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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta retangular
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Descrição
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Edifício de planta rectangular alongada de três pisos. Volume simples, coberturas articuladas em telhado de quatro águas. A fachada principal orientada a S. é simétrica e marcada nos extremos por dois áticos rematados por ameias a semelhança de torreões. Pilastras nos cunhais e nos alinhamentos dos áticos conferem-lhe imponência e verticalidade. O portal de entrada entre duas sereias em granito tipo caríatides é encimado por dois janelões com balaustrada. Sobre estes uma varanda com balaustrada apoia em três mísulas em cantaria lavrada. O vão desta varanda é envolvido por motivos salientes em cantaria rococó e rematado por um frontão curvo. Ao nível do r/c seis pequenas aberturas rectangulares engradadas. No 1º e 2º piso janelas de guilhotina, sendo estas últimas decoradas na parte superior da padieira com volutas. Para N. da Casa desenvolve-se um terreiro de forma rectangular alongada com forte pendente, constituindo o seu remate um imponente portal em granito lavrado ladeado por duas aberturas, encimado por pedra de armas com coronel. |
Acessos
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Rua da Bandeirinha, nº 27 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, em pleno centro histórico, constituindo a Casa gaveto da Rua da Bandeirinha. Implanta-se adossada à encosta numa plataforma elevada sobre Miragaia, o rio Douro e a Alfândega Nova do Porto. A fachada lateral O. da Casa está no enfiamento da R. do Monte dos Judeus. O portal do terreiro a N. é o remate visual do Largo do Viriato. Está flanqueada a O. por altos muros de suporte em granito. Elemento de destaque na frente urbana de Miragaia. Em frente à Casa um alargamento da R. da Bandeirinha transforma este local num miradoiro e varanda sobre o rio. |
Descrição Complementar
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A pedra e armas da fachada principal ostenta a pedra de armas dos Portocarrero, Osórios, Cunhas e Coutinhos. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Educativa: colégio religioso |
Propriedade
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Privada: Instituto |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 18, meados - Construção da Casa sobre o lugar do cemitério dos judeus portuenses; 1809 - era do tenente coronel de Infantaria 6, João da Cunha Portocarrero que, durante os tumultos que resultaram do avanço de Soult sobre o Porto, foi morto no Poço das Patas, como suspeito do afrancesado; séc. 19 - é abandonada e desocupada pela família Portocarrero durante gerações; 1955 - compra do imóvel pelas Irmãs Filhas da Caridade Canossianas Missionárias, que aí instalam o colégio, Casa Madalena de Canosa. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes de granito. |
Materiais
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Paredes de alvenaria rebocada pelo lado interior e exterior; Pavimentos revestidos a soalho de madeira ou lajeado de granito; Cobertura em estrutura de madeira revestida a telha de barro; Caixilharias em madeira pintada; Guarda de varanda com balaústres de granito; Terreiro a N. em lajeado de granito e cubos de granito. |
Bibliografia
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Guia de Portugal, IV, I, vol. 4, Coimbra 1985; Porto a Património Mundial, Porto 1993; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho, Inventário Artístico de Portugal. Cidade do Porto, Lisboa, 1995. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Anos 60 / 70- Construção de refeitórios e garagem anexos à Casa; Construção de corpo destinado a Dormitório das Irmãs na quinta anexa; Posto médico; Anos 80 - Construção do Infantário (arq. Camilo Cortesão). |
Observações
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O terreno para construção da Casa foi comprado a um inglês por João da Cunha Coutinho Osório Portocarrero. As Irmãs quando fizeram obras de conservação interior pintaram os tectos a uma só cor. Dizem que por baixo existiam pinturas sobre o estuque. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1996 |
Actualização
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