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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino Ordem das Eremitas de Santo Agostinho - Mónicas
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Descrição
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| Planta longitudinal composta pelos três corpos das antigas dependências conventuais, organizadas em torno de um claustro e de um terreiro conventual: um corpo alongado, no sentido N. / S., que se intersecta com dois outros corpos perpendiculares de menores dimensões, dispostos no sentido E. / O.. O edifício não apresenta correspondência entre o interior e o exterior dado o acentuado desnível do terreno, obrigando a disposição em dois pisos. Massas dispostas na horizontal. Cobertura diferenciada em telhados de duas águas e terraço sobre o corpo perpendicular a N.. Fachadas em alvenaria rebocada e caiada, com embasamento e molduras janelas pintadas a amarelo. Fachada principal a S. com remate em cornija dupla com friso e beirado, limitada por cunhais graníticos, de dois registos e dois panos definidos por pilastra granítica; primeiro pano de dimensão superior ao segundo, com escadaria axial dez degraus graníticos; inferiormente rasgam-se, ao nível do embasamento, duas frestas rectangulares, ladeando a escadaria; superiormente, portal axial, de molduras graníticas e verga alteada curva; ladeado por duas janelas rectangulares de cada lado de verga curva cortada nos ângulos; no segundo pano, inferiormente, duas frestas e superiormente duas janelas axiais, idênticas às do primeiro pano. Fachada lateral O. de onze panos definidos por contrafortes graníticos, sendo que cada um dos panos se divide em dois registos; primeiro pano com frestas rectangulares, dispostas na horizontal, ao nível do registo inferior, e duas janelas rectangulares ao nível do registo superior; os restantes panos, de inferior dimensão, são rasgados, inferiormente por janela rectangular, algumas gradeadas, superiormente por uma janela idêntica às da fachada principal; o registo inferior do sétimo pano, um lugar da janela, ostenta portal com molduras e decoração marmóreas com volutas e concha axial; o registo inferior do décimo primeiro pano tem adossada a fachada posterior da Igreja de São Mamede (v. PT040705070101). Fachadas lateral E. e posterior, a N., constituídas por muro de marcação limítrofe do edifício. A SE. o que resta do antigo CLAUSTRO, de planta rectangular, que conserva três alçados de arcadas desiguais, com galerias pavimentados a tijoleira quadrada; alçado O. de cinco tramos e dois registos com cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas; registo inferior panos definidos por contrafortes pétreos, cada pano com dois arcos de volta perfeita sustentados por três colunas toscanas de granito, sendo que os dois arcos comungam da coluna axial; registo superior rasgado por cinco janelões rectangulares, dispostos na horizontal, de vão superior ligeiramente abatido. Alçado S. de quatro tramos e dois registos, com cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas de perfil em volta perfeita; no registo inferior panos, definidos por contrafortes rebocados, cada pano com um arco ligeiramente abatido encimado por abertura rectangular disposta na horizontal; no registo superior quatro janelas rectangulares. Alçado N. de seis tramos com cobertura em abóbada de aresta decorada com painéis em losango, em estuque, simulando nervuras; o alçado é rasgado por quatro arcos de volta perfeita, um arco alteado e um arco abatido, de dimensões desiguais, sendo que os cinco primeiros se inserem noutras tantas molduras em alto-relevo de perfil em arco de volta perfeita. A N. o TERREIRO CONVENTUAL, de planta trapezoidal, conservando dois alçados: a S. alçado de três panos definidos por contrafortes, o primeiro pano simples, o segundo com duas janelas rectangulares de molduras pintadas de amarelo, o terceiro com uma janela idêntica e limitado por cunhal pétrio. O alçado O. apresenta a E. dois registos, o inferior com uma porta em arco de volta perfeita acedida através de três degraus, uma grande janela em arco de volta perfeita, e outras sete janelas em arco de volta perfeita todas idênticas; no registo superior, nove janelões rectangulares dispostos na horizontal de vão superior ligeiramente abatido; a N. apresenta dois panos, definidos por contrafortes pétreos, o primeiro rasgado por nicho, e o segundo por porta num primeiro nível, acedida por cinco degraus, de vão superior em arco de volta perfeita, e dois janelões com gradeamento em taipa nos segundo e terceiro níveis. TERRAÇO com revestimento em tijoleira, o alçado O. apresentando porta de vidro de vão superior ligeiramente abatido ladeada por dois janelões de vão idêntico; nove bancos corridos de alvenaria rebocada e pintada adossados ao murete limítrofe. Bancos do terraço com espaldar rematado por volutas decorativas. Em cada um dos dois pisos encontra-se fonte de duas bicas, em mármore, embutida em nicho. Da antiga SALA DO CAPÍTULO situada no segundo corpo da intersecção perpendicular a N. pouco resta, com planta rectangular, de sete tramos, apresenta abóbada ocultada por tecto falso. PORTARIA a NO., de planta quadrangular, com pavimento em tijoleira e cobertura em abóbada de nervuras apoiada por mísulas, alçados revestidos de azulejaria até um terço da sua altura total e alçado O. rasgado por porta de acesso ao exterior. |
Acessos
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| Largo Dr. Evaristo Cutileiro e Largo Duques de Cadaval |
Protecção
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| Incluído no Centro Histórico da cidade de Évora (v. PT0705050070) / Incluído na Zona Especial de Protecção das Muralhas de Évora (v. PT040705210048) |
Enquadramento
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| Urbano, intramuros, em pleno Centro Histórico. Junto à fachada lateral O. fica o Jardim do Lg. Duques de Cadaval e, adossada, a Igreja de São Mamede (v. PT040705070101); a SE. o claustro envolvendo parte da fachada lateral E.; a NE. o terreiro correspondente à antiga cerca conventual,envolvendo as fachadas lateral E. e posterior, em cujo perímetro se situam as muralhas da cidade - cerca nova (v. PT040705210040). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
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| Educativa: escola básica / Política e administrativa: reitoria e serviços académicos |
Propriedade
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| Pública: estatal |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 15 / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido |
Cronologia
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| 1380 - instituído um beatério, próximo da igreja de São Mamede, por duas moradoras da freguesia, Constança Xira e Maria Fernandes; 1421 - construção do recolhimento e da primitiva igreja dedicada a Santa Mónica; 1541 - o convento deixou de estar filiado na Ordem de Santo Agostinho para pertencer à mitra; 1564 - passou a convento de clausura; 1881 - encerramento do convento com a morte da última freira; após a extinção da ordem, o edifício foi utilizado para fins diversificados, como salão de bailes carnavalescos no primeiro piso, Escola dos Amadores de Música Eborense, cantina escolar e corporação de bombeiros nos pisos 1º e 2º ; até 1919 - funcionou no edifício a escola normal; 1919 / 1942 - funcionou no edifício a escola primária superior; 1920 - demolição da igreja conventual situada a S.; 1942 - foi criada a Escola do Magistério Primário; 1950 - estava afecto ao Ministério da Educação Nacional; 1950 - 1951 - Conclusão de obras nas salas de aula, salas de estar, sala da cantina e cozinha; Através da Comissão para a Aquisição de Mobiliário, foi aberto concurso público (7/6/1951) para o fornecimento do mobiliário para essas dependências, sendo a empreitada adjudicada à Fábrica da Granja; 1953 - 1956 - Ampliação e remodelação do edifício principal da Escola, com fornecimento de mobiliário adjudicado a José Augusto da Silva Quintas; 1992 - a Universidade de Évora adquire o imóvel e nele instala os seus Serviços Académicos, permanecendo no piso térreo a Escola Básica do 1º Ciclo de São Mamede. |
Dados Técnicos
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| Estrutura mista |
Materiais
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| Alvenarias de pedra argamassada e tijolo maciço, rebocadas e caiadas. Abóbadas de tijolo maciço, rebocadas e caiadas. Coberturas de telha romana (canal) e de canudo (cobrideira) e em tijoleira no terraço sobre a ala do claustro. Alisares dos vãos em cantaria de granito e argamassa caiada. Caixilharias em madeira pintada. |
Bibliografia
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| PEREIRA, Gabriel, "Convento de Santa Mónica. Estudos Diversos" in O Manuelinho de Évora, 1881; PEREIRA, Gabriel, "As Caudas das Freiras", in Estudos Diversos, s.l., 1890; FRANCO, Padre António, Évora Ilustrada, Évora, edição Nazareth 1946; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1950, Lisboa, 1951; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal - Concelho de Évora, vol. 1, Lisboa, 1966; ESPANCA, Túlio, "Destroçar do Mosteiro de Santa Mónica", A Cidade de Évora, nº57, Ano 31, Évora, 1974. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DREMS (processo Escola do Magistério Primário); Universidade de Évora: arquivo da secção técnica (plantas de coberturas e dos três pisos à escala 1/100) |
Documentação Fotográfica
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| CME: Arquivo Fotográfico (fotografias do convento no séc. 19 e da igreja antes da demolição) |
Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSID (processo Escola do Magistério Primário), DGEMN/CAM 0230/02, 0230/03 |
Intervenção Realizada
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| DGEMN: 1950 - Obras de conservação e reparação pela Direcção Regional; obras de adaptação para instalação dos serviços académicos da Universidade e, anteriormente, para sede do antigo Magistério. |
Observações
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Autor e Data
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| Paula Amendoeira 1997 / Sara Cruz 2005 |
Actualização
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| Margarida Elias (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD-FA/UTL)) 2014 |
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