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Edifício e estrutura Estrutura Comemorativo Monumento comemorativo
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Descrição
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Sobre embasamento quadrado composto por duas plataformas sobrepostas, ergue-se ao centro um pedestal paralelepipédico, (ostentando nos lados E. e O. placas à memória do oficial do corpo de engenharia, J.M. das Neves Costa (datada de 5-III-1911) e do tenente-coronel J. Fletcher *2), sobre o qual assenta coluna comemorativa de fuste liso com 7,95 m, e capitel dórico. Acima do ábaco e orientada a N., a estátua de vulto pleno figurando Hércules representado com os respetivos atributos, como a maça e a pele de leão. |
Acessos
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Alhandra |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Destacado, isolado por árvores, implantado em posição altimétrica dominante, no extremo SE. da serra de São Lourenço, localizado num terreiro de perímetro circular definido e delimitado por plintos, alguns com remate em urnas, alternados com estrutura metálica tubular. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comemorativa: monumento comemorativo |
Utilização Actual
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Comemorativa: monumento comemorativo |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ESCULTOR: José Simões de Almeida (1877-1883). |
Cronologia
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1799 - ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder em França; 1807, outubro - França e Espanha assinam o Tratado de Fontainbleau, prevendo a invasão e subsequente divisão do território português em três reinos; novembro - tropas francesas comandadas pelo General Junot entram em Portugal; a diplomacia portuguesa solicita o apoio da Inglaterra; 29 novembro - a família real portuguesa abandona o país partindo para o Brasil; 1808, agosto - as tropas luso-britânicas comandadas pelo general inglês Wellesley vencem os franceses nas Batalhas da Roliça e do Vimeiro, forçando a rendição de Junot; 1809, março - as tropas francesas, comandadas pelo marechal Soult, procedem a uma segunda invasão, sendo de novo obrigadas a retirar; é decidida a construção de uma linha de defesa de Lisboa, edificada por ordem do general Wellesley, caso se verifiquem novas invasões das tropas francesas; 1810 - o Major Brandão de Sousa dá a designação de Boavista a esta obra militar; Napoleão envia o general Massena para conquistar Portugal mas é vencido por Wellesley no Buçaco; 1814 - Napoleão abdica do poder; 1829 - o Capitão J. T. Jones refere que a guarnição deste forte seria de 200 soldados e teria 3 peças de artilharia de calibre 12; séc. 19, década de 70 - iniciativa do Marquês de Sá da Bandeira, Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo (1795 - 1876), primeiro-ministro e veterano da Guerra Peninsular, para que se realize um monumento para comemorar a defesa das Linhas de Torres, (a erigir no local onde se iniciava a primeira linha defensiva), sendo entregue a tarefa de concretizar este projeto ao General Joaquim da Costa Cascais; 1874, 28 agosto - o projeto do monumento é aprovado, sendo fixada a sua localização no denominado Forte da Boa Vista; 1875 - iniciam-se os trabalhos; 1877, 29 maio - é colocada a coluna do monumento, vinda de Pero Pinheiro, entretanto o escultor Simões de Almeida trabalhava na realização da estátua, pela qual recebia a quantia de 1.000$00; 1883 - o monumento encontrava-se concluído; 1960 - a coluna encontrava-se fendida em 4 partes requerendo reparação; 1980, fevereiro - R. W. Bremner visita o local do forte onde se encontram pouco vestígios do mesmo; 2006, 8 novembro - despacho de encerramento do processo de classificação do monumento; 2013, 14 janeiro - abertura do procedimento de classificação das 1ª e 2ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres, nos concelhos de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, pelo anúncio nº 12/2013, DR, 2ª série, nº 9 (128 obras militares). |
Dados Técnicos
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Materiais
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Cantaria de calcário, mármore, ferro. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de - Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa. Lisboa: s.n., 1963; CÂNCIO, Francisco - "Linhas de Torres Vedras, o Distrito de Alhandra". Vida Ribatejana. 1962 - 1964, Vol. XI, Nº Esp.; CARDOSO, Edgar - O Jubileu das Oficinas Gerais de Material Aeronáutico. Alverca: 1968; CARDOSO, Rui - Linhas de Torres - A Vingança do Francês. Expresso Revista. Lisboa: 10 novembro 1990; "Freguesia de Alhandra". A Hora. Alhandra: julho / agosto 1961, Nº 297 - 298; Guia da Rota Histórica das Linhas de Torres, Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres, novembro 2011, ; NORRIS, A. H., BREMNER, R. W. - As Linhas de Torres Vedras, as três primeiras linhas e as fortificações ao sul do Tejo. Torres Vedras: Câmara Municipal de Torres Vedras, Museu Municipal Leonel Trindade, British Historical Society de Portugal, outubro 2001; PARREIRA, Rui - "Inventário do Património Arqueológico e Construído no Concelho de Vila Franca de Xira". Boletim Cultural. Vila Franca de Xira: 1986, Nº 2; PIMENTEL, Alberto - "Alhandra". Estremadura Portuguesa. Lisboa: 1908, Parte I; PROENÇA, Raul, (dir. de) - Guia de Portugal. Lisboa: 1924, Vol. I; SACADURA, Augusto - "Linhas de Torres e Combates Frente às Linhas Completam 175 Anos Sem Quaisquer Comemorações". Notícias de Alhandra. Alhandra: outubro 1985; "Um Património a Descobrir". O Concelho em que Vivemos. Vila Franca de Xira: 1998; "Vila de Alhandra". A Hora. Alhandra: 1936, Nº 29. |
Documentação Gráfica
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Exército Português: Direção de Infraestruturas |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CMVFX; IGESPAR: IPPAR: pº nº 85/3(11) |
Intervenção Realizada
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CMVFX: 1948 - levantamento e transporte das antigas peças de artilharia que serviam de vedação à estrada de acesso ao monumento; 1954 - obras de conservação e beneficiação geral; 1955 - instalação de um para-raios no monumento; 1956 - o mau estado de conservação do edifício exige reparações de caráter urgente. |
Observações
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*1 - DOF: Vestígios do Forte da Boa Vista, incluindo o Monumento Comemorativo das Linhas de Torres/Obra nº 3 (1ª Linha Defensiva), Serra de São Lourenço, freguesia de Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa; *2 - apresentava a seguinte legenda latina "NEC PLUS ULTRA". |
Autor e Data
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Teresa Vale e Maria Ferreira 1999 / Teresa Ferreira 2013 |
Actualização
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