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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
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Descrição
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O edifício compõe-se de palacete de caça, de grande volume e forma oblonga, e capela na frontaria. Planta composta longitudinal, volumes articulados na horizontal. Cobertura diferenciada em telhado de duas águas. PALACETE: piso único, posterior à capela, com acesso por portão de alvenaria com pilastras pintadas, a N. da capela. De frontaria virada a N. para um vasto pátio, tem planta rectangular, cobertura em telhado de duas águas, com três grandes chaminés. Fachada principal a N. constituída por uma galeria de dezasseis arcos de volta perfeita, com varanda de acesso ao interior rematada por grelha triangular de ladrilho com duas fiadas. Fachada S. com sete janelas de peitoril, uma delas obstruída. Interior: corredor divisório no sentido longitudinal, com acesso para as salas, quartos e cozinhas do palacete. Coberturas em abóbada, pavimentos em tijolo regional. As salas e cozinhas têm lareira tradicional alentejana. CAPELA: situada na frontaria do monte, tem planta simples, massa simples, cobertura em telhado de duas águas. Fachada principal a O. composta por portal, pilastras e empena triangular encimada pela cruz e com acrotérios de coruchéus nos ângulos. No frontão tem escudo real, coroado, de estuque colorido. Interior: espaço único, planta quadrangular de um tramo, com tecto de abóbada de berço e pavimento em ladrilho. O altar mor, antecedido de arco mestre redondo tem capelas cegas nos alçados laterais. Cobertura e parte dos alçados revestidos de pinturas murais com o brasão real. No altar está um painel de grandes dimensões, de pintura a óleo sobre tela, representando a Sagrada Família. |
Acessos
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A c. de 8 Km da sede de freguesia, a aldeia de São Marcos do Campo, por caminho rural. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural. O edifício principal e a capela estão integrados na área construída da herdade, rodeados de várias dependências de serviço da exploração agrícola, em elevação suave mas de grande e agradável domínio visual, perto do rio Guadiana e das áreas inundáveis pelo regolfo da barragem de Alqueva. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: capela |
Utilização Actual
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Criação e exploração animal: estábulo / Devoluto |
Propriedade
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Privada: fundação |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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Séc. 13 - A herdade, grande reserva de caça que no período medieval tinha a designação do Roncão do Pindoso, foi adquirida por Aparício Anes, cavaleiro de Afonso III, quando da demarcação do termo de Monsaraz; Séc. 15 - integração da propriedade nas terras da Casa de Bragança pelo donatário de Monsaraz, o Duque de Bragança, Dom Fernando II; 1482 - arrendamento da herdade a Vasco Palha e João Dias; 1487 - A Câmara de Monsaraz, arrendou a herdade como património público, pelo espaço de três anos, ao alcaide-mor da vila, Diogo de Azambuja, também capitão da Costa da Mina em África; 1504 - primeiro diploma de coutada para o Roncão dado pelo Rei Dom Manuel ao enfiteuta, o alcaide de Monsaraz, Dom Nuno Manuel almotacé-mor do Rei; 1507 - trespasse da herdade ao Duque Dom Jaime de Bragança e fixação definitiva no património da Casa de Bragança; Séc. 17 - alteração do nome da herdade para Roncão del Rei, por Dom João IV; 1751 - Dom José I residiu durante um período na herdade, altura em que ordenou a construção do palacete e da capela; 1777 - descoutamento da herdade motivado pelo excesso de coelhos e arrendamento ao lavrador de Elvas João António de Sequeira com a incumbência de extinguir os matos; Séc. 18 - a Real Fazenda manteve a partir deste século a criação de gado vacum, caprino e ovino e introduziu ali uma manada de 43 éguas andaluzas de criação que estão na base seleccionadora da Coudelaria de Alter; 1911 - profanação da capela; 1966 - restabelecimento do culto. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Alvenarias de pedra e tijolo rebocadas e caiadas, abóbadas em alvenaria de tijolo recbocada e caiada, coberturas em telha, pavimentos em ladrilhado de tijoleira, xisto em molduras de portas e janelas |
Bibliografia
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ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Évora, Lisboa, 1978. |
Documentação Gráfica
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CMP: fl. 491, esc. 1:25 000 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Fundação da Casa de Bragança |
Intervenção Realizada
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Observações
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Todo o palacete está vazio: o recheio do monte encontra-se no Paço de Vila Viçosa, bem como os troféus de caça que decoravam a sala de jantar. |
Autor e Data
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Paula Amendoeira 1998 |
Actualização
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