Marcos do Termo de Lisboa

IPA.00004014
Portugal, Lisboa, Vila Franca de Xira, União das freguesias de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa
 
Arquitectura administrativa, barroca. Marco viário
Número IPA Antigo: PT031114020005
 
Registo visualizado 644 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Estrutura  Político e administrativo  Estrutura de delimitação territorial  Marco de delimitação  

Descrição

Cada obelisco com soco quadrangular de 2 degraus, plinto paralelepipédico adornado com moldura recta, com inscrição nas faces a S., sobre o plinto assentam, sucessivamente, base e escócia, ambas com inscrições, no 1º obelisco, a O., nas faces S. e no 2º obelisco, a E., nas faces N., de que se eleva agulha piramidal *2, contendo na face S., de ambos, 1 brasão de armas real em alto relevo; remate em fogaréu.

Acessos

Verdelha de Baixo, EN 10, Km 13,895 (à entrada de Alverca). WGS84 (graus decimais) lat.: 38,884917; long.: -9,048908

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 32 973, DG, 1.ª série, n.º 175 de 18 agosto 1943 *1

Enquadramento

Peri-urbano. Implantam-se isolados nas bermas da via rodoviária, separados dos terrenos adjacentes por muretes com gradeamento.

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: no 1.º obelisco, a O.: 1.a) inscrição indicativa de marco viário gravada na face S. da escócia, em campo epigráfico redondo e rebaixado, sem moldura nem decoração; calcário; tipo de letra: capital quadrada; leitura: I MARCO; 1.b) inscrição indicativa da demarcação do concelho de Lisboa, gravada na face S. da base da escócia sem moldura nem decoração; calcário; tipo de letra: capital quadrada; leitura: FIM DO TERMO DE LISBOA; 1.c) inscrição comemorativa da abertura da Estrada Real n.º12-1ª de Lisboa a Santarém; gravada na face N. do plino, em campo epigráfico rebaixado, moldura rectangular sem decoração; calcário; dimensões: soco: 155 x 131; moldura: 18,5; campo epigráfico: 118 x 94; tipo de letra: capital quadrada; leitura: MARIA I MÁXIMA, PROVIDENTÍSSIMA, E PIA RAINHA LUSITANA POR SUA REAL RESOLUÇÃO MANDOU QUE PELA CONSIGNAÇÃO APLICADA PARA A REEDIFICAÇÃO DAS CALÇADAS E LIMPEZA DA CIDADE DE LISBOA, E SEU TERMO, SE FIZESSE ESTA ESTRADA QUE TEM DE LARGURA CALÇADA VINTE PALMOS, E POR CADA UM DOS LADOS DEZ SEM SEREM EMPEDRADOS, E GUARNECIDO UM E OUTRO LADO DE OLIVEIRAS; no 2.º obelisco, a E.: 2.a) inscrição indicativa de marco viário gravada na face S. da escócia, em campo epigráfico redondo e rebaixado, sem moldura nem decoração; calcário; tipo de letra: capital quadrada; leitura: I. MARCO; 2.b) inscrição indicativa da demarcação do concelho de Lisboa, gravada na face N. da base da escócia sem moldura nem decoração; calcário; tipo de letra: capital quadrada; leitura: PRINCIPIA O TERMO DE LISBOA; 2.c) inscrição comemorativa da abertura da Estrada Real n.º12 - 1ª de Lisboa a Santarém; gravada na face N. do plinto, em campo epigráfico rebaixado, moldura rectangular sem decoração; calcário; dimensões: soco: 155 x 131; moldura: 18,5; campo epigráfico: 118 x 94; tipo de letra: capital quadrada; leitura: AQUELA REAL RESOLUÇÃO DA MESMA SENHORA ABRANGEU A TODAS AS ESTRADAS, E CAMINHOS DO TERMO DA CIDADE DE LISBOA EM QUE TAMBÉM ESTÃO PLANTADAS OLIVEIRAS. O QUE TUDO FOI ENCARREGADO PELA MESMA SENHORA AO DEZEMBARGADOR DO PAÇO E INTENDENTE GERAL DA POLÍCIA DA CORTE E REINO DIOGO INÁCIO DE PINA MANIQUE QUE EM M.DCC.LXXXII. TANTO PARA COMODIDADE DOS VIANDANTES, COMO TAMBÉM PARA O FRUTO DAS DITAS OLIVEIRAS SERVIR PARA A REAL CASA PIA, E ILUMINAÇÃO DA CIDADE DE LISBOA."; HERÁLDICA: escudo italiano de prata com cinco escudetes de azul, cada um carregado de 5 besantes de prata; bordadura de vermelho com 7 castelos...; timbre: coroa real; ornatos exteriores: 2 ramos de loureiro com os pés em aspa.

Utilização Inicial

Política e administrativa: marco de delimitação

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Estradas de Portugal, S.A. / DRC Dec. n.º 34/2007 de 29 Março 2007

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1782 - construção, a mando da rainha D. Maria I; 1968 - acidente de trânsito que derrubou e inutilizou alguns elementos de cantaria moldada de um dos obeliscos, e consequente execução e substituição de algumas peças (DGEMN, 1968); anos 80 - cai o fogaréu da segunda coluna; 1992 - é licenciada pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira uma edificação que viola a área de protecção dos obeliscos; 1 Junho - as estruturas foram afectas ao Instituto Português do Património Arquitectónico, por Decreto-lei 106F/92; 1995 - protestos na sequência das obras em curso no edifício indevidamente licenciado pelo município, sendo as obras embargadas pelo IPPAR; anos 90 (conjectural)- colocação pela DGEMN de fogaréu restaurado; 1999 - há conhecimento dos obeliscos terem sido pintados com riscas amarelas e pretas nas molduras do soco para sinalização rodoviária preventiva.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Calcário

Bibliografia

AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. III, Lisboa, 1963; SARMENTO, Zeferino, Estrada de Lisboa a Santarém - Demarcação, pp142-144, in Vida Ribatejana, n.º especial, Vila Franca de Xira, 1964; PLÁCIDO, Alexandre, As Sentinelas, in Notícias de Alverca, Alverca do Ribatejo, n.º44, Março de 1991; LOPES, Flávio, (coord. de), Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado. Distrito de Lisboa, Lisboa, 1993; TALIXA, Jorge, Verdelha, Forte da Casa. Ippar Suspende Construção, in Público, Lisboa, 25.04.1995; TALIXA, Jorge, Edifício Contestado na Verdelha. Ippar Impõe Pequenas Alterações, in Público, Lisboa, 30.07.1995; PACHECO, José do Carmo, Monografia de Alverca, Junta de Freguesia de Alverca, 1998; I. C. G., Obeliscos às portas de Alverca - Amarelo fere história, p.2, in Vida Ribatejana, n.º4002, Vila Franca de Xira, 1999; Instituto Português do Património Arquitectónico, www.ippar.pt, 29 Outubro 2004

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

DGEMN: 1985 - execução e substituição de algumas peças; DGEMN: anos 90 (conjectural) - restauro do fogaréu do segundo marco; 2005: Obras de conservação geral e limpeza.

Observações

*1 - DOF: Dois Obeliscos ladeando EN 12-1ª (actual EN 10), Km 13,895. *2 - apenas uma das agulhas é monolítica.

Autor e Data

Teresa Vale e Carlos Gomes 1995 / Filipa Avellar 2003

Actualização

Margarida Cavaleiro 2005
 
 
 
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