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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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De planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos ( nave e capela-mor ), de volumetria paralelepipédica, sendo a cobertura efectuada por telhados a 1 e 2 águas e em coruchéu. O alçado principal a O., apresenta 2 corpos com panos de muro separados por pilastras de cantaria, correspondentes respectivamente, ao templo e a torre sineira. O corpo principal é aberto a eixo por portal com emolduramento simples de cantaria, e verga recta destacada encimada por cruz ladeada por aletas e pináculos; este é sobrepujado por óculo. Em torno do portal de 4 janelas rectangulares de peito com emolduramento simples em cantaria, das quais se distinguem as 2 superiores, com verga recta destacada. Precedido de cornija, o corpo é superiormente rematado por pano de muro de perfil contracurvado, ostentando cruz ao centro. Adossada ao alçado principal, (a N.) torre de planta quadrada com os cunhais em cantaria e 3 ventanas sineiras, rematada por coruchéu piramidal com pináculos nos acrotérios. Os alçados laterais apresentam pano de muro animado por vãos - portas e janelas de peito - com emolduramento simples de cantaria, dispostos a ritmo irregular. O INTERIOR do templo, apresenta nave única com cobertura em tecto pintado de 3 panos em madeira; é vazada lateralmente por 2 portas de verga recta com emolduramento simples de cantaria encimadas por painéis esculpidos rematados por áticas - comunicantes com o exterior através dos alçados laterais N. e S. - e por 2 arcos de volta perfeita, através de um dos quais se acede a capela com pia baptismal (lado da Epístola). Adossado à face interna da fachada, observa-se coro-alto com guarda em balaustrada de madeira. Antecede a capela-mor arco triunfal em arco em asa de cesto de cantaria. A capela-mor com cobertura em abóbada abatida, sendo os panos de muro revestidos por placagem de cantaria e animados com composições escultóricas, de carácter geométrico. No muro de topo retábulo de cantaria vazado ao centro por camarim e ladeado por 2 nichos. Na face interna da mesa do altar-mor é visível revestimento azulejar padronado do século 17. Junto à porta principal, reconhece-se (do lado do Evangelho) pia de água benta manuelina esculturada. |
Acessos
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Largo D. Fernando, Rua Quinta do Caiado. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,826625; long.: -9,143498 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado por adro |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1191 - a igreja de Frielas é pela primeira vez referenciada num documento conhecido, concretamente aquele em que D. Soeiro Anes, bispo de Lisboa, efectua a divisão das igrejas do Bispo e do Cabido da Sé de Lisboa; Séc. 13 - a igreja de Frielas, por doação de D. Dinis, passou a integrar-se no priorado de apresentação do mosteiro cisterciense de Odivelas ( V. PT031116030003 ); Séc. 16 - existia então uma colegiada na igreja; 1539 - o total dos bens da colegiada de Frielas era de 113 propriedades; 1747 - foram aditadas mais 3 propriedades aos bens da colegiada; 1755 - o terramoto causa grandes danos no edifício (queda dos sinos, brechas na abóbada da capela-mor, abertura de fendas nos muros laterais); 1862 - as obras de reconstrução da igreja encontram-se concluídas e são colocadas no templo as imagens de São Julião e de Santa Baziliza; 1955 - o edifício encontrava-se em péssimo estado de conservação (o aprodrecimento da cobertura era responsável pelo constante alagamento do interior), constituindo-se uma comissão que solicita então a intervenção da DGEMN; 1964 - concessão de um subsídio pelo Ministério das Obras Públicas com vista à realização de obras de restauro; 1995, 27 novembro - Despacho de abertura do processo de classificação; 2004, 12 outubro - Despacho de revogação do Despacho de abertura do processo de classificação, encerrando o mesmo. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes ( nave ) e estrutura mista ( capela-mor ) |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira. |
Bibliografia
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CUNHA, D. Rodrigo da, História Ecclesiástica da Igreja de Lisboa, Tomo I, Lisboa, 1642; CASTRO, João Bautista de, Mappa de Portugal Antigo e Moderno, Tomo III, Parte V, Lisboa, 1763; BARBOSA, Ignacio Vilhena, Fragmentos de um Roteiro de Lisboa (Inédito), in Archivo Pittoresco, Vol. 5, Lisboa, 1863; LEAL, A. de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. III, Lisboa, 1874; BAPTISTA, João Maria, Chorographia Moderna do Reino de Portugal, Vol. IV, Lisboa, 1876; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal. Dicionário, Vol. III, Lisboa, 1907; Livro do Inventário dos Bens Móveis da Igreja Paroquial de São Julião de Frielas, 1942 (*2); GOMES, J. Pinharanda, O Carmo em Loures, Loures, 1979; GOMES, J. Pinharanda, Povo e Religião no Termo de Lisboa, Loures, 1982; MARQUES, Manuel Gustavo Fernandes e OUTROS, Loures Tradição e Mudança: I Centenário da Formação do Concelho 1886-1986, Loures, 1986; Frielas. Percurso Histórico, Frielas, s.d. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CMLOURES: pº nº 8.287 / D.P.U.; IGESPAR: IPPAR: pº nº 90/3(17) |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, década de 60 - campanha de obras, responsável nomeadamente por: transformação dos altares laterais utilizando-se designadamente a base de um púlpito (desaparecido) como ara de um deles, passagem do lavabo da sacristia para a capela do lado da Epístola; 1970 - conclusão das obras de restauro que permitiram a reabertura do templo ao culto. |
Observações
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*1 - o orago é São Julião e Santa Baziliza. *2 - este livro encontrava-se na igreja há alguns anos atrás (não foi possível confirmar a sua localização actual) |
Autor e Data
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Teresa Vale e Maria Ferreira 1999 |
Actualização
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