Convento de Nossa Senhora das Portas do Céu / Convento de São Francisco de Telheiras / Igreja Paroquial de Telheiras / Igreja de Nossa Senhora das Portas do Céu

IPA.00005043
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Arquitectura religiosa, maneirista, barroca e pombalina. Convento franciscano, composto por igreja e zona conventual, que evolui em três pisos, de linhas simplificadas, rasgadas por janelas de verga recta, como ordenava a Ordem. A igreja é de planta longitudinal composta por nave e capela-mor mais estreita, com coberturas interiores diferenciadas em falsas abóbadas de berço abatida, assentes em cornija, uniformemente iluminada por janelas rectilíneas rasgadas nas fachadas laterais. Fachada principal barroca, com remate em fragmentos de frontão e empena curva, encimados por cornija, rasgada por portal de verga recta, flanqueado por pilastras, talvez de execução maneirista, encimado por grandes janelões que iluminam o coro, de modinaturas amplamente decoradas, barrocas. A torre, no lado esquerdo, poderá ter fundação maneirista, sendo atacarrada, com remate em coruchéu bolboso, barroco. Fachadas com cunhais em cantaria de granito, rematadas por friso e cornija, as laterais da nave da igreja, rasgadas por portas travessas de verga recta. Interior com coro-alto assente em arco de volta perfeita, sob o qual se situam os confessionários. Capelas laterais confrontantes, inseridas em arcos de volta perfeita. Arco triunfal de volta perfeita, rematado por frontão triangular, numa invocação maneirista. Junto à igreja, desenvolvia-se a escada regral, em cantaria. Edifício seiscentista fundado por personagem oriunda do Oriente, onde teve formação cristã, começando por criar um pequeno oratório, que deu origem a amplo convento franciscano, bastante arruinada, de que já não resta o claustro e várias alas conventuais; também a igreja se encontra despojada. Nesta, destaca-se o tratamento da fachada, com portal simples, mas com as modinaturas das janelas do coro-alto elaboradas, com espaldares de festões e cornijas, a central prolongando-se numa lápide que comemora a sua reconstrução após o terramoto, com o patrocínio régio e do próprio Marquês de Pombal. A torre é algo atarracada, apontando para época diferente de construção, apenas de destacando o coruchéu bolboso como elemento barroco. No interior, o coro-alto assenta em pilastras com fustes almofadados, formandos falsas estípides. Mantém o arco triunfal maneirista, em cantaria e com os escudos do orago e de Portugal, envolvidos por decoração fitomórfica barroca, revelando uma remodelação neste período. No sub-coro, mantêm-se os confessionários, transformados em espaços de arrumação ou em escaparates. O coro tem uma guarda vazada entrelaçada, pouco comum na época barroca, em que se optava por balaústres.
Número IPA Antigo: PT031106180278
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos (Província de Portugal)

Descrição

Complexo arquitectónico rectangular, constituído por: igreja num dos topos e dependências conventuais, bastante arruinadas, dispostas em L, criando, actualmente, um pátio aberto, virado a N., servindo de estacionamento, o primitivo claustro. A IGREJA é de planta longitudinal simples, com nave única e capela-mor mais estreita, de volumes escalonados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, com torre sineira adossado à fachada lateral esquerda, com cobertura em coruchéu bolboso, rebocado e pintado de branco, e sacristia adossada ao lado oposto. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, flanqueadas por cunhais apilastrados, em aparelho isódomo, percorridas por embasamento de cantaria, e rematadas em friso e cornija. Fachada principal virada a N., com remates em fragmentos de frontão, que enquadram empena curva, volutada, sobrepujada por friso e cornija angulares, rematados por pináculos piramidais e, no vértice, plinto galbado com cruz metálica. É rasgada por portal de verga recta e moldura dupla de calcário, flanqueada por duplas pilastras toscanas, assentes em plintos paralelepipédicos, todos almofadados, rematado por entablamento, de onde evoluem dois pináculos bolbosos e pequeno friso; é protegido por porta de duas folhas, em madeira, almofadada, com pregaria metálica e a data "1696"; sobre o portal, uma cartela curva com inscrição, servindo de base a janelão central, de perfil contracurvado, com moldura de cantaria recortada, e rematado por espaldar curvo e cornija com o mesmo perfil, tendo um escudo português e coroa fechada, como pedra de fecho. Encontra-se encimado por óculo circular, integrando pétalas de flores, e está flanqueado por duas janelas de menores dimensões, em arco abatido, com molduras semelhantes às anteriores, encimadas por espaldar com festão e cornija curva. No lado esquerdo e em plano mais recuado, torre sineira quadrangular, flanqueada por cunhais de cantaria, rebocados e pintados de branco, rematada por friso e cornija, com pináculos nos ângulos, também pintados, dividida em três registos, definidos por friso e cornija, o inferior com fresta de iluminação e arejamento na face frontal, um óculo circular no topo, surgindo, no registo intermédio, óculo circular; o registo superior encontra-se rasgado por quatro ventanas em arco de volta perfeita, assente em impostas salientes. Fachada lateral esquerda, virada a E., rasgada por três vãos rectilíneos e de molduras simples, correspondentes a porta de verga recta e, superiormente, a duas janelas. No corpo da capela-mor, porta semelhante e pequena janela quadrangular, ambas com molduras de cantaria de calcário. Fachada lateral direita, virada a O., semelhante no corpo da igreja, tendo a sacristia rasgada por seis janelas sobrepostas, três em cada piso, rectilíneas e com molduras de cantaria, as inferiores jacentes. Fachada posterior adossada. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, com pavimento em lajeado de granito e cobertura em falsa abóbada de berço abatido, rebocada e pintada de branco, assente em cornija de cantaria. Coro-alto assente em arco abatido, sustentado por pilastras de cantaria, com os fustes almofadados, criando falsas estípides, com guarda de madeira vazada, com o tecto do sub-coro em estrutura de barrote, com guarda-pó de madeira. O portal axial encontra-se protegido por guarda-vento de madeira, flanqueado por pias de água-benta em calcário vermelho, de perfis circulares e bordos boleados. Confrontantes, no sub-coro, surgem duas portas de verga recta e com molduras de cantaria, provavelmente antigos confessionários. Confrontantes, duas portas travessas, de verga recta e molduras de cantaria, rematadas por frontões triangulares, a partir das quais se secciona o espaço, sendo ambas as paredes interiores semelhantes, circunscritas por pilastras toscanas da ordem colossal, rematadas por cornija, tendo, cada uma delas, duas capelas laterais profundas, em arcos de volta perfeita assentes em pilastras e com o fecho volutado, tendo os fundos pintados de azul. Entre cada uma delas, pequena porta em arco abatido e moldura de cantaria, encimadas por púlpitos quadrangulares, com bacia em cantaria de calcário e florão inferior, com guarda plena de madeira e acesso por porta de volta perfeita com moldura simples, encimada por friso contracurvado em cantaria vermelha, que se prolonga das capelas laterais. Arco triunfal, antecedido por presbitério de um degrau, com perfil de volta perfeita, assente em pilastras toscanas colossais, com enormes seguintes de cantaria e fecho volutado; remata em frontão triangular, contendo escudo em estuque com as armas de Portugal, escudo com uma chave, totalmente envolvido por folhagem, palmas e encimado por coroa fechada. Capela-mor alteada por um degrau, com as paredes rebocadas e pintadas de branco, lateralmente rasgadas por portas de verga recta e por tribunas em arco de volta perfeita, sustentadas por cornija; ao centro, o altar-mor e, na parede testeira, enorme nicho em arco de volta perfeita com o fundo pintado de azul, junto ao qual surge altar paralelepipédico, elevado por supedâneo de dois degraus. DEPENDÊNCIAS CONVENTUAIS bastante arruinadas, dispostas em L e evoluindo em três pisos, com as fachadas parcialmente rebocadas de rosa, e possuindo vários vãos entaipados, flanqueadas por cunhais apilastrados e rematadas em cornija e beirada simples. Fachada lateral esquerda, virada a E., formando um ressalto central, onde se divisam vários vãos entaipados, totalmente revestida a cimento; nos panos laterais, recuados, surgem, em cada um deles, duas janelas de peitoril rectilíneas e moldura de cantaria calcária, a superior parcialmente entaipada; no lado direito, é visível uma porta de verga recta de grandes dimensões, também entaipada. A fachada lateral direita, virada a O., marcada pela igreja e, no topo, por pano rebocado e pintado de branco, com cunhais apilastrados e rematado em platibanda plena, onde se rasgam, no piso inferior, janela rectilínea, e, no superior, uma janela de peitoril e uma de varandim, ambas rectilíneas, a última com guarda metálica, pintada de verde. A fachada posterior divide-se em dois panos, o do lado esquerdo de menores dimensões e totalmente remodelado, com cunhais de cantaria, rebocados e pintados de branco, rematando em platibanda plena, evoluindo em três pisos, o inferior com portal em arco abatido e janela de peitoril rectilíneas, surgindo, em cada um dos pisos superiores, três janelas rectilíneas, com caixilharias de alumínio e vidro simples. O pano do lado direito, arruinado, possui cerca de dez vãos por piso, com molduras de cantaria, alguns entaipados e flanqueados por mísulas de cantaria. PÁTIO constituído por duas fachadas, uma virada a O. e outra N., constituindo um ângulo de 90 graus. A fachada E. possui, no piso inferior, sete portas de verga recta, surgindo, nos superiores, nove janelas de peitoril, com molduras nos extremos, todas entaipadas. A fachada N. tem quatro portas de verga recta entaipadas, duas janelas jacentes, uma delas gradeada, uma de peitoril e um vão de volta perfeita, assente em impostas salientes e com pedra de fecho saliente, constituindo o principal acesso à zona conventual. Os andares superiores possuem seis janelas de peitoril com molduras de cantaria, uma delas com pano de peito em cantaria. A partir deste, surge um patamar, com cobertura em abóbada de aresta, que abre para porta de verga recta no lado direito, e, frontalmente, um arco de volta perfeita acede a escadarias de cantaria, de três lanços, cada um deles separados por patins, com cobertura em abóbada de aresta.

Acessos

Estrada de Telheiras, n.º 111 - 113; Pátio do Convento, n.º 1 - 7; Rua Filipe Duarte; Rua Francisco Lucas Pires; Rua Professor Francisco Gentil. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,759535, long.: -9,165349

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 261/2012, DR, 2.ª série, n.º 125 de 29 junho 2012

Enquadramento

Urbano, destacado e parcialmente envolvido por muro a N., estando rodeado por zona de moradias a O., por prédios de doze andares, e por zona relvada e arborizada a E. e S., à volta da qual surgem zonas de parqueamento. Integra-se em zona plana, perto da nova estação de metro de Telheiras, do Colégio Alemão e da 2ª Circular e insere-se em quarteirão formado pela Estrada de Telheiras, Rua Filipe Duarte, Rua Francisco Lucas Pires e Rua Professor Francisco Gentil. A fachada principal abre para uma via de circulação automóvel calcetada com seixos e com estreito passeio calcetado à portuguesa e, as restantes fachadas, para estradas alcatroadas que envolvem o edifício.

Descrição Complementar

Sobre o portal axial, surge a seguinte inscrição: "HOC MARIAE TEMPLUM COELIQUE PORTA UOC ATUR/HAEC TERRAE A MOTU PRAECIPITATA DOMUS/CANDIAE UT HANC OLIM PRINCEPS STRUXIT JOSEPH/CUM REGN AT PRIMUS NUNC RENOU AT A MANET/HOC QUE OEIRENSIS COMITIS TUM NOMINE FULGET/AETERNAE DIGNUM POSTERIT ATIS OPUS/MDCCLXVIII", cuja tradução é a seguinte: "Este templo de Maria chama-se Porta do Céu. Esta casa, tal como outrora o Príncipe de Cândia a edificou, foi destruída pelo sismo. Agora, no reinado de José I permanece renovada. Esta obra digna de eterna posteridade brilha, então, com o nome do Conde de Oeiras.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial / Recreativa: associação cultural e recreativa

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lisboa)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 13 - as Chancelarias de D. Afonso II mencionaram a palavra "Teleiras" referente a uma propriedade de bens do Mosteiro de São Vicente de Fora (v. PT031106510059); 1614 - nesta data, já existia a Ermida da Senhora do Céu, pois aqui foi sepultada uma mulher de nome Violante Dias; 1625 - D. João de Cândia (1578-1642) *1, habitava num palácio à entrada da Mouraria quando adquiriu em Telheiras um terreno que viria a ser conhecido por Quinta do Príncipe, Quinta de D. João, Quinta de Telheiras e Quinta do Convento, no qual procedeu à ampliação das construções existentes; no local, edificou um oratório e fundou a Irmandade de Nossa Senhora das Portas do Céu, cujos estatutos definiam que a festa ocorresse no terceiro Domingo de Junho; para o oratório, doou quatro castiçais de prata, uma lâmpada grande e seis balaústres, também de prata; 1632 - 1633 - fundação de um convento franciscano, com a invocação de Nossa Senhora das Portas do Céu, por D. João Cândia, para convalescença de frades franciscanos, e construção do mesmo encostado a uma torre antiga, que teria cerca de 28 a 30 metros de altura; 1633 - eleição do seu confessor Frei Manuel do Sepulcro; 1642 - execução do testamento de D. João na véspera da sua morte com o objectivo de impossibilitar a venda de peças de tapeçaria, prata, alfaias litúrgicas, entre outras, que haviam sido doadas ao convento; falecimento de D. João de Cândia na sua casa, situada na R. Direita da Mouraria, sendo o elogio fúnebre realizado por Frei Manuel da Esperança; o registo paroquial da sua morte referia: "No princípio de Abril de 642, faleceu D. João príncipe de Candia, foi enterrado na sua hermida de Telheiras fez testamento geral testamenteiros D. Jaime Conego de S. Tarem, João Gomes, o p.e M.el da Costa, o p. E frei L. "; à data da sua morte, o oratório estava quase terminado e a igreja tinha como capela principal a de Nossa Senhora das Portas do Céu, padroeira da casa, onde se encontrava a respectiva imagem que tinha na mão uma chave de prata; foi sepultado no carneiro que mandara erigir por baixo do altar-mor (com entrada pela via que ficava entre o altar-mor e a sacristia) *2; 1642, após - Frei Manuel da Esperança foi para o Convento de Telheiras governar cinco religiosos e iniciou-se um período de clausura; após este seguiu-se Frei Manuel do Sepulcro, ao qual se deve a construção do retábulo da capela-mor e do sacrário e a introdução de novas peças de prata doadas por nobres, como a custódia, e que substituíram as que haviam sido roubadas; na igreja era visível um tecto em estuque com a representação da Virgem com o Menino e, no altar-mor, onde se encontrava uma grande imagem da padroeira em camarim e trono de talha dourada, mais quatro imagens: do lado do Evangelho, Nossa Senhora da Conceição e São Vicente, que mais tarde foi substituído pelo Senhor Jesus da Boa Morte e, do lado da Epístola, Nossa Senhora do Parto e São João Baptista, padroeiro da Freguesia do Lumiar; 1653, 14 Dezembro - um Auto referia como uma viúva de quarenta anos, Maria Gomes, conseguiu expulsar o demónio que tinha no corpo, durante uma missa realizada nesta igreja; 1660 - na Irmandade, por carência de juiz, os irmãos começaram a repartir entre si as despesas das festas da padroeira; 1669 - o conde Barão e o filho, D. Luís Lobo, moradores no Lumiar, tornaram-se sócios da Irmandade; 1671 - os padres da congregação efectuaram uma celebração no Oratório de Telheiras, presidido pelo Comissário Geral Frei José Ximenes Samaniego; 1696 - campanha de obras atestada nas folhas do portal da igreja; 1705 - Frei Fernando da Soledade refere que na sacristia existia um quadro a óleo que retratava D. João de Cândia *3; 1708 - os frades trasladaram os ossos de D. João de Cândia para a igreja e sobre eles puseram uma inscrição, hoje desaparecida "AQUI JAZ O ESMº SR. D. JOÃO DE AVSTRIA / PRINCIPE DE CANDIA FVNDADOR / E PADROEIRO DESTE CONVTO FALECEV NO MES / DE MARÇO DE 1642 E FICOV EM DEPO / ZITO NO CARNEIRO DEBAIXO DO ALTAR MOR / DONDE SE TRASLADARAM OS SEVS / OSSOS PARA ESTA SVA SEPULTURA NO MES / DE OVTVBRO DE / 1708"; 1729 - criação na igreja do convento da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição; 1740 - a Irmandade de Nossa Senhora das Portas do Céu sofreu uma crise económica; 1749 - D. Mariana da Áustria e D. João V aceitaram o convite para serem juízes da Irmandade; 1749 - 1758 - na eleição das irmandades, a imagem de São João Baptista aparecia a par da imagem da padroeira; séc. 18, 2ª metade - informações referiam que o convento tinha sempre mais de vinte religiosos conventuais; 1752 - o convento atravessava um período áureo, tendo por juízes da Irmandade D. José I e D. Mariana Vitória; 1755 - foi eleito para a presidência da mesa, o secretário de estado Sebastião José de Carvalho e Melo; 1 Novembro - o terramoto danificou significativamente o edifício e, desde logo, se iniciaram as obras de reconstrução, assinaladas na frontaria do actual templo; durante esse período, o culto foi mantido numa barraca de madeira onde se elevaram três altares; na igreja ainda era possível visualizar-se as duas sepulturas altas mandadas erigir por D. João para si e para D. Filipe; a Irmandade possuía, então, personagens importantes da vida político-social, tais como Manuel Gomes de Carvalho e Silva, tenente-general de Artilharia (procurador), Joaquim Miguel Lopes de Larre, secretário de Sua Majestade no Conselho Ultramarino (mordomo da capela) e Francisco Xavier de Melo, secretário de Sua Majestade no Conselho de Guerra (mordomo da capela); 1758 - decorreu na igreja uma cerimónia em honra de Josefa Maria da Cruz e Silva, casada com João Teixeira da Costa, moradores em Telheiras; o marido procedeu à trasladação dos restos mortais de sua mulher para um magnífico mausoléu que mandara construir nesta igreja; realização de um elogio fúnebre da autoria de Frei António Andrade; 04 maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Feliciano Luís Gonzaga, é referido que o Convento está a funcionar numas barracas na cerca, onde colocaram três altares; os túmulos da igreja estão intactos; 1759 - a Mordomia da capela estava entregue à futura D. Maria I, à infanta D. Maria Ana, à infanta D. Maria Francisca Dorotea, à infanta D. Maria Francisca Benedita, ao infante D. Pedro, ao infante D. Manuel, ao Sr. D. António e ao Sr. D. Gaspar, arcebispo primaz de Espanha; 1768 - conclusão das obras de reconstrução e colocação de cinco sinos (três maiores e dois mais pequenos) e um relógio na torre; é possível que tenha sido colocado nesta época o órgão que acompanhava os cânticos litúrgicos; 1782 - término do litígio referente à herança de D. João de Cândia, por intervenção da rainha; séc. 18 - colocação do emblema que coroa o arco da capela-mor; 1822 - última referência à existência do quadro que retratava D. João de Cândia; 1833 - no contexto da guerra entre liberais e miguelistas, a igreja foi saqueada e a biblioteca conventual completamente destruída; início do Inventário Geral do Convento que mencionava já não existir livraria, cartório, utensílios de cozinha, enfermaria, nem objectos preciosos, tendo apenas subsistido, na igreja, cinco altares, o mor, 4 altares laterais, 2 púlpitos, 1 guarda-vento, 1 teia quase nova, 4 confessionários, 13 imagens (Nossa Senhora das Portas do Céu vestida de seda e outra com o menino nos braços, São Francisco, São Joaquim, São Domingos, São José, Santo António com o Menino, Santa Isabel, Santo Amaro, São Diogo, São Luís Bispo, Santa Rita e Santo Cristo); na sacristia existiam seis imagens, de São João Capristano, duas de São Francisco, uma de São Domingos, uma do Senhor Ressuscitado e uma de Nossa Senhora das Portas do Céu, bem como dois painéis: Príncipe de Cândia, em tamanho grande, e São Francisco) *4; os bens de raiz englobavam o edifício conventual, com rés-do-chão e oficinas e, por cima, os dormitórios, a igreja, a sacristia e a cerca todo murada; 1834 - a expulsão das ordens religiosas originou o abandono das dependências conventuais, continuando a haver missa na igreja durante um ano sob a responsabilidade dos dois frades que restaram, Frei António e Frei Luís; roubo dos sinos de bronze; o Auto de Supressão referia que o Oratório albergava oito frades, entre os quais, Frei António da Piedade Ferreira, que foi compensado pela Junta de Melhoramento para um subsídio do Tesouro Público por ter permanecido no convento; 1835 - no Auto de Posse foi descrito o convento da seguinte forma "(...) Consta este Edifício do pavimento térreo composto de Refeitório, Cozinha e Oficinas Anexas, e mais dois andares que são os dormitórios, formados de um corredor e diversas Celas. Compõe-se o Prédio Rústico de uma Cerca com Vinha, árvores de pevide, e caroço, um bocado de canavial e três tabuleiros de Horta, um poço com engenho Real corrente e seu tanque com uma pequena almocega (...)"; registo do último enterramento no interior da igreja; 1836 - o Auto de Avaliação do conjunto conventual referia - convento, igreja e sacristia - em 10 contos de reis (estabelecendo-se um rendimento anual de 45$000), da cerca em 450$000 reis (com uma renda anual de 22$500 reis), da igreja em 4:500$000 e da sacristia com as duas celas em 1:500$000; foi mencionada a existência, no segundo piso, de dois dormitórios com doze celas, um pedaço de edifício por terminar, duas casas térreas para despejos da cerca e que a sacristia se encontrava ao fundo da igreja, servida por dois corredores laterais, que tinha por cima duas celas; 1841 - os enterramentos continuaram até esta data (no total 8) mas no denominado "claustro" do extinto convento; 1843 - a igreja foi concedida aos moradores de Telheiras com as imagens e objectos de culto; 1846, 26 Janeiro - o convento foi posto à venda por Portaria do Ministério da Fazenda; 1857 - os populares tentaram renovar a festa do Senhor Jesus da Boa Morte mas o terreno da feira já não existia porque tinha sido ocupado para jardim de uma residência particular; 1874 - Pinho Leal fez uma breve descrição da igreja: "A Igreja é majestosa e construída de excelente pedraria, elegante arquitectura, com quatro capelas muito bem ornadas, com boas pinturas, feitas ainda na vida do fundador, o qual, tendo notícia de que nas Índias de Castela (América espanhola) havia um primoroso escultor, lhe encomendou a Imagem da Padroeira (Nossa Senhora das Portas do Céu) que tem um metro e dez de alto e é belíssima. Há também nesta Igreja a Imagem de Nossa Senhora do Governo" (PINHO LEAL, 1874); 1880 - a Ordem Terceira de São Francisco possuía o altar de Nossa Senhora da Conceição que havia sido transferido por Pio VI para a Ermida do Sagrado Coração de Maria, actual Igreja Paroquial do Campo Grande com invocação dos Santos Reis Magos (v. PT031106090388), pertença da casa nobre de António Feliciano de Andrade; mais tarde e por ordem do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Inácio do Nascimento de Morais Cardoso, foi também aqui depositada a imagem da Padroeira, apesar da oposição dos habitantes; 1882 - a degradação era irreversível: as talhas apodreciam, chovia no interior, as telhas tinham sido roubadas por particulares, o carneiro era utilizado como curral, o sobrado estava arrancado e do órgão apenas sobravam as teclas; a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição tentou demover o Governo de vender a igreja, que iria ser utilizada como cocheira; o Governo entregou então a igreja à Ordem Terceira que desde logo solicitou concurso monetário dos fiéis para realização das obras necessárias ao seu restauro; séc. 19, final - o estado de degradação da igreja era total; 1910 - assalto à igreja e profanação de sepulturas; 1910 - com a República, o convento foi ocupado por diversas famílias; para a remodelação das suas casas foram arrancadas as vigas do coro e as lápides sepulcrais. Na igreja instalou-se uma serralharia civil e, na entrada, uma taberna; 1927 - as duas pedras do sarcófago (pedra com inscrição *5 e pedra de armas) de D. João de Cândia foram recolhidas no Museu Arqueológico do Carmo localizado no Antigo Convento do Carmo / Igreja do Carmo (v. PT031106270007) e foram colocadas à porta de entrada do lado esquerdo, onde ainda se encontram; 1940 - Caetano de Macedo, influente morador de Telheiras, conseguiu do Presidente do Conselho, Dr. Oliveira Salazar, e do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, ordem de restauro da igreja; nesta campanha foram consolidadas as paredes, pintados os paramentos interiores, colocado um novo telhado e pequenos altares no lugar dos antigos, foi reconstruído o coro-alto e foram recolhidas ossadas que se encontravam no subsolo do templo em dois carneiros de campa rasa; 1941, 22 Agosto - reabertura da igreja ao culto; 1962 - o Santíssimo regressou à igreja; 1993 - durante uma visita a Portugal, o Embaixador do Sri Lanka em Bruxelas, K. Godagé, quis visitar a Igreja de Telheiras, acompanhado pelo Cônsul Geral do Bangladesh no Porto, Georg Wolter, e o representante do Sri Lanka em Portugal, Axel W. Wolter; Ao constatar a simplicidade e anonimato da campa, convidou Wolter a encarregar-se de colocar uma pedra tumular em granito e um epitáfio, para o qual foram enviados um preçário e medidas, mas sem resposta até hoje; nesta data, foi encerrada a taberna que se situava na entrada da igreja; proposta do Patriarcado de Lisboa em dotar a Urbanização de Telheiras de um novo equipamento religioso, construindo uma nova igreja, pedida por residentes de Telheiras, em lote de terreno da EPUL, Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, com uma área de 2.107 m2, a ceder por esta empresa a preço simbólico; 1994 - o convento e igreja foram abrangidos pelo Plano Director Municipal (ref. 18.40); 1995, 7 Abril - inscrição da aquisição da igreja a favor da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de São João Baptista do Lumiar, pela inscrição G. 1; séc. 20 - a cerca do convento facilitou a instalação da Escola Alemã e a porta do largo foi destruída para que as camionetas de carga de um dos ocupantes de um edifício pudessem entrar; 2002 - a EPUL, proprietária do convento e do terreno do quarteirão onde se insere, tem um projecto para a sua reabilitação, que aguardava a entrada em funções do novo presidente; 2003 - o convento encontra-se com alguns processos de desocupação ou expropriação movidos pela EPUL aos moradores e ocupantes do imóvel; 26 Fevereiro - o Conselho de Administração da EPUL, após reunião n.º 784 de 6 de Fevereiro, e conforme ofício "aprovou a celebração de um Protocolo entre a EPUL, o Patriarcado de Lisboa, a Fábrica da Igreja Paroquial do Lumiar e o Centro Paroquial de Nossa Senhora do Carmo, no qual a EPUL se obrigará a transmitir para o Centro Social Paroquial de Nossa Senhora do Carmo, dependente do Patriarcado de Lisboa, pelo preço de 5 euros o direito de superfície sobre o lote de terreno com a área de 2.107 m2 sito em Telheiras, na R. Hermano Neves, para construção e manutenção, por este, de um edifício para exercício de culto católico e fins assistenciais e culturais conexos com o múnus apostólico do Patriarcado de Lisboa" (Proposta n.º 429/2003), o que obrigará à elaboração de um projecto de obras da responsabilidade financeira do Patriarcado de Lisboa, à edificação da sacristia e à realização das obras necessárias na parte exterior da cobertura da igreja, com início dentro de seis meses; após o término, a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de São João Baptista do Lumiar terá de libertar o espaço e proporcionar ao Agrupamento 683 - Telheiras, do Corpo Nacional de Escutas e à Casa Mortuária um espaço adequado às suas actividades; 2003, 24 Julho - a Proposta n.º 429/2003 apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa refere que a Igreja "é insuficiente para dar resposta às crescentes necessidades da população católica da Urbanização de Telheiras"; 2006, 31 Agosto - por despacho, foi determinada a abertura de processo de classificação do imóvel, estando desde 26 de Outubro em vias de classificação; 2011, 27 Junho - publicação do projecto de decisão relativo à classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da respectiva Zona Especial de Protecção do edifício, em Anúncio 8794/2011, DR, 2.ª série, n.º 121.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estrutura mista (igreja)

Materiais

Estrutura em alvenaria mista, parcialmente rebocada, com os vãos entaipados a alvenaria de tijolo, alguns rebocados a cimento; modinaturas, empenas, cunhais, cornijas, coro-alto, arco triunfal, bacia do púlpito, escadas em cantaria de calcário e mármore; janelas com vidro simples; armas em estuque pintado; guardas em ferro forjado; caixilharias em alumínio; portas, caixilharias, guarda do coro-alto, púlpito e mobiliário em madeira; cobertura exterior em telha.

Bibliografia

BARBOSA, Pedro Gomes, REGO, Manuela, Campo Grande Revisitado, Lisboa, 1994; CAEIRO, Baltazar Matos, Os Conventos de Lisboa, Lisboa, 1989; CONSIGLIERI, Carlos e OUTROS, Pelas Freguesias de Lisboa. O Termo de Lisboa, Lisboa, 1993; CORREIA, Lopes, Trancoso. Notas para uma Monografia, 2ª ed., Trancoso, 1989; COSTA, Américo, Lumiar, in Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, vol. VII, Vila do Conde, 1940, p. 822; DIAS, Marina Tavares, Lisboa Desaparecida, vol. III, Lisboa, 1992; LEAL, Augusto Pinho, Lumiar, in Portugal Antigo e Moderno. Dicionário, vol. IV, Lisboa, 1874, p. 476; LEMOS, Fernando Afonso Andrade e, O Convento de Nossa Senhora das Portas do Céu em Telheiras 1833, (texto policopiado), s.d.; LEMOS, Fernando Afonso de Andrade e, Telheiras. D. João de Cândia e o seu Convento, (texto policopiado), s.d.; MARIA, Frei Agostinho de Santa, Santuário Mariano, 2ª ed., Lisboa, 1933; MATOS, Alfredo, PORTUGAL, Fernando, Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de Lisboa, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974; PEREIRA, Luís Gonzaga, Monumentos Sacros de Lisboa em 1833, Lisboa, 1927; PIRES, Silvana Remédio, Ceilão in Dicionário de História Religiosa de Portugal, vol. A-C, Lisboa, 2000, pp. 324-326; PROENÇA, Raúl, Lisboa - Avenidas Novas in Guia de Portugal, vol. I, Lisboa, 1874; SOUSA, J. M. Cordeiro de, Algumas Inscrições Portuguesas do Museu do Carmo, Lisboa, 1924; SOUSA, J. M. Cordeiro de, Inscrições Portuguesas do Museu do Carmo, 2ª ed., Lisboa, 1936; SOUSA, J. M. Cordeiro de, O Oratório de Telheiras: Breves Notas para a sua História, Separata Estremadura, 2ª série, n.º 32-34, Lisboa, 1995; LA, "http://www.lisboa-abandonada.net", 10 Fevereiro 2003; MANTAS, José de Quintanilha, "O Lumiar, o Convento de Telheiras e algumas curiosidades", in http://www.lisboa-abandonada.net, Lisboa, 15 Setembro 2003.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGARQ/TT: AHMF, O Convento de Nossa Senhora das Portas do Céu em Telheiras, cx. 2256; AHM: 1ª Secção da 1ª Divisão, Livros 2 e 17

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1940 - obras de restauro da igreja, designadamente pintura dos paramentos interiores e reconstrução do coro-alto; 2005 - arranjo dos rebocos e pinturas da igreja; reforma e consolidação do imóvel junto à sacristia, transformando-o em capela mortuária e em sede do corpo de escutas.

Observações

*1 - D. João de Cândia era natural do Reino de Cândia, no interior da Ilha do Ceilão, actual Sri Lanka; ao ser livrado da morte por Frei Francisco do Oriente foi com a mãe e seu sobrinho, D. Filipe (neto do Rei de Cota, Raju), para Goa onde permaneceram quinze anos recolhidos no Convento dos Reis Magos de Bardés e onde receberam os devidos ensinamentos; vieram para Portugal, por ordem de Filipe II, e instalaram-se no Convento de São Francisco da Cidade, em Lisboa (v. PT031106200163); D. João foi depois para o Colégio de São Pedro dos Religiosos Terceiros, em Coimbra (v. PT020603170083) e, mais tarde, para Madrid de onde regressou após obtenção, por parte do rei, de uma licença para se fixar em Lisboa; em 1634, ocorreu o nascimento da sua primeira filha, Maria de Cândia que professou com o nome de Soror Maria Antónia de S. João e que foi, mais tarde, declarada sua herdeira no testamento; em relação à segunda filha, uma freira noviça de nome Simoa Baptista, pouco se sabe. *2 - apesar de nunca chegar a realizar-se, era desejo de D. João de Cândia que os seus ossos fossem trasladados para um dos mausoléus em mármore construídos na capela-mor e que o outro fosse para D. Filipe, que se encontra sepultado no Convento de São Francisco em Coimbra (v. PT020603160020); os ossos de D. João ficaram emparedados do lado do Evangelho da capela-mor. *3 - este quadro foi, após a extinção das ordens religiosas, transferido para a Biblioteca Nacional de Lisboa tendo, de seguida, desaparecido. *4 - são referidos vários paramentos e objectos de culto: 1 cruz e 6 castiçais dourados de pau, 1 cruz com crucifixo e 6 castiçais de estanho dourado, 1 cruz e 6 castiçais de pau dourado e matizado de azul, 1 cruz, 1 cruz com crucifixo de pau Brasil, 3 crucifixos de pau, 23 castiçais avulsos de vários tamanhos em pau, 1 lustre de vidro, 5 frontais de várias cores, 4 sanefas encarnadas de damasco grandes, 1 sanefa do altar-mor, 4 sanefas pequenas, 1 cortina grande de tafetá, 1 cortina de damasco, 7 cortinas de damasco pequenas, 2 credencias pintadas, 1 escada de mão para acender a lâmpada, 4 mochos, 1 estante grande quadrada de pau-preto no coro, 2 estantes pequenas, 2 bancos de encosto, 2 bancos sem encosto e 1 cadeira de pano); na sacristia, existiam vários paramentos, como 1 casula com estola e manípulo preto em lã, 1 estola branca em damasco, 1 estola vermelha, 1 manípulo vermelho, 19 bolsas de corporais de vários tamanhos e cores, 4 manustérgios, 5 sanguíneos, 3 toalhas de altar em linho, 1 toalha de altar em algodão, 3 véus de altar vermelhos em seda e 1 véu de altar verde em seda) e alguns objectos (1 meia cómoda de pau-Brasil com 5 prateleiras e dentro delas 11 ramos de flores, 1 jogo de sacras com vidros e molduras douradas, 5 jogos de sacras de papelão, 1 pedra de ara avulsa, uma umbela encarnada de damasco, 2 pares de galhetas em estanho, 1 jarro de estanho, 2 missais, 4 estantes de missais novas, 1 vaso de estanho para os santos óleos, 6 varas de pálio douradas com estojo novas, 6 varas de pálio velhas, 3 caixões grandes de pau para guardar paramentos, 2 apagadores, 1 caderno de missais de defuntos e 1 pavilhão; nos dormitórios existiam: 2 bancos com encosto, 5 cadeiras de pau, 1 canapé, 4 cadeiras de palhinha, 4 mochos de pau, 4 estantes com armários, 1 painel com moldura dourada, 5 bancos que serviam de cama em ferro, 2 bancos que serviam de cama em pau, 1 banco de pau comprido que servia de cama e 2 bancas de pau. *5 - "QUI SACRAM HANC MARIAE AEDEM FUNDAUIT/HIC/CANDIAE PRINCIPIS OSSA SEPELIUNTUR" (Aqui se sacram sob o nome de Maria e do fundador Príncipe de Cândia, os ossos sepultados).

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 / Sara Andrade 2003

Actualização

João Machado 2006
 
 
 
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