Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Porto

IPA.00005553
Portugal, Porto, Porto, União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
 
Igreja da Misericórdia reformada no séc. 18, em estilo barroco, de planta retangular composta por nave e capela-mor, com fachada principal organizada em dois registos, tendo no primeiro galilé aberta por três arcos, e o segundo rasgada por dois vãos, enquadrados por decoração exuberante, conservando a capela-mor maneirista, interiormente circular organizada em dois registos, ritmada por colunas caneladas e coberta por abóbada de quarto de esfera em caixotões. A capela-mor segue, miniaturalmente o esquema da capela-mor do Mosteiro dos Jerónimos, construída por Jerónimo de Ruão entre 1565 e 1572. Possui retábulos de talha e decoração de estuque e azulejos em estilo neoclássico. Segundo Francisco de Almeida e Sousa e Casimiro S. Arsénio, quando se procedeu à abertura da R. de Santa Catarina das Flores (actual R. das Flores), quase todo o terreno era ocupado pelas hortas do Bispo. Umas estavam aforadas à própria Mitra, outras ao Cabido. Foi determinado pelo Bispo que cada nova casa a construir na nova R. fosse marcada nos cunhais com o símbolo do seu foro: S. Miguel para os foros do cabido e a Roda de Navalhas de Santa Catarina para os da Mitra.
Número IPA Antigo: PT011312150045
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  Misericórdia

Descrição

Planta longitudinal, composta por nave única precedida por galilé, capela-mor internamente curva, claustro e outras dependências. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachada principal toda em cantaria, de dois registos separados por frisos e três corpos delimitados por pilastras sobrepujados por elementos decorativos. No primeiro abrem-se três arcos plenos, sendo os laterais encimados por conchas e o central, mais largo e rendilhado, por cartela com legenda bíblica e data de 1750. A zona central é rematada por um frontão circular, partido, profusamente decorado. No segundo registo abrem-se três janelas, de recorte ondulado, com balaústres em forma de urna e frontões, decorados com folhagens. A fachada é rematada por um enorme frontão com as armas reais, fogaréus e cruz central. No interior, a nave é forrada a azulejos de padrão com temas eucarísticos e coberta por abóbada de tijolo decorada com motivos de estuque e formando vários tramos marcados em cantaria sobre cornija saliente decorada. Coro-alto assente num arco abatido, com perfil recortado e guarda-vento em talha; capelas colaterais com pilastras apoiando frontões circulares interrompidos, com retábulos. Arco triunfal entre colunas caneladas com o primeiro terço bosantado e ritmada por colunas caneladas com o espaço entre elas ocupado por pequeno altar e painel decorado por estuques; sobre o entablamento decorado, frontão circular interrompido profusamente decorado no topo; sobrepujando o arco triunfal sanefa de talha. Capela-mor de 2 registos, tendo no 1º colateralmente, entre colunas estriadas e com o primeiro terço bosantado, nichos com as imagens dos Evangelistas encimados por janelas com grades de ferro dourado; o 2º registo é ritmado por colunas coríntias. O topo da capela-mor tem entre as colunas painéis de azulejos amarelos relevados e altar trono em talha branca e amarela. Cobertura em abóbada, em parte cilíndrica e em parte esférica, com caixotões almofadados em cantaria. O edifício da Misericórdia possui claustro, de onde se destaca lápide comemorativa do Hospital D. Lopo de Almeida; Sala de sessões, com tecto apainelado em masseira, com pinturas emolduradas em talha dourada e sala do Despacho.

Acessos

Vitória, Rua das Flores

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977

Enquadramento

Urbano, flanqueado. Inserida em malha urbana de elevada densidade, sendo flanqueada por outras construções, uma delas de cércea mais baixa.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Nicolau Nasoni (1754-1779). CARPINTEIROS: Baltasar Gonçalves (1598); Belchior Francisco (1667); Diogo de Holanda (1590); Manuel Antunes (1679-1680); Pedro Anes (1573, 1590). DESENHADORES: João Pereira (1689); Manuel da Ponte (1590). ENGENHEIRO: Álvares Martins. ENSAMBLADORES: André de Almeida (1649-1650); António de Almeida (1668); Bento da Rocha (1668); Gaspar dos Reis e Sousa (1694); João Coelho de Magalhães (1686, 1694); Manuel Nunes (1635-1636); Simão Carneiro (1642). ENTALHADORES: António Cardoso (1704); António Coelho (1612, 1679-1680); Domingos Lopes (1668); Filipe da Silva (1693); João de Aguiar (1679-1680); Luís Pereira Costa (1724); Pedro da Silva (1626-1627); Pêro de Figueiredo (1590-1592). IMAGINÁRIOS: Bento Ferreira (1589, 1595, 1597); Gonçalo Rodrigues (1597). João da Fonseca (1593-1594); João Nunes (1667). LATOEIRO: António Rebelo (1668). ORGANEIROS: Frei Manuel de São Bento (séc. 18); Manuel dos Santos Fonseca (1997); Salvador Rebelo (1598, 1602). PEDREIROS: António Vieira (1667); Diogo Carvalho (1590); Diogo Pires (1590); Domingos Carvalho (1590); Domingos Gonçalves (1590); Frutuoso Gonçalves (1590); Gaspar Ferreira (1590); Gonçalo Afonso (1590); Gonçalo de Sousa (1590); Jerónimo Gonçalves (1590); João da Rocha (1667); Manuel Dias (1590); Manuel Luís (1590); Pantalião Vieira (1667); Pedro Domingos de Braga (1590). PINTORES: Diogo de Oliveira (1613); Diogo Teixeira (1591-1592, 1597); Domingos Lourenço (1613); Inácio Ferraz de Figueiroa (1613); Francisco Correia (1591, 1600, 1606, 1613); Jerónimo de Sousa (1668); Manuel Correia de Sousa (1693). PINTORES - DOURADORES: Agostinho de Sousa (1668); Francisco de Araújo (1667); Fracnsico Gomes (1679-1680); Gonçalo Coelho (1616, 1636); Manuel da Ponte (1596, 1598); Mateus Nunes de Oliveira (1687-1688, 1693); Salvador Mendes (1600); Sebastião Moreira (1591). TORNEIRO: Manuel de Sousa (1679-1680).

Cronologia

1499 - D. Manuel I expõe à Câmara o desejo de se criar na cidade a confraria de Nossa Senhora da Misericórdia; séc. 16 - encomenda de uma "Fons Vitae", em Bruxelas, pela Irmandade da Misericórdia; 1502 - Instituição da dita Confraria na capela de Santiago, no claustro da Sé; 1521 - abertura da Rua de Santa Catarina das Flores; 1544, 26 novembro - escolha desta rua para instalação de casa própria; 1548 - D. João III recomenda à Câmara para que se mobilizassem esforços e dinheiro na construção da Santa Casa; 1550, 24 junho - mudança definitiva; 1559, 4 janeiro - a obra está já alicerçada; 13 dezembro - é benzida pelo Bispo do Porto D. Rodrigo Pinheiro; 1564 - cobre-se de telha a abóbada da nave; 1566 - a Misericórdia revela o desejo de que a "igreja fosse acabada"; 1567 - colocação dos primeiros altares; 1568 - último ano de celebração de missas na Capela de Santiago nos claustros da Sé; 1573, 05 agosto - está em execução o retábulo-mor por Pedro Anes, sendo nesta data suspensos os trabalhos; 1579, 18 janeiro - retoma-se a obra de construção do retábulo-mor; 14 julho a 21 setembro - decisão de voltar a suspender a obra; 1583, 28 dezembro - a Mesa decide a feitura do cadeiral para a igreja; 1584 - o legado de D. Lopo de Almeida torna possível a construção da capela-mor; 24 julho - arranque definitivo da obra, vindo a pedra da pedreira do Monte de Mijavelhas e sendo vedor das obras o padre Gonçalo Vieira; 22 dezembro - os alicerces já estão fixados; surgindo dúvidas quanto ao facto da construção ir "conforme ao desenho com que se começou e porque parecia mais custosa" fazem-se várias paragens nas obras e mudanças, levando a que elas se arrastem por anos; 1587 - revestimento da abóbada por "telhas de colmo"; 1588, 19 novembro - o recheio da capela-mor está praticamente colocado; 1589, 21 Outubro - pagamento de 1$000 a Bento Ferreira pelas grades da igreja; 1590, 10 Janeiro - Manuel Luís recebe o seu último pagamento e dá a obra por concluída, tendo trabalhado ainda os pedreiros Frutuoso Gonçalves, Gaspar Ferreira, Domingos Gonçalves, Manuel Dias, Diogo Carvalho, Domingos Carvalho, Gonçalo Afonso, Jerónimo Gonçalves, Diogo Pires, Gonçalo de Sousa, Pedro Domingos de Braga; 9 março - pagamento pelo desenho do sacrário, feito em Lisboa; 11 abril - pagamento pelo acabamento do sacrário provisório por Diogo de Holanda e douramento do mesmo por Manuel da Ponte; 14 agosto - a Mesa decide mandar fazer um retábulo e sacrário; feitura do retábulo-mor, conforme desenho de Manuel da Ponte; 26 agosto - a Mesa decide entregar a feitura da talha dos painéis do retábulo-mor a Pêro de Figueiredo; 27 agosto - 15 dezembro - feitura dos painéis; 1591, 10 janeiro - pagamento pelo desenho do sacrário; 24 maio - pintura dos painéis da capela-mor por Diogo Teixeira, por 250$000; agosto - setembro - douramento do sacrário por Sebastião Moreira; pintura das 5 imagens do sacrário por Francisco Correia e Sebastião Moreira, de Lisboa; 21 outubro - contrato com Pêro de Figueiredo para a feitura de 4 painéis; 1592, janeiro - junho - feitura dos painéis de fora, por Diogo Teixeira; fevereiro - Diogo Teixeira inicia o douramento dos painéis;, por 11$200; 5 março - pintura das figuras do sacrário por Diogo Teixeira; 11 março - pagamento ao ourives Manuel Mendes pelos desenhos do sacrário e pelo acompanhamento da obra; feitura do sacrário por Pêro de Figueiredo; 15 - 27 Junho - feitura de vários elementos em talha por Pêro de Figueiredo, dourados por Diogo Teixeira; 1593, 30 Maio - pagamento pelas grades da igreja, feitas por João da Fonseca; 1594, 19 Junho - contrato de João da Fonseca para a feitura dos Evangelistas, que seriam recusados pela Mesa; 1595, 09 dezembro - feitura para os tocheiros da capela por Bento Ferreira; 1596, janeiro - douramento dos tocheiros por Manuel da Ponte; 1597, cerca de - contrato com Salvador Rebelo para a execução de um órgão; março - contrato com Bento Ferreira para a feitura da caixa do órgão; 1597, 29 setembro - contrato com Gonçalo Rodrigues para a execução dos Evangelistas para a capela-mor; 1598 - feitura de um armário e um taburno para a Sala Grande, por Baltasar Gonçalves; 05 abril - contrato para a feitura dos órgãos com Salvador Rebelo; 15 maio - feitura de 6 tocheiros por Bento Ferreira; 17 novembro - feitura do modelo dos caixilhos dos painéis do retábulo-mor por Manuel de Ponte; 1599, 26 maio - o órgão está concluído; 1600, 12 junho - Francisco Correia e Salvador Mendes comprometem-se a dourar e pintar os Evangelistas; 1602 - o órgão encontrava-se bastante danificado e desconcertado; Salvador Rebelo assumiu a obrigação de consertar e reparar o órgão, pela quantia de 10$000, comprometendo-se também a mudá-lo para junto da porta do coro e a afiná-lo e consertá-lo todos os anos, recebendo anualmente 2$000; 1606, 16 março - pintura da imagem de Nossa Senhora do altar travesso da igreja, por Francisco Correia; 1612, 28 junho - ajustamento da feitura da imagem de Nossa Senhora para o nicho com António Coelho, por 10$000; 1616, 05 junho - pintura e estofo da imagem de Nossa Senhora por Gonçalo Coelho; 1613, março - contrato com Inácio Ferraz de Figueiroa, Diogo de Oliveira, Francisco Correia e Domingos Lourenço para a feitura duma Via Sacra; 1623, 25 outubro - decisão de fazer as grades para a capela de Baptista da Costa Sá, na igreja, semelhantes às da capela-mor; 1626 - 1627 - feitura de um retábulo por Pedro da Silva; 1635, 02 setembro - feitura de um sepulcro dourado; 1635-1636 - feitura de um cadeiral para a igreja, por Manuel Nunes; 1636, maio - junho - douramento do retábulo da casa do despacho por Gonçalo Coelho; 1642, 27 dezembro - pagamento pela feitura de guarda-roupa, escabelo e 3 portas, por Simão Carneiro; 1649, 03 janeiro - a Mesa decide dar a obra das grades a André de Almeida por mil cruzados; 20 junho - contrato de André de Almeida para fazer o púlpito; 1650, junho - feitura de duas gavetas para o bufete por André de Almeida; 1667, janeiro - feitura da nova sacristia, pelos pedreiros Pantalião Vieira, João da Rocha e António Vieira; 16 fevereiro - ajuste para a obra da sacristia com o carpinteiro Belchior Francisco; 28 abril - 25 maio - feitura dos florões para o teto da sacristia por João Nunes, douradas por Francisco de Araújo, por 10$500; 1668, 01 fevereiro - feitura dos arcazes por Bento da Rocha, por 65$000; 26 junho - pintura das tábuas que se colocaram por trás dos arcazes, para evitar a humidade por Jerónimo de Sousa; feitura das ferragens por António Rebelo; douramento da obra por Agostinho de Sousa; 05 novembro - feitura dos painéis da autoria de Domingos Lopes e o Cristo para o centro por António de Almeida; 1674, 14 junho - pagamento a Belchior Francisco de $674 por fazer duas estantes e oito armários; 1679-1680 - feitura de um esquife para a Irmandade dos Clérigos por António Coelho e João de Aguiar, dourado por Francisco Gomes, sendo os casquilhos feitos por Manuel Antunes, os torneados por Manuel de Sousa e pregos comprados a Clemente Fernandes; 1689, 24 julho - decisão de fazer um retábulo-mor, conforme desenho de João Pereira; 1690, 03 abril - a Irmandade de São Filipe Néri pede autorização para colocar as suas imagens na igreja; 1693 - feitura de um friso para o altar de São João Batista por Filipe da Silva, pintado por Mateus Nunes de Oliveira; 09 Abril - pintura do painel do retábulo-mor pelo Padre Manuel Correia de Sousa; 1694 - feitura de uma grade e duas cruzes por João Coelho Magalhães; feitura das cruzes para a bandeira por Gaspar dos Reis e Sousa; 1724, 15 janeiro - Luís Pereira Costa faz obras de talha na igreja, o retábulo, frontal e banqueta da Capela da Visitação; 1732 - o órgão construído por Salvador Rebelo encontra-se em mau estado; 19 Junho - a irmandade manda executar um novo órgão positivo para o coro, entregando a obra a Frei Manuel de São Bento, por 280$000; 1748 - a Mesa da Misericórdia consulta Nicolau Nasoni e outros arquitetos sobre a qualidade da construção da igreja; 1750 - data na fachada principal; 1754 - 1779 - reforma da nave segundo planta de Nicolau Nasoni; 1791 - douramento do órgão e remates da caixa; 1846 - transladação dos restos mortais de João Teixeira Guimarães e D. Lopo de Almeida, da capela-mor para os sarcófagos da nave; 1866 - revestimento das paredes da capela-mor com azulejos da fábrica do Carvalhinho; 1871, agosto - refere-se a necessidade de execução de um novo órgão; 1880, posterior - data dos azulejos da nave, sendo da fábrica de Santo António do Vale da Piedade, em Gaia; 1886 - execução das esculturas dos evangelistas em madeira e pintadas a imitar mármore; 1887 - 1889 - construção do órgão por António José dos Santos; 2015 - inauguração do Museu da Misericórdia, após a sua reorganização; 2016, janeiro - a Misericórdia adquire num leilão da Sotherby's, em Nova Iorque, um quadro de Josefa de Óbidos, representando a Sagrada Família com São João Batista, por cerca de 238 mil euros; junho - a Associação Portuguesa de Museologia distingue o Museu da Misericórdia com prémio em três vertentes: o melhor museu português de 2016, o melhor site cultural e, ainda, a melhor aquisição; outubro - após a transferência da sede da Misericórdia para o antigo Colégio, na Rua Joaquim de Vasconcelos, prevê-se a ampliação do espaço do museu da instituição; 2017, 06 julho - publicação do Despacho n.º 5977/2017 do Ministro da Cultura, Luís Filipe Carrilho de Castro Mendes, DR, 2.ª série, n.º 129/2017, aprovando a credenciação do Museu da Misericórdia do Porto, no âmbito da Rede Portuguesa de Museus.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Paredes em alvenaria de granito. Cobertura em estrutura de madeira revestida a telha. Guarda-vento de madeira encerada. Paredes com revestimento a azulejo, altares de talha dourada e monumental cadeiral no corpo da igreja. Coro-alto com guarda de madeira encerada. Revestimento do pavimento interior de soalho de tábuas corridas.

Bibliografia

A Cidade do Porto na obra do Fotógrafo Alvão, 1872 - 1946. Porto: 1984; ANDRADE, Monteiro de - Plantas antigas da Cidade século XVII e primeira metade do século XVIII). Porto: 1943; BRANDÃO, Domingos de Pinho - Obra de talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na Diocese do Porto - Documentação. Porto: Diocese do Porto, 1984, vol. I (séculos XV a XVI); BRANDÃO, Domingos de Pinho - Órgãos da Sé do Porto e actividade de organeiros que nesta cidade viveram.Porto: 1985; COSTA, Agostinho Rebelo da - Descrição topográfica e histórica da cidade do Porto. Porto: 1945; Flandres e Portugal. Lisboa: 1991; MEIRELES, Maria Adelaide - Catálogo dos Livros das Plantas. Porto: 1982; Misericórdia do Porto garante Josefa de Óbidos. In Jornal de Notícias. 30 janeiro 2016, p. 36; «Museu da Misericórdia ambiciona os 100 mil». In Jornal de Notícias. 15 junho 2016, p. 20; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho - Inventário Artístico de Portugal. Cidade do Porto. Lisboa: 1995; PASSOS, Carlos de - Guia Histórico e Artístico do Porto. Porto: 1935; RUÃO, Carlos - Arquitectura Maneirista no Noroeste de Portugal. Italianismo e Flamenguismo. Coimbra: 1996; VALENÇA, Manuel ( Padre ) - A Arte Organística em Portugal. Braga: 1990, vols. I e II; Porto a Património Mundial. Porto: 1993; VITORINO, Pedro - Azulejos datados, Misericórdia do Porto, 1628. Porto: FLUP, 1925.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DREMN

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN:DSID; Arquivo da Santa Casa da Misericórdia do Porto

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1597, Maio - Julho - restauro dos painéis da capela-mor, por Diogo Teixeira; 1602 - Salvador Rebelo compromete-se a arranjar o órgão e a afiná-lo anualmente; 1642 - arranjo da sacristia por Simão Carneiro; 1650 - conserto dos arcazes; 1686 - conserto de uma mesa por João Coelho de Magalhães; IRMANDADE DOS CLÉRIGOS: 1687 / 1688 - arranjo do nicho e caixilho de Nossa Senhora, de dois anjos e da imagem da Senhora, sendo estofador Mateus Nunes de Oliveira; 1693 - conserto do caixilho e molduras do quadro da Casa do Despacho por Filipe da Silva; restauro de dois quadros antigos por Manuel Correia de Sousa; 1694 - conserto da grade velha por João Coelho de Magalhães; 1704, 30 outubro - conserto do arcaz da sacristia por António Cardoso; 1866 - restauro da tela da visitação por Manuel António de Moura; 1885 - restauro da imagem de Nossa Senhora da Misericórdia pelo pintor Manuel António de Moura; 1944 - restauro do órgão; 1994 - obras na fachada do edifício; 1997 - restauro do órgão pelo organeiro Manuel dos Santos Fonseca.

Observações

*1 - Nicolau Nasoni elaborou mais de um estudo para a fachada principal, mas por razões económicas foi escolhido o mais simples. *2 - No altar colateral do lado do Evangelho figura o "Ecce Homo" e, na predela, o Sagrado Coração de Jesus. No do lado da Epístola, imagem de madeira estufada e policromada de Nossa Senhora da Misericórdia e, na predela, Santo António. Estes altares têm painéis da autoria de António Carneiro e Margarida Costa, respectivamente. O coro-alto é da autoria de Nicolau Nasoni. Ao lado da igreja encontra-se o Arquivo Histórico da Santa Casa que contém rica documentação.

Autor e Data

Isabel Sereno 1994 / Paula Noé 1998

Actualização

 
 
 
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