista, de pinha piramidal com soco circular de três degraus, fuste cilíndrico e remate em pirâmide embolada, com elementos heráldicos, que resulta de uma reconstituição novecentista, com fuste quadrangular chanfrado nos ângulos, decorado com meias esferas e motivos em forma de cabo, mantendo o remate primitivo, em forma de pirâmide com elementos heráldicos, encimafos por esfera armilar em ferro. O remate possui as armas de Portugal e municipais e a esfera armilar, pelo que a do remate resulta de um acrescento novecentista.
Número IPA Antigo: PT020509120002
 
Registo visualizado 451 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição de ordem militar  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de três degraus de saliência boleada, onde assenta coluna com base quadrangular chanfrada nos ângulos. O fuste quadrangular, chanfrado nos ângulos que apresentam superiormente fiadas de meias esferas, é encimado por capitel de secção quadrangular decorado com motivos em forma de cabo. Remate com peça tronco-piramidal de base quadrada, apresentando nas quatro faces as armas nacionais, as armas municipais, uma sertã com a legenda antiga "Certago sternit certagine hostes", a esfera armilar e a Cruz de Malta, sendo encimada por esfera armilar em ferro.

Acessos

Largo do Miradouro. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,80560; long.: -8,098002

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, destacado, em superfície plana, sendo o desenho dos degraus repetido no pavimento com calçada à portuguesa. Isolado na zona central do jardim "Miradouro Artur Caldeira Ribeiro" e delimitado por edifícios de características eclécticas regionalistas.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural) / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

74 a.c. - hipotética construção de fortaleza por Sertório, tradicionalmente associado ao topónimo; séc. 12 - concessão de foral; 1165 / 1174 - pertencia à Ordem do Templo, sendo depois doada à Ordem do Hospital; reconstrução do castelo; 1428 - criação da feira de São Lucas; 1455 - elevação à categoria de vila; 1513, 20 Outubro - concessão de carta de foral por D. Manuel I; era uma das 12 vilas do Priorado do Crato; 1521 / 1557 - provável edificação do pelourinho na Praça Velha, pois foram identificadas moedas desta época nas fundações; localização da forca no Chão da Forca; 1618 - levantamento da vila por Pedro Nunes Tinoco; 1665 - passagem para a posse da Casa do Infantado; séc. 18 - existência do castelo, de que actualmente existem escassos vestígios; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Manuel Vaz de Pádua, é referido que a povoação, com 904 fogos, pertence a D. Pedro, como grão-prior do Crato; tem juiz de fora, câmara com 3 vereadores, procurador e escrivão; 1789 - obras de reparação na casa da câmara; 1819 / 1864 - edificação de novos paços do concelho; 1874, 18 Janeiro - destruição do pelourinho, conservando-se o remate; apresentava soco de 3 degraus circulares e fuste cilíndrico; 1917 - incêndio na antiga casa da câmara localizada no actual jardim; o projecto de reconstrução do pelourinho encontrava-se em apreciação na Academia de Belas Artes; posterior reconstituição do pelourinho *2.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; esfera armilar em ferro.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes e Beiras, Porto, 1967; BARBOSA, Inácio de Vilhena, As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos Demolidos, Lisboa, 1935; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; DIAS, Jaime Lopes, Pelourinhos e Forcas do Distrito de Castelo Branco, V. N. Famalicão, 1935; FARINHA, António Lourenço, A Sertã e o seu Concelho, Lisboa, 1930; LAGES, Guilherme, O Castelo da Sertã in Comunicações das 1ªs Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, Castelo Branco, 1983; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; LIMA, Jacinto Leitão Manso de, Certã Ennobrecida ou Descripção Topographica da Vila da Certan, 1730; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; PROENÇA, Raul e DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Beira II - Beira Baixa e Beira Alta, Lisboa, 1984; SALGADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco, Viseu, 2000; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74936 [consultado em 14 outubro 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, SIPA

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 10, n.º 276, fl. 1881-1888)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

Autor e Data

Margarida Conceição 1993

Actualização

 
 
 
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