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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Cinema
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Descrição
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Planta rectangular, volumes articulados, com coberturas diferenciadas. A fachada principal composta por 3 pares sendo os laterais de expressão saliente (por cunhais arredondados). O 1º piso é rasgado por uma porta central, ladeada por 2 vitrines de vão rectangular. O 2º piso é rasgado, nos corpos laterais por 2 pequenas janelas, e no corpo central por 3. Um ático oculta a cobertura em lusalite de 3 águas, coroado por um outro a 2 águas. Os muros laterais, coroados por uma espécie de pináculos, são rasgados por uma ampla porta. |
Acessos
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Rua da Mouraria n.º 2 a 6; Escadinhas da Saúde; Rua das Fontaínhas de São Lourenço |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa (v. IPA.00003128) e na Zona de Proteção da Capela de Nossa Senhora da Saúde (v. IPA.00003033) |
Enquadramento
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Urbano. Isolado. Implantação destoante na rua, devido a uma diferente concepção de volumes e ao tratamento da fachada. Os muros laterais foram construídos no encosto de uma elevação, acompanhando o movimento desta. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: cinema |
Utilização Actual
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Comercial: loja |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: José António Pedroso (1932). CONSTRUTOR: Artur José Nobre (1915). |
Cronologia
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1915 - é concedida licença a Tomás de Lemos de Serra e Moura para a construção de um salão animatógrafo; o termo de responsabilidade é assinado pelo construtor Artur José Nobre; 1916 - ano da inauguração do animatógrafo; 1932 - o proprietário do Salão Lisboa é intimado a fazer obras de embelezamento, por este ter um aspecto impróprio para o local: a intervenção é realizada com projecto do arquitecto José António Pedroso; 1962 - em documento constante no Processo de Obras da CML, sabemos ter sido recusada licença para remodelação do edifício, alegando-se para o indeferimento o facto da propriedade estar incluída no plano de remodelações da Baixa, encontrando-se a sua área abrangida pela primeira fase de expropriações, tendo já sido mesmo iniciadas as negociações para a aquisição do imóvel através do processo E - 26/1º/0/49; 1972 - o Salão Lisboa cessa actividade de exploração cinematográfica; 1980, 01 outubro - proposta de classificação do edifício; 22 outubro - Despacho de abertura do processo de classificação; 1987 - a Sociedade Comercial de Tecidos Romeu Carvalho Ldª., aparece no Processo de Obras como a proprietária do imóvel; 2004, 15 dezembro - Despacho do Presidente do IPPAR a revogar o Despacho de abertura do processo de classificação. |
Dados Técnicos
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Sistemas estruturais - paredes autoportantes. |
Materiais
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Betão armado, alvenaria rebocada e pintada, telha lusalite. |
Bibliografia
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ARAUJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Vol. I, Livro III, Lisboa, s.d.; RIBEIRO, Félix, Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa, 1896 - 1939, Lisboa, 1978; FERNANDES, José Manuel, Cinemas de Portugal, Lisboa, 1995 |
Documentação Gráfica
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CML: Aquivo de Obras, Proc. n.º 36 552 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CML: Aquivo de Obras, Proc. n.º 36 552 |
Intervenção Realizada
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1919 - substituição de algumas peças do madeiramento da cobertura do Salão; substituição de uma parte da vedação de madeira (no ângulo da rua e das Escadinhas) por um muro de alvenaria; 1927 - limpezas e reparações interiores e exteriores; 1932 - obras exteriores, com a substituição dos tapumes por fachadas em tijolo; reconstrução da fachada principal, aproveitando-se a que já existia e sendo apenas levantada e engrossada com alvenaria; as fachadas laterais foram também reconstruídas em tijolo maciço; o algeroz foi forrado a zinco; abertura de uma porta com 1,50 m. de largura no muro das Escadinhas da Saúde; substituição dos batentes de madeira das 2 portas principais por duas portas de lagarto em ferro; construção de um depósito de 10 m3 para água em cimento armado; o gaveto de ligação da fachada principal com as Escadinhas da Saúde passou de ângulo recto para uma fachada curva; obras interiores com a demolição de 2 escadas que da plateia davam acesso ao balcão, dos tapumes de madeira existentes dentro da sala para alargamento das galerias; construção de um bar junto à plateia; aAbertura de um "guichet" para a bilheteira; substituição de duas colunas de madeira por outras de ferro no balcão; ampliação da cabina de projecção e ao lado, construção de um compartimento para enrolar as fitas; o pavimento na parte esquerda do balcão foi, em parte, reconstruído em estrutura de vigas e revestido a soalho; no restante espaço foi demolida uma escada e construiram-se zonas de retretes, mictórios, toillete e sala de fumo. Instalação de luz eléctrica; colocação de letreiros luminosos em todas as saídas e na escada; 1936 - substituição da cobertura de madeira por uma de estrutura de ferro coberta por chapa de fibrocimento ondulada - lusalite; a estrutura é composta por 4 asnas, 2 rincões, uma tacaniça e as madres necessárias, sobre estas assentará o fibro-cimento; para tal foi necessário levantar as paredes da fachada cerca de 1 m, no sítio das asnas fizeram-se pilares de cimento armado para o assentamento das mesmas; estes pilares fazem parte da decoração da sala; abertura de uma janela no "toilete" das senhoras no balcão para o lado das Escadinhas da Saúde; pinturas e reparações; 1938 - limpezas e reparações interiores; 1943 - pinturas interiores e exteriores; 1948 - pinturas sem autorização; 1952 - obras de limpeza e reparações gerais; 1959 - reparações na cobertura devido à infiltração de águas pluviais; 1971 - obras de limpeza e beneficiação geral; colocação de uma pala metálica, sem licença. |
Observações
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Autor e Data
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João Silva 1992 |
Actualização
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