Palácio da Independência / Palácio dos Condes de Almada

IPA.00005257
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santa Maria Maior
 
Arquitectura residencial, maneirista e revivalista. Palácio urbano de planta composta por corpos longitudinais justapostos e adossados, formando conjunto irregular, enquadrando 2 pátios e, no topo, 1 jardim de buxo; frontespício provido de amplo portal com túnel em rampa para entrada de carruagens. Corpos de 2 e 3 pisos, espelhando a usual divisão social, ritmados por filas de janelas de sacada de moldura rectangular; a decoração arquitectónica classicizante concentra-se no portal principal e janelão do andar nobre. Na estrutura, maioritariamente desprovida de decoração, inscrevem-se 4 portais neo-manuelinos, revivalismo do estilo da construção inicial, de que resta o corpo das cozinhas com grandes chaminés de cones facetados. É um dos raros palácios que conserva chaminés monumentais, de raiz quinhentista, exceptuando o Palácio de Sintra. No pátio superior, jardim e interior azulejos de composição figurativa do 1º quartel do séc. 18 de grande interesse iconográfico e alguns com padrões raros. No pátio superior 2 painéis assinados por Gabriel del Barco. No Jardim fonte de taça polilobada com decoração zoomórfica manuelina.
Número IPA Antigo: PT031106310027
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta retangular com pátio central

Descrição

Planta irregular, composta por 4 corpos longitudidais, trapezoidais irregulares, justapostos e agrupados em redor de um pátio rectangular (Pátio Principal), tendo adossado a N. corpo longitudinal rectangular, em plano elevado, a que se liga obliquamente outro, mais estreito, para E., ambos enquadrando pátio trapezoidal irregular; a N. jardim rectangular tendo ao fundo 2 casas rectangulares e uma gruta de fresco longitudinal. Volumes articulados de massa horizontalista de que sobressaem 2 grandes chaminés sobre o corpo E.. Coberturas diferenciadas de telhados a 3 águas sobre os corpos principais, a 4 e 2 águas sobre os corpos N., a 1 água sobre as casas do jardim e terraço sobre o piso intermédio, avançado, do corpo E.. Fachada principal: a S., com embasamento alto de cantaria onde se abre, à esq., 1 arco pleno e 3 janelas rectangulares, semi-ocultas pelo terreiro, encimado por 2 registos separados por friso saliente: no 1º 10 janelas de moldura rectangular com espelho inferior e duplo lintel, tendo ao centro portal rectangular ladeado por pilastras decoradas com grinaldas e encimadas por consolas; no 2º 10 janelas de sacada rectangulares de duplo lintel, rematadas por cornija e providas de varandins de ferro, ladeando outra maior com varanda de balaústres acantonados por pilaretes decorados com palmas, os laterais sustentando urnas floridas, e encimada por pedra de armas dos Almadas e Abranches *1 envolta por cartela de onde pendem grinaldas tendo superiormente concha com águia estendida; remate em cornija. Fachada E.: 1 corpo irregular, saliente,com embasamento muito alto à esq. e onde se abre 1 porta rectangular e 2 janelas quadrangulares gradeadas, de dimensões desiguais; remate em cornija; à dir. corpos adossados a edifícios. Fachada N: muro do jardim, correspondente a troço da Cerca Fernandina. Fachada O.: parcialmente adossada a edifícios, à esq.; o pano visível é o do corpo principal com 3 pisos: no 1º arcada envidraçada de 7 arcos plenos, no interior da qual se abrem janelas e portas rectangulares, e no 2º e 3º fenestração regular, idêntica à do frontespício, em número de 7; remate em cornija. O acesso ao Pátio Principal faz-se a partir do portal principal por amplo túnel em rampa coberto por abóbadas rebaixadas transversais conjugadas com abóbadas de aresta, apoiadas em 3 grandes arcos torais em asa de cesto progressivamente ampliados; lateralmente, em cada tramo, abrem-se portas rectangulares providas de degraus. Rodeando o Pátio a ala O. possui 2 registos: no 1º colunata toscana de 4 colunas, sendo as centrais grupadas, a enquadrar portal duplo encimado por arquitrave, flanqueado por 1 porta (dir.) e uma janela (esq.), ambas de moldura rectangular; no 2º 4 janelas rectangulares de sacada com varandins de ferro, as 2 centrais flanqueadas por pilaretes e ligadas pelo varandim; sobre as janelas lápide com inscrição alusiva à aquisição do Palácio; remate em cornija. Ala S.: registo inferior rasgado pelo grande arco em asa de cesto da entrada; no 2º registo 2 panos: o do corpo principal com 5 janelas rectangulares, sendo a da dir. menor, e o pano da esq., mais baixo, com 1 porta rectangular e outra de moldura em arco recto de intradorso polilobado com nastros e meias-esferas; remates em cornija. Ala E.: 2 corpos escalonados em altura, o 1º é avançado, vazado ao centro por pequena janela quadrangular, e ao qual se encosta escadaria com patamar superiormente dividida em 2 lanços sobre 2 arcos aviajados de vão profundo, em cujo interior se abrem portas e janelas de moldura rectangular; as escadas conduzem a terraço com rodapé de azulejos azuis e brancos adossado ao corpo das Cozinhas que tem, ao centro, janela rectangular de capialços profundos; remate em cornija; sobre o telhado elevam-se 2 grande chaminés de cones oitavados, sensivelmente diferentes: o da esq. com friso denteado a meia altura e o da dir. liso, ambos coroados por merlões, formalmente distintos, a circundar tubo cilíndrico rematado por anel e denteado de tijolo. Ala N.: 2 pisos separados por friso, no 1º 4 portas de moldura rectangular e 1 quadrangular; no 2º 3 janelas de sacada rectangulares e, à dir., 1 porta rectangular e outra de moldura polilobada com decoração zoomórfica e encordoada; remate em cornija. Um túnel rampante revestido com silhar de azulejos de padrão atravessa o corpo N. prolongando-se em escada que desemboca no pátio superior, lajeado e parcialmente revestido de azulejos em rodapés e painéis figurativos a E. e N.. Na ala S., a ladear a escada, 2 portais semelhantes em arco recto de intradorso polilobado, com decoração de nastros e meias-esferas; à esq. pequena janela rectangular; remate em cornija. Na ala O. 2 registos: no 1º 2 portas e 1 janela, rectangulares, e no 2º 3 janelas de sacada de moldura rectangular com varandins de ferro; remate em cornija. A N. corpo transversal de 2 registos: o 1º aberto, em jeito de alpendre, com 2 colunas, tendo 1 porta a O. e outra a N., gradeada, de acesso ao jardim; nas paredes N. e E. bancos de pedra e painéis de azulejos figurativos azuis e brancos; no 2º registo 2 janelas de moldura rectangular; remate em cornija. A N. o Jardim, sobreelevado, a que se acede por escada de 2 lanços simétricos, composto por canteiros de buxo que rodeiam tanque polilobado e flanqueado a E. e O. por panos de muro altos e irregulares de edifícios. Ala S. do corpo transversal com 2 registos: no 1º 2 portas duplas (dir.) e 1 simples, com molduras rectangulares, e no 2º 4 janelas de sacada rectangulares com varandins de ferro; remate em cornija. A N. zona de fresco encostada a troço da Cerca Fernandina, composta por 2 corpos simétricos salientes com portas rectangulares: à dir. a Sala dos Conjurados, à esq., sala com cisterna tendo na parede de fundo um arco quebrado cego das antigas portas da cidade; entre os 2 corpos e encostado à muralha um espaldar azulejado de painéis polícromos alusivos à Restauração, vazado por 2 portas gradeadas em arco pleno (a da dir. comunicando com escada de acesso a terraço e à muralha); remate em empenas angulares e onduladas decoradas com rosetas e volutas, a envolver fonte manuelina de taça polilobada assente sobre lago circular, cuja água jorra de cabeça alada ao centro do espaldar azulejado ; à dir. arco pleno de gruta abobadada revestida de embrechados de conchas e pedras. INTERIOR: os corpos S. e O. do núcleo principal possuem um piso zero (cave), correspondente ao 1º registo das respectivas fachadas, ocupado pela Livraria da IN-CM (sob as arcadas), 2 salas de exposições (galerias ou lojas), Sala Andrade Moura antecedida de hall, pequenas arrecadações e instalações sanitárias; a SO. do Pátio há um troço de antiga escada e uma cisterna. No piso 1 ( r/c) do corpo S., ladeando o túnel da entrada, localizam-se, à dir. a Portaria, Secretaria e Arquivo e, à esq., um vestiário e salas de exposições com tectos de madeira; no corpo O., para além do amplo átrio com escadaria transversal coberto com tecto pintado com emblema da Mocidade Portuguesa, há, à dir., uma sala abobadada de aresta destinada a actividades didácticas, denominada Sala do Hino e da Bandeira, e um pequeno gabinete; no corpo N., da dir. para a esq., uma sucessão de salas longitudinais paralelas, adossadas: arrecadação da limpeza, sala do Núcleo Feminino, arrecadação, corredor/escada de acesso ao pátio superior, armazém de livros, Sala de Esgrima, Sala dos Arcos e Sala do Palco (actividades culturais); algumas das salas conservam arcos da antiga construção; o corpo E. é ocupado por instalações sanitárias e respectivo corredor. No piso 2 (andar nobre) o corpo S. é percorrido por corredor no qual se abrem portas de moldura rectangular de acesso à Sala de Convívio, abobadada, ao Salão Nobre, com chão de "parquet de damas", lambri de madeira, molduras de portas e janelas de calcário vermelho e tecto de masseira, apainelado, e Sala do Conselho Supremo, em anfiteatro, abobadada; a SO. o gabinete do Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, abobadado; no corpo O. um pequeno gabinete, a Sala dos Directores, abobadada e uma Sala revestida com silhar de azulejos figurativos de temática mitológica, abobadada; no corpo N. um corredor estabelece ligação com 3 gabinetes, o Departamento de Música e uma Sala de Exposições; no corpo E. 3 pequenas Salas de Exposições contíguas, as 2 últimas correspondentes às antigas Cozinhas, cujas chaminés assentam sobre trompas de ângulo. No corpo longitudinal N. o piso térreo é ocupado pela Sala da Comissão Portuguesa de História Militar, revestida por silhar de azulejos de albarradas, e por outra Sala, ambas com tectos de masseira, 1 gabinete e 2 salas de apoio; no piso superior localiza-se a Biblioteca e o respectivo Depósito e a Sala de Leitura. No corpo tranversal, sobre o alpendre, um hall antecedendo amplo gabinete.

Acessos

Largo de São Domingos

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136, de 23 junho 1910 / ZEP, Portaria n.º 529/96, DR, 1.ª série-B, n.º 228 de 01 outubro 1996 *1 / Parcialmente incluído na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) e na Zona de Proteção do Mosteiro da Encarnação (v. IPA.00002535) / Parcialmente incluído na Zona Geral de Proteção do Teatro Nacional de D. Maria II (v. IPA.00003105) / Parcialmente incluído na Zona Geral de Proteção da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972)

Enquadramento

Urbano. Insere-se no centro histórico da cidade, a NE. da Praça do Rossio e do Teatro Nacional D. Maria II (v. PT031106310043 ), dando para a igreja de São Domingos (v. PT031106310039) e flanqueado pelas Escadinhas da Barroca, a E., e Rua das Portas de Santo Antão, a O. Implantado em terreno com declive ascendente para E.. Adossado a N. à Cerca Fernandina (v. PT031106120023) e a E. e O., parcialmente, a edifícios de habitação de 3 pisos. A frontaria, desnivelada do arruamento, é precedida de terreiro sobreelevado, em semi-círculo, calcetado à portuguesa e vedado por gradeamento sobre murete, com portão.

Descrição Complementar

Ao fundo do Jardim um lago circular de onde emerge fonte manuelina sobre plinto quadrangular, liso; a base é facetada, estrelada, com anéis e 4 leões em alto-relevo, truncados, onde assenta taça polilobada de 2 registos, no inferior 6 cabeças toucadas com pequenos canos na boca e no superior um friso que acompanha a forma do rebordo, preenchido com sequência de quadrilóbolos vazados inscritos em molduras circulares. Nas alas N. e S. a ladear o terraço fronteiro ao corpo das Cozinhas 2 portais neo-manuelinos: o de N. em arco cairelado de 2 arquivoltas, a interior totalmente revestida de pequenas folhas ou escamas, geométricas, e a exterior tendo na base 2 dragões agachados, com os pescoços em torsão, simétricos, de cuja cabeça se elevam colunelos lisos com enrolamentos de corda espaçados; o de S. em arco de extradorso recto, composto por toro enastrado intercalado com meias-esferas sobre curtas bases facetadas, e intradorso polilobado deprimido decorado com meias-esferas tendo a pedra de fecho partida; as 2 portas do corpo N. que dão para o pátio superior possuem molduras idênticas entre si e semelhantes ao portal do corpo S., embora mais baixas e amplas que este; os colunelos são providos de anéis igualmente enastrados (excepto um dos anéis da porta à dir.) assim como a pedra de fecho (a da esq. truncada). AZULEJOS: Vários exemplos de azulejo de composição ornamental e de composição figurativa característicos do último quartel do séc. 17 e primeiro quartel séc. 18 *2. EXTERIOR: Paredes do corredor e escada de acesso ao pátio superior: revestimento de azulejo de padrão (P- 401 versão azul e variante azul do P-301). Pátio Superior: 4 painéis de composição figurativa; monocromia: azul de cobalto em fundo branco. Painel 1: Jardim com fonte barroca; barra: motivos arquitectónicos, entablamento, consola, voluta; conchas, motivos vegetalistas, figuras infantis atlantes. 12 x 16 azulejos. C. 1730. Por baixo do painel, um banco corrido, revestido de azulejo de padrão (P-253), 2 x 2 azulejos, monocromia azul de cobalto em fundo branco. Painel 2: Paisagem fluvial, ancoradouro; barra: motivos arquitectónicos, entablamento, consola, voluta, cartela central; conchas, motivos vegetalistas, figuras infantis atlantes. 12 x 25 azulejos. C. 1730. Por baixo do painel, um banco corrido, revestido de azulejo de padrão (P-253), 2 x 2 azulejos; monocromia azul de cobalto em fundo branco. Painel 3: Caça ao javali; barra: enrolamentos vegetalistas; assinado: Gabriel del Barco; 10 x 15 azulejos; finais séc. 17. Por baixo do painel, um banco corrido, revestido de azulejo de padrão (padrão raro, da família do P-245 e P-246), 2 x 2 azulejos; monocromia azul de cobalto em fundo branco (painel degradado, e azulejos da cercadura mal montados). Painel 4: Caça ao javali; barra: enrolamentos vegetalistas; 10 x 20 azulejos; finais séc. 17. Por baixo do painel um banco corrido revestido de azulejo de padrão (P - 119); 2 x 2 azulejos; monocromia azul de cobalto em fundo branco (Painel mal montado, azulejos desemparelhados ou colocados ao acaso). Numa reentrância ao fundo do pátio: 1 painel de azulejo de padrão (padrão raro, da família do P-245 e P-246), 2 x 2 azulejos, limitado verticalmente por barras com motivos arquitectónicos: consolas, volutas, figuras infantis atlantes; 9 x 12 azulejos. Em todas as paredes do pátio: Rodapé: azulejo de padrão, 2 azulejos de altura. JARDIM: ao fundo, ladeando a fonte manuelina e aplicados na parede encostada à Cerca Fernandina, 3 painéis de composição figurativa *3. Policromia: azul, manganês, amarelo, verde. Temática: episódios da Restauração de 1640. C. 1760. Painel 1: Edifício no Terreiro do Paço, figura masculina à janela com a legenda: "Liberdade, liberdade, por el Rei D. João IV". Na parte inferior do painel, em cartela, a legenda: "Redempção de Portugal. A Fidelidade e o amor Triunfão". Rodapé de 3 azulejos em esponjado amarelo, azul e manganês, imitando cantaria; 27 x 24 azulejos . Painel 2: (à esquerda do painel 1): Procissão: Em baixo, em cartela, a legenda em latim: "Benedictus Dominus Deus Israel quid vizitavit et fecit Redempsionem Plebis Suae"; 27 x 21 azulejos; correspondendo à altura do rodapé, um banco ocupa a largura do painel. Painel 3: (à direita do painel 2): Reunião dos conjurados. Em cima, em filactera, a legenda: "Venturoso Citio honrozas conferências em que se firmou a redempsão de Portugal"; 27 x 21 azulejos. Correspondendo à altura do rodapé de 3 azulejos, um banco ocupa a largura do painel. Paredes: ladeando o conjunto de azulejos: rodapé de azulejos de padrão, a maior parte do séc. 20, imitando azulejos do séc. 18. monocromia, azul de cobalto em fundo branco. 3 azulejos de altura. Sala dos Conjurados: No interior *4: Silhar de azulejo de figura avulsa, com cercadura (C - 86) e rodapé; 4 azulejos de altura. Gruta: silhar de azulejo de padrão (P 41), 2 x 2 azulejos, monocromia: azul de cobalto em fundo branco; 8 azulejos de altura. No chão, pavimento formado por pequenas losetas quadradas, em azul e branco, dispostas alternadamente, formando composição enxadrezada. INTERIOR: Sala da CPHM ( Sala 1): Silhar de composição ornamental; temática: albarradas: jarras com flores ladeadas por pássaros; monocromia: azul de cobalto em fundo branco; barra: motivos vegetalistas, folhagem; 9 azulejos de altura; finais séc. 17. Este silhar apresenta lacunas; faltam alguns azulejos. Sala da ala O., 1º piso *5: 9 painéis de composição figurativa; monocromia: azul de cobalto em fundo branco. Temática: episódios da mitologia; barra: motivos arquitectónicos, entablamento, consola, voluta, cartela central; conchas, motivos vegetalistas, figuras infantis atlantes. 12 azulejos de altura. C. 1730. Painel 1: 35 azulejos de largura: duas cenas sem relação entre elas: Apolo e Jacinto; Teseu e Ariana; painel 2:16 azulejos de largura; Diana e Esculápio ressuscitam Hipólito; painel 3 (enxalço da janela): 5 azulejos de largura; painel 4 (enxalço da janela): 5 azulejos de largura; painel 5: 12 azulejos de largura: Vénus e Adónis; painel 6 (enxalço da janela): 5 azulejos de largura; painel 7 (enxalço da janela): 5 azulejos de largura; painel 8: 66 azulejos de largura: quatro cenas sem relação entre elas: Aquelous e Periméle; Mercúrio e Argus; Píramo e Tisbe; Vénus chorando a morte de Adónis; painel 9: 13 azulejos de largura: Medeia e Jasão. ca. 1725-30. INSCRIÇÕES: 1. Inscrição comemorativa da compra e doação do Palácio, colocada sobre as janelas do segundo piso da ala O. do pátio; moldura de filete simples e de cantos destacados ficando o campo epigráfico relevado; Calcário (Pedra Bastarda); Dimensões: Campo Epigráfico; Tipo de letra: Capital Quadrada; Leitura: A COLÓNIA PORTUGUESA NO BRASIL ADQUIRIU E DOOU AO ESTADO ESTE PALÁCIO MCMXL*6.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Cultural e recreativa: associação cultural e recretiva / Comercial: loja

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sociedade Histórica da Independência de Portugal

Época Construção

Séc. 16 / 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Raul Lino (séc. 20, década de 40). MESTRE-DE-OBRAS: Manuel Martins (1764).

Cronologia

1467, Junho - D. Fernando de Almada, 2º conde de Avranches, comprou a D. Nuno Barbudo umas casas nas portas de Santo Antão, próximo do Rossio, dando-se início à construção do palácio dos Almadas; 1509 - ampliação do palácio por D. Antão, 3º conde de Abranches, que para o efeito tomou posse de um chão pertencente à Câmara que confinava com as suas casas, junto ao Largo de São Domingos; 1546 - escritura em que D. Fernando de Almada se compromete a comprar a sua mãe D. Maria de Menezes, as casas do Rossio, as quais tinham um terreiro defronte; 1573 - contrato de emprazamento refere a existência de um quintal grande com figueiras (jardim) e de um quintal menor com laranjeiras (pátio superior) diante de uma "sala"; 1640 - segundo a tradição, foi na dependência do fundo do jardim, junto à Cerca Fernandina, denominada Sala dos Conjurados, que um grupo de patriotas no qual se incluia D. Antão de Almada, preparou a sublevação do 1º de Dezembro que restaurou a independência de Portugal; 1684 - D. Lourenço de Almada pede à Câmara que lhe afore o chão público necessário para "endireitar as suas casas"; 1713 - concedido o aforamento, D. Lourenço inicia as obras de remodelação e ampliação, com um alinhamento diverso do original; 1740 - novas obras realizadas por D. Antão de Almada, mestre-sala de D. José; 1755, 1 Novembro - tendo sofrido poucos danos pelo terramoto, recolhe os enfermos do Hospital de Todos-os-Santos; 1756 - o Marquês de Pombal pretende instalar o Arquivo do Senado da Câmara; 1757 - transferência da Junta do Depósito Público para o Palácio (r/c); 1758/1766 - serviu de sede do Senado Municipal; 1758 - tribunal da Relação (o Largo de São Domingos chegou a ser conhecido como "Largo da Relação" até 1809) e Junta das Audiências da Corte e da Cidade, todos ocupando o andar nobre; 1764, 11 Janeiro - pagamento de 26:000$000 a Manuel Martins, empreiteiro das obras do Senado, pelos trabalhos desenvolvidos no palácio, para o que foram disponibilizados os reais de água e de vinho; 1774 - obras de embelezamento dos jardins, com colocação de painéis de azulejos comemorativos da Restauração, provavelmente produzidos na Fábrica do Rato; 1776 - vistoria à muralha fernandina no topo do jardim, dando conta da existência de um poço e uma escada de pedra que dava para o terraço da muralha; 1793 - Lourenço José Boaventura de Almada foi o 1º receber o título de Conde; 1833 - antes do saque efectuado pelas tropas liberais a família Almada consegue retirar vários objectos de valor e abandona o Palácio; 1834 - Almeida Garrett habita o Palácio; 1835 - levantado o sequestro do imóvel; 1842/1863 - arrendado a D. Luísa Maria do Carmo Silva e Abreu, viúva de Vicente de Castro Guimarães; 1866/1876 - O Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas ocupa o andar nobre, seguindo-se o Liceu Francês e o Quartel General da 1ª Divisão; 1877 - parte do imóvel é arrematado pela Comissão 1º de Dezembro, e D. Miguel de Almada cede-lhe a antiga capela e um quarto anexo, para se instalar a respectiva sede; promove-se a 1ª comemoração pública da Independência no Palácio; 1890 - escritura de arrendamento entre os proprietários do Palácio e o Estado para instalação de algumas dependências da Direcção Geral de Agricultura; 1896 - ocupado pelo Quartel-General da 1ª divisão; 1911 - saída do Quartel General, sendo o imóvel arrendado a vários inquilinos comerciais; 1922 - o Presidente da Comissão Central 1º de Dezembro, Senador Coronel Ramos da Costa, apresentou ao Senado um projecto de lei no sentido do imóvel ser considerado Monumento Nacional e adquirido à família Almada, recorrendo-se para o efeito a uma emissão especial de selos comemorativos da Independência de Portugal a partir de 1925; 1924/1938 - o piso térreo do corpo O. estava ocupado pelo "Café Comercial", por uma padaria, uma barbearia e pela mercearia "A Paulistana"; no r/c funcionava a Comissão Central 1º de Dezembro; no 1º andar estavam os escritórios da Guerreiro Gala & Cia. e da Cooperativa Auto-Mecânica; a área do jardim estava ocupada por um grande edifício que albergava uma transformadora eléctrica das Companhias Reunidas do Gás e Electricidade (Subestação de São Domingos) e a zona de fresco, incluindo a Sala dos Conjurados, estava completamente degradada, com azulejos partidos e desaparecidos, a servir de depósito de lixo; 1925 - construida uma sentina pública nos baixos do Palácio; 1927 - a Comissão passa a designar-se Sociedade Histórica da Independência de Portugal; 1929 - Cessa a emissão especial de selos para angariação de fundos para compra do Palácio; 1935 - a SHIP inicia uma subscrição nacional, a que se junta a Colónia Portuguesa do Brasil, a favor da compra do imóvel; 1939, 30 Maio - Decreto- lei nº. 29-638 permite a aquisição do Palácio pela Direcção-Geral da Fazenda Pública para a Colónia do Brasil e posterior doação ao Estado, devendo aí funcionar um Museu da Restauração, a sede da SHIP e o Comissariado da Mocidade Portuguesa; 1939, 25 Agosto - assinada a escritura de compra do imóvel; 1940 - início das obras de restauro e reintegração pela DGEMN, sob orientação do Arquitecto Raul Lino; a Sociedade Histórica da Independência de Portugal e o Comissariado da Mocidade Portuguesa tomam posse do edifício; para dar cumprimento ao disposto no § único do Art. 5º do decreto- lei n.º 29.638 de 30 de Maio inicia-se o processo de elaboração da lápide comemorativa da aquisição do palácio pela colónia portuguesa do Brasil; 1961 - colocação de lápide com medalhão de D. Antão de Almada na parede defronte da escadaria principal; 1966 - pedido da Mocidade Portuguesa de colocação de uma placa com a efígie do poeta Mário Beirão, na parede da galeria superior da escada principal; 1969 - abalo sísmico provoca danos graves em algumas dependências do Palácio; 1974, 7 Fevereiro - Escritura definitiva de aquisição pelo Estado do edifício da CRGE implantado no Jardim do Palácio, para posterior demolição; 1975/1983 - ocupado pela Associação dos Deficientes das Forças Armadas; 1983 - o Palácio é de novo cedido à SHIP; 1993 - a ADFA sai do edifício, ficando este na posse única da SHIP que deu início a algumas obras para instalação de serviços e zonas de exposições e um museu; 1995, 8 setembro - Despacho do Subsecretário de Estado da Cultura determinando a Zona Especial de Protecção; 2006, 22 agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Proteção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2011, 10 outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Proteção; 18 outubro - Despacho do diretor do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Proteção.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estruturas mistas.

Materiais

Cantaria calcária e alvenaria mista rebocada; tijolo; tijoleira; azulejos; vidro; ferro; pavimentos e tectos de madeira; cobertura de telha.

Bibliografia

ALMEIDA, dir. D. Fernando, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa - Lisboa, vol. 1, Lisboa, 1973; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Porto, 1988; ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, fasc. 4, Lisboa, 1946; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, fasc. 12, Lisboa, s.d.; Dicionário da História de Lisboa, Lisboa 1994; DORNELAS, Afonso, Os Almadas na História de Portugal in Independência, nº. 2, 1941; MACEDO, Luis Pastor, CAVALHEIRO, António Rodrigues, O Palácio Almada in Anais da APH, vol. VIII, 1944; GIL, Júlio, Os Mais Belos Palácios de Portugal, Lisboa, 1992; MECO, José, A Azulejaria do Palácio da Independência in Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Lisboa, 1981; MECO, José, Azulejaria Portuguesa, Lisboa, 1985; OLIVEIRA, Fr. Nicolau de, Livro das Grandezas de Lisboa, Lisboa, 1804; SAMPAIO, Jorge Pereira de, O Palácio da Independência, Lisboa, 2000; STOOP, Anne de, Quintas e Palácios dos Arredores de Lisboa, Barcelos, 1986; VASCONCELOS, J. A. Pestana de, A Oferta do Palácio da Independência ao Estado pela Colónia Portuguesa do Brasil, in Independência, nº 1, 1940; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. II.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/ Arquivo Pessoal Maria João Laginha, DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/Arquivo Pessoal Maria João Laginha, DGEMN/DRMLisboa; Palácio da Independência (SHIP)

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH, DGEMN/DRMLisboa; Palácio da Independência (SHIP); REOM, Palácio da Independência (Correspondência), caixa 23; ACasa Almada; AHCML

Intervenção Realizada

1924 - obras realizadas pelos utentes; DGEMN: 1940 - restauro com projecto do Arquitecto Raul Lino, com inclusão de elementos estruturais e decorativos: 4 vãos "manuelinos"; janela da Cozinha; construção da arcaria da fachada O.; ampliação do átrio do corpo O. e colocação da respectiva escadaria e pintura do brasão da Mocidade Portuguesa no tecto; remodelação do terraço defronte do corpo das cozinhas, com demolição de parede à face da escadaria; transformação, com o intuito de uniformizar, das molduras de todos os vãos do rés-do-chão e andar nobre, especificamente: as portas da ala N. do Pátio Almada, primitivamente em arco pleno, em rectangulares, e das janelas do 2º registo, simples e de menores dimensões, em janelas de sacada com varandins de ferro decorados nos extremos com esferas; ampliação do pátio superior, com a demolição de uma sala, provável oratório, e colocação de painéis de azulejo (alguns assinados por Gabriel del Barco) provenientes de outra dependência do Palácio; ampliação do Salão Nobre; 1948 - reparação da sala destinada a Biblioteca da Restauração: pavimentação com tacos de pinho sobre massame hidráulico; picagem, asfalto, reboco, guarnecimento e caiação de paredes; alargamento da clarabóia e lanternim; 1949 - colocação de estantes de castanho na Biblioteca e de lanternas de latão; reparação dos pavimentos de 3 salas; 1955 - limpeza e reparação de telhados, caleiras, algerozes e madeiramentos; limpeza das fachadas principal, laterais e pátios, caiação e reparação de rebocos e portas; limpeza de cantarias e tomada de juntas e picagem, emboço, reboco e caiação de abóbadas na arcada; picagem e descasque de paredes de alvenaria e abóbadas, reboco com argamassa de cimento, areia e produto hidrófugo, guarnecimento e caiação, nas salas da câmara escura, raios X e laboratórios; 1955 / 1956 - reparação da instalação eléctrica; 1956 - limpeza e reparação geral de telhados, caleiras, algerozes e madeiramento; reparação de portas e caixilhos na fachada principal e lateral esquerdo; picar, emboçar, rebocar e guarnecer paredes e abóbadas com impermeabilização e pintura nas cozinhas e pátio da fonte; picagem, impermeabilização e reconstrução do pavimento do terraço das cozinhas; pintura do tecto da Sala do Conselho e reparação de madeiramentos; emboço, esboço e estucagem; colocação de novas guaritas de madeira iguais às existentes; 1957 - apeamento do tecto da Sala do Conselho com picagem de estuques e desmontagem da armação; assentamento de madeiramento de casquinha imunizado e estafe em tecto; picagem, emboço, reboco e guarnecimento de paredes na mesma sala e gabinete anexo; estucagem e linhagem de paredes e tectos, aparelho e pintura a óleo em paredes; reparação geral de portas e caixilhos; afagar e encerar pavimentos em várias salas; reparação da instalação eléctrica no 1º andar; 1958 - demolição e assentamento de beirados de telha lusa com argamassa hidráulica nas fachadas principal e laterais, 2 pátios e passagem; levantar e regularizar telhado e colocação de algeroz; picar. rebocar, guarnecimento e pintura com tinta de água da fachada principal e reparação e pintura a óleo de portas e caixilhos das fachadas principal, lateral esq. e dos 2 pátios; pintura de grades; picar, rebocar, guarnecer e pintar paramentos de alvenaria nos 2 pátios e fachada lateral esq.; reparação e pintura de beirados; assentar cantarias em pilar, frente de cantaria do pátio e socos; reparação geral de telhados e dos esgotos do pátio principal; demolição e reconstrução com consolidação da parede de empena; 1959 - remodelação geral da instalação eléctrica (1ª fase); demolição de paredes de alvenaria com escoramento do telhado na Sala da Milícia, Serviços Culturais e escada; demolição de pavimentos para construção da caixa da escada; construção de cadeia e reposição do pavimento da escada; demolição de escada exterior e retirada de grade; lintel de betão armado para suporte de aba do telhado com cofragem; construção de parede de tijolo na Sala da Milícia e Serviços Culturais e suporte da escada; construção de escada em betão armado, pedra serrada e brunida de lioz em pisos, espelhos e patins de escada assente com argamassa hidráulica; pavimento em lage de betão na zona da escada exterior; picar, emboçar, rebocar e guarnecer a massa fina de areia paredes exteriores com acabamento áspero, conforme às fachadas já feitas, e pintura a tinta de água no pátio, fachada interior e principal, muro de suporte, espingardaria e cantina; emboço, reboco e guarnecimento de paramentos de alvenaria de tijolo na Sala da Milicia e Serviços Culturais; esboço e estuque em paredes dos mesmos, cave e corredor; reparação e impermeabilização do terraço, cobertura das instalações sanitárias e arrecadação, junto à CRGE; reparação geral dos telhados; assentamento de adufas de madeira nas janelas do pátio interior; pintura a óleo em paredes interiores e aparelho na Sala da Milícia, Serviços Culturais, cave e corredor; pintura a óleo em portas e caixilhos; calcetamento do pátio na zona da escada e fornecimento de pedra igual à existente no pátio da entrada; restauro do painel de azulejos evocativo da Restauração junto à subestação das CRGE, a ser removida: assentamento de azulejos em falta com reconstrução de motivos decorativos e reassentamento dos que estão desligados da parede; remodelação total da instalação eléctrica (2ª fase); 1960 - instalação eléctrica ; demolição de alvenarias em arrecadações da cave; picagem, emboço, reboco e guarnecimento de paramentos interiores e exteriores nas salas da cave, instalações sanitárias do pátio e parede exterior do pátio superior; construção de sancas especiais (conforme desenho) com armação de madeira, forro de estafe e molduras corridas em ferro e estuque, esboço e pintura e tectos de estuque, na Secretaria; construção de sub-tecto ao nível das vigas com chasseamento de madeira de pinho, forro e caixas de iluminação, tectos de estuque e portas de casquinha, nos Serviços Administrativos; canalizações, divisória em tijolo de vidro, loiças, pavimento de tijoleira cerâmica nos sanitários; caixilhos de casquinha no pátio; pintura de paredes e tectos, com impermeabilização, nas salas da cave; grades de ferro no pavimento do pátio e impermeabilização, levantando e repondo a calçada, nas zonas com infiltrações para a cave; 1962 - demolição de alvenarias em divisórias e modificação de vãos em pavimentos no r/c, andar nobre e 2º piso; assentar vigamento; corte e preparação de pavimentos no andar nobre; construção de alvenaria de tijolo em divisórias, canalizações, azulejos brancos, pavimentos de mosaico hidráulico e loiças nos sanitários, no r/c e andar nobre; picar, emboçar, rebocar e guarnecer paramentos interiores e exteriores e estuque em paredes e tectos com pintura a óleo no r/c, andar nobre, 2º piso e pátios; portas de casquinha no andar nobre; soalho de pinho sobre barrotes no r/c; pintura a óleo em portas; levantar e repor pavimento no pátio da entrada; 1964 - canalizações e pinturas; 1965 - instalação eléctrica; 1969 - revisão das coberturas e caixilharia; pinturas; 1971 - conservação interior; 1973 - instalação eléctrica; 1976 - instalação de circuito de detecção automática de alarme de incêndio; 1978 - reparação das coberturas e rebocos; 1980 - reparação das coberturas e tectos; 1988 - recuperação do jardim; 1989 - revisão das coberturas; 1990 - reparação de portas e caixilhos; limpeza dos forros; obras na fonte central e na Sala dos Conjurados; restauro dos painéis de azulejo do jardim; 1991 - remodelação da instalação de iluminação do jardim; trabalhos de construção civil; reparação das coberturas; reparação de fachadas principal e laterais; 1995 - beneficiação de coberturas e fachadas; reparação das chaminés; impermeabilização dos terraços.

Observações

*1 - Zona Especial de Proteção Conjunta da Avenida da Liberdade e edifícios classificados na área circundante. *1 - As armas dos Almada são: de ouro, banda de azul carregada de duas flores florenciadas e vazias de ouro, acompanhada de duas aguietas estendidas de vermelho, armadas e sancadas de negro. Timbre: uma aguieta de negro. * 2 - Grande parte dos azulejos de padrão foram colocados no edifício quando das obras realizadas nos anos 40 do séc. 20 sob direcção de Raul Lino; alguns serão provenientes do próprio Palácio ou de outro edifício, outros estariam em depósito nos Monumentos Nacionais. Os azulejos de composição figurativa do pátio superior, provavelmente oriundos de salas do Palácio, foram igualmente colocados no pátio na mesma época, servindo de espaldar a bancos corridos. *3 - conjunto muito restaurado; muitos dos azulejos foram refeitos nos anos 90 (séc. 20). *4 - Silhar restaurado em 1990. Muitos azulejos foram feitos de novo, a altura do silhar foi reduzida (de 6 a 4 azulejos), a fiada inferior composta por azulejos de padrão de búzios (P - 398) desapareceu, sendo substituída por cercadura recente, imitando azulejo do séc. 18. *5 - na Igreja de São Romão em Carnaxide, no corredor ao lado da capela-mor, existe um silhar de azulejos de composição figurativa idêntico a um dos silhares desta sala. *6 - No arquivo da DSID na documentação da REOM constante no processo do imóvel encontra-se um conjunto de documentos relativos ao processo de encomenda da lápide onde figura a minuta da epígrafe, elemento raro e fundamental para verificar as modificações operadas na oficina de cantaria. Através desta documentação ficamos também a saber que a lápide foi executada pela Mármores e Cantarias de Pero Pinheiro- Estremoz, Ldª. pelo preço de 450$00.

Autor e Data

Paula Noé 1990 / Paula Correia 2002 / Lina Oliveira e Helena Rodrigues 2003 / Filipa Avellar 2004

Actualização

Luísa Estadão 2007
 
 
 
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