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Conjunto arquitetónico Edifício e estrutura Residencial senhorial Paço eclesiástico Paço episcopal
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Descrição
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A portada principal do muro, que cerca a propriedade, apresenta um arco trilobado com a pedra de armas do bispo. A composição do remate é completada com duas cimalhas laterais. Ladeiam o portão dois nichos de forma oval. A residência é térrea. |
Acessos
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Largo da Viscondessa |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 129/77, DR, 1ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 *1 |
Enquadramento
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Rural, isolado, destacado, em ambiente rural. |
Descrição Complementar
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No cimo do escadório, junto à Capela de S. Brás, encontra-se uma escultura granítica, tosca e mutilada, representando uma figura barbada com um vestuário de aspecto eslavo. Conhecida pelo nome de o «Homem da Maça», ocupa um lugar importante na etnografia da região, sendo identificada com Hércules e outras personagens mitológicas. |
Utilização Inicial
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Residencial: paço eclesiástico |
Utilização Actual
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Prisional: colónia penal |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Ministério da Justiça |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Nicolau Nasoni (portada principal do muro que cerca a propriedade). |
Cronologia
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Séc. 12 - já nessa data os frades eremitas de Santo Agostinho haviam escolhido a quinta para aqui residirem *2; séc. 13 - a propriedade é concedida por D. Mafalda, filha de D. Sancho I, ao Bispo do Porto; séc. 16, finais - o Bispo D. Rodrigo Pinheiro transformou-a numa quinta de recreio com moradia senhorial, capelas, fontes, bosques e pomares; séc. 18 - o bispo D. José Maria da Fonseca e Évora encomenda a Nicolau Nasoni o restauro da quinta; 1911, 20 abril - incorporação da antiga Quinta de Santa Cruz do Bispo nos bens do Estado pela Lei da Separação dos Bens do Estado e da Igreja; 1923, 13 novembro - cedência da quinta, pela lei nº 1.492, ao Ministério da Agricultura, ao que parece, para instalação do Posto Agrário do Minho Litoral, o que não chega a concretizar-se por não ter sido fixada a indemnização devida; 1915, 11 junho - pelo Decreto nº 1.633, a quinta é cedida pelo Ministério da Justiça ao do Fomento, a título de arrendamento; 1932, 09 junho - o Decreto nº 21.350 determina o regresso da propriedade de Santa Cruz do Bispo à posse do Ministério da Justiça, para nele instalar uma "prisão agrícola correccional", considerando-se terminado o arrendamento autorizado em 1915; 1933 - início das obras de adaptação da Quinta de Santa Cruz do Bispo a Cadeia Civil do Porto, um conjunto constituído por três pavilhões (dois para homens e um para mulheres), segundo projeto elaborado pelo arquiteto Baltazar de Castro, da DGEMN/Direcção dos Monumentos Nacionais do Norte (PT DGEMN.DSARH-004-0207/1); 1939 - a quinta volta para a posse do Ministério da Justiça; 1946 - transformação do estabelecimento prisional em Colónia Penal. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Granito aparente, alvenaria de granito rebocada, telha, madeira. |
Bibliografia
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FELGUEIRAS, Guilherme, Monografia de Matosinhos, 1958; ARAÚJO, Ilídio, Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal, vol. 1, Lisboa, 1962; BRANDÃO, D. Pinho, A obra de Nicolau Nasoni no actual de Concelho de Matosinhos, 1964; SMITH, Robert C., Nicolau Nasoni Arquitecto do Porto, Lisboa, 1966; SMITH, Robert C., Nicolau Nasoni, in Separata Bracara Augusta, vol. XXVIII, Jove, 1974. |
Documentação Gráfica
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IHRU: Arquivo Pessoal de Ilídio de Araújo |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, Arquivo Pessoal de Ilídio Alves de Araújo (IAA) |
Documentação Administrativa
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IHRU: Arquivo Pessoal de António Viana Barreto (Curriculum Vitae do Arquitecto Paisagista Ilídio de Araújo) |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - DOF: "Conjunto de elementos arquitectónicos delineados por Nazoni que ainda existem na Quinta de Santa Cruz do Bispo, nomeadamente a portada principal". *2 - Segundo a lenda, terá sido por causa de uma aventura amorosa entre um dos frades, chamado D. Adrião, que Santa Cruz do Bispo foi tirada a Bouças e entregue como indemnização ao Julgado da Maia. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1994 / Paula Noé 1996 |
Actualização
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