Edifício na Rua João de Oliveira Miguéis, n.º 76 a 84

IPA.00004023
Portugal, Lisboa, Lisboa, Estrela
 
Arquitectura de armazenamento e arquitectura comercial, ecléctica. Edifício urbano típico da arquitectura do ferro.
Número IPA Antigo: PT031106260260
 
Registo visualizado 298 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Armazenamento e logística  Armazém    

Descrição

De planta rectangular chanfrada (no ângulo NO.), o edifício desenvolve-se em 3 pisos, apresentando volumetria paralelepipédica e sendo a cobertura efectuada por telhados a 3 águas, onde se rasgam algumas janelas trapeiras. O imóvel oferece 3 frentes à rua, sendo a de menores dimensões a que corresponde ao chanfro do ângulo NO. e em cujo piso térreo se situa o acesso principal, por meio de porta de verga curva aberta na placagem de cantaria com alhetas, que constitui o soco do edifício. A composição dos alçados (O. e N.) denuncia a estrutura de ferro e a sua alternância com a componente de cantaria, unificadora dos pisos superiores por meio da presença de pilastras monumentais, entre as quais se rasgam amplos vãos envidraçados (com verga recta no 1º andar e curva no 2º). Precedendo a cornija, encimada por platibanda, reconhece-se um friso de azulejos polícromos industriais. Na fachada NO., enquadrados por pares de pilastras, abrem-se sobrepostos a eixo 3 vãos: a já mencionada porta e 2 janelas de sacada com guardas de ferro, sobrepujadas por um painel figurativo de azulejos. Remata-se este alçado (num nível superior ao restante edifício) por uma platibanda coroada por frontão triangular. Pela porta nº 80 (aberta no extremo S. do alçado O.) acede-se à escada de distribuição (desenvolvida em 4 lanços rectos), conducente aos pisos superiores. A compartimentação interna cria um conjunto de salas dispostas em L contiguamente aos muros e separadas entre si e de um espaço comum interior por estruturas de alumínio e vidro, aparecendo isolados os pilares de ferro da estrutura portante.

Acessos

Rua João de Oliveira Miguéis, n.º 76 - 84; Largo de Alcântara; Rua Prior do Crato, n.º 135 - 137

Protecção

Categoria: IIM - Imóvel de Interesse Municipal, Edital n.º 9/2012 da Câmara Municipal de Lisboa, Boletim Municipal n.º 936 de 26 janeiro 2012 / Incluído na Zona Especial de Proteção do Palácio das Necessidades (v. IPA.00006541)

Enquadramento

Urbano, harmónico, flanqueado, formando gaveto e ocupando a totalidade do lote.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Armazenamento e logística: armazém

Utilização Actual

Educativa: escola superior / Serviços: banco

Propriedade

Privada: pessoa colectiva

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Guilherme Francisco Baracho (1904)

Cronologia

1904 - elaboração do projecto para construção dos Armazéns da Casa do Povo de Alcântara por Guilherme Francisco Baracho, com aprovação camarária no ano seguinte, para João de Oliveira Miguéis; 1906 - início da construção do edifício, com uma volumetria reduzida em um piso relativamente ao projecto inicial; 1907 - as obras estariam concluídas; séc. 20, década de 30 - funciona no piso térreo o café Rialto e nos superiores a sede do Atlético Clube de Portugal; 1945 - o Banco Espírito Santo torna-se proprietário do edifício, em cujo piso térreo possuía um balcão desde 1939; 1990 - instalação da Escola Superior de Artes Decorativas no 1º e 2º andares do edifício.

Dados Técnicos

Estrutura autónoma.

Materiais

Alvenaria de tijolo, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro, vidro.

Bibliografia

FERREIRA, Fátima, DIAS, Francisco S., CARVALHO, José S., PEREIRA, Nuno Teotónio, PONTE, Teresa N. da, Guia Urbanístico e Arquitectónico de Lisboa, Lisboa, 1987; FERNANDES, José Manuel, JANEIRO, Maria de Lurdes, TOSTÕES, Ana Cristina, CÂMARA, Fernanda Dália Moniz da, Arquitectura do Princípio do Século em Lisboa (1900 - 1925), Lisboa, 1991

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CML: Arquivo de Obras, pº nº 8.051

Intervenção Realizada

1927 - obras de manutenção geral; 1937 - obras de manutenção geral; 1938 - obras de divisão do piso térreo em várias lojas, segundo projecto do Arquitecto Raul Tojal; construção de janelas trapeiras no sotão; 1939 - alterações ao nível do piso térreo (a partir de então parcialmente ocupado pelo Banco Espírito Santo); 1942 - remodelação da compartimentação interna do piso térreo por acção do Banco; 1945 / 1946 - remodelação da compartimentação interna do piso térreo, transformação de portas em montras e colocação de grades de ferro, segundo projecto do Arquitecto António Lino, por acção do Banco, que amplia a área que ocupa; 1951 - obras de manutenção geral; 1966 - obras de manutenção geral; 1977 / 1978 - obras de manutenção geral e remodelação da compartimentação interna do piso térreo na área ocupada pelo Banco; 1985 - obras de transformação do piso térreo; Década de 90, início - adaptação dos pisos superiores do edifício para o funcionamento da Escola Superior de Artes Decorativas, tendo designadamente sido construída uma nova escada de acesso, recompartimentado o espaço interno, realizadas novas instalações sanitárias, etc.

Observações

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1995

Actualização

 
 
 
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