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Edifício e estrutura Edifício Armazenamento e logística Armazém
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Descrição
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Planta em U de dois pisos, com volume simples e coberturas em telhado de quatro águas, tendo adossado a O. um corpo de piso único, com cobertura de quatro águas e com duas janelas e uma porta de características recentes. A fachada principal simétrica, orientada a S., com pilastras nos cunhais, apresenta uma cornija que se eleva ao centro em arco pleno, onde se insere uma pedra de armas. No primeiro piso abrem-se distribuidas ritmadamente três portas e dez janelas de verga recta e moldura simples. No seu alinhamento, temos no segundo piso uma janela de sacada central com frontão invertido interrompido sob a pedra de armas, ladeada para cada lado por seis janelas de guilhotina, com molduras em cantaria. Esta moldura no peitoril é recortada, de tipo sanefa, até ao dintel de arco abatido, onde ao centro a pedra de fecho se transforma em concha. As extremidades do U encostam-se perpendicularmente a um alto muro de suporte em alvenaria de granito, gerando um pátio rectangular muito alongado. Interiormente, o edifício foi profundamente alterado restando apenas do original a parede autoportante em arcada ao nível dos dois pisos. Toda a compartimentação é conseguida à custa de um corredor em toda a extensão do imóvel, a partir do qual se organizam diversas salas. Ao nível do primeiro piso, no topo E. onde se rasgam duas grandes aberturas, situam-se as garagens. |
Acessos
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Rua de Monchique, nº 47 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, na margem esquerda do Rio Douro. Implanta-se com os extremos adossados aos altos socalcos que se elevam até à Rua Sobre o Douro e Rua da Restauração. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Armazenamento e logística: armazém |
Utilização Actual
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Segurança: posto da Guarda Fiscal (GF) |
Propriedade
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Pública: Estatal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CARPINTEIROS: Miguel José, António Francisco Bartolomeu da Silva e António Moreira. PEDREIROS: Manuel Moreira. |
Cronologia
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1700, 18 Março - Contrato com os pedreiros para a ampliação da capela-mor do Mosteiro de Monchique; 1740, 26 Setembro - contrato com os pedreiros para o muro da Cerca; 1758 - Massarelos pertencia à "comarca e terra da Maya"; 1761 - as freiras do Mosteiro da Madre de Deus de Monchique (quando era abadessa Marcelina Angela Rosa) mandam edificar o Armazém; 5 Maio - as freiras contratam para a obra os mestres pedreiros Miguel José, António Francisco Bartolomeu da Silva e António Moreira; 1764, 16 Maio - é contratado o mestre carpinteiro Manuel Moreira; 1767, 12 Fevereiro - as freiras sem recursos e com o edifício inacabado, fazem um contrato com a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro; Conclusão da obra; 1779 - fez-se a Rua do Cais Novo em direcção a Massarelos; 1788 - o edifício é designado como Armazém do Cais Novo; 1958 - no edifício estava instalado o Quartel da Sede do Batalhão n.º 3 da Guarda Fiscal. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes exteriores de alvenaria de granito rebocadas pelo lado exterior e interior; cobertura em estrutura de madeira e revestida a telha de barro; tectos rebocados; revestimento de pavimentos em mosaico cerâmico; caixilharias em madeira pintada; divisórias interiores em alumínio lacado; grades em ferro forjado pintado. |
Bibliografia
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SIMÕES, Catão, Convento ou Mosteiro de Monchique no Porto, O Tripeiro, Porto, 3ª Série, vol. 5, nº 20 (140), 1926, pag. 310; VITORINO, Pedro, Notas de arqueologia portuense, Porto, 1939; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira, O Porto na época dos Almadas, Braga, 1989; QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho, Inventário Artístico de Portugal: cidade do Porto, Lisboa, 1995. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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A.H.M.P., Livro de Vereações, nº 84, fl. 113; Livro de Compras, nº 13, fls. 307 - 322 |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1958 - Obras de conservação, pela Delegação nas Obras de Edifícios de Cadeias, das Guardas Republicanas e Fiscal e da Alfândegas. |
Observações
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Poder-se-á atribuir este armazém ao arquitecto da nova capela-mor do Convento, João Pereira dos Santos. Pedro Vitorino e Maria Clementina Quaresma, designam este imóvel como Antiga Casa dos Padres Capelães e Confessores do Convento de Monchique, aspecto este contrariado por diversos autores. O brasão da fachada principal representa a ordem a que o Convento pertencia: Ordem Franciscana. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1998 |
Actualização
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