Ponte de Trancozelos e Nicho
| IPA.00003692 |
Portugal, Viseu, Penalva do Castelo, Trancozelos |
|
Arquitectura de comunicações e transportes, setecentista e barroca. Ponte de arco, com tabuleiro em cavalete, sustentado por dois arcos de volta perfeita, assentes em pilar central, protegido por talhamar a montante. Possui tabuleiro lajeado e guardas plenas de cantaria, surgindo, num dos extremos, um nicho barroco, em arco abatido, contendo uma cruz e rematando em falso frontão. ponte, de provável construção primitiva romana, implanta-se junto ao resto da via em que se integraria. A aduela de fecho do arco maior, marca o ponto mais alto da ponte, já que imediatamente sobre ela, assenta o pavimento da via, onde são visíveis gárgulas para descarga das águas sobre o mesmo. Num dos extremos, o habitual nicho para recomendação de quem atravessava o imóvel, com cruz relevada, envolvido por nicho com moldura dupla gravada, coroado por falso frontão volutado, com texto epigrafado, alusivo à sua construção. Na base da cruz, uma caixa de esmolas. |
|
Número IPA Antigo: PT021811120008 |
|
Registo visualizado 995 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Estrutura Transportes Ponte / Viaduto Ponte pedonal / rodoviária Tipo arco
|
Descrição
|
Ponte em cantaria de granito aparente, de aparelho isódomo, de tabuleiro em cavalete, assente em dois arcos de volta perfeita, de diferentes diâmetros, estando o arco NO. parcialmente arruinado, no lado jusante, assentes em pilar protegifo por talhamar triangular, a montante. No arco SE. é possível observar, de ambos os lados do intradorso e junto ao embasamento, os boeiros quadrangulares que serviram de suporte aos andaimes da construção. O tabuleiro possui pavimento lajeado, mantendo, em algumas zonas, as guardas plenas em cantaria, surgindo, para jusante, duas gárgulas para escoamento das águas pluviais, esculpidas em duas pedras do próprio pavimento. Prolongando-se em pequena distância para um dos lados, provável troço de via romana. Para NO. e junto à ponte, no enfiamento da antiga via, implanta-se um NICHO composto pela justaposição fruste dos blocos que o compõem, em cantaria de granito aparente. O nicho é em arco abatido, com moldura dupla, gravada na cantaria, tendo, no interior, uma cruz em relevo, trifoliada nos extremos, excepto no inferior que tem a configuração semicircular, assente em dado, que constitui a caixa de esmolas. É rematado por friso duplo e, a coroar o conjunto, falso frontão recortado e interrompido por volutas, sendo visível o desaparecimento do elemento de remate. No nicho e frontão, a seguinte inscrição: " MANDOV FAZER . O . S . D . M . EESTE . NIXO . T . AONDE RN . ELO . DECAMPOS . FALCANDELIZEI CARDEAITO . AMOR . DDEFECONCELHO 1735 ESMOLAS P. AS MISÃS DAS ALMAS". |
Acessos
|
Em Penalva do Castelo para EM 604, ao Km 2, sobre o rio Dão |
Protecção
|
Inexistente |
Enquadramento
|
Rural, isolado, implantado num vale, em zona de interesse paisagístico. Está rodeado por floresta de pinheiros e mato, dispostos em declive. Junto à ponte, para juzante, surge a nova ponte, em betão, com tabuleiro em asfalto e guardas metálicas. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Transportes: ponte |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
PEDREIRO: Pascoal Gonçalves Guerreiro e António Ribeiro (1729). |
Cronologia
|
Época romana - provável construção de uma ponte primitiva no local; 1729, 9 Janeiro - o mestre pedreiro Pascoal Gonçalves Guerreiro tomou, em sociedade com António Ribeiro, a obra da ponte; 1735 - construção do Nicho; 1758 - nas Memórias Paroquiais, o pároco informa que a ponte ainda não estava concluída por não haver oficiais depois que foram obrigados para as obras do Convento de Mafra; 1977, Março - derrocada de parte da ponte devido ao mau tempo; 1999, 06 janeiro - proposta de classificação do Mosteiro e da Ponte pela CMPenalva do Castelo; 21 setembro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-presidente do IPPAR; 2000, 18 Outubro - relocalização pela Extensão de Viseu do IPA; 2002, 16 agosto - proposta da DRCoimbra de classificação como Imóvel de Interesse Público; 2005, 07 julho - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a pedir esclarecimentos adicionais e a fixação de uma Zona Especial de Proteção; 2012, 22 fevereiro - proposta da DRCCentro de classificação como Monumento de Interesse Público e fixação da Zona Especial de Proteção; 26 março - parecer do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação do Mosteiro e a arquivar o processo de classificação da ponte, que passa a estar incluída na Zona Especial de Proteção do Mosteiro; 20 abril - Deapacho concordante do diretor do IGESPAR. |
Dados Técnicos
|
Estrutura autónoma. |
Materiais
|
Estruturas em cantaria de granito. |
Bibliografia
|
VALENTE, Vasco, A Ordem Santo Sepulcro em Portugal, Porto, 1924; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, vol. 2, Viseu, 2001, p. 47. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR: DRC |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID; IPPAR: DRC |
Documentação Administrativa
|
IPPAR: DRC; DGA/TT: Dicionário Geográfico (vol. 43, nº 449, fl. 345 a 348) |
Intervenção Realizada
|
Nada a assinalar. |
Observações
|
|
Autor e Data
|
João Carvalho 1997 / Pedro Nóbrega 2006 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |