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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro
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Descrição
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Planta longitudinal, composta, irregular, compreendendo zona conventual / residencial, capela, cavalariças, celeiro e adega desenvolvidos em redor de dois pátios. Volumes articulados com disposição horizontal das massas. Coberturas diferenciadas em telhados de duas e quatro águas. RESIDÊNCIA: fachada principal longa e orientada a NO., dividida em dois registos separados por filete, com pórtico central apresentando três arcos de volta inteira, encimado por duas janelas e frontão triangular com óculo redondo central; registo inferior mostra duas fiadas de janelas rectangulares, sendo as superiores cegas, assim como as janelas superiores do torreão de planta quadrangular, de três pisos, que remata a fachada a NE; fachada posterior interrompida a meio por corpo que se desenvolve perpendicularmente até à capela. A E., existem vestígios de torreão tendo inscrito na verga da porta o milésimo de 1580 e R. 1892, talvez de restauro; grande pátio central dá acesso a zona agrícola e cavalariças; do segundo pátio lança-se uma longa escadaria adossada, em pedra, que conduz à zona residencial no primeiro andar; INTERIOR: divisões espaçosas com vistas panorâmicas sobre planícies do Mondego e antigo refeitório dos frades com silhares de azulejos e tecto em caixotões de madeira; CELEIRO: segundo pátio articulado ao anterior por arcada de cinco arcos dá acesso a celeiro e adega; INTERIOR: salas agrícolas apresentam tectos abobadados com tijolo da época; adega com colunas e tecto de reminiscência árabe; CAPELA: disposta paralelamente ao corpo maior com fachada principal virada a O; INTERIOR: possui nas paredes conjuntos azulejares azuis e brancos com cenas da vida dos Crúzios e Santo Agostinho; altar-mor e altares laterais com talha dourada; sacristia com azulejos e lavabo. O Convento encontra-se totalmente vedado por muro e portão de ferro. |
Acessos
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Verride ( junto à linha de caminho de ferro Coimbra-Figueira da Foz, a NO. da povoação ) |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 338/2011 DR, 2ª série, nº 27 de 8 de fevereiro de 2011 |
Enquadramento
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Rural, isolado, em terreno murado, no sopé da encosta N. da Quinta de Almiara sobre o vale do Mondego, na proximidade do rio Arunca e estação de caminho de ferro, em harmonia com o meio onde predominam as terras de cultivo do arroz. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: convento |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Pedro Alexandrino ( séc.18, 3 painéis da capela, atr. ) |
Cronologia
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1194 - primeira referência a Almiara conhecida através da doação de terras de Afonso Gonçalves e sua mulher Belida Soares; 1285 - quinta pertencendo à prioresa do mosteiro de Santana é vendida ao prior-mor de Santa Cruz para veraneio dos frades; 1514 - foral manuelino ; 1572, Janeiro - prior-geral de Santa Cruz, D. Lourenço Leite, compra a quinta a João Gonçalves Azambuja que em data incerta terá deixado de pertencer aos Crúzios, e ali funda o convento onde os frades passam a brévia ou férias de verão, período que aproveitam para banhos de mar em Buarcos; a tradição do cultivo do arroz introduzida pelos frades crúzios em Portugal, nas suas propriedades de Montemor-o-Velho, esteve sempre associada a esta Quinta do Convento; 1580 - data de construção do elemento mais antigo hoje visível; 1844, 7 Outubro - Verride torna-se sede de concelho; 1853, 31 Dezembro - extinto o concelho de Verride; séc. 18, 2.ª metade - reconstrução da casa e capela que hoje se encontram em ruínas; capela possui 3 painéis atribuídos a Pedro Alexandrino 2 deles representando Santo Agostinho e Santa Mónica; 1832 - Convento vendido em hasta pública; vendido à família Nazaré Barbosa a quem pertencem desde então o resto da Quinta, celeiro e adega; séc.20 - num dos roubos ao imóvel desaparecem os painéis da capela, tendo sido recuperados apenas os dos altares laterais; 1997, 26 de setembro - Proposta de abertura da DRCoimbra; 30 de setembro - despacho de abertura do Vice-Presidente do IPPAR; 1999, 5 de janeiro - Proposta da DRCoimbra para a classificação como IIP; 22 de novembro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 2000, 23 de março - despacho de homologação da Secretária de Estado da Cultura; 2007, 28 de maio - proposta de ZEP pela DRCentro; 2008, 6 de fevereiro - por Despacho do diretor do IGESPAR foi foi aprovada a proposta da delimitação da Zona Especial de Protecção; 2009, 3 de setembro - despacho de homologação do Ministro da Cultura. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria rebocada e pintada em cor avermelhada (paredes); pedra (vãos, cunhais da capela); telha (cobertura exterior). |
Bibliografia
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BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; CONCEIÇÃO, A. Santos, Terras de Montemor-o-Velho ( 1944 ), Montemor-o-Velho, 1992 ( reedição ); CORREIA, Vergílio; GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Coimbra, Lisboa, 1952; DIONÍSIO, Sant'Anna e outros, Guia de Portugal - Beira Litoral ( 1944 ), Lisboa, 1993 ( 3.ª ed. ); GÓIS, Correia, Concelho de Montemor-o-Velho. A Terra e a Gente, Montemor-o-Velho, Câmara Municipal, 1995; Jornal Domingo, 30 Outubro, 1988; Jornal Independente, Lisboa, 2 Dezembro, 1994; Jornal Domingo, 23 Novembro, 1997; "Verride", in Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Lisboa, 1975; Frazão, A. C. Amaral, Novo Dicionário Corográfico de Portugal, Porto, 1981; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155789 [consultado em 23 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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Observações
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*:Por despacho de 2008.02.21 do Presidente do IGESPAR foi foi aprovada a proposta da delimitação da Zona Especial de Protecção. Da capela é também referida a tela de Santo Agostinho com Santa Mónica como atribuída a André Gonçalves. |
Autor e Data
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Francisco Jesus 1999 |
Actualização
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