Ermida de São Pedro / Ermida de Nossa Senhora do Rosário

IPA.00004435
Portugal, Évora, Reguengos de Monsaraz, Corval
 
Arquitectura religiosa, manuelina, com influências mudejares. Provável inspiração na ermida de São Brás de Évora. A ermida tem um corpo original manuelino que mantém as quatro primitivas torres cilíndricas com fecho cónico, coroadas por merlões chanfrados. Pinturas murais provavelmente quinhentistas no interior da capela-mor.
Número IPA Antigo: PT040711020021
 
Registo visualizado 378 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Capela / Ermida  

Descrição

Planta longitudinal, de nave com cinco tramos, capela-mor de planta quadrada, capelas colaterais e baptistério. Volumes articulados, massas dispostas na horizontal. Cobertura diferenciada em telhado e emcúpulas hemisféricas com telhados de linhas radiadas nas capelas colaterais. Fachada principal a S. de frontão simples triangular terminado por uma cruz. Fachada lateral E. com acesso directo à igreja através de pequena porta. Fachada lateral O. com acesso secundário à igreja através da porta de uma pequena sacristia. Fachada posterior limitada por duas torres cilíndricas com fecho cónico, coroadas por merlões chanfrados, correspondentes ao corpo inicial do edifício. INTERIOR: espaço diferenciado através das duas capelas colaterais uma marcada pela colunata original de colunas toscanas de granito caiado (capela de Cristo crucificado) e a outra por arcos plenos apoiados em pilastras de alvenaria, fechada por gradeamento de madeira (capela de Nossa Senhora do Rosário). Cobertura em abóbada. A iluminação é dada por frestas góticas. Capela-mor com paredes decoradas por pinturas murais.

Acessos

EM que liga Reguengos a Monsaraz, c. de 1,5Km depois de São Pedro do Corval uma saída à direita para uma estrada de terra que conduz directamente à ermida.

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 404/2010, DR , 2.ª série, n.º 114, de 15 de junho de 2010

Enquadramento

Rural, isolado, implantado sobre aterro artificial. Existem ainda em volta algumas construções que fariam parte de um núcleo populacional anterior, uma ainda habitada.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: ermida

Utilização Actual

Religiosa: capela

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Évora)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1534 - Primeira visitação eclesiástica ao templo, de fundação desconhecida, por determinação do bispo infante D. Afonso de Portugal; Séc. 17 - Intensificação do culto em honra de Nossa Senhora do Rosário motivou a crismação popular do edifício com o nome desta santa; 1707 - Notícia dos senhorios da Comenda da Ordem de Cristo instituida pelo duque de Bragança na casa dos Condes das Galveias; 1754 e 1802 - Renovação da Comenda; 1755 - Sofreu danos consideráveis com o terramoto que provocou fendas no presbitério e destruiu grande parte do frontaria posteriormente reconstruída; na capela colateral de Nossa Senhora do Rosário a colunata foi substituida por arcos plenos apoiados em pilastras de alvenaria trabalhada; os nichos do altar foram também construidos neste período; 1989 - Processo de classificação iniciado pelo IPPC; 1996 - no decorrer de obras de caiação do edifício foram identificadas pinturas murais a fresco nas paredes da igreja, provavelmente quinhentistas, o que desencadeou o pedido de classificação do imóvel pela Confraria de Nossa Senhora do Rosário; 1996, 20 novembro - Proposta de abertura do processo de classificação pelo IPPAR/DRÉvora; 1996, 21 novembro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo Vice-Presidente do IPPAR; 2000, 23 março - Proposta do IPPAR/DRÉvora para a classificação como IIP - Imóvel de Interesse Público; 2003, 07 maio - Parecer favorável à classificação pelo Conselho Consultivo do IPPAR; 2003, 23 maio - Despacho de homologação da classificação pelo Ministro da Cultura; 2007, 24 de julho - Proposta de ZEP pela DRCAlentejo; 2008, 12 novembro - Parecer favorável à ZEP pelo Conselho Consultivo do IGESPAR; 2009, 02 setembro - Despacho de homologação da ZEP pelo Ministro da Cultura.

Dados Técnicos

Paredes portantes reforçadas por contrafortes cilíndricos e travados por tectos em abóbada sob cobertura de pendentes e cúpulas.

Materiais

Alvenarias mistas de pedra argamassada e outros materiais, rebocadas e caiadas no interior e no exterior. Abóbadas e cúpulas em tijolo maciço. Cobertura em telha de canudo. Pavimentos interiores e exteriores em lages de xisto, caixilharia em madeira pintada.

Bibliografia

ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Évora, Lisboa, 1978.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IPPAR: DRE (processo de classificação do imóvel).

Documentação Administrativa

IPPAR: DRE (processo de classificação do imóvel); CMRM

Intervenção Realizada

Na sequência da destruição provocada pelo terramoto de 1755 o edifício sofreu algumas alterações. Toda a frontaria foi remodelada. Na capela colateral de Nossa Senhora do Rosário a colunata foi substituida por arcos plenos apoiados em pilastras de alvenaria trabalhada. Os nichos do altar foram também construidos neste período. Actualmente a comunidade promove regularmente, com a colaboração da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz a manutenção do edifício.

Observações

A ermida é local de peregrinação devido ao culto local de Nossa Senhora do Rosário. Até há muito pouco tempo o interior da ermida estava quase repleto de ex-votos, de agradecimentos de curas e principalmente de preces que confirmam a fé religiosa em Nossa Senhora do Rosário, divulgada a partir da publicação do Santuário Mariano de Frei Agostinho de Santa Maria, em 1718.

Autor e Data

Paula Amendoeira 1997

Actualização

 
 
 
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