Cruzeiro de Santo Cristo do Carvalho de Lobo / Capela de Santo Cristo
| IPA.00004103 |
| Portugal, Viana do Castelo, Melgaço, União das freguesias de Vila e Roussas |
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| Cruzeiro de construção quinhentista, composto por coluna de fuste hexagonal, decorado por bosantes e querubins, e cruz de braços curvos com Cristo crucificado, protegido por alpendre fechado, tipo capela, de planta quadrada, de construção setecentista. Possui feição popular, sobretudo a figura de Cristo, com algumas desproporções anatómicas, muito evidentes, por exemplo, nas mãos. A coluna e o capitel copiam, de forma mais tosca, o Cruzeiro de São Julião, na mesma vila à saída para São Gregório, também ele obra quinhentista, mas de labor mais erudito. |
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| Número IPA Antigo: PT011603180021 |
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| Registo visualizado 148 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Religioso Cruzeiro Cruzeiro Tipo alpendrado com coluna e cruz
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Descrição
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| Planta quadrada, de volume simples e cobertura homogénea em telhado de quatro águas, rematadas em beirada simples e coroada por cruz latina. Fachada principal virada a N, rebocada e pintada de branco e com faixa em cimento encarapinhado pintado de rosa, com pilastras toscanas nos cunhais e terminada em friso e cornija; é rasgada por amplo vão em arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas, com porta de madeira gradeada permitindo observar e iluminar o interior. As restantes fachadas, em cantaria de granito, caiadas, são cegas e terminam em cornija. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco e com faixa azul, pavimento cerâmico e tecto de madeira, em gamela, pintado de azul. Sobre supedâneo de dois degraus, pintado de castanho, dispõe-se um cruzeiro, pintado, encostado à parede, com coluna de fuste de secção hexagonal, decorado a ritmo regular por bosantes, pintados de dourado e com querubins no topo, de capitel decorado com motivos entrelaçados; sobre este surge a cruz latina, de braços curvos e remate em botão, igualmente pintada, encimada por inscrição INRI e com representação escultórica de Cristo, de cabeça inclinada, mãos abertas e de pés sobrepostos. Mesa de altar tipo urna, com frontal pintado de branco e moldura a beje, escondendo o arranque do cruzeiro. |
Acessos
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| Vila, EN 202, saída de Melgaço em direção a Lamas de Mouro |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, na encruzilhada da antiga estrada romana e do caminho vicinal que da vila vai para Rouças, no sítio do Carvalho do Lobo. Ergue-se numa pequena placa relvada situada, circundado por habitações num largo à saída da Vila de Melgaço. |
Descrição Complementar
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| O arco do alpendre tinha inscrição com o nome de Isabel Gonçalves. |
Utilização Inicial
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| Religiosa: cruzeiro |
Utilização Actual
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| Religiosa: cruzeiro |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica |
Afectação
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| Sem afetação |
Época Construção
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| Séc. 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| 1516 - data pintada num dos cunhais do alpendre; 1773, 06 dezembro - data do testamento de Isabel Gonçalves, segundo o qual, estando já ela doente de cama, informa que administrava com licença do Reverendo Abade as esmolas do Cruzeiro de Carvalho do Lobo e que com elas tinha feito obras; entre estas, devem constar a construção do alpendre; porém ainda tinha das mesmas esmolas 8$000 e não os tendo gasto em vida, queria que os seus herdeiros os dessem a quem de direito para obras do dito Senhor; e as esmolas que se arrecadaram enquanto esteve doente, daria conta sua sobrinha Maria Luísa; 21 dezembro - falecimento de Isabel Gonçalves, viúva de João Gonçalves; 1787, janeiro - testamento de D. Caetana Vitória Teixeira Coelho de Castro Noronha e Melo, esposa de Miguel de Castro Sousa Vasconcelos, fidalgo da Casa Real e terceiro administrador do Morgado do Reguengo, no qual dava ao Senhor da Carreira de Carvalho do Lobo meio alqueire de trigo; 1979 - elaboração de projecto de projecto de loteamento e urbanização implicando a demolição da capela, mas que acabou por não se concretizar; o Prof. Dr. José Marques, através da publicação de artigos em jornais, apelou às entidades responsáveis, para impedirem a demolição da capela e exigir o estudo de uma solução urbanística que a enquadrasse; tal, levou à organização do Processo de Classificação; novembro - Despacho de homologação da classificação do Cruzeiro de Santo Cristo do Carvalho de Lobo como de Interesse Municipal; 1988 - ainda não havia sido feito o arranjo urbanístico da capela, estando três das fachadas entulhadas e tendo uma latada fixa a uma outra fachada; pouco depois caiu a cobertura, partindo o braço esquerdo do cruzeiro e a imagem de Cristo; 1986, 15 agosto - artigo do Prof. Dr. José Marques apelando para o restauro da capela; comprometendo-se a Câmara a proceder ao restauro, a população local fez um peditório para contribuir para o mesmo; posteriormente, o procedimento de classificação do cruzeiro é encerrado. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes (alpendre); estrutura autoportante (cruzeiro). |
Materiais
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| Estrutura de granito rebocado e pintado; grade de ferro; tecto de madeira pintada; cobertura de telha. |
Bibliografia
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| LEITE, Antero - «A conservação do Património e o Desenvolvimento Rural». In Boletim Cultural de Melgaço. S.l.: 2002, pp. 162-216; ESTEVES, Augusto César - Obras completas nas páginas do Notícias de Melgaço. Melgaço: 2003, vol. 1, tomo 2. |
Documentação Gráfica
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| DGPC: DGEMN:DREMN |
Documentação Fotográfica
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| DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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| CMMELGAÇO: 1986 - restauro do alpendre e arranjo da área envolvente, ainda que não se tenha procedido à remoção do altar do cimento adossado à base do cruzeiro. |
Observações
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| *1 - Residentes no local, designadamente a pessoa que detém a chave, designam o monumento por Cruzeiro de Santo Cristo e designam por Carvalho do Lobo uma zona a NE., onde se ergue uma capela de evocação da Senhora da Graça. |
Autor e Data
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| Paulo Dordio 1995 |
Actualização
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