Fortim da Areosa / Fortim da Vinha

IPA.00004126
Portugal, Viana do Castelo, Viana do Castelo, Areosa
 
Forte marítimo construído no séc. 17, em local estratégico, com pequenas dimensões. Apresenta planta estrelada, composta por face virada a terra com tenalha, formada por dois redentes, unidos por pequena cortina onde se rasga o portal, e face virada ao mar com dois outros redentes, mais pequenos, enquadrando uma bateria a barbete, em forma de meia lua. Tem paramentos em talude, em alvenaria de pedra e cunhais em cantaria, rematados em cordão e parapeito com merlões e canhoneiras, sobre nos ângulos flanqueados guaritas. Possui a mesma conceção geral e o tipo de planta empregue no Forte de Montedor (v. IPA.00005168), seu contemporâneo e no mesmo concelho, e o Forte do Cão (v. IPA.00005685), denotando assim a repetição do mesmo programa construtivo ao longo da costa, possivelmente com vista a uma maior rapidez de construção.Cruzava fogo com o Forte de São Tiago da Barra (v. IPA.00002215) e o de Montedor.
Número IPA Antigo: PT011609050019
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Planta estrelada composta por tenalha na face virada a terra, formada por dois redentes, unidos por pequena cortina, e por dois outros redentes, mais pequenos, enquadrando bateria a barbete, em forma de meia lua, na face virada ao mar. Apresenta paramentos em talude, em alvenaria de pedra e cunhais em cantaria aparelhada, rematados em cordão e parapeito atualmente incompleto, tendo nos ângulos flanqueados o arranque de antigas guaritas. Na pequena cortina virada a terra, rasga-se portal em arco de volta perfeita, de aduela central mais saliente. INTERIORMENTE tem alguns vestígios das antigas instalações e rampa de acesso ao adarve.

Acessos

Areosa, Lugar do Rego de Fontes. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,699773; long.: -8,856069

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 251/70, DG, 1.ª série, n.º 129 de 03 junho 1970

Enquadramento

Marítimo, isolado, implantação harmónica. Ergue-se sobre maciço rochoso a norte do Forte de Santiago da Barra, junto do mar.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 17, 2º terço - Construção durante as guerras da Restauração (1640 - 1668); 1983, 21 Fevereiro - auto de cessão cedendo o forte à Comissão Regional de turismo do alto Minho (Costa Verde); 2000, cerca - projecto do arqº Luís Teles para instalação no imóvel do Centro de interpretação e apoio a percursos ambientais.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria e cantaria de granito.

Bibliografia

PERES, Damião, A Gloriosa História dos Mais Belos Castelos de Portugal, Porto, 1969; FERNÁNDEZ de la Cigoña Nuñez, Estanislao, Teoría y Proyecto sobre las Fortificaciones Militares al Norte del Duero, s.l., Gabinete de História e Arqueologia de Vila Nova de Gaia, 1987; Viana do Castelo: Escola de Hotelaria vai instalar-se no Castelo de Santiago da Barra, Público, Porto, 15 Março 2002.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DREMN

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1972 - Construção da porta de acesso e consolidação de troços em mau estado; 1973 - Consolidação das bases dos cunhais do lado poente atingidos pela acção do mar; Consolidação do paramento da muralha em vários pontos, incluindo aplicação de alvenaria irregular de pedra em falta; corte e arranque de vegetação; 1978 - Trabalhos de consolidação.

Observações

Foi um dos muitos fortes construídos durante o séc. 17 para reforço da costa portuguesa perante a ameaça espanhola, integrando-se este na linha defensiva estrategicamente colocada nas margens do Rio Minho e ao longo da Costa Atlântica. Segundo Fernández ( 1987 ), esta fortificação, assim como outras erguidas naquele século entre Vila Praia de Âncora e Esposende, apresentam as mesmas características, oferecendo-se assim como um modelo, representam um avanço no sistema de defesa e vigia da costa e possivelmente resultam da elaboração do mesmo arquitecto ou projectista. Mais, este autor, coloca mesmo a hipótese de semelhante sistema defensivo se estender para além da região confinada ao norte do Douro indo, para S., até ao Guadiana, deste modo se verificando a execução de um plano de construções subordinada a uma política nacional de defesa da costa.

Autor e Data

Paula Noé 1992 / Filomena Bandeira 1996

Actualização

 
 
 
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