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Edifício e estrutura Edifício Religioso Edifício de Confraria / Irmandade Edifício, igreja e hospital Misericórdia
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Descrição
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Planta longitudinal, composta, nave única, e capela-mor rectangular. Cobertura de telha a 2 águas. Frontispício de linhas direitas, cunhais de cantaria, tendo no lado esquerdo sineira com frontão triangular; portal com pilastras suportando lintel encimado por elementos decorativos escalonados: lápide datada de 1701, outra com 2 esferas armilares ladeando escudo de Portugal amparado por 2 tenentes e rematada por cruz e 2 pináculos. Fachada lateral direita com várias janelas, duas delas de varandim. Nave com tecto de 2 panos, coro-alto, púlpito de frontão interrompido, no lado do Evangelho, 2 altares de talha junto ao arco triunfal, de volta perfeita e revestido a talha dourada. Capela-mor com abóbada de berço, retábulo, também de talha dourada, com altar-trono. Conserva-se ainda claustro com arcos de volta perfeita, sobre colunas toscanas. |
Acessos
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Rua Vitor Cordon, nº 30 e Rua do Espírito Santo, nº 1. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,070004; long.: -8,865971 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 31/83, DR, 1.ª série, n.º 106 de 09 maio 1983 |
Enquadramento
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Urbano. Ergue-se junto à estrada, tendo anexa outras construções. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: edifício de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Funerária: capela mortuária |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1342 - fundação do Hospital do Espírito Santo por Pedro Esteves Sobrado e a mulher, Esteva Fernandes, para o qual deixaram 500$000; 1532, 07 outubro - nas visitações do abade de Claraval, é referida a existência de uma hospedaria na vila; 1531, 26 janeiro - um terramoto provoca sérios danos nos edifícios da vila; 1542 - provável fundação da Misericórdia da Azambuja pelos irmãos da Confraria do Espírito Santo; 26 outubro - o pároco da Azambuja, Vasco Gil, redige testamento para se fazer sepultar na igreja, então em construção, junto à Capela do Senhor dos Passos, com missa quotidiana, excepto às terças-feiras; 1577 - data do primeiro compromisso da Santa Casa da Misericórdia da Azambuja; 1595 - Simão Rodrigues executa a pintura da Árvore de Jessé para o altar de Nossa Senhora do Rosário, o último do lado direito; séc. 16, final da década - provável fim da construção da igreja; 1614 - André Reinoso pinta o painel do altar do Senhor Jesus das Chagas; 1640 - D. Francisco Child Rolim de Moura, 15.º Senhor da Azambuja, manifesta o desejo de se fazer sepultar na igreja; 12 novembro - falecimento de D. Francisco, sepultado na capela-mor; 1662, 10 junho - o pároco Manuel de Oliveira deixa, em testamento, um cântaro de azeite para a lâmpada do Senhor Jesus da Misericórdia, a cuja Irmandade pertencia; 1701 - data sobre portal, revelando a existência de obras no edifício; 1702 - o Padre Carvalho da Costa referere a Misericórdia e o respectivo hospital, denominado do Espírito Santo; 1738 - data na sepultura de Pedro de Oliveira e Maria Correia; 1741 - data na sepultura de Afonso Mendes; 1842, 20 setembro - inventário das alfaias e património móvel da igreja; 1845, 12 setembro - D. Maria II visita a vila e doa ao Hospital a quantia de 24$000; 1878-1879 - abate uma parede da igreja; 1882 - novo compromisso da Misericórdia; 1883 - obras profundas na igreja, encontrando-se várias sepulturas, entre as quais as setecentistas de Pedro de Oliveira e Maria Correia e a de Afonso Mendes; 1913 - novo compromisso da Misericórdia; 1933 - regulamento do compromisso; 1935, 22 setembro - segundo uma descrição, o conjunto arquitetónico é composto por um pário lajeado, tendo à direita a igreja e uns degraus de pedra,q ue levam a um portão de ferro; possui um jardim e, no lado direito, uma escada de pedra de acesso ao coro da igreja; ao lado da porta da sacristia, uma bomba de água manual e, junto à sacristia, uma arrecadação e uma casa pequena, funcionando como morgue; uma escada de pedra acede ao consultório e à enfermaria de Nossa Senhora das Dores, destinada às mulheres, com ligação à do Espírito Santo, dos homens; 1960, dezembro - doação de várias propriedades urbanas à Misericórdia por Antero Pedro de Oliveira Abreu e a esposa, Maria Cecília Madureira Abreu; 1962, 04 agosto - obras no Hospital Velho para adaptação a Asilo de Inválidos; 1974 - regulamento do compromisso. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria rebocada e cantaria. Calcário e talha no interior. |
Bibliografia
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AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1962; COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo III, Braga, 1869 [1.ª ed. de 1712]; PEREIRA, José A. Machado, Ecos de Confraternidade, Azambuja, Santa Casa da Misericórdia da Azambuja, 2002. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1845 - caiação da igreja para a visita da rainha D. Maria II; 1896 - obras no hospital, com a renovação de rebocos e pinturas, arranjo das portas e janelas; remodelação dos alizares das casas do receituário, da arrecadação, cozinha e enfermarias; transformaçãod o armário embutido na enfermaria de Nossa Senhora das Dores por uma janela em cantaria; caiação das paredes das casas; substituição da porta da enfermaria do Espírito Santo, de acesso à varanda do hospital; 1983 - obras de reparação: demolição de rebocos interiores e exteriores; limpeza de juntas; demolição de soalho velho no altar-mor; execução de beirados; emboço e reboco; execução de novo soalho; pinturas interiores e exteriores; reparação das portas, aros e substituição de ferragens. |
Observações
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Autor e Data
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Paula Noé 1991 |
Actualização
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