Estação Loran de Santa Maria	IPA.00036375
Portugal, Ilha de Santa Maria (Açores), Vila do Porto, Santa Bárbara
Estação de comunicações do sistema LORAN-A, integrado na rede NATO "D" construída na década de 50 / 60 do séc. 20, durante a Guerra Fria. A Estação de Santa Maria, considerada como principal ou "Doble Master" da cadeia, comandando as estações secundárias ou slave das Flores e de Porto Santo, no Arquipélago da Madeira, com funcionamento autónomo das restantes cadeias do sistema Loran, entrou em fase de experimentação e pleno funcionamento em 1965, operada pela marinha portuguesa. Este sistema de comunicações permitia a navegação marítima e aérea, em segurança no Atlântico Norte, mas foi desativado em 1977, devido ao aparecimento do sistema GPS. Este permite uma cobertura global com sinais utilizáveis para geoposicionamento, através de satélites, evitando a necessidade de utilização de estações fixas em muitos locais (FÉLIX: 2021, p. 46). Seguindo o esquema normal, a estação foi construída em lugar isolado, obrigando a construção de uma série de infraestruturas de apoio, como oficinas, armazéns, garagem, geradores para produção de energia, zona residencial, com casas em banda ou geminadas, de um único piso, campo de jogos, entre outras. Os edifícios, construídos no final da década de 50 / início da década de 60, do séc. 20, seguem a linguagem do Movimento Moderno. Têm planta retangular e cobertura em telhado de duas águas, pouco inclinadas, com fachadas evoluindo num ou dois pisos, terminadas em palas horizontais, pouco avançadas que, em alguns corpos, se prolongam em palas verticais, integrando panos em alvenaria de pedra aparente. O edifício principal é composto por três corpos, os dos topos de dois pisos e o central de apenas um e mais estreito. As fachadas são essencialmente rasgadas por janelas jacentes, interligadas por peitoril e separadas por nembo, na virada a sudoeste com o portal encimado por pala. Um dos corpos da fachada virada a sudeste integra pilares salientes, formando panos, rasgados por vãos jacentes sobrepostos, separados por frisos horizontais, conferindo certa horizontalidade ao conjunto. O complexo possuía os edifícios separados por espaços arrelvados e quintais junto às fachadas posteriores das casas.
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