Anta da Quinta do Forte das Botas

IPA.00004590
Portugal, Portalegre, Elvas, São Brás e São Lourenço
 
Anta com corredor e vestígios de mamoa, o corredor largo é ligeiramente mais baixo. O maior monumento megalítico registado no concelho.
Número IPA Antigo: PT041207070038
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário  Anta    

Descrição

Anta com corredor, de câmara poligonal regular, com 8 esteios preservados, corredor orientado a 117º, com 6 esteios na fiada do lado norte e 2 na fiada do lado sul; Vestígios de mamoa.

Acessos

Seguir pela EN 373, Elvas /Juromenha; ao Km 30 e, depois do Monte da Amada existe um cruzamento, cortar para a direita em direção a São Romão, depois de passar pela quinta do Carvalhinho e pela quinta de Stª Clara chega-se à quinta do Forte de Botas; cortar no primeiro caminho do lado direito, passar a Monte Chões e parar junto a um poço. A anta situa-se do lado esquerdo. CMP, Gauss: M - 80.75; P - 8,95 ( M-280739,P- 208958) WGS84 (graus decimais) lat.: 38,861025; long.: -7,236133 (à freguesia)

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 67/97, DR, 1.ª série-B, n.º 301 de 31 dezembro 1997

Enquadramento

Rural, correspondendo à zona das quintas com pomares e olivais que rodeavam e abasteciam a cidade de Elvas; Isolado, em local ligeiramente elevado sobre linha de água a uma cota de 251m; até 2004 era rodeado de um velho olival e de zonas de culturas de regadio, ano em que as milenares oliveiras foram arrancadas com subsídio europeu..

Descrição Complementar

No interior deste monumento desenvolveram-se três milenares oliveiras, que por si só constituem um monumento natural; este monumento megalítico está já associado a estes velhos troncos consolidando-se mutuamente

Utilização Inicial

Funerária: anta

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Neolítico/calcolítico- cultura megalítica

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Período cronológico - 5º a 3º milénio; 1999- 2005, este monumento integrou o circuito do Guadiana, no âmbito dos circuitos arqueológicos Antas de Elvas, implementados pelo IPPAR.

Dados Técnicos

Materiais

Xisto

Bibliografia

Albergaria, João, Lago, Miguel - “Cromeleque do Torrão (Elvas): Identificação”, Vipasca, 4, Aljustrel, 1995,pp.53-60; Cartaillac, Émile, Les Ages Préhistoriques de L'Espagne et du Portugal, Paris,1886; Roteiros de Arqueologia Portuguesa, Dias, Ana Carvalho, coord., Antas de Elvas, textos: Albergaria, João, Dias, Ana Carvalho, s.l: IPPAR, Setembro 2000, pp 14-15; Lago, Miguel, Albergaria, João, - “Cabeço do Torrão (Elvas): Contextos Megalíticos”, Actas do 2º Simpósio Transformação e Mudança: Tempo, Construção do Espaço e Paisagem, Cascais,1996; LEISNER, G. e V. - Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Suden, Berlim: Walther de Gruyter, 1943; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (1) Berlim: Walther de Gruyter, 1956; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (2) Berlim: Walther de Gruyter, 1959; LEISNER, G. e V. - Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz: Materiais para o Estudo da Cultura Megalítica em Portugal, Lisboa,1951: Instituto para a Alta Cultura [reprint: Uniarch, Estudos e Memórias 1, 1985, com uma apresentação de V.S. Gonçalves]; Vasconcelos, J. Leite de - O Archeólogo Português, XXI, 1916, p.362; Paço, A. Ferreira, O. Veiga, Viana, A. -“Antiguidades de Fontalva. Neo-Eneolítico e época romana”, Zephirus, vol. VII, 1957; Silva, J. Possidónio - “Dólmens recentemente descobertos em Portugal”, Boletim de Architectura e de Archeologia da Real Associação dos Architectos e Archeólogos Portugueses, t.3,2ª série, Lisboa; Viana, Abel - Contribuição para a arqueologia dos Arredores de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XII, Porto,1950; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de -Exploración de algunos dólmens de la region de Elvas, Crónica del 2º Congresso Arqueológico Nacional, Madrid, 1951; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de,- Mais três dólmens da região de Elvas (Portugal), Zephirus, vol. IV, Salamanca,1953; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, -, Notas para o Estudo dos Dólmens da Região de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XV, Porto,1955; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, - Mais Alguns Dólmens da Região de Elvas (Portugal), Paço Ducal de Vila Viçosa, 1957.

Documentação Gráfica

DGPC:DGEMN/ IPPAR: coleção de desenhos SIPA DOC.00206498

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN/DSID-001/012-1803/20

Intervenção Realizada

IIPPC/SRAZS/CME: Esta anta foi relocalizada por Miguel Lago; em 1990, após a limpeza o interior foi coberto por uma camada de saibro. IPPAR/DRE: 1991 - limpeza do monumento e demarcação da Zona de Proteção através de 4 marcos brancos, IPPAR/DRE: entre 1997 e 2005, foi assegurada a limpeza anual da vegetação; Projetos de Valorização: IPPC/SRAZS: Projeto de Salvaguarda e Valorização das Antas de Elvas (1989-1993) co-financiado pelo Programa OID/NA); IPPAR/DRE: Projeto de Recuperação e Valorização das Antas de Elvas (1997-1999), co-financiado pelo Programa AVNA; IPPAR/DRE: Implementação dos Circuitos Arqueológicos das Antas de Elvas que funcionaram a partir do castelo de Elvas entre 1999 e 2005. Projeto de Investigação de Miguel Lago e João Albergaria - O Megalitismo da Região de Elvas, entre o caia e o Guadiana (1994) reformulado com o título Monumentalização e domesticação da paisagem na região de Elvas entre o 5º milénio e o 3º milénio a.C.: entre o Caia e o Guadiana, exemplos e particularismos na Herdade do Torrão (1998).

Observações

Em 1991, a equipa que procedeu à sua limpeza detetou um enorme buraco a meio da câmara feito por ação mecânica; contatado o rendeiro, este confirmou esta violação, provocada por um sonho do filho em como aí existia um pote de ouro; foi necessário repor as terras. Confirmou-se que a potência da terra é de cerca de 30cm, tendo sido removidas, bem como os caliços subjacentes; 1996, 09 Outubro - Despacho de classificação; 2002, 19 de Fevereiro - por Dec. nº 5/2002, DR 42, corrige-se a designação da freguesia de "Ajuda, São Salvador e Santo Ildefonso" para "Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso".

Autor e Data

Ana Carvalho Dias, 2019

Actualização

 
 
 
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