|
Edifício e estrutura Edifício Armazenamento e logística Armazém
|
Descrição
|
De planta rectangular chanfrada (no ângulo NO.), o edifício desenvolve-se em 3 pisos, apresentando volumetria paralelepipédica e sendo a cobertura efectuada por telhados a 3 águas, onde se rasgam algumas janelas trapeiras. O imóvel oferece 3 frentes à rua, sendo a de menores dimensões a que corresponde ao chanfro do ângulo NO. e em cujo piso térreo se situa o acesso principal, por meio de porta de verga curva aberta na placagem de cantaria com alhetas, que constitui o soco do edifício. A composição dos alçados (O. e N.) denuncia a estrutura de ferro e a sua alternância com a componente de cantaria, unificadora dos pisos superiores por meio da presença de pilastras monumentais, entre as quais se rasgam amplos vãos envidraçados (com verga recta no 1º andar e curva no 2º). Precedendo a cornija, encimada por platibanda, reconhece-se um friso de azulejos polícromos industriais. Na fachada NO., enquadrados por pares de pilastras, abrem-se sobrepostos a eixo 3 vãos: a já mencionada porta e 2 janelas de sacada com guardas de ferro, sobrepujadas por um painel figurativo de azulejos. Remata-se este alçado (num nível superior ao restante edifício) por uma platibanda coroada por frontão triangular. Pela porta nº 80 (aberta no extremo S. do alçado O.) acede-se à escada de distribuição (desenvolvida em 4 lanços rectos), conducente aos pisos superiores. A compartimentação interna cria um conjunto de salas dispostas em L contiguamente aos muros e separadas entre si e de um espaço comum interior por estruturas de alumínio e vidro, aparecendo isolados os pilares de ferro da estrutura portante. |
Acessos
|
Rua João de Oliveira Miguéis, n.º 76 - 84; Largo de Alcântara; Rua Prior do Crato, n.º 135 - 137 |
Protecção
|
Categoria: IIM - Imóvel de Interesse Municipal, Edital n.º 9/2012 da Câmara Municipal de Lisboa, Boletim Municipal n.º 936 de 26 janeiro 2012 / Incluído na Zona Especial de Proteção do Palácio das Necessidades (v. IPA.00006541) |
Enquadramento
|
Urbano, harmónico, flanqueado, formando gaveto e ocupando a totalidade do lote. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Armazenamento e logística: armazém |
Utilização Actual
|
Educativa: escola superior / Serviços: banco |
Propriedade
|
Privada: pessoa colectiva |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTO: Guilherme Francisco Baracho (1904) |
Cronologia
|
1904 - elaboração do projecto para construção dos Armazéns da Casa do Povo de Alcântara por Guilherme Francisco Baracho, com aprovação camarária no ano seguinte, para João de Oliveira Miguéis; 1906 - início da construção do edifício, com uma volumetria reduzida em um piso relativamente ao projecto inicial; 1907 - as obras estariam concluídas; séc. 20, década de 30 - funciona no piso térreo o café Rialto e nos superiores a sede do Atlético Clube de Portugal; 1945 - o Banco Espírito Santo torna-se proprietário do edifício, em cujo piso térreo possuía um balcão desde 1939; 1990 - instalação da Escola Superior de Artes Decorativas no 1º e 2º andares do edifício. |
Dados Técnicos
|
Estrutura autónoma. |
Materiais
|
Alvenaria de tijolo, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro, vidro. |
Bibliografia
|
FERREIRA, Fátima, DIAS, Francisco S., CARVALHO, José S., PEREIRA, Nuno Teotónio, PONTE, Teresa N. da, Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, 1987; FERNANDES, José Manuel, JANEIRO, Maria de Lurdes, TOSTÕES, Ana Cristina, CÂMARA, Fernanda Dália Moniz da, Arquitectura do Princípio do Século em Lisboa (1900 - 1925), Lisboa, 1991 |
Documentação Gráfica
|
|
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
CML: Arquivo de Obras, pº nº 8.051 |
Intervenção Realizada
|
1927 - obras de manutenção geral; 1937 - obras de manutenção geral; 1938 - obras de divisão do piso térreo em várias lojas, segundo projecto do Arquitecto Raul Tojal; construção de janelas trapeiras no sotão; 1939 - alterações ao nível do piso térreo (a partir de então parcialmente ocupado pelo Banco Espírito Santo); 1942 - remodelação da compartimentação interna do piso térreo por acção do Banco; 1945 / 1946 - remodelação da compartimentação interna do piso térreo, transformação de portas em montras e colocação de grades de ferro, segundo projecto do Arquitecto António Lino, por acção do Banco, que amplia a área que ocupa; 1951 - obras de manutenção geral; 1966 - obras de manutenção geral; 1977 / 1978 - obras de manutenção geral e remodelação da compartimentação interna do piso térreo na área ocupada pelo Banco; 1985 - obras de transformação do piso térreo; Década de 90, início - adaptação dos pisos superiores do edifício para o funcionamento da Escola Superior de Artes Decorativas, tendo designadamente sido construída uma nova escada de acesso, recompartimentado o espaço interno, realizadas novas instalações sanitárias, etc. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 |
Actualização
|
|
|
|