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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Planta rectangular, 5 pisos. A cobertura é feita com telhado a 2 águas, das quais se destacam as paredes exteriores do 5º piso, coberto por sua vez por telhado a 3 águas. O único alçado a O. apresenta, no piso térreo, um arco quebrado em cantaria emoldurando montra e porta de acesso de estabelecimento comercial (no interior, regista-se a divisão através de piso intermédio). Vestígios de um aparelho de cantaria ladeiam este arco, a toda a altura do registo. O 2º, 3º e 4º pisos, separados por frisos simples de cantaria, apresentam grupos de 2 janelas de sacada rectangulares, com grades de ferro forjado. Um beiral antecede o 5º piso, caracterizado por uma redução da largura da fachada em ambos os extremos, com uma única porta rectangular dando para varanda corrida com grade em ferro forjado. No interior, escada desenvolvendo-se em 2 lanços rectos, com patamares intermédios, permite o acesso a um fogo por piso. |
Acessos
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Poço do Borratém, n.º 30 *1 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 8/83, DR, 1.ª série, n.º 19 de 24 janeiro 1983 / Incluído na classificação da Lisboa Pombalina (v. IPA.00005966) e na Zona de Proteção do Portal lateral do Palácio Vagos (v. IPA.00020178) |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado, destacado. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Residencial: edifício / Comercial: loja |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 14 - segundo tradição, é dado como habitação de João das Regras *2; 1755, 1 Novembro - terramoto danifica gravemente o edifício, subsistindo apenas a arcada (de 2 ou 3 arcos) de cantaria no piso térreo; 1851 - demoliu-se um dos arcos; 1871 - gravura apresenta o edifício com 2 arcos apontados no piso térreo; 2006, 22 agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Proteção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2011, 10 outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Proteção; 18 outubro - Despacho do diretor do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Proteção. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro forjado, alumínio, madeira, vidro |
Bibliografia
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BARBOSA, Inácio de Vilhena, Archivo Pittoresco, Vol. V, Lisboa, 1862; BARBOSA, Inácio de Vilhena, Estudos Históricos e Archeológicos, Tomo II, Lisboa, 1871; CASTILHO, Júlio de, Lisboa Antiga. Bairros Orientais, Vol. III, Lisboa, 1935 / 38; FREIRE, João Paulo, Lisboa do Meu Tempo e do Passado. Do Rocio ao Poço do Borratém, Vol. III, Lisboa, 1939; ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Vol. I, Lisboa, s.d. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; CML: Arquivo de Obras, pº nº 38.431 |
Intervenção Realizada
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1893 - reconstrução da escada; 1931 - construção de escada interior ligando a loja à arrecadação (sobreloja), alargamento da porta de entrada, construção de vitrina, construção de wc interior junto à escada; 1955 - obras gerais de manutenção; 1968 - pinturas e obras de beneficiação. |
Observações
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*1 - a porta n.º 30 funciona apenas como acesso à loja; o acesso ao restante edifício é feito através da porta n.º 25 (edifício também propriedade municipal, onde se situa a Junta de Freguesia de Santa Justa). *2 - não existe qualquer prova documental relativa à eventual residência de João das Regras neste edifício; alguns autores (designadamente Júlio de Castilho) afirmam mesmo a impossibilidade do jurisconsulto do reinado de D. João I ter habitado o edifício uma vez que a habitar no Poço do Borratém, João das Regras ter-se-ía fixado do outro lado da rua e bastante longe do local do edifício actual, onde possuía uma propriedade; |
Autor e Data
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Eva Antunes e Paula Noé 1987 / Paula Noé 1990 / Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
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