Anta do Torrão

IPA.00003739
Portugal, Portalegre, Elvas, Santa Eulália
 
Anta . A necrópole do Torrão apresenta dois tipos de monumentos funerários: de pequena dimensão e de grande dimensão; esta diferenciação pode significar uma evolução arquitetónica e dos rituais funerários praticados, uma vez que muitos dos monumentos de pequenas dimensões são tradicionalmente considerados mais antigos; a anta do Torrão de grande dimensão e com um domínio da paisagem envolvente corresponde à fase final desta evolução - o calcolítico e era manifestamente um marco territorial.
Número IPA Antigo: PT041207040019
 
Registo visualizado 451 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário  Anta    

Descrição

Anta que preserva os oito esteios da câmara, embora a grande maioria deles esteja deslocada das posições originais, parte da mamoa é ainda visível.

Acessos

Seguir pela estrada Barbacena/ Stª Eulália (EN243), depois de 2,5km corta-se para o lado direito em direção à Quinta do Chichorro. Depois desta, continuar subindo pelo caminho que segue para o Monte do Torrão, à medida que se sobe avista-se o monumento do lado direito a uma cota de 346m. Gauss: M- 74.63. P-23.43 M- 274654, P - 223390

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 29 604, DG, 1.ª série, n.º 112 de 16 maio 1939; integra a Área Arqueológica do Torrão: SIP, Portaria n.º 401/2011, DR, 2.ª Série, n.º 43, de 2-03-2011

Enquadramento

Rural, no alto de um cabeço dominando uma vasta paisagem cultural, faz parte de uma necrópole que se integra na Área Arqueológica do Torrão (v. IPA.041207040192), da qual fazem parte os imóveis pré-históricos Cabeço do Torrão, Anta do Torrão, sepultura do Torrão (v.IPA.00003739), Povoado do Chão dos Picões, Anta da Cegonha; o imóvel com vestígios dos períodos do Ferro e Romano, Povoado do Castelejo, e duas áreas com vestígios romanos.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: anta

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento

Propriedade

Privada: Pessoa singular

Afectação

Sem afectação.

Época Construção

Neolítica/calcolítica - cultura megalítica

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Período cronológico 5º a 3º milénio a.C.; 1999 -2005, este monumento integrou o circuito do Barbacena, no âmbito dos circuitos arqueológicos Antas de Elvas, implementados pelo IPPAR.

Dados Técnicos

Os seus esteios sofreram um grande deslizamento, sustentando-se uns aos outros, era urgente uma intervenção arqueológica com o intuito de proceder à reposição original dos seus esteios e evitar um colapso de uma das antas mais belas do concelho e que ainda, corresponde ao expoente duma evolução arquitetónica do conjunto dos monumentos que fazem parte da área arqueológica do Torrão.

Materiais

Granito

Bibliografia

ALMADA, Victorino de, Elementos para um Dicionário de Geographia e História Portugueza. Concelho de Elvas, vol. II, Elvas, 1889.; Albergaria, João, Lago, Miguel - “Cromeleque do Torrão (Elvas): Identificação”, Vipasca, 4, Aljustrel, 1995,pp.53-60; Cartaillac, Émile, Les Ages Préhistoriques de L'Espagne et du Portugal, Paris,1886; Roteiros de Arqueologia Portuguesa, Dias, Ana Carvalho, coord., Antas de Elvas, textos: Albergaria, João, Dias, Ana Carvalho, s.l: IPPAR, Setembro 2000, pp 14-15; Lago, Miguel, Albergaria, João, - “Cabeço do Torrão (Elvas): Contextos Megalíticos”, Actas do 2º Simpósio Transformação e Mudança: Tempo, Construção do Espaço e Paisagem, Cascais,1996; LEISNER, G. e V. - Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Suden, Berlim: Walther de Gruyter, 1943; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (1) Berlim: Walther de Gruyter, 1956; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (2) Berlim: Walther de Gruyter, 1959; LEISNER, G. e V. - Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz: Materiais para o Estudo da Cultura Megalítica em Portugal, Lisboa,1951: Instituto para a Alta Cultura [reprint: Uniarch, Estudos e Memórias 1, 1985, com uma apresentação de V.S. Gonçalves]; Vasconcelos, J. Leite de - O Archeólogo Português, XXI, 1916, p.362; Paço, A. Ferreira, O. Veiga, Viana, A. -“Antiguidades de Fontalva. Neo-Eneolítico e época romana”, Zephirus, vol. VII, 1957; Silva, J. Possidónio - “Dólmens recentemente descobertos em Portugal”, Boletim de Architectura e de Archeologia da Real Associação dos Architectos e Archeólogos Portugueses, t.3,2ª série, Lisboa; Viana, Abel - Contribuição para a arqueologia dos Arredores de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XII, Porto,1950; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de -Exploración de algunos dólmens de la region de Elvas, Crónica del 2º Congresso Arqueológico Nacional, Madrid, 1951; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de,- Mais três dólmens da região de Elvas (Portugal), Zephirus, vol. IV, Salamanca,1953; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, -, Notas para o Estudo dos Dólmens da Região de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XV, Porto,1955; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, - Mais Alguns Dólmens da Região de Elvas (Portugal), Paço Ducal de Vila Viçosa, 1957.

Documentação Gráfica

DGPC/IPPAR: coleção de desenhos SIPA DOC.00206498

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Este monumento foi classificado como Monumento Nacional, na sequência da visita à Herdade de Fontalva realizada em 1938, pelos arqueólogos Savory, Afonso do Paço, Octávio da Veiga Ferreira, Abel Viana e Eugénio Jallay , a convite de Rui de Andrade; na época o Monte do Torrão pertencia à herdade de Fontalva. IPPC/SRAZS/CME: Esta anta foi relocalizada por Miguel Lago; IPPAR/DRE: 1991 - limpeza do monumento; IPPAR/DRE: entre 1997 e 2005, foi assegurada a limpeza anual da vegetação; Projetos de Valorização: IPPC/SRAZS: Projeto de Salvaguarda e Valorização das Antas de Elvas (1989-1993) co-financiado pelo Programa OID/NA); IPPAR/DRE: Projeto de Recuperação e Valorização das Antas de Elvas (1997-1999), co-financiado pelo Programa AVNA; IPPAR/DRE: Implementação dos Circuitos Arqueológicos das Antas de Elvas que funcionaram a partir do castelo de Elvas entre 1999 e 2005; Projeto de Investigação de Miguel Lago e João Albergaria - O Megalitismo da Região de Elvas, entre o caia e o Guadiana (1994) reformulado com o título Monumentalização e domesticação da paisagem na região de Elvas entre o 5º milénio e o 3º milénio a.C.: entre o Caia e o Guadiana, exemplos e particularismos na Herdade do Torrão (1998).

Observações

A área arqueológica do Torrão situa-se entre as ribeiras da Murteira e do Torrão, com os seguintes limites físicos: a Noroeste e Norte a estrada Nacional - EN243-1, Sta Eulália/Barbacena, entre o km 4 e o km 2; partindo do km 2 da En 243-1, sai um caminho de terra em direção à Ribeira do Torrão, esse caminho limita a área arqueológica até à linha de postes de Alta Tensão, aí inflete para Norte e segue a curva de nível 290m até ao caminho que dá acesso à Casa da Cegonha e depois segue até à Ribeira do Torrão; a Este segue sempre pela ribeira do Torrão, contorna o muro Oeste da Quinta do Chichorro e continua pelo caminho de terra que dá acesso ao Monte do Torrão até à cota 344m; a Sul, partindo da referida cota, é delimitada pela uma vedação aí existente até à EN 243 -1.

Autor e Data

Ana Carvalho Dias, 2019

Actualização

 
 
 
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