Convento de Santo António / Igreja de Santo António de Pinhel

IPA.00003818
Portugal, Guarda, Pinhel, Pinhel
 
Convento franciscano capucho construído no séc. 18, mas denotando um estilo bastante sóbrio, remetendo para as primeiras soluções da Real Província da Conceição, ainda arreigadas aos esquemas privilegiados pela Província de Santo António, de que descende. É de planta retangular composta por igreja e zona regral desenvolvida no lado direito, com uma das alas a prolongar-se perpendicularmente. A igreja é de estrutura chã, antecedida por galilé, e capela-mor mais estreita, com coberturas diferenciadas em falsas abóbadas de berço de madeira assentes em cornijas, iluminada por janelas retilíneas rasgadas na fachada lateral direita, e pelos vãos da fachada principal. Esta remata em empena simples e é marcada pelo vão da galilé, em silharia almofadada, o janelão do coro-alto e óculo circular, todos com molduras de cantaria; na galilé, as portas de verga reta do portal axial, encimado por nicho, portaria e Capela do Senhor dos Passos. Torre sineira no lado esquerdo, tendo evoluído de um simples campanário, com remate em frontão interrompido por pináculo. Interior com amplo coro-alto assente em mísulas terminadas em pingente. No lado da Epístola, o púlpito quadrangular de talha maneirista, com acesso por porta de verga reta, surgindo, ainda, confessionários confrontantes embutidos no muro; no lado oposto, capela profunda, fronteira à antiga porta de acesso ao claustro. O presbitério é seccionado por grades-confessionários, com madeiras embutidos e composta por balaústres, com afinidades às existents em Viana do Castelo, Ponte de Lima e Orgens. Arco triunfal de volta perfeita, encimado por Calvário; encontra-se ladeado por retábulos colaterais de talha dourada do estilo tardo-barroco, pintados de branco e dourado, com remates em espaldar recortado. Capela-mor com retábulo de talha maneirista, de planta reta e três eixos, possuindo fragmentos do primitivo sacrário em forma de templete. É proveniente de outro edifício, com semelhanças compositivas e iconográficas aos do Convento de São Francisco de Orgens e o de Santo António de Serém. O convento desenvolve-se em torno de claustro quadrangular, do qual nada resta do piso superior, exceto uma gárgula junto ao pilar lateral, estando íntegro o piso inferior, com arcadas de volta perfeita sobre colunas toscanas. No lado da Epístola, o acesso à Via Sacra e sacristia, tendo, na ala oposta à igreja, o refeitório, cozinha e despensa, surgindo, virado à fachada posterior, a Casa do Capítulo. No piso superior, subsistem vestígios das celas com corredores centrais, iluminados por janelas regrais. Da Via Sacra partem as Escadas das Matinas, de acesso ao corredor do coro-alto. A ala do convento que se prolonga liga ao núcleo central através de um passadiço, sustentado por dois arcos, tal como sucede na ala agrícola de Santa Maria de Mosteiró. A cerca seria de grandes dimensões.
Número IPA Antigo: PT020910170012
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Convento / Mosteiro  Convento masculino  Ordem de São Francisco - Franciscanos Capuchos (Real Província da Conceição)

Descrição

Conjunto composto por igreja e núcleo conventual, bastante arruinado, formando uma planta retangular irregular, na zona extrema da cerca, de que subsistem alguns vestígios, atualmente protegidos por rede. A IGREJA é de planta retangular composta por nave, capela-mor mais estreita e campanário situado no lado direito da fachada principal, ligeiramente destacado, de volumes articulados e escalonados, com disposição horizontalista das massas, à exceção da torre vertical, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com cunhais em silharia almofadada, os da fachada principal firmados por pináculos galbados sobre plintos paralelepipédicos, e rematadas em friso, cornija e beirada simples. Fachada principal, virada a NO., em empena com cruz latina de hastes lanceoladas e sobre volutas e plinto, no vértice; é rasgada por vão de acesso à galilé, em arco abatido, assente em pilastras toscanas e com molduras em silhares almofadados, ladeado por dois vãos quadrilobulados, o do lado direito entaipado, encimado pelo janelão retilíneo do coro-alto e amplo óculo circular, encimado pelas armas portuguesas, alusivas ao atual proprietário e com colocação recente. A galilé possui pavimento em lajeado de cantaria e cobertura em abóbada de berço abatida, assente em cornija de cantaria, para onde abre o portal axial, de verga reta e moldura recortada, encimado por nicho em arco de volta perfeita, assente em pilastras dóricas, com abóbada de concha e ladeado por elementos volutados e flor-de-lisados; o nicho encontra-se vazio *2; no lado esquerdo, vão de verga reta, correspondendo à Capela do Senhor dos Passos, bastante profunda e com silhar de azulejos de padrão policromo, de feitura recente, com pavimento cerâmico, formando um ziguezague, com cobertura plena, em cantaria; no lado oposto, uma porta semelhante, de acesso à antiga Portaria e sem qualquer serventia. Fachada lateral esquerda, virada a SO., marcada por um maciço de cantaria, que sustenta a Capela do Senhor dos Passos, pelo corpo saliente da capela lateral, com cobertura a duas águas e possuindo, no corpo da nave, duas janelas em capialço e, na capela-mor uma janela com o mesmo perfil. Fachada lateral direita, virada a NE., parcialmente adossada à zona conventual, com duas janelas no corpo da nave e uma na capela-mor, todas entaipadas. Fachada posterior em empena simples. Campanário amplo de três registos, separados por friso, o superior separado por friso e cornija; no piso superior, ventana em arco de volta perfeita, sustentado por impostas salientes; a estrutura remata em friso, cornija, frontão interrompido por pináculo galbado. Na fachada posterior, surge pequena fresta de iluminação. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, com cobertura em falsa abóbada de berço de madeira pintada de azul, assente em cornija de cantaria e pavimento em lajeado de granito. Coro-alto em arco abatido, assente em cornija e em mísula recortada, formando pingente, com guarda de madeira torneada, tendo o sub-coro com cobertura em abóbada de berço abatido. Possui, confrontantes, duas portas de acesso, ambas de verga reta e moldura de cantaria, a do lado do Evangelho desativada. No sub-coro, a ladear o portal axial, duas pias de água benta hemisféricas e com bordo boleado, ladeadas por dois nichos em arco abatido. Confrontantes, quatro confessionários com vãos retilíneos e molduras de cantaria, os do Evangelho com acesso a partir da capela lateral e os opostos a partir do corredor dos confessionários, ligado ao claustro. No lado da Epístola, púlpito quadrangular, assente em bacia e mísula de granito, esta rematada por elementos vegetalistas, com guarda torneada e com balaústres nos ângulos, tendo acesso por porta de verga reta e moldura simples, atualmente desativada. A dividir o presbitério, duas grades confessionários, de madeira, estruturadas por colunelos torneados em bolacha, interrompidos por acrotérios na forma de balaústres, tendo, nos lados, confessionários, com dois painéis almofadados em ponta de diamante, com os extremos emoldurados por filete recortado, ornados por elementos folheados em relevo, criando motivos fitomórficos entrelaçados. O ralo apresenta uma decoração cuidada, com motivos vegetalistas recortados e dispostos de forma simétrica, que centram uma cruz grega. No lado do Evangelho e abrindo para o presbitério, abre uma capela, atualmente dedicada à Virgem, com acesso por arco de volta perfeita assente em colunas toscanas, com cobertura em falsa abóbada de berço, sustentada por cornija de cantaria, com o interior totalmente rebocado e pintado de branco, possuindo nicho de alfaias no lado direito, em arco de volta perfeita e, na parede testeira, uma estrutura retabular. No lado oposto, vão semelhante, com porta desativada, de acesso ao espaço regral. Arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, encimado por um Calvário sobre mísulas bojudas em cantaria, e ladeado pelos retábulos colaterais, o do Evangelho dedicado a Santo António e o oposto dedicado a Nossa Senhora das Dores. Elevada por um degrau, a capela-mor, com paredes, cobertura e pavimento semelhantes aos da nave, possuindo, sobre dois degraus, a mesa de altar, em cantaria de granito sustentada por dois pilares, e, na parede testeira, elevado por um degrau, o retábulo-mor *3 de talha dourada e policroma, de planta reta e três eixos definidos por colunas com o fuste ornado por espiras, tendo, no terço inferior, elementos fitomórficos que centram a figura de um capucho, com capitéis coríntios e assentes em consolas, as exteriores sobre plintos, onde surgem as figuras relevadas de São Francisco e de São Pedro de Alcântara. Ao centro, tribuna em arco de volta perfeita, rasgada recentemente, contendo um trono expositivo de cinco degraus, na base da qual se situaria um sacrário embutido, atualmente ocupado por madeira pintada de branco, onde surge um fragmento do primitivo, em forma de templete, com colunas e frisos de querubins, rematados por frontão e com a porta ornada por um Agnus Dei relevado. O eixo central remata em tabela flanqueada por duas colunas coríntias com o terço inferior ornado por elementos fitomórficos, sobrepujada pelas armas seráficas, sustentadas por anjos-tenentes, e por frontão semicircular ornado por rosetão, revelando uma intervenção setecentista na tabela, com introdução de anjos de feitura posterior. Os eixos laterais são compostos por pequenos nichos em arcos de volta perfeita, sustentados por pilastras com os fustes ornados por entrelaçados, que enquadram mísulas bolbosas, suportando imaginária. A estrutura remata em painéis pintados, encimados por fragmentos de frontão com querubim e exteriormente com pináculos piramidais, o do lado do Evangelho, a representar São Boaventura e o da Epístola, São Luís Bispo. No centro, fragmentos do primitivo sacrário, forma de templete, com colunas e frisos de querubins, rematados por frontão e com a porta ornada por um Agnus Dei relevado. CONVENTO *4 bastante arruinado, de planta retangular simples, com uma das alas a prolongar-se para SO., separada da quadra por um passadiço. O corpo central estrutura-se em torno de um claustro quadrangular de dois pisos, o superior desaparecido, restando alguns pilares e gárgulas, e o inferior com cinco arcadas por ala, em arco de volta perfeita e sustentada por colunas toscanas e muretes, abertos na zona central, dando acesso à quadra, pavimentada a lajeado de granito. No piso inferior, na ala SO. é visível uma antiga capela doméstica com retábulo e altar em cantaria, desconhecendo-se o seu orago. Na ala SE., a antiga Casa do Capítulo, com duas janelas, uma delas entaipada, e o vestígio do vão da estrutura retabular, em arco de volta perfeita e pilastras toscanas. No piso superior, vestígios de várias janelas correspondentes às celas, sendo visível, no interior, a marcação das mesmas na parede. A CERCA mantém parte do seu perímetro, ocupada por plantação de vinha e algumas árvores de médio porte.

Acessos

Rua José António de Almeida

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 21/2014, DR, 2.ª série, n.º 7, de 10 janeiro 2014 *1

Enquadramento

Periurbano, no limite do aglomerado populacional, isolado, situado num local plano, em pleno vale, na proximidade de duas unidades agroindustriais e do Paço Episcopal (v. PT020910170019) setecentista. No amplo largo para onde abre a fachada principal, pavimentado a paralelepípedos de granito, fronteiro a algumas casas de habitação unifamiliar incaracterísticas, surge, no centro de um corredor em lajeado de granito, que fazia parte do primitivo terreiro, ergue-se um cruzeiro de cantaria, que assenta em seis degraus, o inferior embebido no paramento, composto por alto plinto galbado com coluna dórica, que sustenta um tabuleiro e uma cruz de hastes trilobadas.

Descrição Complementar

Os retábulos colaterais são em talha pintada de branco, com os elementos decorativos a dourado, de planta convexa e um eixo, formado por duas colunas de fuste liso, ornadas por elementos fitomórficos e concheados, e por duas pilastras com o fuste parcialmente ornado por acantos. Ao centro, nicho contracurvo, com o fundo pintado com estrelas douradas, contendo uma peanha com as imagens dos oragos, rematado por fragmentos de frontão, que centram tabela encimada por rocalhas assimétricas e vazadas, e contendo uma glória de querubins, envolvida por resplendor, possuindo altar em forma de urna, decorado por cartela assimétrica concheada.

Utilização Inicial

Religiosa: convento masculino

Utilização Actual

Religiosa: igreja de confraria / irmandade / Devoluto

Propriedade

Privada: Misericórdia / Pessoa singular

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: João Coelho Coluna (atr., 1731); José Duarte Madeira (1983). PINTOR: António Vieira (atr., 1621).

Cronologia

1621 - Pintura das tábuas do retábulo-mor atribuíveis ao pintor António Vieira; 1705, 24 abril - nascimento da Real Província da Conceição *5, por Breve de Clemente XI; 1727, 16 fevereiro - D. João V, correspondendo às súplicas da Câmara de Pinhel, para instalar no local um convento de Franciscanos, autoriza a sua fundação, junto à Capela de Santo António, em terrenos doados pela Câmara; um pedreiro da vila de Óbidos, que ingressara na Ordem Terceira do Convento de Xabregas, Frei Manuel das Chagas, doou a verba para a construção do edifício; Julho - chegada dos frades, acolhidos em casa do alcaide-mor, Bernardo da Costa Fagundes, sendo os sacramentos a ser celebrados na Capela de Nossa Senhora da Conceição; 1731, 16 dezembro - início das obras de construção; a primeira pedra foi colocada pelo Arcediago de Vila Nova de Cerveira, Francisco Fagundes Lopes; provável projeto do arquiteto João Coelho Coluna *6; 1758 - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco João Ferreira da Ouga, é referido o convento capucho da Província da Conceição, sem padroeiro; séc. 18, final - reforma do edifício, com intervenção no campanário; introdução da imagem de Nossa Senhora das Dores na capela lateral por Frei José de Jesus Maria; 1804, 8 janeiro - escritura de cedência de sepultura na nave a Manuel Maria Corte Real da Cunha Vasconcelos; 1821 - o guardião Frei Francisco de Nossa Senhora da Morte refere que o Convento tinha 8 frades, 2 leigos, 3 criados solteiros e um casado; 1829, 14 agosto - sepultura do Major Salvador José de Sequeira e Sá na capela-mor, no lado da Epístola, estando a sepultura também destinada aos seus descendentes *6; 1834 - extinção das Ordens Religiosas, com doação da igreja à Câmara Municipal, que a trocou pela Igreja de São Luís; 1839, 21 agosto - pedido do edifício do convento pelo Ministério da Guerra, para instalação do Batalhão de Caçadores n.º 29, que não seria diferida; 1841, 24 agosto - pedido do edifício à Câmara; 30 Setembro - a Câmara reitera o pedido, que não seria atendido; década de 40 - pedido do edifício pelo Ministério da Guerra para instalação do Regimento 19, havendo um projeto de remodelação do imóvel *7, que seria recusado; 1848, 12 agosto - a Câmara solicita a igreja e a cerca; 1851, 29 janeiro - a cerca e convento foram pedidos pela Câmara para instalação do tribunal, paços do concelho e cadeia; 1851 - venda em hasta pública do convento e cerca, comprados por um particular, António Sequeira de Seixas, pela quantia de 1:195$000; este mantém-se, arruinado, na posse de particulares; 1855, 10 junho - ocorre no edifício uma festa para comemorar o dogma da Imaculada Conceição; 14 Julho - a Câmara pede novamente a cedência do edifício do convento; 1867, 04 abril - doação da igreja à Santa Casa da Misericórdia de Pinhel; 1873 - Pio IX concedeu indulgências; séc. 19 - 20 - obras no campanário, tornando-o profundo, permitindo o acesso, através dele, ao coro-alto; feitura de uma capela lateral no lado da Epístola; séc. 20, início - incêndio que destruiu grande parte das dependências conventuais, onde existia, no segundo piso, um solário e escadaria com corrimão decorado com voluta; séc. 20, meados - construção de escadas em betão no espaço entre a torre sineira e o claustro de acesso ao segundo piso da ala N.; 1983 - projeto de recuperação da Igreja de Santo António e Convento dos Frades Franciscanos, da autoria do arquiteto José Duarte Madeira, patrocinada pela Santa Casa da Misericórdia de Pinhel e Direção Regional do Ordenamento do Território, contemplando, numa primeira fase, a beneficiação da igreja e zona da sacristia, na segunda fase, recuperação da torre sineira, claustro e zonas anexas e, na terceira fase, reconstrução da zona conventual e arranjo da envolvência; 1973, 26 janeiro - proposta de classificação da Câmara Municipal de Pinhel, após deliberação camarária; 1985, 09 julho - parecer do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP; 27 julho - Despacho de Homologação da Ministra da Cultura; 2014, 13 março - publicação da Declaração de retificação n.º 277/2014, que corrige a divisão administrativa da Portaria de classificação, em DR, 2.ª série, n.º 51.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria e cantaria de granito aparente; modinaturas, pilastras, colunas, coro-alto, mísulas, cornija, pavimentos, pias de água benta, sineira em cantaria de granito aparente; cobertura, grades-confessionários, guardas e retábulos de madeira; janelas com vidro simples; pavimento em ladrilho; silhares de azulejo industrial; cobertura em telha de aba e canudo.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, dir. - Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; Direcção-Geral do Planeamento Urbanístico, Plano da Área Territorial da Guarda, Património Artístico - Cultural, Situação Actual, Concelho de Pinhel, Lisboa, 1984; FIGUEIREDO, Ana Paula Valente - Os Conventos Franciscanos da Real Província da Conceição - análise histórica, tipológica, artística e iconográfica, [tese de doutoramento], 3 vols., Lisboa, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008; LEAL, Pinho - Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; DIONÍSIO, Sant'Ana - Guia de Portugal, Lisboa, 1927; MARTA, Ilídio, PINHEL, Falcão - Celorico da Beira, 1943; VAZ, Padre Francisco - Santa Maria de Pinhel, Carvalhos, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; DIE: Projecto para o quartel do Batalhão de Caçadores, n.º 3, 2653-2-23A-33, s.d.

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH; DGARQ/TT: Monástico-conventuais, OFM, Província da Conceição, Convento de Santo António de Pinhel, Liv. 1

Intervenção Realizada

Santa Casa da Misericórdia de Pinhel / Direcção Regional do Ordenamento do Território: 1987 / 1988 / 1989 - beneficiação da igreja, sacristia e torre sineira: limpeza e reparação das cantarias, incluindo substituição de algumas peças e colocação de inexistentes; apeamento e reconstrução do fachada S., apeamento e reconstrução de toda a estrutura da torre sineira, nivelamento e reparação do actual pavimento da igreja em lajedo, pavimentação da nave, colocação de asnas metálicas para a estrutura da cobertura e de lajes aligeiradas para os pisos do coro e da sacristia, revestimento dos pisos da sacristia (tijoleira) e coro (tacos de madeira de pinho), reparação do arco abatido do coro e do arco triunfal, substituição das coberturas, execução do pavimento do 2º piso da ala N. do claustro, reparação de todas as madeiras e substituição das caixilharias, execução de instalação sanitária de apoio à sacristia, instalação de redes de água e esgotos, remodelação da instalação eléctrica; 1991 - consolidação e beneficiação do claustro: regularização do pavimento lajeado, com substituição dos blocos em mau estado, apeamento e reconstrução da cimalha do 2º piso, apeamento e reconstrução de todos os arcos e do parapeito onde estes se apoiam, colocação de lintel em betão para travamento das estruturas, substituição dos blocos de cantaria em mau estado, refechamento de juntas e limpezas de todos os elementos em cantaria.

Observações

*1 - DOF: Igreja de Santo António, o Claustro e as ruínas do Antigo Convento dos Frades. *2 - o nicho da fachada principal possuía a imagem de Santo António. *3 - o retábulo, de estrutura maneirista, constitui um reaproveitamento de uma estrutura proveniente de um Convento mais antigo, não existindo documentação que o permita determinar; contudo, o facto das pinturas do retábulo serem atribuídas a António Vieira que estava a trabalhar em 1621 no desaparecido Convento de Santa Clara de Vila Real (informação inédita cedida por Vítor Serrão), poderão alicerçar a hipótese do retábulo ter precedido de Vila Real. *4 - a zona conventual de Pinhel tinha, na ala junto a igreja, a Via Sacra e sacristia, sendo o único convento sem casa do lavabo separada, ao lado da qual se situava a Casa do Capítulo; na ala NO. a portaria e, na oposta à igreja (SO.), o refeitório, cozinha, "De Profundis" e ecada regral; o segundo piso tinha, na ala virada à fachada principal, sete celas, como se deduz do número de janelas marcadas em plantas do séc. 19. *5 - Fazem parte da Província os seguintes Conventos: Santa Maria de Mosteiró (v. PT011608030013), Santa Maria da Ínsua (v. PT011602120133), São Francisco de Viana (v. PT011609310047), Santo António de Ponte de Lima (v. PT011607350252), Santo António de Viana (v. PT011609310048), Santo António de Caminha (v. PT011602070044) São Bento de Arcos de Valdevez (v. PT011601340059), São Bento e Nossa Senhora da Glória de Monção (v. PT011604170011), Nossa Senhora da Conceição de Melgaço (v. PT011603180044), Santo António do Porto (v. PT011312120035), São Francisco de Lamego (v. PT011805010074), São Francisco de Orgens (v. PT021823190031), São Francisco de Moncorvo (v. PT010409160053), São Francisco de Vila Real (v. PT011714240091), Santo António de Serém (v. PT020101120131), Santo António de Viseu (v. PT021823240358), Santo António de Viana, Santo António de Vila Cova de Alva (v. PT020601180012), Santo António de Pinhel, São José de São Pedro do Sul (v. PT021816140005), Convento do Senhor da Fraga (v. PT021817040031), Colégio de Santo António de Coimbra (v. PT020603020036 e PT020603020163) e o desaparecido Hospício de Lisboa. *6 - o Convento apresenta afinidades com o de Santo António de Vila Cova de Alva, revelando que poderão ter sido construídos pelo mesmo arquiteto, João Coelho Coluna. *7 - existiam várias sepulturas com inscrições, aparecendo, no cruzeiro do transepto, a de Gaspar Pereira de Sampaio, de Pedro Gusmão Cabral e a dos filhos de José Marques; no claustro, a sepultura do capitão João de Almeida Córrego e respetivos descendentes. *8 - a remodelação militar previa a construção de instalações sanitárias no piso inferior, na fachada posterior, e a construção de seis dependências perpendiculares à igreja, onde se instalariam os oficiais; no segundo piso, pretendiam um novo compartimento no topo da fachada posterior.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992 / Paula Figueiredo 2009

Actualização

 
 
 
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