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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre
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Descrição
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Casa de planta retangular, massa simples de dois pisos com uma torre ameada num dos cunhais. Cobertura homogénea em telhado de quatro águas. O alçado principal orientado a N. com pilastras em cantaria nos cunhais é marcado por oito varandas ritmadas com mísulas no segundo piso e quatro portas no 1º piso ao eixo de cada duas varandas. A entrada efetua-se por uma destas portas almofadas dando acesso a um pátio com uma escadaria de dois lanços. A fachada E., talvez a mais antiga, apresenta à esquerda uma torre quadrada. Uma escadaria de acesso à capela, saliente em granito com guardas do mesmo material e linhas onduladas, enroladas em voluta nos extremos. Sobre o beiral, no mesmo alinhamento, uma sineira de arco redondo encimada por uma cruz. Nesta fachada, um grande arco abatido e de uma forma recuada serve de entrada de serviço da casa. As restantes aberturas são janelas de duas folhas, com padieiras em arco abatido, outras em flor-de-lis ou de molduras em granito boleadas nas esquinas. A fachada S. apresenta ao nível do último piso duas varandas com cobertura apoiada em colunas à toscana. O espaço interior é marcado por tetos em masseira ou de gamela. O do salão principal é pintado e ostenta ao centro um brasão. |
Acessos
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Livração. Desvio da EN 568, Lugar de Toutosa |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-T/2012, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 dezembro 2012 |
Enquadramento
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Rural, isolado, a meia encosta junto ao Rio Tâmega. Relaciona-se para um terreiro a nascente com algumas ramadas, dois tanques de água de fontes de nascente. Das extensas varandas em granito desfruta-se excelente vista panorâmica sobre a vinha, o Tâmega e as encostas do Marão. |
Descrição Complementar
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Do portal de acesso ao terreiro figuram os brasões dos Rangéis e dos Pamplonas. O primeiro com uma flor-de-lis e bordadura de sete romãs e o segundo com seis burelas de ouro, rematado pelo timbre dos Pamplonas, um leão sainte fachado de cinco peças de ouro. |
Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Comercial e turística: casa de turismo rural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 14 / 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 14 - Provável construção da torre, pelos Sousas; séc. 15 - colocação de merlões na torre; 1630 / 1650 - época provável da construção do solar, talvez sob iniciativa de João de Sousa Monteiro, Sargento e Capitão-Mor de Ordenanças do extinto concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega; 1680 - a Casa do Ribeiro manteve-se na família até que, nesta data, foi deixada por José Maria de Vasconcelos Correia de Sousa Monteiro, casado com D. Maria do Patrocínio de Araújo Rangel Borges de Queirós, de quem não teve filhos, a uma sobrinha de sua esposa, D. Maria Carolina de Araújo Rangel Pamplona; 1940 - substituição dos portais por José Rangel Pamplona; Anos 70 - obras de restauro e supressão de um acrescento junto à torre; 1993, 25 de Maio - apresentação do proposta de classificação pelo proprietário; 1999, 14 Outubro - Abertura do processo de instrução, com homologação superior, relativo à eventual classificação do imóvel como IIP; 2011, 9 de Fevereiro - parecer favorável da SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2011, 16 de Novembro - publicação do anúncio nº 16893/2011, DR, 2ª série, nº 220, do projecto de decisão relativo à classificação como monumento de interesse público (MIP), e à fixação da respectiva zona especial de protecção (ZEP). |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Paredes exteriores em alvenaria de granito aparente (torre e fachada S.) e rebocadas pelo lado exterior; cobertura em estrutura de madeira revestida a telha; lajes de piso de betão revestidas a soalho de madeira; tectos em madeira e / ou estucados; caixilharias exteriores de madeira com portadas; paredes interiores em tabique com acabamento a estanhado; escadaria no interior em granito. |
Bibliografia
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MONTEIRO, Emília, Monografia do Marco de Canaveses, Marco de Canaveses, 1996; SILVA, António Lambert Pereira da, Nobres Casas de Portugal, fasc. 39; AZEREDO, Francisco, Casas Senhoriais Portuguesas, Porto, 1978. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Proprietário: Anos 70 - Obras de restauro e supressão de um acrescento junto à torre: introdução de casas de banho interiores, laje de betão no 1º andar e no tecto das casas de banho. |
Observações
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A Casa do Ribeiro pertenceu já aos Monteiros, Sousas e Vasconcelos. O 3º senhor deste imóvel foi Manuel de Sousa Vasconcelos, e a este sucedeu o seu filho António Mendes de Vasconcelos de Castro e Sousa. O 5º senhor foi José Maria de Vasconcelos Correia de Sousa Monteiro. Anteriores a estes conhecem-se outros dois senhores: João de Sousa Monteiro e Pedro Aleixo Monteiro. Julga-se ter sido este último o fundador da Casa do Ribeiro. |
Autor e Data
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Isabel Sereno 1996 |
Actualização
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Ana Filipe 2011 / Catarina Pamplona (Contribuinte externo) 2018 |
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