Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém

IPA.00004688
Portugal, Setúbal, Santiago do Cacém, União das freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra
 
Igreja de misericórdia construída no séc. 16, conservando da campanha de obras manuelina o portal lateral e a verga de uma das janelas da capela-mor, e reformada no séc. 17 e 18. A estrutura geral da igreja é já seiscentista e setecentista, e resulta claramente o de uma interpretação regional da sintaxe barroca, como se depreende da planimetria e da composição dos alçados muito austeras e de eminente corte funcionalista, ainda fiel ao espírito do estilo chão. Destacam-se, pela sua exuberância e desenho mais erudito, o portal principal e o janelão que o sobrepuja, assim como a pintura do tecto do baptistério. A grande reforma realizada no séc. 19 deixou as suas marcas eclécticas nos retábulos, onde se misturam influências neoclássicas e neobarrocas, e na ornamentação dos estuques da capela-mor. A igreja particulariza-se pelo seu portal lateral, de notável qualidade plástica, e pelo vigor do conjunto dos arbotantes, e pelas pinturas murais do baptistério.
Número IPA Antigo: PT041509060019
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  Misericórdia

Descrição

Planta retangular composta por nave e capela-mor, mais estreita, a que se adossam, do lado direito, a sacristia, a capela do Senhor Jesus dos Passos, a Sala do Consistório, as dependências anexas e o baptistério. Volumes articulados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na nave e capela-mor e de uma água na sacristia, a capela do Senhor Jesus dos Passos, as dependências anexas e o baptistério, rematadas em beirada simples. Fachada principal virada a este, terminada em empena, com cornija, sobrepujada por cruz de cantaria assente em plinto. Portal de verga curva adintelada, de cantaria, sobrepujado por janelão de verga curva com moldura de cantaria encimada por medalhão enquadrado por volutas com as armas da Santa Casa da Misericórdia, rematado por cruz. Fachada lateral sul de quatro panos marcados por arcobotantes em arco de volta perfeita, o primeiro dos quais possui uma lápide epigrafada; o primeiro pano é rasgado por janela de verga recta rematada por arco de querena ladeado por arcos de volta perfeita em cujos encontros se suspendem pinhas; no terceiro pano, precedido por dois degraus enquadrados por frades de cantaria, abre-se a porta travessa em duplo arco polilobado ladeado por colunas de bases compósitas e capitéis de turbante, que se prolongam em molduração de arco de querena ladeado por arcos de volta perfeita e rematado por cogulho; o quarto pano apresenta uma fresta entaipada. Na fachada lateral norte destaca-se o volume da Sala do Consistório e dependências anexas, de dois pisos, tendo no piso térreo uma porta e uma janela e no piso superior duas janelas e uma fresta. No ângulo NO. eleva-se pequeno campanário de cantaria com olhal em arco de volta perfeita e remate em arco de querena. Fachada posterior cega e rematada em empena. Articulação exterior / interior desnivelada por amplo escadório com degraus de cantaria, guarnecido por murete revestido de tijoleira com aplicações de cantaria nas extremidades, e patamar. INTERIOR: nave coberta por abóbada de berço assente em cornija. Guarda-vento e coro-alto com balaustrada de madeira, apoiado em colunas de madeira. No lado da Epístola destaca-se uma pia de água benta, de cantaria. As paredes laterais são rasgadas por três arcos abatidos, emoldurados e assentes em pilastras. Do lado da Epístola, no primeiro arco, abre-se a porta de acesso ao baptistério, resguardada por grade de madeira; no segundo, sobressai o púlpito, com guarda plena de madeira entalhada, dourada e policromada, e bacia de cantaria, a que se segue uma porta; e no terceiro inscreve-se um arco de volta perfeita com moldura de cantaria assente em pilastras que dá acesso à capela do Senhor Jesus dos Passos, com altar e retábulo de talha dourada e policromada e maquineta com imagem de roca. Do lado do Evangelho, no segundo arco, abre-se o portal lateral, tendo à direita uma pia de água benta de cantaria; no terceiro inscreve-se a capela facial de Nossa Senhora das Dores, com altar e retábulo de talha dourada e policromada e maquineta com imagem de roca. Arco triunfal de volta perfeita emoldurado e assente em pilastras e degrau, ladeado por nichos com mísulas. Capela-mor coberta por abóbada de berço assente em cornija, revestida por estuques dourados e policromados com símbolos eucarísticos. Altar-mor precedido por três degraus e com retábulo, camarim e trono eucarístico de talha dourada e policromada. Do lado da Epístola abrem-se uma janela, um nicho e a porta para a sacristia e do lado do oposto uma janela e um nicho. Sacristia com lavabo de cantaria e arcaz de madeira com elementos de talha dourada. Baptistério coberto por abóbada de arestas com composição mural simulando embutidos florentinos ao centro e nicho emoldurado; fonte baptismal com pia circular de gomo, pé de secção octogonal sobre base quadrada e tampa de talha dourada.

Acessos

Rua Dr. Manuel d'Arriaga; Rua da Misericórdia

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 176/2013, DR, 2.ª série, n.º 67, de 05 abril 2013 / Incluído na Zona Especial de Protecção do Pelourinho (v. PT041509060004)

Enquadramento

Urbano, adossado, em destaque, formando gaveto. Para oeste fica a Praça do Pelourinho (v. PT041509060004), onde se encontram também a Igreja do Espírito Santo (v. PT041509060046), o antigo Hospital do Espírito Santo (v. PT041509060008), os antigos Paços do Concelho (v.PT041509060016), o antigo Edifício da Administração do Concelho (v. PT041509060055), e o Palácio dos Condes de Avilez (v. PT041509060036). Para norte, ergue-se a Sociedade Harmonia (v. PT041509060048).

Descrição Complementar

INSCRIÇÔES: 1. Inscrição comemorativa da reedificação da igreja gravada numa lápide de moldura simples filetada; Tipo de Letra: capital quadrada; Leitura: REEDIFICOU-SE ESTA IGREJA NO ANO DE 1678 EM QUE FOI PROVEDOR CRISTÓVÃO DE BRITO VARELA.

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

CARPINTEIROS: João Soares (1742); Mateus Gonçalves (1708). ENTALHADOR: António da Fonseca (1742). MARCENEIRO: José Joaquim da Silva Júnior (séc. 19-20). PEDREIRO: António Antunes (1755). PINTOR: António Pimenta (1708); Manuel da Costa (1707, 1710); Nicolau das Neves (1710, 1711). PINTORES-DOURADORES: Gerardo de Sousa (1753); Manuel Gomes (1754).

Cronologia

Séc. 16, 1º terço - provável construção do templo segundo os vestígios arquitectónicos remanescentes; segundo Carlos Soares a misericórdia teria sido fundada por João Estaço juntamente com outras famílias ilustres; 1591, 06 agosto - data da morte de Estêvão Lourenço de Avellar, que é sepultado na igreja, o qual tinha uma capela com a pensão de 4 missas cantadas nos oitavários do Natal, Páscoa, Pentecostes e Assunção, além de 30$000 para a atribuição anual de 3 dotes a órfãs pobres; 1678 - re-edificação do templo, segundo inscrição gravada num dos arcobotantes, sob a provedoria de Cristóvão de Brito Varela; séc. 18, 1ª década - feitura da imagem de roca de Nossa Senhora das Dores; 1707, abril - pagamento de 19$000 ao pintor Manuel da Costa pela aquisição de vários objetos (tocheiros e jarros) e pela "reedificação" ou renovação do retábulo-mor e insígnias; 1708 - despendem-se 405$$000 com um mestre carpinteiro, possivelmente Mateus Gonçalves, para "concerto que fes no retabolo"; abril - pagamento de 1$500 ao pintor António Pimenta de reformar o "Senhor do descidimento" e pintar papéis para o sepulcro; a cerimónia da descida do Senhor da Cruz realizava-se sobre um tablado erguido propositadamente para o efeito no templo da confraria *1; 1709 - despendem-se 3$000 com a aquisição de uma cabeleira para a imagem do Senhor dos Passos; 1710, março - pagamento de 14$400 ao pintor Nicolau das Neves dos painéis dos Passos; 1740 - a Irmandade manda fazer uma mesa redonda e bancos de espaldar para a Sala do Capítulo; 1741, 02 julho - coincidindo com a festa litúrgica da Visitação, dá-se a eleição da Mesa sob a provedoria do Padre Luís de Albuquerque e Torres; são eleitos Dionísio de Aguiam da Fonseca como escrivão, Félix de Aguiam da Fonseca, João Dias Parrado e os Padres Pedro Gomes Soares e José da Silva Barradas como irmãos de primeira condição, Padre Filipe Falcão Beja e Miguel Inácio Falcão Beja como definidores da primeira condição, Manuel de Almeida, Bento Carneiro Pessanha, Manuel de Loures, Manuel Rodrigues, Marcelino Rodrigues e António Rodrigues Valente como irmãos de segunda condição e Manuel Bernardes definidor da segunda condição; 1741, 09 julho - votação dos cargos adjuntos à Mesa, sendo eleitos, como tesoureiro, João Dias Parrado, como mordomo do Espírito Santo, Dionísio de Aguiam da Fonseca, como mordomo dos presos, Félix de Aguiam da Fonseca e, como mordomo da capela-mor, Bento Carneiro Pessanha; 03 dezembro - por iniciativa do Provedor, determina-se a substituição do retábulo-mor *2 (FALCÂO, 1995); nesta data, por falecimento de João Dias Parrado, sucede-lhe, no cargo de Mordomo do Espírito Santo, Jacinto Inácio de Aguiam da Fonseca; em virtude do mesmo não ter aceite o cargo, o provedor e mesários assumem, a título excecional, as suas funções; é ainda eleito como escrivão Paulo Rodrigues Beja; 1742, janeiro - despendem-se 1$440 com a deslocação ao templo do mestre entalhador e ensamblador António da Fonseca *3, ao tempo radicado em Setúbal, e àquela data na Comporta; abril - despendem-se 48$000 com António da Fonseca " Entalhador da Villa de Setuval, que ajustou a obra de entalhado para a Mizericordia por conta do compito dito de toda a obra que se ajustou a tribuna"; junho - despendem-se 16$800 com António da Fonseca "por conta da tribuna"; julho - despendem-se 24$000 com oficiais entalhadores para "a obra de talha da tribuna"; 08 julho - determina-se manter em função a Mesa previamente eleita em virtude "de se fazer a obra de entalhado para a capella mor da dita Jgreja por se ter ajustado com officiais de fora a manufactura da dita obra que se ha de assentar neste prezente anno"; decide-se também adquirir uma cortina para a tribuna do retábulo recorrendo às contribuições das freguesias limítrofes; os irmãos Manuel de Almeida, Félix de Aguiam da Fonseca e o padre Pedro Gomes Soares são substituídos, respetivamente, por Francisco Xavier Beles, Miguel Inácio Falcão Beja, como mordomo dos presos, e João Falcão de Mendonça; Jacinto Inácio de Aguiam da Fonseca fica como Mordomo do Espírito Santo; agosto - despendem-se 600$000 com o carpinteiro João Soares e seu filho para removerem o antigo retábulo; feitura do novo retábulo, executado em Setúbal por António da Fonseca; 1743, janeiro - o retábulo é transportado de barco para Sines, transporte este provavelmente custeado por António da Fonseca; despendem-se 240$000 com a deslocação a Sines de António Rodrigues para "humas notheficações que foy fazer aos carreteiros para trazerem a obra de talha de Sines para esta Villa"; 1743, abril - despendem-se 71$200 com "os Mestres Entalhadores da obra de talha que fizeraõ para a Jgreja", sendo esta a última verba despendida com o mesmo *4; maio - despendem-se 2$400 com o transporte do retábulo, de Sines para Santiago do Cacém; até aí esteve armazenado num "Silleiro de José Ramos de Sines"; 1753, fevereiro - despendem-se as primeiras verbas, 60$000, com a pintura e douramento do retábulo, a cargo do pintor Geraldo de Sousa, sendo então Provedor José Álvares de Távora, o Padre Luís de Albuquerque e Torres como escrivão e Jacinto Inácio de Aguiam da Fonseca tesoureiro; 1754, julho - despendem-se 60$000 com Manuel Gomes, de Setúbal, que "dourou a capella maior", e ainda $120 "com o mesmo pintor da pintura das florez da mesma tribuna"; as verbas correrão em parte por conta dos juros provenientes da capela instituída por Estevão Lourenço de Avellar; 1755, 01 novembro - a igreja é gravemente afetada pelo sismo, ficando a capela-mor muito danificada em virtude da derrocada parcial da abóbada; é então contratado António Antunes, pedreiro, para demolir a cobertura e o retábulo-mor gravemente atingido, despendendo-se 15$000 para "deitar a bobada abacho e o Retavollo"; a Mesa é então constituída por André Ascenso Salema no cargo de provedor, Padre José da Silva Barradas, escrivão, Gabriel António de Távora, tesoureiro, Padre António Lopes Godinho, mordomo do Espírito Santo e pelos irmãos João de Andrade, José Raposo, José Rodrigues Teixeira, Joaquim Barradas, João Rodrigues e Estêvão da Rosa; 1756 - reconstrução e ampliação do templo após o terramoto (SILVA, 1866); 1758 - segundo o Prior Manuel Coelho Sampaio e Távora nas Memórias Paroquiais, o edifício ainda se encontra em ruínas; 1759 - 1769 - sob a provedoria de Inácio Falcão Beja, procede-se a obras de re-edificação, tendo-se invertido a planta primitiva, ou seja, a entrada principal passa a fazer-se pelo local da antiga capela-mor; o edifício é ampliado com o acrescento da sacristia, coro e demais dependências; 1808 - construção do cemitério; séc. 19, segunda metade - feitura dos retábulos; 1895, 09 março - deflagra incêndio, mas que não provoca danos de maior na igreja; séc. 18 - 19 - campanhas de revestimento azulejar em parte proveniente da Igreja Matriz (v. 1509060001); 1912 -1924 - em virtude de um incêndio ocorrido na Igreja Matriz (v. PT041509060001), a paróquia transfere-se para a igreja da Misericórdia; séc. 20, 1º quartel - reaproveitamento do primitivo pórtico principal, manuelino, na Casa de Chá do Palácio dos Condes de Avilez (v. PT041509060036); 1969 - sismo provoca estragos no imóvel; 1987, 01 maio - proposta de classificação do imóvel elaborada por um particular; 2007, 20 junho - proposta de abertura do processo de classificação da DRCAlentejo; 26 junho - despacho de abertura do processo de classificação do Diretor do IGESPAR; 2010, 03 dezembro - proposta da DRCAlentejo para a classificação como Monumento de Interesse Público e fixação de Zona Especial de Proteção; 2011, 05 dezembro - parecer favorável da SPAA do Conselho Nacional de Cultura relativo à classificação e a propor a redução da Zona Especial de Proteção proposta, tendo em conta os "pontos de vista".

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Paredes de alvenaria de pedra e cal, rebocadas e caiadas, cobertura em telha lusa, portais e elementos secundários de cantaria, pavimento de tijoleira, lages de pedra e soalho, retábulos de talha dourada e policromada, pinturas murais.

Bibliografia

BARATA, Maria Filomena dos Santos - Resenha Histórico-Urbanística de Santiago do Cacém. Santiago do Cacém: Câmara Municipal - GTL, 1993; FALCÃO, Bernardo - Memórias sobre a Antiga Miróbriga, no prelo; FALCÃO, José António - Achega para o Estudo da Actividade do Entalhador António da Fonseca em Santiago do Cacém: A construção do retábulo-mor da Igreja da Misericórdia em 1742. Santiago do Cacém: 1995; FALCÃO, José António - Pintores que Trabalharam para a Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém. In Armas & Troféus. Lisboa: 1985-1986, 5ª série, vol. 6, 1-3; Património Edificado de Santiago do Cacém - Breve Inventário, CMSC. Santiago do Cacém: 2001; SILVA, António de Macedo e - Annaes do Município de Sant'Iago de Cacém. 1ª ed. 1866. 2ª. ed.. Lisboa: Impresa Nacional, 1869; SOARES, Carlos - Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém. Breves Notas para a sua História. Santiago do Cacém: 1987.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém: Livros de Receita e Despesa, de termos e Eleições, num total de 31 volumes abrangendo os anos 1688 a 1867; IANTT: Manuel Coelho de Sampayo e Távora, Memória Paroquial de Santiago do Cacém, 1758 in Dicionário Geográfico de Portugal, vol. IX, nº 187, fl. 1220; Biblioteca do Prof. Doutor Eng. Manuel António Falcão Beja da Costa: Bernardo Falcão, Memórias sobre a Antiga Miróbriga, Ms de finais do Séc. 18, fl. 24v - 28.

Intervenção Realizada

1710 - pagamento de $300 ao filho do pintor Nicolau das Neves de reformar a cruz do Senhor dos Passos e da lança e coluna; 1711 - despendem-se verbas para restaurar a pintura da cruz da imagem do Senhor dos Passos; março - despesa de $720 com Nicolau das Neves com o concerto do Senhor do Descimento e coroa; 1740 - início das obras de recuperação e beneficiação; a Irmandade despende verbas para mandar estradar, com madeira de pinho da Flandres, o chão da igreja; séc. 18 - 19 - despendem-se várias verbas com o conserto da imagem do Senhor dos Passos sendo o último realizado pelo marceneiro José Joaquim da Silva Júnior (1892-1965) que refez toda a estrutura interior da mesma; Paróquia de Santiago do Cacém: 1970 - obras de conservação geral; 1980, década de - obras de conservação geral, modificação da capela-mor e reparação da cobertura.

Observações

*1 - A imagem articulada do Cristo era então solenemente retirada do lenho e depositada num monumento funerário efémero, construído e desarmado anualmente, durante a Semana Santa. *2 - " foi preposto (...) que hûa imagem, que havia nesta Santa Caza do senhor dos Passos, estua indicentemente metida em hum gauetão, de que resultaua estar jã com algumas maculas, deuendo estar em huma Capella pera que com mais veneracaõ se adorasse, pera o que Se devia fazer na Capella mor da Jgreja desta santa caza huma tribuna de entalhado pera se por a dita imagem... " (FALCÂO, 1995, p. 14). *3 - António da Fonseca é identificável com o seu homónimo documentado, em 1708, na obra de talha da Capela de São Bartolomeu dos Alemães da Igreja de São Julião de Lisboa (v. PT031106480709). *4 - ao todo as verbas despendidas com António da Fonseca e seus colaboradores ascenderam a 160$000, sendo que a receita global da Casa em 1741-1742 foi de 211$242 e em 1742-1743 de 186$126 (FALCÂO, 1995).

Autor e Data

José Falcão e Ricardo Pereira 1997 / Rosário Gordalina 2003 / Filipa Avellar 2005

Actualização

 
 
 
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