Pelourinho de Sendim

IPA.00004208
Portugal, Viseu, Tabuaço, Sendim
 
Pelourinho quinhentista, de tabuleiro, com soco quadrangular de três degraus, com fuste quadrangular de arestas chanfradas e remate em tabuleiro e pequenos pináculos piramidais.
Número IPA Antigo: PT011819130005
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição régia  Tipo tabuleiro

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de três degraus, onde assenta o fuste composto por dois monólitos, oitavado, pelo chanfro dos cantos. De base quadrada, chanfrada dos ângulos, desenvolve-se a coluna que, no seu topo, se alarga, tomando de novo a forma quadrangular, apoiando-se nela, o remate. De base igual ao topo do fuste alarga-se em forma concâva nas suas quatro faces, terminando em mesa de superfície quadrada e horizontal. Sobre ele e, em cada canto, quatro pináculos piramidais de decoração boleada nos seus vértices. Em cada face do tabuleiro, motivos decorativos, tendo numa delas motivo heráldico.

Acessos

EN 323, ao Km 56,1 para EM 1114, na direcção de Santa Luzia; a 1.750 m depois da Igreja Matriz, no Largo do Calvário. WGS84 (graus decimais) lat.: 41.050389; long.: -7.539508

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, a meia encosta em superfície plana, isolado, destacado, harmonizado, em pequeno recanto, junto a vias públicas em zona de interesse paisagístico.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 / 17 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Alta Idade Média - toda esta zona possuía "vicus" e "villae", extintos com a presença árabe; Idade Média - o lugar ou "villa" de Sendim integrava o Couto de Garcia Rodrigues, Senhor de Leomil, depois repartido por seus descendentes; 1030 - segundo a tradição, o antigo castelo de Sendim foi mandado edificar neste ano pelo emir de Lamego Zadan-Abem-Huin; 1159 - Gonçalo Mendes, que se supõe filho de D. Mem Garcia, doou ao mosteiro de Salzedas, porções de vários lugares da parte sul dos actuais concelhos de Tabuaço e Armamar e confinantes do actual de Moimenta, nomeadamente as actuais povoações de Arcos, Sendim, São Cosmado e Lobozaim; 1227 - D. João Soares "Chico", dito de Leomil, doou ao mosteiro de Salzedas, com sua mulher D. Teresa Gonçalves "de Mós", a oitava de Arcos e de Sendim; 1250 - segundo alguns autores, D. Afonso Henriques terá dado foral a Sendim; séc. 16 / 17 - provável edificação do pelourinho; 1527 - segundo o Cadastro do Reino, a povoação tinha 98 fogos, 25 na vila, 46 em Aldeia, 14 em Cabriz, 6 em Guedieiros, 1 em Boições, 1 na Quinta da Carvalha, 1 na Quinta da Ponte de Campos, 1 na Quinta do Casal, 2 na Quinta e 1 na Quinta do Jardim; tinha uma légua de comprimento e meia de largura, confrontando com a vila de Paredes, concelhos de Paradela, Chavães, Arcos e com o termo de Cabaços e a vila de Fonte de Arcada; 1532 - por falecimento do 4.º Conde de Marialva, D. Francisco Coutinho, todas as suas terras e direitos passam para o genro, D. Fernando, Infante de Portugal, Duque da Guarda e de Trancoso, casado com D. Guiomar Coutinho, filha do primeiro, e agora 5.ª Condessa de Marialva e 3.ª Condessa de Loulé; 1534, 7 Novembro - com a morte do Infante D. Fernando e a posterior de sua mulher, D. Guiomar Coutinho (09 Dezembro), sem descendência sobreviva, os direitos e privilégios voltam ao padroado real, sendo administrados até 1537 por D. Brites de Menezes, mãe de D. Guiomar Coutinho; 1537 - a vila de Sendim, aparece referida como sendo do Infante, passando, ainda neste ano, para a Coroa; 1540 - em documentos deste ano dos Tombos da Universidade de Coimbra, ainda aparece a referência à "villa de Sandim no couto de Leumil, e a Igreja da dita Villa da Invocação de Santa Maria do pranto da diocese e bispado de Lamego" (GOUVEIA, 2004, pp. 348-349); 1610 - Duarte Nunes de Leão, na sua Descrição do Reino de Portugal, refere a vila de Sindim, sita na correição de Pinhel; 1708 - Carvalho da Costa refere que a povoação tinha 80 vizinhos, mais 100 em Aldeias, 30 em Guedieiros e 40 em Cabriz; era governada por dois juízes ordinários, talvez 4 vereadores, um procurador, um escrivão da Câmara, um juíz dos órfãos, com seu escrivão, um tabelião, um alcaide e um capitão-mor com respectivas ordenanças; possuiria, também, almotacés; 1758 - de acordo com as Memórias Paroquiais, a vila é do rei e tem 312 fogos, contemplando os seus termos; 1828 - De acordo com o Mapa Geral de Recenseamentos o concelho de Sendim, e a sua paróquia civil, denominada de Santa Maria, contava 316 fogos e 1195 indivíduos; 1835 - o concelho de Sendim aparece referido dentro dos efémeros julgado de Barcos e distrito administrativo de Lamego; 1836, 06 Novembro - extinção do concelho, anexado ao de Tabuaço; 1838, 01 Janeiro - a Câmara Municipal de Tabuaço, em sessão ocorrida nesta data, deliberou que se procedesse "no dia 6 à arrematação dos bens do extinto concelho de Sendim" (MONTEIRO, 1991, pp. 449-454); 2001, 12 Julho - a povoação foi elevada a vila, por decreto n.º 75, aprovado em sessão de 19 de Abril.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

ALMEIDA, Gustavo de, Pelourinho de Sendim, in Correio de Tabuaço, Tabuaço, 1 Agosto 2004, p. 12; CHAVES, Luis, Os Pelourinhos - Elementos para o seu Catálogo Geral, Lisboa, 1939; CORREIA, Alberto, Tabuaço - roteiro turístico, Tabuaço, 1997; MALAFAIA, EB. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MONTEIRO, J. Gonçalves, Tabuaço, Tabuaço, 1991; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Viseu, Viseu, 1998.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

Autor e Data

Madeira Portugal 1992 / João Carvalho 1997

Actualização

 
 
 
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