Palácio Flor da Murta

IPA.00004447
Portugal, Lisboa, Lisboa, Misericórdia
 
Arquitectura residencial, barroca.
Número IPA Antigo: PT031106280226
 
Registo visualizado 896 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta em L

Descrição

Planimetricamente, o edifício organiza em L os seus 3 pisos, apresentando volumes articulados, com coberturas em telhados a 2 e a 3 águas. Na fachada principal S. destaca-se, no piso térreo, o portal com um modesto emolduramento de cantaria, no piso nobre 15 janelas de sacada com gradeamento de ferro forjado composto de varas verticais. Acima da primitiva cornija, um piso resultante de uma ampliação oitocentista, no qual se rasgam janelas de peito. No cunhal SO., boleado, observa-se, ao nível do andar nobre, a pedra de armas dos Alconcheis. Na fachada O. distinguem-se 2 corpos separados por pilastra, destacando-se no da esquerda o portal da antiga capela, encimado por frontão triangular vazado, encimado por pináculos e cruz, e no da direita 6 janelas de sacada idênticas à do alçado principal *1.

Acessos

Rua do Poço dos Negros, n.º 158; Rua de São Bento, n.º 2 - 10; Rua Fresca, n.º 15

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção do Bairro Alto e imóveis classificados na área envolvente / Parcialmente incluído na Zona de Proteção do Aqueduto das Águas Livres (v. IPA.00006811)

Enquadramento

Urbano, flanqueado, formando gaveto.

Descrição Complementar

No cunhal SO., pedra de armas dos Pereira Faria de Alconchel: centrada pelo brasão dos Sousas do Prado ( leões rampantes de Castela e quinas de Portugal ) esquartelada pelos brasões dos Pereiras ( cruz de prata florenciada ), Castros (6 arruelas de ouro ), Barbosas ( 3 crescentes em orla entre 2 leões ) e Farias ( castelo e 5 flores-de-lis ).

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Residencial: edifício

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 16 - construção de uma casa nobre pela família Pereira Faria, senhores de Alconchel. O palácio passa para a posse dos Meneses pelo casamento da herdeira da casa de Alconchel, D. Guiomar de Faria, com um elemento daquela família (D. Jorge de Meneses); séc. 17 (meados) - o palácio passa a integrar os bens do morgado de Terrugem, instituído formalmente em 1681 por Pedro Jacques de Magalhães, 1º visconde da Fonte da Arcada. Pelo casamento da sua filha com D. António de Meneses de Sotto Mayor, o palácio volta à posse da família Meneses que, entre os seus títulos contava o de senhores do Lavre e da Flor da Murta; 1755 - o terramoto causa poucos danos ao palácio, de que era então proprietário D. António de Meneses. Possuía jardins e fonte monumental de espaldar com uma carranca representando Baco; 1890 / 1920 - arrendamento do palácio à firma Street & Ca. que, nos jardins, instalou oficinas de maquinaria, mais tarde substituídas por uma garagem; 1914 - desactivada a capela, cuja invocação era de Nossa Senhora de Monserrate e removido do seu interior, objectos e azulejos setecentistas; 1972, 15 dezembro - Despacho do Secretário de Estado da Juventude e Desporto determinando a classificação do imóvel como Imóvel de Interesse Público; 1998, 06 janeiro - Despacho do Ministro da Cultura revoga o dDspacho de 1972, passando o imóvel a estar protegido pela Zona de Protecção do ramal das Necessidades do Aqueduto das Águas Livres; 2003 - a actual proprietária é a Empresa Estúdios Imobiliário SA, membro do grupo Amorim; 2006, 27 março - Edital de encerramento do processo de classificação n.º 20/2006 da CMLisboa.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria mista, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro forjado, madeira

Bibliografia

ARAÚJO, Norberto de, Inventário de Lisboa, Fasc. 9, Lisboa, 1952; CALADO, Maria, FERREIRA, Vitor Matias, Lisboa. Freguesia de Santa Catarina (Bairro Alto), Lisboa, 1992; SUCENA, Eduardo, Flor da Murta, in SANTANA, Francisco, SUCENA, Eduardo, (dir. de), Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CML: Arquivo de Obras pº nº 20722; IPPAR: pº nº JN 11/3 (28)

Intervenção Realizada

c. 1950 - alterações da compartimentação interna, remoção de painéis de azulejos (*2); 1973 - obras de demolição no interior do palácio; 1993 / 1994 - reconstrução completa do interior do imóvel, registando-se o acréscimo de um piso.

Observações

*1- sendo o acesso ao interior interditado pelas obras em curso, as quais implicam uma quase total reconstrução interna do edifício, revela-se impraticável uma sua descrição actualizada. *2 - alguns deles terão passado a integrar o acervo do Museu da Cidade de Lisboa.

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1994

Actualização

 
 
 
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