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Edifício e estrutura Edifício Residencial multifamiliar Edifício Edifício residencial e comercial
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Descrição
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Esta loja insere-se ao nível do r/c de um edifício de três pisos e um amansardado e prolonga-se para O. num outro edifício da R. 31 de Janeiro, de dois pisos. A fachada principal orientada a S. e E. é constituída pela associação de duas devantures em ferro fundido. A de gaveto é constituída por duas grandes montras para cada rua (2.58 m), definindo no cunhal um alpendre coberto, rematado na parte superior por elementos vegetalistas sobrepujados por frontão de volutas com um busto feminino ao centro. No prolongamento desta devanture e para a R. 31 de Janeiro uma outra formada por uma porta central de duas folhas, ladeada por duas montras. O entablamento é suportado por duas pilastras. A partir da entrada no gaveto chega-se ao designado Salão Luís XV (antigamente destinado a Exposição de Pratas), que estabelece ligação com o Salão Império (destinado outrora à Exposição de Jóias). A primeira Sala encontra-se decorada com o mobiliário original em nogueira dourado e a segunda com móveis em mogno decorado com elementos em bronze dourado e patinado e vidros em cristal. A vitrine principal deste Salão é encimada por uma águia e a base é constituída por dragões alados. Os dois Salões ainda apresentam os tectos com pinturas. |
Acessos
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Rua 31 de Janeiro nº 247, Rua de Santa Catarina nº 1 |
Protecção
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Em estudo / Incluído na zona de protecção da Igreja de Santo Ildefonso (v. PT011312120046) |
Enquadramento
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Urbano, ao nível do r/c do edifício de gaveto a O. entre a Rua 31 de Janeiro e Rua de Santa Catarina. Duas devantures flanqueadas por um edifício de r/c + 2 e um amansardado na Rua de Santa Catarina e um de r/c + 1 na Rua 31 de Janeiro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: edifício |
Utilização Actual
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Comercial: loja / Comercial: estabelecimento de restauração |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Companhia Aliança (const. das frentes de ferro fundido) |
Cronologia
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1874 - É projectada por João de Almada e Melo a abertura da R. 31 de Janeiro; 1880 - Fundação da Ourivesaria por António Alves dos Reis; 1890, 11 Fev. - Requerimento de Reis & Filhos, pretendendo substituir ou suprimir os dois mainéis que existem na casa que habitam empregando uma devanture em ferro; 1905, 25 Dez. - Requerimento de Reis & Filhos, desejando substituir a fachada do seu estabelecimento sito à R. de Santo António nº 243 a 247 e R. de Santa Catarina nº 1 a 5, por uma frente em ferro, como os desenhos juntos indicavam; 1906 - Aprovação do projecto em Sessão da Câmara pelo parecer do Arqº. José Marques da Silva, técnico da 3ª. Repartição / Obras Públicas; 1914, 18 Ago. - Requerimento de Reis & Filhos, desejando proceder à execução de uma sala de exposições e frente no prédio nº 203 da mesma rua 31 de Janeiro; 20 Ago. - Aprovação do projecto em Sessão de Câmara. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Devanture em ferro fundido; Paredes interiores forradas a papel; Tectos em estuque trabalhados com pinturas; Pavimentos em soalho de madeira; Caixilhos interiores e rodapés em madeira pintada. |
Bibliografia
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Plantas de Casas, Livro III, A.H.M.P., 1890; Livro 184, 1906; Licenças de Obras, Livro 311, Arquivo Geral da C.M.P., 1914; BASTO, Artur de Magalhães, O Porto do romantismo, Coimbra, 1932; A Ourivesaria no Norte de Portugal, ARPPA, Porto, 1984; FRANÇA, José Augusto, A Arte em Portugal no séc. XIX, vol. 2, Lisboa, 1966; SANTOS, José Coelho dos, O Palácio de Cristal e a Arquitectura do Ferro em meados do Séc. XIX, Fundação Eng. António de Almeida, 1989; Porto a Património Mundial, Porto, 1993. |
Documentação Gráfica
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AHMP |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN / DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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A Companhia Aliança, foi fundada no Porto em 1852 pelo Barão de Massarelos e de Gaspar da Cunha Lima. A R. 31 de Janeiro transformou-se numa importante artéria comercial no século passado. Aqui se instalaram alguns comerciantes estrangeiros como: Vicent, Delage, Buisson e etc. Actualmente este espaço comercial está dividido em dois sectores: o de pronto-a-vestir e de ourivesaria. O Salão Império já comunicou em tempos com uma outra sala designada por Salão Luís XVI, projecto do Arq.º José Teixeira Lopes. Existe ainda uma abertura em arco de ligação a esta sala, preenchida actualmente por um espelho. Este Salão foi ocupado por uma Discoteca. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1996 |
Actualização
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