Casa de António Tomás Quartin

IPA.00005075
Portugal, Lisboa, Lisboa, Santo António
 
Casa abastada ecléctica. A composição da fachada principal apresenta-se particularmente equilibrada e os fogos organizam-se do ponto de vista das soluções planimétricas de forma particularmente feliz, orientando para o logradouro amplas marquises proporcionando espaços íntimos que não se observam em outros projectos de Ventura Terra.
Número IPA Antigo: PT031106140397
 
Registo visualizado 584 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Casa abastada  

Descrição

Planta rectangular, de volumetria paralelepipédica, com cobertura efectuada por telhados a 7 águas e em mansarda com trapeira. Composto por 6 pisos - um deles parcialmente enterrado e outro ao nível da cobertura - apresenta alçado principal a N., ostentando placagem de cantaria em isódomo e 5 º andar revestido com azulejo monócromo. Observa-se pano de muro ritmado segundo uma estruturação vertical , definida pela abertura de 3 vãos alinhados, com diferente tratamento de fenestrações por piso; exibe também, uma disposiçao de tipo horizontal, em que se identificam 3 corpos demarcados por diferentes elementos decorativos. No piso térreo regista-se a E., porta de acesso ao interior: de verga curva e com bandeira, é encimada por ornatos esculpidos em cantaria, que se prolongam ao nível da ombreira da porta e a toda a largura do alçado, num friso esculpido em relevo. Os 3 pisos superiores apresentam a E., janelas de peito - com guarda metálica e remate superior coincidente com diferentes frisos de azulejo de gramática vegetalista, as quais se apresentam intercaladas no andar intermédio por 2 janelas de sacada com verga esculpida analogamente à da porta, servidas por varanda comum com guarda metálica. A O., sucedem-se de modo contínuo 3 amplas janelas tripartidas, através da articulação de diferentes elementos arquitectónicos complementares, como se observa na janela central, que é ladeada por duplas colunas sobre as quais assenta a varanda da janela de sacada do piso superior. O 5º andar apesar de se apresentar demarcado por varanda corrida a toda a largura, contornando mesmo o ângulo e prolongando-se até meio do alçado lateral O., regista continuidade relativamente aos níveis precedentes: destacando-se a janela a O., com bandeira curva, sobrepujada ao nível da cobertura por pano de muro em cantaria, com empena escalonada, vazada a eixo por janela rectangular. No interior - organizado em 2 fogos por piso - reconhece-se escada de lanços rectos guarnecida por guarda metálica.

Acessos

Rua Alexandre Herculano, n.º 2

Protecção

Incluído na Zona Geral de Proteção da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972) e na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados da Avenida da Liberdade e área envolvente

Enquadramento

Urbano, harmónico, integrado num conjunto de prédios constituinte de uma frente de quarteirão (nºs. 15 a 29), delimitado pela Av. da Liberdade e pela Rua Mouzinho da Silveira, edificado entre o final do séc. 19 e a segunda década do séc. 20. Entre os edifícios mais próximos merecem menção os da Rua Alexandre Herculano, nºs. 19 e 23 (Arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior) e nº 27

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Residencial: casa / Política e administrativa: repartições públicas

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Miguel Ventura Terra (1909). CONSTRUTOR: Francisco Caetano da Silva (1909).

Cronologia

1909 - o edifício encontrava-se em construção, conforme plano de Miguel Ventura Terra (1866-1919), para António Thomaz Quartin; onstrução do imóvel por Francisco Caetano da Silva, que importou em 35:000$000; vistoria do Corpo Municipal de Bombeiros; 1911 - o imóvel encontra-se concluído, sendo seu proprietário António Tomás Quartin; 1912 - atribuição do Prémio Valmor, sendo o júri composto por José Alexandre Soares, Adães Bermudes e Tertuliano Lacerda Marques, relativo a 1911; 1959 - é proprietária Zaida do Amaral Quartin; 1967 - encontra-se na posse de Luís Quartin Graça; 1970 - são proprietários Mário e Gastão Quartin Graça.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, azulejos.

Bibliografia

ALMEIDA, D. Fernando de, (dir. de), Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. II-Lisboa, 1975; ALMEIDA, Pedro Vieira, FERNANDES, José Manuel, A Arquitectura Moderna, in AAVV, História da Arte em Portugal, Vol. 14, Lisboa, 1986; FERREIRA, Fátima e OUTROS, Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, 1987; PEDREIRINHO, José Manuel, História do Prémio Valmor, Lisboa, 1988; FERNANDES, José Manuel, e OUTROS, A Arquitectura do Princípio do Século em Lisboa (1900 - 1925), Lisboa, 1991; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário dos Arquitectos Activos em Portugal do Século I à Actualidade, Porto, 1994; Plano Director Municipal, Lisboa, 1995; Arquitecto Ventura Terra (1866-1919), Lisboa, Assembleia da República, 2009.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, SIPA

Documentação Administrativa

CML: Arquivo de Obras, pº nº 38.146

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1909 - colocação de uma escada de ferro para serviço da chaminé; 1939 - obras de conservação e beneficiação geral; 1940 - obras de alteração da compartimentação interna e da morfologia de alguns vãos; 1949 - obras de conservação e beneficiação geral; 1962 e 1964 - obras de conservação e beneficiação geral; 1967 - reparação da cimalha da fachada principal

Observações

Autor e Data

Filomena Bandeira, Teresa Vale e Maria Ferreira 1998

Actualização

 
 
 
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