Castelo de Pinhel / Castelo e cerca urbana de Pinhel

IPA.00005167
Portugal, Guarda, Pinhel, Pinhel
 
Castelo da Raia Beirã, medieval, que, juntamente com os de Longroiva, Marialva, Guarda e Sortelha, fazia frente a outros tantos do reino de Leão. Cerca urbana de planta ovalada, rasgado por portas em arco pleno e quebrado, com abóbada de berço e de berço quebrado, duas delas integradas em torres, de planta quadrada, sem vãos, e acesso ao adarve através de lanço de escadas. Cidadela com torre de menagem e torre secundária, ambas de planta quadrada, com fachadas de três registos, rematadas por merlões rasgados por seteiras cruciforme, com portas em arco quebrado, balcões com mata-cães, e com interiores abobadados (torre N.) ou com coberturas de madeira (torre S.). Elementos manuelinos nas janela mainelada da torre N., de arcos decorados com toros entrelaçados e na janela de lintel recto e moldura de meia-cana. Na torre S. destaque para o pilar cilíndrico de pé-direito duplo no interior.
Número IPA Antigo: PT020910170006
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Castelo e cerca urbana    

Descrição

Perímetro urbano muralhado de traçado ovalado, interrompido junto da Porta da Vila, com alguns troços tendo adossados construções no lado S. e O. e com troço contínuo nos lados E. e N.. A cerca integra seis portas: a Porta da Vila, de que apenas existe a localização; a Porta de São Tiago, voltada a S., em arco pleno no exterior e arco quebrado no interior, coberta com abóbada de berço quebrado; a Porta de Marrocos, virada a SE., em arco quebrado, coberta com abóbada de berço levemente apontado; a Porta de São João, voltada a E., em arco quebrado e coberta com abóbada de berço quebrado com extradorso à vista; a Porta de Alvacar ou de Almodovar, voltada a N., em arco pleno, coberta com abóbada de berço; a Porta de Marialva, volta a N., com arco quebrado, coberta por abóbada de berço levemente apontado. Subsistem duas torres defensivas da cerca, a Torre da Porta da Vila ou da Cadeia Velha e a de São Tiago. A primeira, de planta quadrada, tem a fachada E. adossada à Casa Grande, fachada O. e N. cegos, o último com acesso ao adarve através de lanço de escadas e fachada S. rasgada por janela rectilínea no primeiro registo. No exterior desta torre, a principal ligação ao arrabalde, organizou-se o largo central onde se localizam os imóveis mais importantes da vila e iniciaram-se os principais eixos de saída - para a Ponte Velha do Côa, para Almeida, para a Guarda e Trancoso -, os quais estruturaram o desenvolvimento do arrabalde. A torre da porta de São Tiago é, igualmente, de planta quadrada, com as fachadas cegas, tendo, no lado N., arranque de lanço de escadas de acesso ao adarve. Cidadela de cintura muralhada, de que subsistem dois troços, um perpendicular à Porta de Almodovar e outro adossado uma das torres (a S.) que integram este circuito, e ainda uma cisterna de abertura quadrada. A Torre S. é de planta quadrada, com fachadas de três registos, rematados por merlões paralelepipédicos, alguns com seteiras cruciformes, tendo na face interior silhar decorado em cortina e outra em rendilhado. As fachadas N. e O. têm uma fresta nos segundo e terceiro registos, tendo, superiormente, gárgulas; a fachada E. tem o segundo registo cego, com casa adossada e fresta no superior, ostentando gárgulas superiormente; a fachada S. tem o primeiro registo cego, e no segundo rasga-se porta de lintel recto com umbrais oblíquos encimado por arco de descarga quebrado, sendo precedida por escada com gradeamento de ferro. Cobertura em terraço com pavimento granítico a que se acede por escada protegida por estrutura de madeira e tijolo de vidro. INTERIOR com pilar central de secção circular em alvenaria nos primeiro e segundo pisos, tendo pavimentos cerâmico, no primeiro, e de madeira, interligados por escada de caracol com rodamão de alumínio, protegidas por estrutura moderna de madeira. Torre N. ou torre de menagem de planta quadrangular, fachadas de três registos e remate em merlões rectangulares. Fachada O. com portas em arco quebrado nos segundo e terceiro registos, o último de acesso ao balcão com mata-cães apoiado em três mísulas de recorte triplo curvilíneo. Fachada S. rasgada, no segundo registo, por janela mainelada inscrita em moldura recta, tendo no parapeito seteira cruciforme e sendo formada por dois arcos plenos decorados com toros entrelaçados e apoiados em três colunelos. Superiormente, abre-se porta em arco quebrado de acesso ao balcão com mata-cães, apoiado em três mísulas de recorte triplo rectilíneo. Fachada E. cega e a N. tendo, no segundo registo, janela de lintel recto inscrito em moldura de meia-cana e abrindo-se no parapeiro seteira cruciforme. Nas fachadas S. e N., surgem, em cada, duas gárgulas decoradas com rosetas. Cobertura em terraço com lajes de granito e lanços de escada para acesso desnivelado aos balcões. No INTERIOR tem, no primeiro piso, enchimento ciclópico e, no segundo, pavimento cerâmico, cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas de bocete central decorado e escada de caracol desenvolvida no interior do muro O., a que se acede por porta de arco de carena; os pisos interligam-se por uma outra escada de caracol construída recentemente dentro de estrutura de madeira com rodamãos de alumínio.

Acessos

O acesso para a casa é pelo Largo de São João Martinho

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 37 801, DG, 1.ª série, n.º 78 de 2 maio 1950 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, nº 8 de 10 janeiro 1963 *1

Enquadramento

Urbano, num cabeço destacado de topo aplanado, a cerca de 646 m. de altitude, « constituindo um perímetro muralhado envolvente de toda a colina e centro histórico. Localização isolada das torres da cidadela no ponto mais alto e planáltico, desenvolvendo-se o aglomerado a S. e a O. e rarefazendo-se as construções a NE.. No exterior da torre da porta da vila, estruturou-se o largo central onde se localiza o Pelourinho (v. PT020910170001), a Casa da Câmara (v. PT020910170008), a desaparecida Igreja de São Pedro, a Igreja da Misericórdia (v. PT020910170007), a Igreja e Convento de São Luís e vários solares urbanos das principais famílias da vila. Junto da torre S. escadas de granito e Centro de Interpretação destoante. Situado na margem esquerda da Ribeira das Cabras, afluente do Rio Côa, onde aflui a cerca de 4 Km.. A O., a Ribeira do Pego. O Castelo domina os vales do Côa e o Castelo de Almeida (v. PT0209030001).

Descrição Complementar

Segundo os autores do livro Terras do Côa / da Malcata ao Reboredo, a observação da planta e as próprias características de implantação permitem levantar a hipótese de um núcleo inical situado na área aplanada do topo do cabeço, rodeando a igreja de Santa Maria, ao lado do castelo, talvez com uma primeira cerca. Mais tarde, o próprio desenvolvimento da povoação pela encosta abaixo levaria à construção de uma outra cerca de grandes dimensões, a qual se preserva em quase todo o circuito possuindo seis portas.

Utilização Inicial

Militar: castelo e cerca urbana

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

DRCCentro, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009

Época Construção

Séc. 13 / 14 / 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: João Rafael (1999) *2. PEDREIRO: João Ortega (1510).

Cronologia

500 a.C. - fundação lendária pelos Túrdulos; terá sido um castro pré-romano; 1179 - reconquista e concessão de carta de foral (?) por D. Afonso Henriques; 1189 - início da edificação do castelo por D. Sancho I; Pinhel torna-se cabeça de concelho; 1191 - carta de foral concedida aos "homens que quizessem habitar em Pinhel" pelo prior do Mosteiro da Ermida de Santa Maria de Riba Paiva, com o consentimento do rei, que seguia o modelo do foral de Salamanca / Numão; 1209 - reforçando esta iniciativa privada, e para assegurar o controlo régio sobre a mesma, D. Sancho I concede novo foral aos povoadores de Pinhel, seguindo o modelo de Ávila / Évora; 1282 - confirmação do foral, reconstrução das muralhas e edificação das torres por D. Dinis; 1285 - deslocação do monarca a Pinhel; 1313 - nova deslocação de D. Dinis àquela vila; 1320 / 1321 - no Rol das Igrejas, refere-se que já existia no arrabalde, que muito cedo se desenvolveu extra-muros, seis igrejas paroquiais e intra-muros outras 3; 1385, Julho - invasão castelhana tomando o castelo de Pinhel; Idade Média, final - Pinhel possuia um castelo e um muro de cerca robusto; 1422 - no Rol dos Besteiros, surge a referência a 6390 habitantes; 1480 - um grupo de várias centenas de moradores, a partir das torres da cerca, sitiou o castelo por várias semanas, apoderando-se das armas que se guardavam numa delas e gritando "Marechal fora"; D. Henrique Coutinho, filho do marechal alcaide-mor do lugar, mandou disparar contra a vila a partir do castelo, depois de ter ferido um membro do governo municipal; os homens da guarnição, reforçados por um contigente vindo de fora, atacaram a vila gritando "Marialva! Marialva!"; 1496 - na Inquirição, surge a referência a 807 habitantes; 1505 - documentada a existênia de armaria no castelo; 1510 - renovação do foral por D. Manuel; realização de obras nas torres, por João Ortega, de Penamacor; 1527 - pelo Numeramento sabemos que viviam intra-muros um elevado números de moradores, com 152 famílias, no entanto, no arrabalde já viviam 136 famílas, num total de 1766 habitantes; 1640 - obras de fortificação e construção de um reduto no contexto das Guerras da Restauração; 1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a povoação tinha 576 vizinhos, sendo pertença da Coroa; o castelo é descrito como estando bastante arruinado, sendo a maior parte dos muros em cantaria; tinha seis torres e um reduto, com duas torres, uma a nascente e outra a poente, no interior do qual, existia um terreiro e cisterna com água; 1810 - ocupação por Loisson durante as Invasões Francesas. Possuia 3 cisternas: na cidadela, junto à Porta da Vila e junto à Porta de Santiago; todas as portas do perímetro urbano eram defendidas por torres; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126; 1999, Agosto - decorrem obras de revitalização no castelo sob responsabilidade do IPPAR, prevendo-se instalação de bar, pavimentação das 2 torres dionísias; anfiteatro ao ar livre previsto parece ter sido eliminado; 2003 - registam-se infiltrações pluviais nas torres; 2005, Setembro - instalação de miradouro virtual, pela empresa Ydreams Educação & Cultura.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes nas torres e estrutura autoportante nas muralhas.

Materiais

Estrutura de granito, com paramentos à vista e em algumas zonas das torres rebocados e pintados de branco; pavimentos e escadas recentes de madeira; rodamão de alumínio; pavimentos cerâmicos e de madeira; janelas de vidro simples.

Bibliografia

LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; BEÇA, Humberto, Castelos de Portugal. Os Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922; VITERBO, Sousa, Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses, vol. 2, Lisboa, 1922; ALMEIDA, João, Roteiros dos Monumentos de arquitectura militar do concelho da Guarda, Coimbra, 1942; MARTA, Ilídio, Pinhel Falcão, Celorico da Beira, 1943; ALMEIDA, João, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1945; PERES, Damião, A Gloriosa História dos Mais Belos Castelos de Portugal, Porto, 1969; ALVES, M., Pinhel, in Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. 15, Lisboa, 1973, p. 121 - 122; ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísitcos de Portugal, Lisboa, 1984; Direcção-Geral do Planeamento Urbanístico, Plano da Área Territorial da Guarda, Património Artístico - Cultural, Situação Actual, Concelho de Pinhel, Lisboa, 1984; AZEVEDO, José Correia de, Portugal Monumental. Inventário Ilustrado. Beiras, Algés, s.d.; GIL, Júlio, Os Mais Belos Castelos e Fortalezas de Portugal, Lisboa, 1986; NUNES, António Lopes Pires, O castelo estratégico português e a estratégia do castelo em Portugal, Lisboa, 1988; LOPES, A. Flávio (coord.), Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado. Distrito da Guarda, Lisboa, 1993, p. 43; SEIXAS, Miguel B. A. Metelo, A estratégia de D. Dinis e o Castelo de Pinhel, in Beira alta, vo,. LII, Fasc. 1 e 2, Viseu, 1993, p. 117 - 142; GONÇALVES, Luís Jorge Rodrigues, Os castelos da Beira interior na defesa de Portugal (séc. XII - XVI), [dissertação de mestrado], Lisboa, Faculdade de Letras de Lisboa, 1995; VAZ, Francisco, Santa Maria de Pinhel, Lisboa, 1995; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia, col. 1 - Beira, Lisboa, 1996; MARTA, Ilídio da Silva, Pinel Falcão, s.l., 1996; GOMES, Rita Costa, Castelos da Raia. Beira, vol. I, Lisboa, 1997; SILVA, Isabel (dir.), Pinhel, in Dicionário Enciclopédico da Freguesias, vol. 3, Matosinhos, 1997; BARROCA, Mário Jorge, Castelos medievais portugueses. Origens e evolução (séc. IX - XIV), in La Fortaleza medieval: Realidad y Símbolo. Actas de la XV Asamblea General de la Sociedad Espanola de Estudios Medievales, Madrid, 1998, p. 13 - 30; LIMA, Alexandre Cerveira Pinto S., Terras do Côa / Da Malcata ao Reboredo, Maia, 1998; CAETANO, Maia, IPPAR está a fazer um bar mesmo no castelo medieval, in Jornal de Notícias, 15 Agosto de 1999; MONTEIRO, João Gouveia, Os castelos portugueses dos finais da Idade Média. Presença, perfil, conservação, vigilância e comando, Lisboa, 1999; BARROCA, Mário Jorge, Dossier Iconográfico, in Pera Guerrejar. Armamento medieval no espaço português - Catálogo da Exposição, Abril - Dezembro 2000, Palmela, 2000, p. 108; Pinhel - até as torres já metem água, in O Primeiro de Janeiro, Porto, 17 Janeiro 2003; Miradouro Virtual no Castelo, in Terras da Beira, 23 Fevereiro 2006.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; DNL

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; IPPAR: DRCB

Intervenção Realizada

DGEMN: 1942 - consolidação das cantarias das torres, refechamento de juntas, construção de muralhas em cantaria, assentamento de cantaria em molduras, escavação e remoção de terras; 1943 - consolidação de cantarias e refechamento de juntas, fornecimento de vigamentos para pavimentos, reconstrução de troço de muralha; 1944 - consolidação e assentamento de cantarias, refechamento de juntas; 1945 - consolidação e assentamento de cantarias, execução de portas de madeira e caixilhos, escavação e remoção de terras; 1957 - consolidação da torre da cadeia velha: apeamento e reconstrução de paredes, refechamento de juntas, limpeza das cantarias na fachada da entrada, limpeza do terreno envolvente; 1962 - reconstrução de um troço de muralha; 1969 - torre de menagem: levantamento e assentamento do parapeito e merlões, levantamento de friso de cantaria, refechamento de juntas na parede, regularização de pavimentos da barbacã, incluindo lajedo de pedra e vedação das juntas, restauro e limpeza da cisterna, demolição de uma casa adossada à muralha, na Travessa de Almodôvar; 1970 - conservação e recuperação na torre de menagem: escavação ao nível do pavimento da entrada, levantamento e reparação do lajedo da cobertura, escoramento e consolidação da abóbada, execução de tirantes de ferro betonados, refechamento de juntas; 1971 - consolidação de cantarias no adarve e nos panos de muralha da torre junto à Porta da Vila, escavação do recinto da cidadela para identificar o pavimento primitivo entre as torres e a partir daí estudar a escada de acesso ao interior das torres; 1973 - demolição de casebres rústicos abandonados e de muros de alvenaria, desaterro do recinto do reduto e nas propriedades adquiridas pela C. M. de Pinhel, desimpedimento e consolidação de silhares na Porta junto à Travessa de Almodôvar; 1986 - beneficiação da torre de menagem, desmontagem pontual de silhares nas fachadas exteriores, refechamento de juntas, fornecimento de portas; 1987 - desmontagem, consolidação e montagem de silhares na torre da cisterna, limpeza e consolidação de cantarias na torre de menagem, na fachada E., assentamento de cobertura em chapa metálica, corpo hexagonal e chapéu piramidal na torre de menagem, pavimentação interior em tijoleira na torre de menagem; IPPAR: 1999 - obras de revitalização no castelo, pavimentação das 2 torres dionísias (anfiteatro ao ar livre previsto parece ter sido eliminado); 2001 - conclusão das obras no interior das duas torres; instalação de um bar construído entre ambas as torres; abertura de uma porta na torre N..

Observações

*1 - DOF: ... e uma moradia anexa, que se trata de uma casa rústica adossada à Torre S., em alvenaria de granito, de um piso, vãos de lintel recto sem moldura e cobertura a uma água. *2 - adaptações previstas no Plano de Salvaguarda e Reabilitação do Castelo de Pinhel (Arqº João Rafael): instalação de salas de exposição, abertura de nova porta no 1º piso da torre de menagem, construção de um restauro no recinto; o castelo tinha seis portas - a da Vila, São Tiago, São João, Marrocos, Alvacar, Marialva - e três cisternas, uma no terreiro, uma junto à Porta da Vila e outra perto da torre de Santiago.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992 / Marisa Costa 2001

Actualização

 
 
 
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