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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre
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Descrição
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Planta rectangular irregular, massa simples de 2 pisos, cobertura homogénea, em telhado de duas águas. A fachada principal, orientada a SE., mostra um pano único e dois registos. O piso térreo, com embasamento alto em cantaria de granito, é rasgado por seis portas de lintéis rectos, com molduras lisas de granito, uma delas entaipada a meio e transformada em janela e outra modernizada com porta de alumínio anodizado; a porta principal, ao centro do corpo da fachada, é enquadrada por pilastras lisas com capitéis recortados, com lintel recto prolongando-se lateralmente em linha. O segundo registo, correspondente ao andar nobre, apresenta uma sequência horizontal de dois grupos de quatro janelas de sacada separados pela pedra de armas barroca com os escudos dos Falcões (1º quartel), dos Herédias (2º quartel), dos Menas (3º quartel) e dos Figueiredos (4º quartel) e o timbre dos Falcões, colocada no eixo da porta principal. As janelas são de lintel recto, com molduras lisas em granito, todas com varandas em ferro forjado; as duas primeiras, do lado Ocidental, apresentam uma consola horizontal, lisa, sob o balcão. A fachada é enquadrada por duas pilastras de capitéis recortados nos cunhais e colocadas sobre embasamento, e coroada em empena recta com cornija, composta por faixa de dois recortes aposta sobre os lintéis das janelas, faixa lisa e modenatura saliente no remate. A fachada lateral a O., continua o volume horizontal da fachada nobre, com dois andares: o andar térreo possui quatro portas de lintel recto (uma delas entaipada modernamente e transformada em janela) e o andar superior quatro janelas de guilhotina, a primeira das quais com molduras lisas em granito. A empena lateral também é recta, continuando a cornija até um módulo após a ombreira da janela emoldurada. No canto desta fachada, o cunhal apresenta entrecorte parcial. A fachada traseira, orientada a NO. possui duas frestas no andar térreo e duas janelas no andar superior; continua depois com pano de muro cego até ao limite da Casa, fechando o pequeno logradouro com balcão, com acesso através de porta com lintel recto, embebida no paramento. |
Acessos
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Largo Duarte Pacheco n.º 12-18 |
Protecção
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Em vias de Classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de 9 abril 1997 do Ministro da Cultura) |
Enquadramento
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Urbano. Define a linha de fachadas que constituem a muralha de edifícios de arquitectura residencial da Pç. Sacadura Cabral e do Lg. Duarte Pacheco. Confronta a NO. com a R. João Pinto Ribeiro e a NE. com edifício de cércea mais elevada, na proximidade da muralha, sob a Torre do Relógio, com acesso pela R. João Pinto Ribeiro nº 12. A O. confronta com a Tv. da R. da Hera e a SO. com a Casa Mendes Pereira (v. PT020910170039) e o Solar Mendes Pereira (v. PT020910170027). De fachada principal voltada para Jardim Público conserva a perspectiva sobre a Igreja de São Luís (v. PT020910170011 ), com fachada lateral dir. para a Tv. da R. da Hera e a posterior para R. João Pinto Ribeiro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Residencial: casa / Comercial: loja |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Séc. 17, 2ª metade - provável edificação; 1693 - propriedade de Manuel de Mena Falcão de Figueiredo, capitao-mor de Pinhel, que nessa data dá hospedagem a D. Catarina de Bragança, viúva de Carlos II de Inglaterra, no seu regresso a Portugal; 1827 - o general António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha, conde de Vila Flor e futuro duque da Terceira, comandante das tropas liberais, instala o seu quartel general na Casa Mena Falcão; 1875 - João de Mena Herédia Freire Falcão vende a Casa a sua irma Maria da Piedade de Mena Herédia Falcão Lopes Tavares; 1880, década de - a Casa é posta em hasta pública; 1887 - a Casa é arrematada por Alexandre Metello de Nápoles e Lemos, Senhor da Casa Metello de Nápoles, em Pinhel; 1940, década de - por morte de D. Maria Augusta Metello de Nápoles e Lemos (1941), a Casa é dividida e adaptada a três residências autónomas; 1970, início da década de - adaptação de loja do piso térreo a Supermercado; 1990, década de - encontra-se em negociações a compra da Casa pela Câmara Municipal de Pinhel. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Granito; alvenaria rebocada e caiada; cantaria de granito; telha de canudo. |
Bibliografia
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LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Pinhel, in Portugal Antigo e Moderno. Diccionario, vol. VII, Lisboa, 1876; MARTA, Ilídio, Pinhel-Falcão. Notas e Factos, Celorico da Beira, 1943; Ministério do Equipamento Social-Secretaria de Estado da Habitação e Urbanismo-Direcção Geral do Planeamento Urbanístico, Plano da área Territorial da Guarda. Situação Actual. Património Histórico/Cultural. Concelho de Pinhel, Lisboa, 1984; Guia de Portugal, vol. III, Beira, II. Beira Baixa e Beira Alta, 2ª ed., Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1985; NAPOLES, João Carlos Metello de, e NAPOLES, Jorge Metello de, Solares e Casas Nobres do Concelho de Pinhel. Solar dos Mena Falcões posteriormente da família Metello Seixas, Lisboa, 1995. |
Documentação Gráfica
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CM Pinhel |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; CMP |
Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição / João Vilhena 1999 |
Actualização
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