Pelourinho de Rosmaninhal

IPA.00000567
Portugal, Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Rosmaninhal
 
Pelourinho quinhentista, de pinha cónica torsa, com soco circular de três degraus e fuste torso com colunelos, encimado por capitel com elementos heráldicos, onde surge o remate, encimado por grimpa. Coluna de fuste torso, decorado com meias esferas e motivos em forma de cabo.
Número IPA Antigo: PT020505120005
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição de ordem militar  Tipo pinha

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco circular de três degraus, bastante toscos, onde assenta a base hexagonal, com goibamentos duplos nas faces e a coluna com base circular anelada e decorada com meias esferas e motivos em forma de cabo, de onde evolui o fuste torso, composto por três colunelos, apresentando orifícios e gerando directamente o capitel, cuja secção é definida pela composição do primeiro. Remate em forma de pinha, apresentando, nas suas quatro faces, quatro escudos, respectivamente as armas reais (lado S.), a esfera armilar (lado N.), a cruz de Cristo (lado E.) e elemento não identificável (lado O.). É encimado por peça cónica estriada e decorada com meias esferas, que sustenta catavento em ferro com bandeirola.

Acessos

Largo da Praça. WGS84 (graus decimais) lat.: 39.728781; long.: -7.089454

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, destacado em superfície de pendente pouco acentuada, no centro da vila. Isolado na zona central de um espaço delimitado por edifícios rústicos e descaracterizados e pela antiga casa da câmara (v. PT020505120059).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1165 - doação da povoação de Idanha-a-Velha, em cujo termo se incluía Rosmaninhal, à Ordem do Templo, por D. Afonso Henriques; 1185 - provável construção do castelo; 1229 - D. Sancho II dá foral a Salvaterra do Extremo, concelho que integrava Rosmaninhal; 1237 - os Templários povoaram-na, através do mestre da Ordem, D. Estêvão de Belmonte; 1307 - o bispo de Idanha-a-Velho, D. Vasco Martins, intenta uma acção contra o Templo pela posse do castelo; 1310, 19 Janeiro - Rosmaninhal passa a pertencer à Coroa; 1319 - foi doada à Ordem de Cristo por D. Dinis; 1383-1385 - a povoação apoiou o Mestre de Avis; D. João I mandou reconstruir o castelo; 1505, 05 Novembro - um delegação da Ordem de Cristo visita a povoação inventariando os bens e rendimentos da mesma; 1510, 1 Junho - foral de D. Manuel elevando a povoação a vila, a qual era comenda da Ordem de Cristo; provável edificação do pelourinho; 1580 - a povoação apoiou o prior do Crato; 1627 - aprovação da carta orgânica das ordens monástico-militares, confirmando-se que a povoação pertencia à Ordem de Cristo; 1640 - construção de fortaleza por ordem de D. João IV, da qual subsistem alguns vestígios *1; tinha cerca muralhada com revelins e barbacã e era constituída por 500 vizinhos; a alcaidaria pertencia aos Marqueses da Fronteira; 1662 - 1667 - a povoação tinha 120 vizinhos, devendo-se o decréscimo aos saques castelhanos; 1678, 04 Novembro - por ordem de D. Pedro II, inicia-se a marcação e registo de terras da Comenda do Rosmaninhal; 1693, 26 Fevereiro - alvará de D. Pedro II a Salvaterra do Extremo, Penha Garcia, Segura e Rosmaninhal diminuindo-lhes em 70$000 o lançamento das eiras; 1704 - reparação da muralha e colocação de peças de artilharia na fortaleza; 1711 - edificação documentada da Casa da Câmara; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação era do Rei, como grãos-mestre da Ordem de Cristo, tendo cerca de 214 fogos, tendo uma fortificação do povo, contígua à do rei, estando em parte demolida; tem juiz ordinário e câmara, sujeitos ao corregedor da comarca; 1776, 07 Março - por ordem de D. Mariana Vitória, uma delegação da Ordem de Cristo visitou a Comenda do Rosmaninhal; 1807 - entrada de Junot em Portugal pelo Rosmaninhal; 1836 - extinção do concelho, sendo a povoação incorporada no concelho de Salvaterra do Extremo; 1839 - pertencia à Comarca de Castelo Branco; 1852, 24 Outubro - passou a pertencer à Comarca de Idanha-a-Nova; 1855, 24 Outubro - extinção do concelho de Salvaterra do Extremo, sendo integrada no de Idanha-a-Nova; 1864, 7 Dezembro - decreto criou a delegação alfandegária de 2.ª Ordem do Rosmaninhal, dependente da alfândega de Penamacor.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito; grimpa de ferro.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes e Beiras, Porto, 1967; BEÇA, Humberto, Castelos de Portugal: os Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; DIAS, Jaime Lopes, Pelourinhos e Forcas do Distrito de Castelo Branco, V.N. Famalicão, 1935; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moesa, 1997; PINHEIRINHO, José António dos Santos, Rosmaninhal: Passado e Presente (da antiga vila raiana da Beira Baixa), Idanha-a-Nova, 2001; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco, Viseu, 2000; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74230 [consultado em 14 outubro 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 32, n.º 163, fl. 983-988)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - alguns panos de muralha da cerca urbana, perto da torre da cidadela e barbacã; a Forca existiu no sítio da Devesa.

Autor e Data

Margarida Conceição 1993

Actualização

 
 
 
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