Castelo de Chaves e restos da fortificação abaluartada na cidade
| IPA.00005693 |
Portugal, Vila Real, Chaves, Santa Maria Maior |
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Do antigo castelo medieval conserva a torre de menagem, de planta quadrangular, com fachadas sigladas, terminadas em parapeito e ameias prismáticas, tendo no topo balcões rectangulares e nos ângulos balcões circulares, assentes em mísulas escalonadas e com matacães, rasgadas por frestas simples e bíforas, acedida a nível elevado, por portal em arco de volta perfeita, encimado pelas armas de Portugal, e troço de muralhas de planta rectangular a envolver parcialmente a torre, com adarve e balcões. Da fortaleza abaluartada, de planta irregular, conserva visíveis algumas cortinas, com a escarpa exterior em talude, em aparelho de cantaria irregular e cunhais em aparelho regular, possuindo cordão e terminando em parapeito, tendo nos ângulos do baluarte da Amoreira balcões poligonais salientes e no baluarte do Castelo guaritas poligonais assentes em mísulas escalonadas e a escarpa interior, transformado em jardim. No interior da torre de menagem possui as frestas bíforas com conversadeiras, fogão de sala, canalização em pedra das águas pluviais para a cisterna e um piso com cobertura em abóbada de berço. A torre de menagem do castelo e os troços da muralha que a envolvem, parcialmente, mantêm o traçado e as características primitivas, de acordo com o desenho de Duarte de Armas. Na torre detectam-se várias fases construtivas, como é visível no diferente tipo de frestas, umas rectangulares muito simples e outras já bíforas, de arco apontado e com conversadeiras no interior, de construção posterior, e a modinatura dos portais da fachada principal, sendo o do terceiro piso também posterior. O próprio remate da torre com balcões rectangulares em cada uma das faces e circulares nos ângulos, todos com matacães, aponta para uma época de construção mais tardia, provavelmente no séc. 14 / 15. No troço da muralha subsistente envolvendo a torre, destaca-se o amplo balcão circular no ângulo, assente em grande mísula também circular de toros escalonados. No interior salienta-se a subsistencia das condutas de abastecimento de água da cisterna com as águas pluviais, salientes da caixa murária e actualmente raras nas torres com cisterna e um terceiro piso com cobertura em abóbada de berço, seccionada por arcos diafragmas, e com lareira. |
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Número IPA Antigo: PT011703500004 |
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Registo visualizado 5129 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Militar Castelo / Fortaleza
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Descrição
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Do CASTELO, constituído por uma cerca de planta rectangular, com um perímetro de cerca de 860 m, na qual se integrava a torre de menagem, conserva-se apenas esta última e parte do recinto defensivo interior, composto por muralha construída no prolongamento dos ângulos N. e S. da torre e envolvendo-a de NO. e SO.. Antiga torre de menagem de planta quadrangular e cobertura em telhado de quatro águas, circundada por passadiço, com chaminé de pedra. Fachadas em cantaria de granito, com aparelho em fiadas regulares, com pedras sigladas, de cinco registos, rasgadas por frestas em arco de volta perfeita e terminadas em parapeito encimado por ameias de corpo estreito piramidais, apresentando no topo, nos ângulos, balcões semicirculares assentes em mísulas escalonadas e com matacães circulares e, ao centro, balcões rectangulares, igualmente assentes em mísulas escalonadas, ambos com parapeito coroado por ameias piramidais. Fachada principal voltada a SE., rasgada no segundo piso por portal em arco de volta perfeita, de aduelas largas, com moldura em toro e fecho saliente, encimado por escudo com as armas de Portugal, circunscrito por moldura rectangular, relevada, sendo acedido por escada de pedra, disposta paralelamente à fachada, com guarda de pedra, com chanfro, formando balcão, assente em cornija. No terceiro piso, abre-se descentrado portal em arco de volta perfeita, assente nos pés-direitos, com balcão rectangular, nos extremos assente em mísulas escalonadas e com matacães, de comunicação com o adarve da muralha, e frestas bíforas, em arco apontado; ao nível do quarto piso, abrem-se também frestas bíforas, com arco apontado. No prolongamento dos ângulos N. e S. da torre e envolvendo-a de NO. e SO., desenvolve-se muralha em cantaria de granito, com aparelho em fiadas irregulares, rasgada por porta em arco ligeiramente apontado, na fachada SO. ao nível do solo, e terminada em adarve com comunicação à torre, através de passadiço, pelo terceiro registo; num plano intermédio, a fachada possui orifícios marcando antigo corpo adossado. O adarve é provido de balcões rectangulares, assentes em mísulas escalonadas, com matacães, nas fachada NO., SE. e SO. e, no ângulo O., balcão de ângulo, circular, assente em mísula composta por vários toros escalonados, esta com parapeito vazado por troneiras cruzetadas. Da restante muralha medieval apenas conserva dois pequenos lanços incorporadas nas traseiras de habitações na R. do Bispo Idácio, a NO. e na R. do Poço, a SE. INTERIOR em cantaria de granito aparente, com pedras sigladas, iluminado pelas frestas simples e bíforas, as quais alargam para o interior, formando abóbada de berço, e sendo as últimas providas de conversadeiras. Possui cinco pisos, de espaço único, com vitrines e expositores albergando armas e objectos de cariz militar, comunicando entre si por escada de ferro e degraus de madeira. Entrada ao nível do segundo piso em cujo pavimento, lajeado, se rasga vão quadrangular, protegido por grade de ferro, de acesso à cisterna. Esta, ocupando todo o primeiro piso, recebe as águas pluviais conduzidas desde o telhado por conduta de pedra, adossada à parede, de secção octogonal, no segundo piso. No terceiro piso abre-se porta que através de passadiço estabelece a ligação ao adarve da muralha. O quarto piso, provido de fogão de sala, possui cobertura em abóbada de berço, de pedra, seccionada por arcos diafragmas, sobre possantes mísulas. O último piso tem balcão de pedra a proteger a abertura das escadas, saco da chaminé e conduta das águas pluviais, de secção quadrangular, em pedra, escada de madeira de acesso ao telhado e tecto de quatro águas, com travejamento à vista, apoiado, a toda a volta, nas linhas de asnas que assentam em mísulas, algumas esculpidas. Pavimento do segundo piso em lajes de granito e do terceiro, quarto e quinto pisos em tijoleira. Da antiga FORTIFICAÇÃO ABALUARTADA que envolvia a cidade, conservam-se troços das cortinas, numa extensão de cerca de 400 m, entre o ângulo da R. do Sol com a R. 25 de Abril, local em que se implanta o baluarte da Amoreira, e o final da Av. da Muralha, integrando o Postigo das Caldas, na confluência da Tv. das Caldas com a R. do Sol, assim como o baluarte do Castelo, fronteiro à torre de menagem; um outro lanço a O., na Av. Xavier Teixeira, integrando parte do meio maluarte de Nossa Senhora das Brotas, e a continuação deste troço na R. de Maria Rita. O reparo levantado, apresenta a escarpa exterior em talude, em aparelho de cantaria irregular, com os cunhais em aparelho regular, possuindo cordão e terminando em parapeito; nos dois ângulos do baluarte da Amoreira tem balcões poligonais salientes. Fronteiro à torre de menagem desenvolve-se o baluarte do Castelo, com guaritas poligonais nos vértices, assentes em mísulas escalonadas e terminadas em urna. A escarpa interior, encontra-se actualmente transformado em jardim formal e integrando peças de artilharia das antigas defesas da vila. O horneveque da Madalena, que defendia a entrada da ponte na margem esquerda do Tâmega, está muito afectado, encontrando-se a maior parte do traçado subsistente integrado em habitações. |
Acessos
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Rua da Muralha; Travessa do Município; Rua da Tulha |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 28 536, DG, 1.ª série, n.º 66 de 22 março 1938 *1 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no centro histórico da urbe onde se erguem importantes edifícios administrativos, religiosos e culturais como a Câmara Municipal (v. PT011703500121), a Igreja Matriz (v. PT011703500021), a Igreja da Misericórdia (v. PT011703500088) e o Museu Flaviense, antigo Paço dos Duques de Bragança (v. PT011703500068). Parte da antiga esplanada junto às cortinas e ao baluarte do castelo estão relvados e ajardinados, sendo inferiormente delimitados por muro de granito. |
Descrição Complementar
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INSCRIÇÕES: Na fachada principal da torre de menagem, em cartela de granito, surge a inscrição: A HISTÓRIA DESTE CASTELO / FOI RECORDADA / COM GRATIDÃO / PELOS / PORTVGVESES / DE / 1940; na fachada NO. da muralha que envolve a torre de menagem, em cartela com moldura em corda: R.I.19 / AOS MORTOS PELA PATRIA / NA GRANDE GUERRA / MORTOS EM ÁFRICA, 1914 / (...) / MORTOS EM FRANÇA 1917 - 1918 / (...). |
Utilização Inicial
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Militar: castelo / fortaleza |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Época medieval / Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: José Marques da Silva (1962). ENGENHEIROS: Miguel l'École (1668 - 1681), Sebastião de Sousa de Vasconcelos (1700 - 1703) (atr.). PEDREIRO: João Alves do Rego (1681). |
Cronologia
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78 d.C. - Fundação do município romano de Aquas Flavias por Tito Flávio Vespasiano; 411 - assalto da vila pelos bárbaros; 713 - ocupação moura; séc. 9 - construção do castelo de Chaves, pelo Conde Odoário; 1093 - Chaves é incluída no dote de D. Teresa, ao casar-se com o Conde D. Henrique, passando a fazer parte do Condado Portucalense; 1258 - primeiro Foral de Chaves concedido por D. Afonso III; 1250 / 1260, década - ao que parece, ainda decorria o amuralhamento da vila medieval; 1258 / 1259 - Inquirições referem a existência de obras; 1264, 28 Setembro - o rei, atendendo às queixas recebidas da parte dos abades das Igrejas de Santa Leocádia, Moreiras e São Miguel de Nogueiras, ordena aos juízes de Chaves que não obrigassem os habitantes das terras que as referidas igrejas possuiam nos termos de Chaves e Montenegro a irem em anúduva ao castelo de Chaves; séc. 13 - reconstrução do castelo e cerca da vila, no reinado do mesmo monarca; 1350 - concessão de novo Foral; séc. 14 - reconstrução das muralhas da vila e da torre de menagem, no reinado de D. Dinis; 1385 - tomada do castelo por D. João I devido ao alcaide da praça ter apoiado o partido de D. Beatriz e de Castela; doação de Chaves a Nuno Álvares Pereira e posteriormente por este a sua filha, D. Beatriz, incluindo-se como dote no casamento com D. Afonso, filho de D. João I, primeiro Duque de Bragança; a família de Bragança aqui se estabeleceu por longos períodos e mandou construir um paço; 1449, 28 Junho - o castelo de Bragança, juntamente com o da cidade de Chaves, o de Outeiro, o de Miranda e outras terras foram doadas por juro e herdade por D. Afonso V ao I Duque de Bragança; 1480 - até esta data prolongaram-se as obras na alcaçova promovidas pela Casa de Bragança; séc. 15 - construção de torres a flanquear duas portas da vila, as quais foram referidas por Fernão Lopes nos relatos do cerco da vila; 1641, Fevereiro - nomeação de Rodrigo de Figueiredo como governador da Província, o qual continuou em Chaves e Bragança o trabalho das trincheiras; 1644, 26 Maio - lançamento da primeira pedra no Forte de São Francisco ou de Nossa Senhora do Rosário; 1658 / 1662 - construção das muralhas da vila, revelim da Madalena e escavação de trincheiras e colocação de estacas no Alto da Trindade, pelo governador militar, D. Rodrigo de Castro, Conde de Mesquitela; 1663, 8 Fevereiro - sendo Governador da Província o Conde de São João Luís Alves de Távora, iniciou-se a construção das cortinas modernas circundando a vila, com três baluartes e dois meios baluartes fechando as cortinas no forte de Nossa Senhora do Rosário; do outro lado da ponte, e para sua defesa e do arrabalde da Madalena, levantou-se o horneveque, cuja construção assistiu o sargento-mor D. António Salgado governador da Praça e com provável traçado do Eng. Miguel l'École (1668 - 1681) e Sebastião de Sousa de Vasconcelos (1700 - 1703); 1664 / 1668 - construção do Forte de São Neutel, pelo governador militar, General Andrade e Sousa, o qual completava a defesa de Chaves; 1674 - ruína da face de um dos baluartes da fortificação de Chaves, devido aos rigores do Inverno; devido às necessidades do Engenheiro na Província do Minho, avançou-se o nome do ajudante de eng. João Coutinho, que até já havia servido em Trás-os-Montes e havia sido desmobilizado em 1668; devido à sua impossibilidade de ali se deslocar, é sugerido o nome de Lucas Ferreira Simões para o substituir; 1681 - a fim de satisfazer algumas dúvidas em que estavam os mestres de obras da praça de Chaves sobre a fábrica da porta principal da praça e seu corredor, corpo da guarda e arcos de rastilho, que todos haviam de ser cobertos de abóbadas de cantaria, parte delas sobressaídas e de berço "voltado com seus viaes", Lescole mandou João Alves do Rego inspeccionar aquele estaleiro de obra; 1695, 6 Janeiro - planta para a modificação das fortificações, da autoria de António Rodrigues Ribeiro; 1700 - discutia-se no Conselho de Guerra uma planta de Sebastião de Sousa de Vasconcelos da fortificação de Chaves; séc. 18 - ainda subsistia a torre da Couraça, ou seja, a que ficava mais próximo do rio e que permitia ir buscar água ao rio; 1780, 14 Novembro - requerimento do Coronel do Registo de Infantaria da praça e do tenente coronel então comandante de Cavalaria da mesma praça sobre a petição do juiz de Alfândega da vila querer as casas que serviram de Vedoria da província, porque achando-se as mesmas ocupadas, depois da extinção da Vedaria, com as munições, alguns fardamentos e armamentos daqueles Regimentos, que não se podiam conservar nos respectivos quartéis, por não terem acomodação capaz, pediam autorização real para os ditos regimentos se servirem das casas, visto serem as mais próprias para a conservação das mesmas munições e serem desnecessárias ao juiz da Alfândega da vila; como o juíz pedia agora as casas para o expediente do seu ofício; 1804, 28 Dezembro - informação de que a Província de Trás-os-Montes não tinha praça, forte ou fortaleza ou artilharia alguma de préstimo, devido à invasão espanhola de 1762 ter arruinado a Praça de Chaves, a de Bragança e a de Miranda, assim como alguns castelos; séc. 19 - a Praça de Chaves e as fortalezas de São Francisco e a Madalena estavam minadas pelos inimigos de duas em duas braças na superfície de seu alicerce; tornava-se necessário reparar a ruína que ameaçava, porque abatendo a terra se ia demolindo a muralha, como já sucedida em alguns; 1805 - Chaves foi considerada Praça de Guerra de 2ª classe; 1831, Setembro - manda-se estabelecer na Praça de Chaves, um depósito de mil cartuxos para Infantaria e dois mil para a cavina e pistolas assim como oito mil pederneiros de espigarda e dois mil de choina e pistolas; 1861, 23 Setembro - circular do Ministro da Guerra sobre a situação das fortificações da Província; 5 Outubro - em resposta, informa-se que nesta divisão militar não existia praça, forte ou castelo, porém uns troços de antigas obras permanentes cujo estado de abandono atestava em absoluto a sua inutilidade; em caso de guerra, poderiam resistir a simples golpes de mão, o Forte de São Neutel e os fragmentos das muralhas de Chaves e Praça de Miranda do Douro, auxiliadas por meio de cortaduras e outras obras de fortificação; 1869, 30 Outubro -portaria autoriza demolir o sítio das antigas portas de São Roque; 1872, 1 Maio - representação da Câmara Municipal ao Ministério da Guerra pedindo licença para demolir o recinto magistral da praça de guerra nos seguintes três pontos: 1) da porta do Anjo, ocupando uma porção do fosso, para abrir uma rua na direcção do bairro de Santa Ana; 2) junto à muralha e terreno do edifício de São João de Deus para construir passeio junto às antigas portas de São Pedro e ao largo de Santo Amaro; 3) no portal do postigo para prolongar a rua nova até ao largo do Arrabalde; para avaliar esta petição, encarregou-se o Coronel António Pedro d’ Armando; o homem que averigou concluiu que a demolição da muralha e do terraço do edifício de São João de Deus é a única parte do requerimento que não prejudicava a defesa; conclui que se devia decidir estudar melhor o assunto para decidir-se se por uma política de abandono ou conservação de qualquer praça; 1874 - a Câmara informa que pode mandar consertar à sua custa a muralha que amparava a Rua do Olival; 1880, 3 Junho - auto de entrega das muralhas e terrenos da Praça de Chaves à Câmara Municipal pelo Ministro da Guerra, na sequência da lei de 23 Junho de 1879 com as seguintes excepções, o Forte de São Neutel, compreendendo edifícios, interiores, terraplenos, parapeitos, fossos, esplana e zona de servidão; 2) Forte de São Francisco, compreendendo edifícios, interiores e exteriores, terrapleno, parapeitos e fossos ainda não concedidos; 3) a muralha que sustentava o edifício de São João de Deus e jardim anexo; 4) do baluarte sobre o terrapleno assenta o quartel de infantaria número treze, suas dependências e a porção de terreno compreendida entre a latreira regimental, flanco e face ocidentais e uma parabólica que passando da esquina da antiga casa escura e um ponto no prolongamento do flanco de baluarte touvado no pé do seu talude de escarpa a quatrocentos do ângulo da espalda à tangente d’um lado à face exterior da dita casa escura e do outro a linha determinada por aquele ponto e com outro tourado na bissectriz do baluarte a oito decímetros do ângulo flanqueado; 5) a de todo o fosso, muralha e terreno por ela ocupada, compreendidas entre o Forte de São Francisco e o alinhamento da parede do picadeiro voltado ao sul que são destinadas à construção do novo quartel de cavalaria e projecto e estudo; 1961, 4 Março - cedência da torre de menagem do castelo à Câmara Municipal por permuta com o Forte de São Neutel; 1978 - instalação de Museu Militar na torre de menagem do castelo; 2001, 21 Março - desmoronamento de troço de muralha com cerca de 20 metros na R. 25 de Abril sobre um edifício contíguo; 2002, 1 Abril - desmoronamento de troço de muralha nas imediações da zona que se encontrava em recuperação, arrastando consigo parte da muralha já reconstruída. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em granito; portas de madeira; escadas metálicas com degraus de madeira; pavimento do segundo piso da torre em lajes de granito, do terceiro, quarto e quinto em tijoleira; tecto do segundo e terceiro pisos em madeira e do quarto em abóbada de berço, de pedra; cobertura exterior de madeira telhada. |
Bibliografia
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ABREU, Thomé de Távora e, Notícias Geographicas e Historicas da Provincia de Tras dos Montes, ms. 221 da BNL, transcrição de Júlio Montalvão Machado, in Revista Aquae Flaviae, 2, Chaves, 1989, pp. 24 - 25; GONZÁLEZ SIMANCAS, Manuel, Plazas de guerra y castillos mediovales de le frontera de Portugal (Estudios de arquitectura militar), in Revista de Archivos, Bibliotecas y Museus, 24, Madrid, 1911, pp. 13 - 19; CARVALHO, Augusto C. Ribeiro de, Chaves Antiga - Monografia, Lisboa, 1929, pp. 48 - 49; AAVV, Chaves, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 6, Lisboa, s/d, pp. 633 - 634; DIONÍSIO, Santana (dir.), Guia de Portugal, 5, Lisboa, s/d, pp. 426 - 429 e 432 - 434; MOP, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, vol. 1, Lisboa, 1959; Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, vol. 1, Lisboa, 1960; MACHADO, J. T. Montalvão, Dom Afonso 1º Duque de Bragança sua vida e sua obra, Lisboa, 1964; Vv.Aa., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; DIAS, Nuno J. Pizarro Pinto, Chaves Medieval (Séculos XIII e XIV), in Revista Aquae Flaviae, 3, Chaves, 1990, p. 35 - 94; SOROMENHO, Miguel Conceição Silva, Manuel Pinto de Vilalobos da engenharia militar à arquitectura (dissertação de mestrado em História da Arte Moderna), UNL, Lisboa, 1991; TEIXEIRA, Ricardo e AMARAL, Paulo, Levantamento Arqueológico do Concelho de Chaves, relatórios anuais de actividades, Chaves, 1985 - 1992; VERDELHO, Pedro, Na Rota dos Castelos, in Chaves, Chaves, 1993, pp. 1 - 6 e 16 - 20; MACHADO, Júlio M., Crónica da Vila Velha de Chaves, Chaves, 1994; COLMERO, Antonio Rodríguez, Aquae Flavie, II. O tecido urbanístico da cidade romana, Chaves, 1997; VERDELHO, Pedro, Roteiro dos Castelos de Trás-os-Montes, Chaves, 2000; PEREIRA, Celeste, Muralha de Chaves sofreu nova derrocada. Monumento Nacional em risco. Depois do desmoronamento de há um ano, a ruptura iminente acabou por acontecer, in Jornal O Público, Porto, 3 Abril 2002; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia. Trás-os-Montes, vol. 2, Lisboa, 2003; Concelho de Chaves aposta em obras de envergadura pura promover o desenvolvimento do Município, in Notícias de Chaves, 11 Agosto 2006. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN, DGEMN/DRMN/DM |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMN; IAN/TT: Ministério do Reino, 1ª Direcção, 2ª Repartição; Arquivo Histórico Militar: 3ª divisão, 9ª Secção, Cx . 24, nº. 26, nº 33, Cx. 26 nº 8, Cx. 27, nº 30 |
Intervenção Realizada
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1801 / 1803 - obras no trem da Praça, incluindo conserto dos telhados, do corpo da guarda da Vedoria, armazém de infantaria, telhados, portas, janelas e sobrados dos quartéis da cavalaria de Bragança; DGEMN: 1959 - Obras urgentes de consolidação e reconstrução nas muralhas de Chaves, compreendendo o apeamento da muralha em ruína e remoção dos escombros, reconstrução de um pano da antiga muralha, apeamento e consolidação de um troço de muralha em ruína; 1960 - prosseguimento dos trabalhos de reconstrução do troço da muralha desmoronada; 1961 - reconstrução dos troços da muralha que ruiram na R. do Poço, no baluarte SE. do Forte de São Francisco, junto do cunhal extremo do lado O. do Forte de São Francisco, junto do cemitério; obras de consolidação do pequeno troço e da muralha existente na Tv. do Postigo dos Manos e R. Major Sousa Machado; 1962 - estudo do arranjo da Praça Camões pelo arquiteto José Marques da Silva (DES.00004657); 1968 - consolidação em vários troços das muralhas; 1969 - limpeza e consolidação de vários troços das paredes das muralhas; 1972 - arranjo do terrapleno junto da torre de menagem; 1976 - conclusão das obras da torre de menagem; 1977 - consolidação dos paramentos dos adarves, trabalhos de drenagem; 1978 - consolidação e limpeza; 1980 - diversos trabalhos de beneficiação; 1985 - realização de escavações no jardim do castelo, a S. da torre de menagem; 1986 - beneficiações diversas; 1988 - valorização dos paramentos amuralhados; IPPAR: 2001 / 2002 - reconstrução do troço de muralha desmoronado; CMC: 2006, Junho - início das obras de recuperação do Baluarte do Cavaleiro. |
Observações
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*1 - A classificação inclui os restos de muralhas militares existentes na cidade e os Fortes de São Neutel (v. PT011703500116) e de São Francisco (v. PT011703500100), ambos edificados durante as Guerras da Restauração. |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Paulo Amaral 1994 / António Dinis 2004 |
Actualização
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