Casa da Quinta / Paços da Baía

IPA.00004230
Portugal, Coimbra, Figueira da Foz, Maiorca
 
Casa renascentista, de planta fechada à volta de pátio rectangular, muito regular e simétrica, denunciando as preocupações renascentistas de harmonia e simetria, com alçados de grande simplicidade repartidos por 2 andares, o térreo destinado a serviços e arrumos e o andar nobre para habitação familiar; grande varanda a toda a largura da fachada posterior, com colunata dórica, ligação orgânica aos jardins e vista panorâmica sobre vale do Mondego; no interior, azulejos de fabrico coimbrão da segunda metade do séc. 18. A organização espacial da Casa da Baía influenciou a transformação oitocentista da Casa do Paço, na Figueira da Foz, nomeadamente ao nível do andar nobre e torreão (BORGES, 1991).
Número IPA Antigo: PT020605070027
 
Registo visualizado 445 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa    

Descrição

Planta quadrangular composta por quatro alas regulares de volumetria articulada em torno de pátio rectangular central, disposição horizontal das massas. Cobertura em telhado de duas águas, em cada ala. Fachada principal orientada a O. com dois pisos, simétrica, com porta principal ao centro, simples, com datação na arquitrave (1637); em cada lado abrem-se três vãos, dois pequenas janelas rectangulares com grades de ferro e janela alta intermédia de avental até ao embasamento; no andar nobre, rasgam-se sete janelas rectangulares de sacada, pouco saliente, protegida por grade de ferro, simples e de bacia em pedra, sobre cachorros; a que se encontra sobre o portal possui lateralmente, apoiados na bacia, dois pináculos a acentuar a simetria e continuidade da porta principal. As fachadas laterais apresentam janelas rectangulares de avental. A fachada posterior ostenta três grandes arcos no piso térreo e larga varanda ao alto, formada por colunas dóricas sobre parapeito cheio, de nove vãos. No interior, transposta a porta principal existe um passadiço através do qual por escada à direita, se acede ao primeiro andar, à zona habitacional, com sector principal na ala da frente e anexo ao pátio. Pátio central pequeno com três arcadas a E. e dois a O. sobrepujadas por varanda ampla com grade de ferro. Uma sala da frontaria possui lambril de azulejos, com paisagens.

Acessos

Rua da Igreja

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 96/2014, DR, 2.ª série, n.º 30 de 12 fevereiro 2014

Enquadramento

Urbano, isolado, situado na encosta de colina fronteira à vila de Montemor-o-Velho, a dominar os Campos de Maiorca e com paisagem constituída por casario de 2 pisos; a N. da igreja paroquial, sobre a rua de acesso à povoação, possui fachadas a N. e E. viradas para a quinta; a N., corre o muro baixo de vedação da propriedade até ao ribeiro que atravessa a vila no sentido E. - O. Da ampla varanda voltada para a Quinta usufruem-se amplos e deslumbrantes pontos de vista panorâmicos sobre o vale do Mondego.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Sousa Carvalho ( azulejos, 1780 )

Cronologia

Período Medieval - domínio de Maiorca pertencente ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, por doação da Rainha D. Dulce mulher de D. Sancho I; 1637 - provável data de conclusão da casa; sec. 17, meados - colocação de lambril de azulejos enxaquetados azuis e brancos; séc. 18 - reforma da compartimentação interior, conservando-se a do piso térreo; acrescentados elementos ornamentais de qualidade nos períodos barroco e rococó; 1780, cerca de - aplicação de lambril de azulejos na sala de jantar no andar nobre da Fábrica da Telha Vidrada de Coimbra, da autoria de Sousa Carvalho; 1853 - suprimido concelho de Maiorca; 1994, 27 de abril - proposta de classificação da DRCoimbra; 13 de outubro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 9 de abril - despacho de abertura do Presidente do IPPAR, proposta de classificação como IIP da DRCoimbra; 1999, 14 outubro - despacho de homologação; 2012, 16 novembro - publicação do projeto de decisão relativo à fixação da Zona Especial de Proteção em Anúncio n.º 13700/2012, DR, 2.ª série, n.º 222.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Alvenaria de pedra (paredes); cantaria calcária (molduras dos vãos); telha, madeira, ferro, azulejos.

Bibliografia

AZEVEDO, Carlos, Solares Portugueses, Lisboa, 1969; BINNEY, Marcus, Casas Nobres de Portugal, (int. Manuel Rio de Carvalho), Lisboa, 1987; BORGES, José Pedro de Aboim, Figueira da Foz, Lisboa, 1991; BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; CORREIA, Vergílio e GONÇALVES, Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Coimbra, Lisboa, 1952; DIONÍSIO, Sant'Anna e outros, Guia de Portugal. Beira Litoral, vol. III, tomo I, Lisboa, 1944 (2.ª ed., Lisboa, 1984); Maiorca, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol.XV, Lisboa - Rio de Janeiro, s.d.; SIMÕES, Azulejaria em Portugal no séc.XVIII, Lisboa, 1979; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/155649 [consultado em 23 agosto 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMFF: GTL de Maiorca

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMFF: GTL de Maiorca

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Proprietários - 1998: substituição integral do telhado.

Observações

Autor e Data

Francisco Jesus 1998

Actualização

 
 
 
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