Plano Inclinado / Estaleiro do Porto Brandão

IPA.00036328
Portugal, Setúbal, Almada, União das freguesias de Caparica e Trafaria
 
Estaleiro.
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Extração, produção e transformação  Estaleiro    

Descrição

: Sítio de reparação e construção de navios em madeira, constituído por pontão de alvenaria (com cerca de 85m de extensão) com escadas de acesso em pedra de ambos os lados, paralelo à linha de costa para montante, no sentido Oeste/Este. O pontão define uma baía onde se encontra o plano inclinado, uma rampa com três vias/carreiras, compostas por carris onde assentam os carros de alagem acionados por engenho de tração instalado no topo da rampa. Junto ao pontão do lado de terra um edifício de dois pisos, em alvenaria de tijolo, onde estão instalados armazéns, oficinas e escritórios ("é o único de construção e reparação de navios em madeira ainda existente no Concelho de Almada").

Acessos

Rua Bento de Jesus Caraça. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,677907, long.: -9,206263

Protecção

Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal, Edital n.º 600/2021, DR, 2.ª série, n.º 104 de 28 maio 2021

Enquadramento

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Extração, produção e transformação: estaleiro

Utilização Actual

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1845 - 1847 - o Plano Hidrográfico do Porto de Lisboa (sob direção de Filipe Folque) referencia o Porto Brandão como estaleiro de construção naval. "Este estaleiro e os do Seixal e Amora, juntamente com os da Junqueira e de Santos, construíam entre dez e doze navios por ano."(CM Almada, p. 6-7); 1854 - José Pedro Colares participa no capital de uma empresa que tinha ganho a concessão para a construção de docas e um plano inclinado; 1861 - a empresa Planos Inclinados obtém nova concessão (de que são subscritores António José de Sousa Almada e Thomas White, engenheiro hidráulico) 1865 - é declarada a utilidade pública e são expropriados terrenos para a construção de armazéns e oficinas do concessionário; encontra-se em funcionamento o sistema de Plano Inclinado, pioneiro em Porto Brandão; 1949 - obras de melhoria levadas a cabo pelo industrial de construção naval Gonçalo José Gonçalves; 1953 - Alfredo Cegueta, industrial, compra o Plano Inclinado; a Cooperativa de Rebocadores "Os Catraeiros" usa as instalações para apoio à sua frota; 1966 - inauguração da Ponte sobre o Tejo determina o declínio das atividades ribeirinhas e com isso a construção e navegação tradicionais. "Os estaleiros que em Cacilhas, Margueira e Mutela trabalhavam com madeira abandonam os locais ou cessam a laboração sendo que o do Porto Brandão, o único existente no concelho, mantém a sua atividade durante todo o século XX." (CM Almada, p.7); o fecho da fábrica de conservas no fim da década de 40 início da de 50 leva igualmente ao declínio da povoação (Fábrica aberta na década de 10 do século XX, Gio-Batta Trabucco Lda., também presente em Olhão); 2016 - criada a Área de Reabilitação Urbana de Porto Brandão, que preconiza a reabilitação da área histórica e o incentivo ao arrendamento jovem; criada a associação Nosso Tejo, que visa recuperar técnicas construtivas dos barcos em madeira, a empresa SouthShore vai ceder-lhes as instalações da Associação Os Catraeiros para escola de ofícios, projeto patrocinado pela EEA Grants; 2019 - Câmara Municipal inicia processo de classificação; 2020 - uma empresa imobiliária internacional (Reformsa - da chinesa Ming Chu Utso adquire as ruínas do Asilo 28 de Maio / Lazareto para construir um hotel e um conjunto habitacional; 2020 - a empresa SouthShore Investmens, de um casal holandês, adquire a antiga Fábrica de Conservas e cria parceria com a Universidade NOVA FCT - sediada na Caparica para a transformação do local, com um investimento previsto de cerca de 800 milhões de euros numa área de 420 ha onde se incluí Porto Brandão; 2021 - classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal; 2024 - O projeto de recuperação do complexo abandonado ganha bolsa da EEA Grants Portugal no valor de 1.027.010€72 para a criação do espaço Estaleiro Museu do Porto Brandão.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Plano Inclinado/Estaleiro do Porto Brandão, Câmara Municipal de Almada, 2019, pedido de parecer à DGPC; Porto Brandão, série de 4 episódios do jornal A Mensagem, 2023.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO.

Autor e Data

Josina Almeida 2025

Actualização

 
 
 
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