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Edifício e estrutura Edifício Serviços Banco
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Descrição
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Planta longitudinal, rectangular, volume simples, de marcada horizontalidade, coberto por telhado de 4 águas. Coincidência entre exterior e interior. Fachada principal virada a S. definida por um pano ladeado por pilastras rusticadas, um registo enquadrado inferiormente por rodapé e rematado por platibanda almofadada, que na zona central se eleva para receber um frontão curvo; cornija decorada por dentículos; portal rasgado no eixo central, encimado por frontão de volutas, ladeado por 2 janelas de 2 lumes, uma de cada lado, com coroamento idêntico; alçado lateral esquerdo com 3 panos, delimitados por pilastras, com enquadramento idêntico ao da fachada principal; os panos extremos são vazados por 4 janelas de vão rectangular e lintel arquitravado; idêntica modinatura nos vãos que rasgam os restantes alçados: lateral direito - 3 janelas e uma porta; posterior - porta no eixo de 2 janelas. Interior - cave, 1º piso e sótão. O acesso ao átrio e antiga sala de atendimento faz-se através de porta rolante e escada de um lanço, enquadrada por balaústres de madeira; ao fundo do átrio, cercado por lambril em madeira, 2 portas em madeira e vidro martelado ladeiam a porta de acesso ao corredor, no eixo da escada, vedado por cancelas em ferro forjado e latão; à direita e à esquerda do corredor, que comunica com a porta da fachada posterior, compartimentos de diferentes dimensões; de assinalar a primeira sala do lado esquerdo, com lareira em mármore e tecto em estuque e a sala do lado oposto, de paredes e cobertura reforçadas, onde foi instalado o antigo cofre-forte, da marca Jotocar - Fichet, vedado por porta maciça em ferro e várias portas em grade de ferro. |
Acessos
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Avenida Cinco de Outubro, n.º 1 |
Protecção
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Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho 20 outubro 1996) |
Enquadramento
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Urbano, planalto, flanqueado; parcialmente adossado ao Teatro Rosa Damasceno (v. PT031416120049), nas proximidades da Igreja de São João de Alporão (v. PT031416120002) e da Torre das Cabaças (v. PT031416120020). Integrado no centro histórico da cidade, deita a fachada principal para via de circulação e a fachada posterior para um logradouro, servindo de miradouro para o vale de Atamarma, com acesso por portão de ferro decorado com as iniciais "BP"; um outro portão, na linha do alçado principal veda o acesso à porta lateral direita. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Serviços: banco |
Utilização Actual
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Política e administrativa: departamento municipal |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CONSTRUTOR: Júlio Francisco José de Sousa (1899). |
Cronologia
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1887, 29 Junho - o Banco de Portugal passa a exercer funções de banco emissor de moeda, abrindo então uma rede de agências, que vêm substituir os bancos locais, afectados pelas várias crises financeiras, em todas as capitais de distrito; 1890 - inauguração da sede do Banco de Portugal em Santarém, instalado provisoriamente em espaço cedido pelo Governo Civil; 1899, Março - o Banco de Portugal compra o terreno onde viria a ser construída a agência ao Clube de Santarém, por 2:600$000; 1899, meados - inauguração da agência, projecto do condutor de obras públicas Júlio Francisco José de Sousa, localizada sobre a Igreja de São Martinho; 1940 ou 1950 - criação de divisórias no átrio; deste período é certamente um projecto de adaptação do edifício a sede de um posto de polícia, assinado por João de Sousa Araújo, nunca realizado, que previa também a utilização da cave e do sótão amansardado; 1978 - encerramento da agência; 1987, 20 Fevereiro - o Banco entrega as chaves do edifício à Câmara Municipal de Santarém; 1988 - instalação da Divisão de Cultura. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura das paredes em alvenaria de pedra; do sótão em madeira; cobertura em telha cerâmica; portas e janelas em madeira e vidro; escada de acesso ao sótão em ferro; cancelas do átrio em ferro forjado e latão; balaústres da escada do átrio em madeira; pavimentos em madeira e em materiais cerâmicos (instalações sanitárias). |
Bibliografia
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BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; CUSTÓDIO, Jorge, Edifício do Ex-Banco de Portugal in Património Monumental de Santarém, Santarém, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMS: Dvisão do Núcleo Histórico, Divisão cultural (plantas, alçados, cortes, cobertura). |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1940 ou 1950, décadas de - instalação de divisórias no vestíbulo; 1990, cerca - adaptação de parte do sótão. |
Observações
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No frontão curvo da fachada principal lia-se outrora "AGÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL". |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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