Estação Sísmica na Serra do Pilar
| IPA.00036409 |
| Portugal, Porto, Vila Nova de Gaia, União das freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada |
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| Estação sísmica construída no início da década de 60 do séc. 20, integrada no programa World-Wide Standardized Seismograph Network difundido pelos Estados Unidos, durante a Guerra Fria. A estação sísmica do Porto foi construída em terreno do Observatório na Serra do Pilar, financiada pelo Departamento da Defesa dos Estados Unidos, mas partilhando os dados recolhidos com Portugal, tendo iniciado o seu funcionamento em 1963. Integrava-se numa rede sísmica construída com o objetivo de registar os microssismos provocados pelos testes nucleares subterrâneos, especialmente os executados pela então União Soviética. Aproveitando o declive do terreno, a estação foi construída subterrânea, tipo bunker, sem iluminação natural, com a fachada principal virada a sul, revestida a cantaria rusticada, terminada em platibanda plena e rasgada por porta de verga reta, moldurada e encimada por pequena pala. Os registos sísmicos, em papel, eram enviados para os Estados Unidos da América (US Geological Survey em Colorado), através da respetiva embaixada, que tratava os dados e, combinando os das estações da rede, conseguia determinar o local dos testes atómicos, o que dava grande vantagem política aos Estados Unidos. A colaboração com os Estados Unidos terminou em 1993, contudo, o equipamento continua a funcionar, ainda que atualmente adaptado para o funcionamento digital. | |
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| Registo visualizado 75 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Científico
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Descrição
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Acessos
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| Santa Marinha, Rua de Rodrigues de Freitas, 4430-211 Vila Nova de Gaia. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,13829; long.: -8,60306 |
Protecção
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Enquadramento
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| Periurbano, subterrâneo. Implanta-se na Serra do Pilar, no interior da propriedade do antigo Observatório Meteorológico, integrado no Instituto de Geofísica da Universidade do Porto, a poente da Ponte D. Maria (v. IPA.00003903), e a nascente da Ponte de D. Luís I (v. IPA.00005548), com vista privilegiada sobre o Rio Douro e a cidade do Porto. A estação foi construída a sul da plataforma superior, e a sudoeste do edifício do observatório (v. IPA.00020499). A cerca de 400 m para poente, ergue-se o Mosteiro da Serra do Pilar (v. IPA.0000515672) e vários edifícios do complexo militar. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Científica: estação sísmica |
Utilização Actual
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| Científica: estação sísmica |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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| Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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| 1961 - os Estados Unidos da América iniciam a instalação, em cerca de 60 países, de 127 estações sísmicas associadas ao programa World-Wide Standardized Seismograph Network (WWSSN) no seguimento do Long-Range Detection Program que lançou no final da II Guerra Mundial e que teve em vista a vigilância de ensaios nucleares executados em especial pela então União Soviética, finalidade que o WWSSN prossegue; 1962 - construção do edifício e fornecimento do equipamento da estação pelos Estados Unidos da América; o equipamento consiste num conjunto de três sensores sísmicos, de curto e longo período, de modo a ter informação sobre "eventos sísmicos de todo o planeta"; 1963, março - início de funcionamento da estação WWSSN, do Porto, código PTO, em construção subterrânea a sudoeste do edifício principal do Observatório; os registos sísmicos eram gravados em papel fotográfico através de galvanómetros muito sensíveis e enviados para os Estados Unidos da América (US Geological Survey em Colorado); 1988 - os registos sísmicos passam a ser feitos em papel térmico; 1993 - termina a atividade da estação no âmbito da vigilância de cariz político-militar, após os Estados Unidos informarem a cessação da colaboração e do apoio financeiro que prestavam, mantendo, no entanto, os equipamentos. |
Dados Técnicos
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Materiais
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| Betão |
Bibliografia
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| ALEXANDRE, Ricardo - Porto secreto. Vistas nucleares. TSF Online, 30 julho 2020 (https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/porto-secreto-vistas-nucleares-12479230.html) [consultado em 08-02-2023]; MOURA, R. SANT'OVAIA, H. et al. - O IGUP e a sismologia nuclear em Portugal. Comunicações geológicas (2014) 101, Especial I. Lisboa: LNEG, 2014 (https://www.lneg.pt/wp-content/uploads/2020/03/71_3085_ART_CG14_ESPECIAL_I.pdf), [consultado em 08-02-2023]; PETERSON, Jun e HUTT, Charles R. - World-Wide Standardized Seismograph Network: A Data Users Guide. U.S. Department of the Interior, U.S. Geological Survey. Reston, Virginia: 2014 (https://pubs.usgs.gov/of/2014/1218/pdf/ofr2014-1218.pdf), [consultado em 08-02-2023]; Sismometria. Redes Sísmicas. Clube de Geofísica. Agrupamento de Escolas Fernão do Pó - Bombarral (https://clubedegeofisica.aefp.pt/sismometria/redes-s%C3%ADsmicas) [consultado em 09-02-2023]; U.Porto - Edifícios com história. Instituto Geofísico (https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=instituto%20geof%c3%adsico), [consultado em 8 fevereiro 2023]; Visitar uma antiga estação sísmica americana em Gaia. Evasões. 2 novembro 2017 (https://www.evasoes.pt/especiais/vilanovadegaia/196804/196804/amp/), [consultado em 8 fevereiro 2023]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| EM ESTUDO. |
Autor e Data
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| João Almeida (Contribuidor externo) e Paula Noé 31-03-2023 (Projeto European Cold War Heritage) |
Actualização
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