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Conjunto arquitetónico Estrutura Funerário Gruta artificial
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Descrição
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Complexo de quatro grutas independentes, de calcário miocénico, dispostas no sentido E. / O., com o pavimento praticamente ao nível do terreno envolvente e as entradas no primitivo talude do cerro, com um desnível entre a entrada e a parte terminal. Planta longitudinal composta por câmara semicircular de maiores dimensões, com diâmetro entre 4 e 5 m. e vestíbulo elipsoidal, comunicando com a câmara por uma passagem estreita; um corredor de acesso rectangular, estreito, precede o vestíbulo da segunda gruta a contar de E. As duas únicas câmaras cobertas, a primeira e a segunda do lado E., têm clarabóias rasgadas no topo da calote esférica; o único vestíbulo coberto, o da segunda gruta, mostra também sinais do rasgamento de umaclarabóia. A terceira e a quarta grutas não têm já cobertura. Na quarta gruta, ao fundo da câmara, uma banqueta escavada na rocha mostra sinais de alargamento da mesma. Vários cordões salientes no pavimento das câmaras. |
Acessos
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Sítio da Cova dos Mouros, no arruamento transversal à Rua do Matadouro. WGS84 (graus decimais): lat. 38,564127, long. -8,938666 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto nº 23 740, DG, 1.ª série, n.º 79 de 05 abril 1934 / ZEP, Portaria n.º 886/2013, DR, 2.ª série, n.º 240 de 11 dezembro 2013 |
Enquadramento
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Rural. As grutas estão escavadas no interior de uma pequena colina muito alongada. |
Descrição Complementar
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Entre o espólio variado e numeroso contam-se micrólitos, pontas de seta e lâminas de silex, utensílios de pedra polida, objectos rituais e ídolos de calcário, xisto e osso, botões e alfinetes de osso, contas de colar e pendentes de calaíte, objectos em ouro, pontas de seta de cobre, cerâmica lisa e decorada de vários tipos, incluíndo taças e vasos campaniformesdecorados com incisões. Características especiais da cerâmica campaniforme e das pontas de cobre com espigão típico. |
Utilização Inicial
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Funerária: gruta artificial |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Junta de Freguesia da Quinta do Anjo |
Época Construção
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Neolítico |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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4000 - 2000 a.C. - período de ocupação das grutas; 2007, 13 julho - proposta da DRLisboa de fixação de Zona Especial de Proteção; 12 dezembro - parecer favorável do Conselho Consultivo do IGESPAR relativo à fixação de Zona Especial de Proteção; 2011, 22 setembro - Anúncio n.º 13251/2011, DR, 2.ª série, n.º 183, do projecto de decisão de fixar uma Zona Especial de Proteção e Zona "non aedificandi" do imóvel. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Calcário miocénico. |
Bibliografia
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COSTA, Marques da, Estações Pré-históricas dos arredores de Setúbal, in O Archeólogo Português, vol. XII, Lisboa, 1907, vol. XIII, Lisboa, 1908; MELIDA, José Ramon, La ceramica prehistoria decorada - los vasos de las grutas de Palmella", in O Arqueólogo Português, vol. XXIV, Lisboa, 1920; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1967; SILVA, Armando Ferreira da, A Idade dos Metais em Portugal, in História de Portugal, vol. I, ed. Alfa, Lisboa, 1984; SILVA, Carlos Tavares da, O Megalitismo e os primeiros metalurgistas", in História de Portugal, vol. I, Lisboa, 1984. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1876 - escavações realizadas por António Mendes e Agostinho da Silva, sob a direcção de Carlos Ribeiro; 1906 - escavações de Marques da Costa. |
Observações
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Autor e Data
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Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
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