Ponte de Vila Formosa

IPA.00004947
Portugal, Portalegre, Alter do Chão, Seda
 
Arquitectura de comunicações e transportes, romana. O tipo de aparelho, "Opus quadratum" almofadado, é usual na arquitectura romana. É considerado o mais importante monumento do género no País. O tipo construtivo utilizado, tabuleiro horizontal e igual largura dos arcos, é pouco comum na arquitectura romana.
Número IPA Antigo: PT041201020002
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte pedonal / rodoviária  Tipo arco

Descrição

Lança-se em seis arcos plenos, todos de iguais dimensões, apoiados em pegões quadrangulares ornados na base por duas molduras salientes; arquivoltas de uma só fiada de aduelas dispostas na vertical; nas enjuntas nichos de moldura em arco pleno de três aduelas. Sobre os arcos, a jusante, cornija corrida em ressalto; a montante guardas corridas de gárgulas colocadas alternadamente mais acima e mais abaixo; talhamares agudos e baixos. Num dos cunhais que fecham o arco principal vê-se uma meia-lua esculpida. Medidas: comprimento total: 116,56 m.; largura: 6,71 m.; altura: 8,40 m.; diâmetro dos arcos: 8,95 m.; comprimento aduelas: 1,00 m..

Acessos

Entre o Km. 8, 824 e o Km. 8, 940 da EN. 369. a 12 Km. a O. da Vila, situada na via que ligava Olisipo (Lisboa) a Augusta Emerita (Mérida)

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Rural. Isolado. Sobre a ribeira da Sêda, envolvida por vegetação bravia e olivais.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Transportes: ponte

Propriedade

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 01 / 02

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

204 a.C. - fundação romana da então denominada Abelterium, (vila de Alter do Chão), provável capital de "civitas"; séc. 01 / 02 - provável construção da ponte inserida no sistema viário romano, citado no Itinerarium de Antonino Pio, que da antiga via de Olisipo a Emerita passava por Matusaro, Abelterium e Adseptem Aras.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Opus quadratum com faces exteriores em almofada; pavimento de granito aparelhado.

Bibliografia

BAPTISTA, José Maria, Chorographia Moderna do Reino de Portugal, vol. V, 1876; PEREIRA, F. Alves, A ponte romana de Vila Formosa, O Archeologo Português, vol. XVII, nº 10 - 12, 1912; KEIL, Luís, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Portalegre, vol. I, Lisboa, 1940; ALMEIDA, João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1946; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; COSTA, Alexandre de Carvalho, Alter do Chão, suas freguesias rurais, Alter do Chão, 1982; ALARCÃO, Jorge de, A Arquitectura Romana in História da Arte em Portugal, vol. I, Lisboa, 1986; MARTA, Roberto, Tecnica costruttiva Romana, Roma, 1986; RIBEIRO, Aníbal Soares, Pontes Antigas Classificadas, MEPAT- JAE, 1998.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR

Intervenção Realizada

1932 / 1934 - Obras de limpeza e consolidação; reparações nos paramentos e arcos; 1936 - JAE - substituição da antiga calçada por novo pavimento à imitação das antigas calçadas romanas; 1939 - as juntas de cantaria são forradas com argamassa de cimento; DGEMN / JAE - 1953 - reparação do pavimento com emprego de pedra de granito; 1963 - reparação do pavimento; substituição de pedras de lajedo e refechamento de juntas com argamassa; 1980 - reparação do pavimento; IPPAR: 2000 - 2001 - obras de recuperação e monitorização com colocação de alongâmetros mecânicos.

Observações

*1 - incluído no Itinerário Pontes Históricas do Alentejo/IGESPAR. Da ponte, em direcção à fronteira, são ainda visiveis restos de antigas vias romanas. No restauro de 1932 / 1934 a pedra utilizada nas obras veio das pedreiras de Gáfete (Alpalhão).

Autor e Data

Rosário Gordalina 1991

Actualização

 
 
 
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