Cruzeiro das Laranjeiras

IPA.00004030
Portugal, Lisboa, Lisboa, Lumiar
 
Cruzeiro manuelino e revivalista neo-manuelino, de intenção litúrgica, a descoberto, de coluna lisa de capitel vegetalista, com cruz florenciada de modelação recente onde foram aplicadas nas duas faces as imagens em relevo. Ábaco totalmente circundado por epígrafe.
Número IPA Antigo: PT031106090017
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Religioso  Cruzeiro  Cruzeiro de caminho  Tipo coluna e cruz

Descrição

Soco de 2 pequenos degraus quadrangulares escalonados onde se encaixa coluna lisa desprovida de base, coroada por capitel de cesto com anel liso e faixa de decoração vegetalista, com caule liso envolto por folhagem, encimado por ábaco circular preenchido com inscrição; cruz latina de braços facetados rematados por flores-de-liz (a superior truncada), tendo esculpida em alto relevo na face voltada a O.uma imagem de Cristo Crucificado, e na face oposta a da Virgem com o Menino (a que falta a cabeça).

Acessos

Campo Grande n.º 398; Alameda das Linhas de Torres, n.º 1. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,759866; long. -9,15587

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Urbano. Isolado, implantado dentro do pátio murado e arborizado do Palácio do Conde do Vimioso, defronte da escadaria de 2 lanços convergentes que acede à fachada O. do palácio.

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: 1.Inscrição comemorativa da construção do cruzeiro e consagração do mesmo, gravada no ábaco; algumas letras estão erodidas; calcário. Dimensões: campo epigráfico: 6,5x1,075. Tipo de letra: gótica minúscula de forma. Leitura modernizada: pedr'eanes morador aqui mandou fazer este cruzeiro à honra de deus e da santa maria. 2. Inscrição composta por quatro siglas gravada na tarja que encima o crucifixo; calcário. Tipo de letra: gótica minúscula de forma. Leitura modernizada: jesus nazareno rei dos judeus.

Utilização Inicial

Religiosa: cruzeiro

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 16 - Época provável da sua construção, originariamente conhecido por Cruz de Pedra, mandada fazer por Pedro Eanes, segundo conteúdo da inscrição, e, em data indeterminada, levada para a Quinta de Santo António, depois denominada Quinta das Laranjeiras, pertença do Conde de Farrobo, daí a designação de Cruzeiro das Laranjeiras; 1903 - A Quinta é adquirida pelo Conde de Burnay, passando o Cruzeiro a ser propriedade da família; 1904 - Segundo descrição de Sousa Viterbo o monumento estava localizado junto ao gradeamento confinante com a Est. de Benfica, na proximidade do Chafariz da Convalescença, erguendo-se sobre dois degraus de calcário lioz, o inferior com 1,55m de lado e o 2º com 1 m, ambos com 0,18m de altura, onde assenta uma base com 0,41m de altura por 0, 45m de largo, seguindo-se o fuste de mármore com 1,25m encimado por capitel com inscrição, rematado por cruz de calcário brando, florenciada, tendo numa das faces imagem de Cristo (mutilada) e na oposta, sobre mísula, a Virgem com o Menino; Viterbo nota ainda que o crucifixo está embutido e fixado com parafusos de metal ; 1914 - Falecendo a última proprietária da Quinta, a Condessa de Burnay, ficou o cruzeiro a pertencer a sua neta D. Teresa Melo Breyner, filha do 4º Conde de Mafra; 1917 - D. Teresa casa com Eduardo Valdez Pinto da Cunha, dono do antigo Palácio Marqueses de Valença, no Campo Grande que colocou o cruzeiro no jardim, após ter sido desmontado com vista ao seu restauro e recolocação, mas sem os degraus origiuinais, entretanto desapareceidos; 1966 / 1967 - A construção de um prédio destruiu parte do logradouro do Palácio onde se encontrava o Cruzeiro, tendo este sido, uma vez mais, deslocado e implantado defronte da fachada O. do referido Palácio; 2007, 14 fevereiro - proposta de definição de Zona Especial de Proteção pela DRLisboa; 19 março - parecer favorável do Conselho Consultivo do IPPAR; 2008, 28 janeiro - Despacho de homologação da Zona Especial de Proteção pela Ministra da Cultura.

Dados Técnicos

Elemento autoportante

Materiais

Calcário

Bibliografia

VITERBO, Francisco Marques de Sousa, Cruzeiros Notáveis, vol. IV, Lisboa, 1904; SOUSA, José Maria Cordeiro de, Colectânea Olisiponense, Lisboa 1953; PORTUGAL, Fernando, MATOS, Alfredo de, Lisboa em 1758, Memórias Paroquiais, Lisboa, 1974.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

João Silva 1992 / Lina Oliveira e Filipa Avellar 2004

Actualização

 
 
 
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