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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| De planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos (nave e capela-mor), o edifício apresenta volumetria escalonada, sendo a cobertura efectuada por telhados a 2 águas e em coruchéu. Apresenta alçado principal, a O., com pano de muro em reboco pintado, compartimentado em 3 corpos separados por pilastras de cantaria, dos quais se demarca o axial: este exibe a eixo portal de verga recta encimado por frontão contracurvado interrompido, animado ao centro por tabela contracurvada. Articulado com a porta e a sobrepujá-la, reconhece-se janelão com emolduramento simples de cantaria e verga recortada. O corpo central é rematado por frontão triangular vazado ao centro por óculo e encimado por cruz. Os corpos laterais, idênticos, correspondem a 2 torres sineiras de planta quadrada; apresentam cada um, pano de muro animado por 3 janelas de emolduramento simples em cantaria com malheiro de ferro, e 4 ventanas sineiras (precedidas de relógio), rematadas por coruchéu animado por fogaréus nos acrotérios. INTERIOR: de nave única, planta rectangular e cobertura em abóbada de berço articulada com cornija, e panos laterais vazados por 2 arcos de volta perfeita de cada lado, correspondentes respectivamente a acessos transversais ao templo e a altares laterais (das invocações de São José e de Nossa Senhora de Fátima) em talha dourada e policroma (*1); estes são intercalados por púlpitos de cantaria encimados por janelas iluminantes rectangulares. Adossado à face interna da fachada, observa-se coro-alto com guarda em balaustrada de madeira. Antecede a capela-mor arco triunfal em arco de volta perfeita de cantaria. A capela-mor com cobertura em abóbada de berço rasgada por lunetas ostenta superfície murária animada por lambril azulejar com motivos neoclássicos e por pintura decorativa ornamental de temática análoga. Os panos laterais são ainda vazados por portas (a do lado do Evangelho comunica com a sacristia) encimadas por janelas. No muro de topo retábulo em talha dourada e polícroma, com duplas colunas de fuste canelado e capitéis compósitos, encimadas por arco contracurvado rematado por resplendor; é vazado ao centro por camarim a albergar trono com a imagem do orago e ladeado por 2 nichos (contendo imagens de Santo António e São João Baptista), precedidos de portas. |
Acessos
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| Largo de Nossa Senhora do Livramento, Livramento. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,006482; long.: -9,288915 |
Protecção
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| Em estudo |
Enquadramento
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| Urbano, destacado, isolado por adro murado e sobrelevado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ENTALHADOR: José Rodrigues Ramalho (séc. 17). ORGANEIRO: António Xavier Machado e Cerveira. |
Cronologia
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| Séc. 17, 2.ª metade - execução do retábulo-mor por José Rodrigues Ramalho; 1655, 22 Setembro - por iniciativa do Pe. Mateus Ribeiro, e na sequência de um peditório tendo por finalidade a construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Livramento, inicia-se a obra; 1659, 6 Janeiro - é celebrada a 1ª missa no local onde se encontra em construção a igreja de Nossa Senhora do Livramento; 1666, Novembro - a imagem de Nossa Senhora do Livramento, proveniente da vizinha igreja de São Pedro dos Grilhões ( v. 110901027 ) entra, em grande procissão, na igreja, em construção, onde fica ao culto; 1667, 6 Janeiro - é celebrada a 1ª missa na igreja; 1682 - é impressa em Lisboa a obra do Pe. Mateus Ribeiro, pároco da Azueira, Compêndio Historial do Principio Progresso, e Augmentos da Caza da Virgem Nossa Senhora do Livramento; 1755 - o terramoto causa significativos danos na igreja; 1786 - é autorizada pelo Patriarcado a reconstrução do templo; séc. 18 / 19 - execução do órgão por António Xavier Machado e Cerveira, o seu n.º 16. |
Dados Técnicos
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| Estrutura mista |
Materiais
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| Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, azulejos (séc. 18) |
Bibliografia
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| ASSUNÇÃO, Guilherme - Mafra. Efemérides do Concelho. Lisboa: 1967; AZEVEDO, Carlos, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano - Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa. Lisboa: 1963, vol. III; COSTA, Américo da (Padre) - História Encantadora de Nossa Senhora do Livramento. Livramento: 1973; LUCENA, Armando - Monografia de Mafra. Mafra: 1986; RIBEIRO, Mateus (Padre) - Compendio Historial do Principio Progresso, e Augmentos da Caza da Virgem Nossa Senhora do Livramento. Lisboa: 1682; SERRÃO, Vítor - História da Arte em Portugal - o Barroco. Barcarena: Editorial Presença, 2003; VALENÇA, Manuel (Padre) - A Arte Organística em Portugal. Braga: 1990, vol. II; VILAR, Maria do Carmo - «Património Artístico da Azueira». Boletim Cultural de Mafra. Mafra: 1994, n.º 2.
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Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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| IGESPAR: IPPAR: pº nº 81/3(38) |
Intervenção Realizada
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| UTENTE: 1998 / 1999 - substituição do reboco dos paramentos exteriores e pintura; substituição integral da cobertura. |
Observações
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| *1 - os azulejos, datáveis do século 17, que se podem observar nestes altares laterais provêm da antiga Casa dos Círios do Livramento. *2 - são visíveis danos causados por infiltrações sobre o coro-alto. |
Autor e Data
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| Teresa Vale e Maria Ferreira 1999 |
Actualização
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