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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro masculino
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Descrição
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Observa-se as fundações da igreja, mostrando uma planta de três naves, transepto saliente e pilares assimétricos na base. No lado E. situa-se a zona da cabeceira composta por três absidíolos escalonados e de planta rectangular. Na área do transepto, no lado SE., identificam-se vestígios de escada em caracol que permitiria o acesso ao nível superior. Do mesmo lado localiza-se a comunicação com as dependências claustrais. Descobrem-se bases decoradas e arranques de meias colunas, também ornamentadas, que se adossavam aos muros. Existem pedras sigladas dispersas pela área da abadia. |
Acessos
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EN 226 ao Km 23,5, para Ucanha; a 4,3 Km, à esquerda, por caminho rural para a Quinta da Abadia Velha, a 800 metros |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 516/71, DG, 1.ª série, n.º 274 de 22 novembro 1971 |
Enquadramento
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Rural. Localiza-se a meia-encosta, na margem direita do Rio Varosa, encontrando-se rodeado por vinhas, em zona de interesse paisagístico. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: mosteiro masculino |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 12 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1146 - D. Teresa Afonso, viúva de Egas Moniz lança a pedra da Abadia, no local de um pequeno ermitério de Argeriz; 1150, cerca de - fundação do Mosteiro de Salzedas, no termo de Algeriz, por iniciativa de D. Teresa Afonso, viúva de Egas Moniz; 1152 - doação régia do couto de Algeriz (depois chamado de Salzedas) a D. Teresa Afonso; 1155 - autorização régia para transferência de tutela do couto para o Mosteiro de Salzeda, que estaria já concluído; 1163 - D. Ximena doa a sua herdade em Cimbol; Egas Soares e a mulher, Maria Pais, vendem o mosteiro a sua parte da herdade em Cimbol; 1164 - renúncia do Bispo de Lamego a todos os direitos episcopais sobre o couto; provável início da construção de um mosteiro de maiores dimensões na actual implantação de Salzedas (v. PT011820050011); 1172 - compra a Mónio Ermiges de metade da vila de Roção; 1174 - Frei Pedro, prior de Salzedas, obtém da igreja paroquial de São Martinho de Mouros os dízimos do Roção; 1182 - D. Afonso Henriques doa bens em Valdigem; 1185 - compra a Velasquida Raimundes de bens dispersos; 1187 - compra a Raimundo Raimundes de bens dispersos; compra a Soeiro Viegas e D. Sancha Cermudes de bens em Valongo; 1191 - aquisição de bens a Raimundo Raimundes em Cambres, por 55 maravedis; Vermundo Peres doa os seus bens em Portelo; 1191 - Pedro Oriz doa o que possui em Lama Redonda, Travanca e Pena de Lobo; 1192 - D. Sancho I doa o Canal da Ariana (pesqueira) no Rio Douro; 1193 - Urraca Viegas doa as suas casas no castelo de Lamego; 1193 - venda de uma herdade de Quintão e Portelo por Vermundo Peres; 1195 - Urraca Viegas doa os bens de Queimada e Queimadela por missas por alma do seu filho, Fernando Gonçalves; 1197 - Ousenda Garcia doa bens em Mesquinhata; 1201 - Elvira Peres doa 2 casais em Portelo; 1206 - Godinha Randufes confirma as doações do marido, Pedro Rodrigues, de bens em Cimbol e Lamelas; 1208 - Gonçalo Gonçalves doa ao mosteiro um casal em Ferreirim; 1209 - Elvira Viegas doa 4 casais em Britiande; 1211 - Pedro Peres Rei doa ao mosteiro mestade da Lama Redonda; 1221 - venda de bens em Cepões por Soeiro Pais e Loba Viegas por 80 maravedis, os quais doam um casal em Felgueiras para garantir sepultura no mosteiro; 1213 - Miguel Mendes, presbítero de Abrunhais, doa os seus bens ao mosteiro; 1214 - compra de um casal em Mós a Gonçalo Martins; 1215 - Vicente Gonçalves e Comba Viegas doam uma quintã em Pomarelhe; 1217 - Sancha Pais e Sancha Nunes doam os bens de Lamego, Britiande, Ribeira, Riba Velida e Magustim; 1219 - Silvestre Pais dos a terça dos bens que possui em Gouviães, em troca de sepultura para ele e esposa; Alda Vasques doa 2 casais em Quintião; 1220 - Pedro Filho e Maria Peres doam o quintã da Corredoura; 1222 - a infanta D. Mafalda doa a sua parte do padroado da Igreja de Britiande; D. João Martins e Teresa Peres doam o que possuíam na Igreja de Britiande; 1225 - sagração da igreja do novo mosteiro e definitiva mudança dos monges para a nova abadia, cujo local oferecia melhores condições de salubridade. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma |
Materiais
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Granito, cantaria |
Bibliografia
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REIS, Frei Baltazar dos, Livro da Fundação do Mosteiro de Salzedas, (1612), Lisboa, 1934; BRANDÃO, Frei António, Monarquia Lusitana, 3ª parte, Lisboa, 1632; MOREIRA, Vasco, Monografia do Concelho de Tarouca, Viseu, 1924; VASCONCELOS, José Leite de, Memórias de Mondim da Beira, Lisboa, 1933; Breve Relação da Fundação e Antiguidade do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, Lisboa, 1936; FERNANDES, A. de Almeida, O Livro das Doações de Salzeda, in Beira Alta, Viseu, 1979, vol. XXXVIII, nº 2; REAL, Manuel Luís, A Abadia Velha de Salzedas, Sep. Revista de Guimarães, 1983. vol. XCII, pp. 4 - 15; FERNANDES, A. de Almeida, As Dez Freguesias do Concelho de Tarouca (História e Toponímia), Braga, 1995 |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMT |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMT |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; CMT |
Intervenção Realizada
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Casa do Infante: 1997 - Escavações arqueológicas dirigidas por Manuel Luís Real. |
Observações
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A abadia ainda era ocupada em 1221, segundo Viterbo, Ms. Provas e Apontamentos, I, fl. 95v, citado por FERNANDES, A. de Almeida, ob. cit., p. 218. Foi encontrado um friso pré-românico indiciando neste local um ermitório anterior ao mosteiro. |
Autor e Data
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AnouK Costa e João Carvalho 1998 |
Actualização
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Margarida Tavares 1999 |
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