Igreja Paroquial de Santa Catarina / Igreja de Santa Catarina

IPA.00005620
Portugal, Leiria, Caldas da Rainha, Santa Catarina
 
Igreja paroquial manuelina e barroca
Número IPA Antigo: PT031006110015
 
Registo visualizado 153 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal orientada, composta por 2 naves e capela-mor, corpo da sacristia salienta adossado ao lado E. da capela-mor; adossamento de torre de planta quadrada a SO. Cobertura diferenciada a 2 águas. Exterior: fachada principal orientada a O. em empena angular rematada por cruz em pedra e ladeada por pináculos; sobre portal em arco abatido, 2 cachorros, a cuja altura se abre janelão de peito coroado por frontão curvo. Torre: 3 registos divididos por frisos; 1º piso: cego; entre o 2º e 3º piso: relógio; 3º piso: abertura sineira em arco alteado; remate em coruchéu octogonal de ângulos quebrados flanqueado por fogaréus e coroado por cata-vento. Fachada S.: torre; corpo da nave rematado por cornija; 1º piso: porta de verga em arco abatido, frestas abertas em ritmo diminuitivo; 2º piso: janelas equidistantes em arco abatido; reentrância do corpo da capela-mor, rasgado por janela recta gradeada. Fachada E. em empena angular, aberta por porta e janela gradeada de moldura recta. Interior: pavimento de tijoleira disposto em isódomo; nave lateral com cobertura em tecto plano de madeira, separada da nave principal por colunas cilíndricas; nave principal com cobertura angular formada por traves alternadas revestidas a madeira, coro-alto sustentado por colunas; capela-mor coberta por abóbada de berço com a imagem pintada de Santa Catarina; o altar-mor apresenta colunas pseudo-salomónicas com decoração vegatalista, sendo a parte superior formada por arcos concêntricos ligados por aduelas radiais, rematado no fecho por cartela em forma de escudo com os símbolos do martírio de Santa Catarina. Os altares laterais ostentam colunas cobertas de decoração com pássaros, folhagem, flores e frutos assentes em mísulas sustentadas por meninos atlantes. Na parte central existe um nicho cujo fecho do arco é sobrepujado por 2 meninos sustentando uma cartela floral. No topo, um florão entre 2 meninos com grinaldas remata o conjunto; no lado do Evangelho a capela do Coração de Jesus coberta por uma abóbada de nervuras firmada por 10 barretes, com uma estrela relevada no bocete do fecho e ornatos polícromos. O frontal do altar é forrado de azulejos do tipo mudéjar que se estendem às ilhargas. No altar encontram-se 4 pinturas sobre madeira: "O Encontro de Santa Ana e São Joaquim", nas abas: "Adoração dos Pastores" e "Anunciação", na predela superior "Última Ceia", atribuídas ao "Mestre de São Quintino". Une-se a este espaço a capela do Cristo Crucificado, com altar sobrepujado por coroa real

Acessos

Avenida da Igreja

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano; isolado, implantação destacada localiza-se num pequeno largo, próximo do pelourinho, envolvido por vias públicas, rodeado por casario.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

PINTOR: Mestre de São Quintino (atr., séc. 16).

Cronologia

Séc. 16 - construção do templo; séc. 16, 2º quartel - feitura do retábulo, atribuível ao Mestre de São Quintino; 1554 - enterramento do instituidor Johan Roiz Português; 1580 - D. Manuel concedeu-lhe foral; séc. 18, início - o padre Carvalho informa que era a única vila dos coutos de Alcobaça que não estava subordinada ao Mosteiro no espiritual; execução do retábulo em talha dourada do altar-mor e altares colaterais; 1873 - reconstrução da capela lateral do lado da Epístola, dedicado a Nossa Senhora do Rosário; 1980 - ampliação, reestruturação do edifício; 2003, 05 maio - Despacho de encerramento do processo de classificação pelo vice-presidente4 do IPPAR.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes (nave); estrutura mista (capela-mor); estrutura autónoma (capela do Coração de Jesus).

Materiais

Estrutura em alvenaria e cantaria; pavimento lajeado; cobertura em telha; revestimento de azulejos.

Bibliografia

HORTA, Cristina, As Artes nas Caldas da Rainha no Século XVIII, in Terra de Águas: Caldas da Rainha, História e Cultura, Câmara Municipal das Caldas da Rainha, 1993; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. V., Lisboa, 1955; Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1976.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU:DGEMN/DSID; CMCaldas da Rainha

Documentação Administrativa

CMCaldas da Rainha: processo do projeto de ampliação (17 dezembro 1979)

Intervenção Realizada

1980 - demolição da ala Sul e reconstrução em 2 pisos: o térreo, integrado no espaço da antiga nave passando a formar um único espaço envolvendo a nova zona de celebração, agora localizada à saída do arco cruzeiro da capela-mor. O 2º piso destinado a sala de reuniões e catequese, com acesso independente junto à torre sineira; iluminação natural do espaço interior conseguida pelo prolongamento de uma das águas da cobertura e consequentes aberturas e pelas frestas verticais na parede inferior voltada a Sul; remodelação dos anexos voltados a Norte dotando a igreja de novos gabinetes para cartório e sacristia, além de instalações sanitárias e arrecadação; pavimentação em laje de pedra e tijoleira rectangular nas áreas da assembleia e lajes na zona da celebração; lambrim de azulejos de composição axadrezada segundo cópia de desenho do Séc. 16; revestimento dos tectos da nave a madeira de pinho; execução do esgoto em manilhas de grês vidrado com ligação ao colector municipal. Arq. António Flores Ribeiro

Observações

"Os altares laterais apresentam semelhanças com o altar-mor, sobretudo na gramática decorativa, mas certos pormenores, como os anjinhos toscamente esculpidos, revelam um trabalho menos elaborado, provavelmente de um artista regional. A própria madeira destes altares é diferente da que foi utilizada no altar-mor, o que prova não se tratar de um conjunto homogéneo" (C. Horta).

Autor e Data

Lurdes Perdigão 1996

Actualização

 
 
 
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